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Ciclo do milho: entenda cada etapa e a importância dessa commodity global – Hedgepoint Global Markets

Escrito por Jackson Tirone | Jun 6, 2025 3:00:00 AM

O ciclo do milho é um processo-chave para a agricultura e para o abastecimento de cadeias produtivas que vão muito além do campo. Essencial para a alimentação humana e animal, está também cada vez mais presente na produção de energia e insumos industriais.

Por isso, é fácil perceber que o milho tem papel estratégico na dinâmica global de oferta e demanda, especialmente em um cenário de alta volatilidade e necessidade crescente de gerenciar riscos financeiros.

Neste artigo, você vai entender:

  • As etapas principais do ciclo de produção do milho;
  • As diferenças entre a safra de verão e a safrinha;
  • Os principais fatores que impactam o desempenho das lavouras;
  • Como o milho se conecta a diferentes setores da economia;
  • E de que forma é possível gerenciar riscos associados à sua produção e comercialização.

Boa leitura!

Por que o milho é tão relevante?

O milho é uma das commodities agrícolas mais produzidas e comercializadas no mundo. Além de ter um peso estratégico para a segurança alimentar, esse grão desempenha papel central em diferentes setores: da alimentação humana à ração animal, passando por derivados industriais, como o etanol.

Em 2023, por exemplo, o Brasil se consolidou como maior exportador global de milho, superando os Estados Unidos. Esse desempenho está diretamente relacionado à evolução das técnicas agrícolas, ao aumento da produtividade e à adaptação do cultivo em diferentes regiões e épocas do ano.

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Como funciona o ciclo do milho?

Em geral, o ciclo de produção do milho varia entre 120 e 150 dias, dependendo da variedade utilizada, das condições climáticas da região e do sistema de cultivo adotado.

Germinação e Emergência (0 a 1 semana após o plantio)

  • Logo após a semeadura, em condições ideais de umidade e temperatura, as sementes iniciam a germinação. Em cerca de 2 a 3 dias, ocorre a emergência da plântula, com o rompimento do solo e a exposição das primeiras folhas, sinalizando o início do desenvolvimento vegetativo.

Crescimento Vegetativo (1 a 8 semanas após a emergência)

  • Durante essa etapa, a planta desenvolve suas folhas, caules e raízes. Esse crescimento inicial é crucial, pois define o vigor e a capacidade da lavoura de atingir o máximo potencial produtivo.

Período Reprodutivo (9 a 10 semanas após a emergência)

  • É aqui que ocorre a polinização e a formação das espigas. Para garantir bons resultados, a fecundação precisa acontecer em boas condições de clima e nutrição.

Maturação Fisiológica e Colheita (11 a 21 semanas após a emergência)

  • Cerca de 50 dias após a floração, os grãos atingem o ponto de maturação fisiológica. Consequentemente, a colheita acontece entre 4 a 6 meses após o plantio, quando os grãos já perderam boa parte da umidade e estão prontos para armazenamento e comercialização.

As duas safras do ciclo do milho no Brasil

Uma das razões para o protagonismo brasileiro na exportação de milho está na possibilidade de produzir em duas janelas diferentes ao longo do ano:

• Safra de verão (primeira safra)

Plantada entre setembro e dezembro, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A colheita ocorre entre fevereiro e maio.

• Milho safrinha (segunda safra)

Plantada entre janeiro e abril, logo após a colheita da soja. Atualmente, a safrinha é responsável por mais de 70% da produção total de milho no país, com destaque para estados como Mato Grosso, Paraná e Goiás. A colheita ocorre entre junho e setembro.

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O milho como insumo versátil

De modo geral, o milho é base para inúmeras cadeias produtivas. A seguir, listamos os principais destinos desse insumo após a colheita:

  • Ração animal: usado em larga escala na pecuária, especialmente na criação de aves e suínos.
  • Alimentos processados: matéria-prima para amido, farinha de milho, óleos e até produtos como refrigerantes e doces.
  • Produção de etanol: cada vez mais relevante como fonte alternativa de energia, o milho tem sido utilizado na fabricação de biocombustíveis, sobretudo no Centro-Oeste.
  • Outros usos industriais: presente na produção de plásticos biodegradáveis, cosméticos, fármacos e até tecidos.

Com isso, esse nível de diversificação amplia a importância do milho nos mercados internacionais. Ainda, aumenta a exposição do produtor e dos envolvidos na cadeia a riscos financeiros ligados a preços, clima, logística e câmbio.

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O que influencia o desempenho do ciclo do milho?

Vários fatores afetam o sucesso da lavoura de milho e, por consequência, impactam diretamente na oferta e nos preços do mercado global.

• Condições climáticas

Entre os principais fatores, a temperatura, o regime de chuvas e a luminosidade são decisivos em todas as fases do cultivo. Por exemplo, períodos de seca ou excesso de umidade comprometem tanto o desenvolvimento das plantas quanto o momento da colheita.

• Qualidade do solo e da nutrição

É preciso garantir o fornecimento adequado de macro e micronutrientes ao longo do ciclo. A deficiência de elementos como nitrogênio ou fósforo pode reduzir drasticamente a produtividade.

• Genética e escolha da variedade

A seleção de híbridos adaptados às condições locais permite maior resistência a pragas, doenças e variações climáticas.

• Manejo técnico

O uso de boas práticas de plantio, controle de pragas e doenças, irrigação e monitoramento da lavoura faz toda a diferença no desempenho final da safra.

Gerenciar riscos no ciclo do milho

Com um ciclo tão sensível a variáveis externas, produtores e empresas que atuam na cadeia do milho enfrentam constantes incertezas. Volatilidade de preços, custos de insumos, problemas logísticos e mudanças na demanda internacional fazem parte do dia a dia desse mercado.

Diante desse cenário, os instrumentos de hedge são aliados importantes. Eles permitem mitigar a exposição a oscilações cambiais, variações de preço no mercado futuro e mudanças bruscas no cenário macroeconômico.

Hedgepoint Hub: compreenda o ciclo do milho com profundidade!

Compreender o ciclo do milho é essencial para quem atua em um mercado dinâmico e sujeito a tantas variáveis. Desde o preparo do solo até a colheita, cada etapa interfere diretamente na oferta global, na precificação e na forma como agentes se posicionam diante das oscilações.

Em outras palavras, o hoje é sempre o momento ideal para acompanhar os movimentos que moldam o cenário futuro. No Hedgepoint Hub, oferecemos relatórios regulares e calls com especialistas que analisam os mercados globais de commodities agrícolas, ajudando produtores a gerenciar riscos com inteligência.

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