O Brasil e a Colômbia são os dois maiores produtores de café na América do Sul. Segundo a Embrapa, esse continente contribui com 46% da produção mundial de
O Brasil e a Colômbia são os dois maiores produtores de café na América do Sul. Segundo a Embrapa, esse continente contribui com 46% da produção mundial de café, sendo o Brasil responsável por 76% desse total e a Colômbia por 17%.
Neste artigo, vamos explorar a importância desses dois países para o mercado cafeeiro global, as expectativas em torno de exportação, preços, rendimentos, entre outros fatores. Para isso, contamos com a especialista Laleska Moda, Analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint e Victor Sousa, gerente de relacionamento de café, que trazem insights sobre a safra 2024/2025. Boa leitura!
A América do Sul é uma região-chave na produção de café, favorecida por condições climáticas ideais. A Colômbia se destaca como o maior fornecedor mundial de arábica lavado, enquanto o Brasil lidera tanto na produção quanto na exportação global de café.
No Brasil, a colheita da safra 2024/2025 foi finalizada em agosto. Já na Colômbia, a colheita da safra principal deve ser iniciada neste mês e se alongar até o início de 2025, enquanto a safra mitaca já foi finalizada em agosto. Veja o calendário completo abaixo:
Fonte: Hedgepoint
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Como grandes produtores, as safras de café do Brasil e da Colômbia têm papel fundamental no suprimento global. No entanto, as últimas temporadas ao redor do planeta, especialmente no Brasil e no Vietnã, enfrentaram problemas de produção. Essa queda recorrente no rendimento influenciou os preços no mercado.
“Nesta safra brasileira, observamos que os grãos ficaram menores do que o esperado no início do ano. A estimativa inicial para a produção de arábica e robusta era de 65 milhões de sacas, mas o número final foi ajustado para 63 milhões“, explica Laleska.
O café robusta brasileiro (conilon) teve uma queda significativa, de 22 milhões para 20 milhões de sacas colhidas. Enquanto isso, a produção de arábica, inicialmente estimada em 44 milhões de sacas, foi ajustada levemente para 43,2 milhões.
“A seca no Brasil impactou negativamente as lavouras nacionais. Na Colômbia, por outro lado, o clima vem sendo mais positivo e pode contribuir para uma recuperação na produção local”, completa Laleska.
Segundo Victor de Sousa, o mercado de café colombiano deve aumentar sua produção ainda neste ano, devido a recuperação das chuvas. “Com duas colheitas anuais, a Colômbia se diferencia de outros países e pode ter um leve aumento de produção, chegando a 12,4 milhões de sacas, representando 7,2% da produção mundial”, reforça.
Veja os dados sobre o bom índice de chuvas na Colômbia abaixo:
Precipitação acumulada – Colômbia (mm)
Fonte: Refinitv
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Os levantamentos da Hedgepoint indicam um aumento nas exportações de café no Brasil tanto para o arábica quanto para o robusta. Abaixo, podemos analisar as estimativas:
Oferta e Demanda – arábica – Brasil (M sacas)
Fonte: Hedgepoint
Oferta e Demanda – Conilon/robusta – Brasil (M sacas)
Fonte: Hedgepoint
De acordo com os gráficos, a produção de café arábica no Brasil se manteve praticamente estável, enquanto o robusta teve uma queda mais acentuada. A redução da oferta e a quebra do Vietnã em 23/24 elevou o preço deste tipo de café no mercado, influenciando os agricultores a optar pela exportação e aproveitar esse crescimento nos valores.
“O Conilon está muito valorizado no Brasil e isso pode contribuir para as exportações acumuladas da temporada 24/25 aumentem em mais de 2 milhões de sacas, frente à 23/24.
Contudo, estimamos que a demanda global pelo robusta pode recuar nesta temporada”, completa Moda.
Para a Colômbia, a especialista da Hedgepoint espera um aumento da participação nas exportações do café arábica devido ao crescimento da produção. Entretanto,
a demanda pelo café colombiano pode seguir mais branda que em anos anteriores, dado os maiores valores do arábica lavado no mercado global” – finaliza Moda.
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Segundo Moda, a oferta encolhida tem aumentado os preços do café no mercado de commodities. “O que podemos ver para os próximos meses é uma correção de preços em decorrência das chuvas que estão previstas para o Brasil e pelo possível adiantamento do Regulamento de Desmatamento (EUDR).
Contudo,, o clima seco que impactou o país até agora também influencia os valores no futuro. A safra 25/26 está atualmente em fase de floração e sofreu com a falta de chuvas na região”, afirma Sousa.
Segundo o profissional, outro fator de sustentação para o alto preço do café no longo prazo é o estoque reduzido. “No geral, as reservas no mundo inteiro vão seguir em níveis abaixo das médias históricas”. Confira nos dados abaixo:
Origens – Estoques finais de Arábica e relação estoque/uso (M sacas)
Fonte: Hedgepoint
Origens – Estoques finais de Robusta e relação estoque/uso (M sacas)
Fonte: Hedgepoint
De acordo com a Organização Internacional do Café, os preços já têm crescido nos últimos meses. No café verde, por exemplo, houve um aumento de 1% em agosto de 2024 em relação ao mês anterior. Já os suaves–colombianos aumentaram 2,3% no mesmo período.
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Perspectivas globais e a rastreabilidade do mercado de café
A proposta da União Europeia de adiar a implementação do Regulamento de Desmatamento (EUDR) para dezembro de 2025 trouxe um alívio temporário para produtores de café que enfrentam dificuldades em se adaptar às rigorosas exigências.
“Essa possível postergação permite que países exportadores de café, como o Brasil, ajustem seus sistemas de rastreabilidade e práticas sustentáveis. É valido lembrar que muitos importadores europeus anteciparam suas compras devido ao EUDR e, com o possível adiamento, a pressão compradora pode reduzir no curto prazo, pressionando os preços para baixo. Por outro lado, o adiamento é percebido como positivo para exportadores brasileiros, que ganharam mais tempo para se adaptar às novas regras”, reforça Sousa.
Países como Brasil e Colômbia estão à frente na adaptação, com uma parte significativa de suas áreas de cultivo já cumprindo com padrões de sustentabilidade. Entretanto, países menores ou com menos infraestrutura, como países da América Central e África, enfrentam desafios enormes para garantir a conformidade com as novas regras, especialmente nas áreas onde a produção de café está associada ao desmatamento.
“Além da União Europeia, é provável que outras regiões, como os Estados Unidos, adotem regulamentações semelhantes voltadas à sustentabilidade e rastreabilidade nos próximos anos. Isso aumentará a pressão sobre produtores de café em todo o mundo para que se adaptem a padrões mais rigorosos, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis”, finaliza Sousa.
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