A colheita de soja da safra 2023/24 já começou no Brasil. O mercado mundial de commodities acompanha de perto esse momento, afinal, o país é o maior produt
A colheita de soja da safra 2023/24 já começou no Brasil. O mercado mundial de commodities acompanha de perto esse momento, afinal, o país é o maior produtor dessa matéria-prima no planeta.
Entretanto, as estimativas para uma temporada recorde estão abaixo do esperado no início do ciclo. Problemas climáticos, acentuados pelo El Niño, ajudam a explicar a queda na produtividade.
No entanto, com a recuperação da safra de soja na Argentina e as boas perspectivas para o Paraguai e o Uruguai, a tendência ainda é de uma excelente produção de soja na América do Sul. Para discutir o cenário da safra de soja e sua evolução nessa região, convidamos os profissionais do hEDGEpoint:
Continue a leitura e confira!
No Brasil, planta-se a soja por volta de outubro e novembro. A colheita, por sua vez, começa no final de janeiro e início de fevereiro. Os estágios reprodutivos do desenvolvimento do grão são os mais críticos para os produtores e ocorrem entre dezembro e janeiro.
Durante esse período, as condições climáticas merecem atenção especial, segundo Pedro Schicchi:
“Se a chuva está em falta nessa época, por exemplo, há impactos na produtividade. Já em casos de calor extremo, pode afetar a evaporação, o que requer necessidade de mais água para a oleaginosa”, explica.
Para a safra de soja 23/24, o clima seco persiste em importantes estados produtores. As estimativas iniciais apontavam para uma produção de até 160 milhões de toneladas de soja. Porém, devido às condições climáticas, essas previsões foram alteradas.
“Estamos em um momento decisivo, em que o mercado tenta compreender o que poderá acontecer. Diante das condições atuais, indica-se a produção entre 145 milhões de toneladas de soja na atual temporada”, pontua Schicchi.
Em termos históricos, ainda é uma boa safra para o Brasil. Se essas estimativas forem confirmadas, o país produzirá cerca de 5 milhões de toneladas a menos do que na temporada anterior.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea/Famato), a safra de grãos deve chegar a 39 milhões de toneladas no estado, líder na produção de soja. Esse volume é 3,1 milhões de toneladas inferior ao esperado em dezembro e 13,9% menor que o do ciclo anterior.
O Imea indica que a área semeada permaneceu estável. No entanto, o rendimento médio da safra diminuirá na região para cerca de 53,59 sacas por hectare. No último ciclo, a produtividade no estado foi de 62,31 sacas por hectare, um recorde na série histórica.
O calendário da soja argentina é diferente do brasileiro: a colheita ocorre alguns meses depois, entre abril e maio. No último ciclo, a safra argentina de soja sofreu um déficit muito significativo, com uma produção de cerca de 25 milhões de toneladas.
Isso foi quase a metade do que era produzido normalmente. Devido ao La Niña, que causou seca em importantes áreas produtoras, foi necessário até mesmo importar soja do Brasil.
Contudo, as recentes chuvas na região agrícola da Argentina aumentaram as perspectivas de uma boa colheita, pois o grão se desenvolve em condições ideais e adequadas de umidade. Assim, a safra de soja deve chegar a 50 milhões de toneladas no país. Sol Arcidiácono também destaca a recuperação para a indústria de esmagamento:
“Com uma recuperação tão importante no volume produzido na Argentina, ela voltará a ocupar o primeiro lugar como exportadora de farelo e óleo de soja. Dessa forma, consolida-se como uma fonte muito competitiva”, aponta.
Também é esperada uma boa produção no Paraguai e Uruguai: 10,3 milhões e 2,9 milhões de toneladas, respectivamente.
“Assim, a América do Sul como um todo vai produzir um recorde para a região, mesmo se o Brasil não alcançar os níveis inicialmente esperados”, explica Schicchi.
É provável que o mercado mundial de soja sofra volatilidade de preços. A oferta dos EUA será menor do que no ano passado, mas a América do Sul compensará essa perda. O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que a Argentina, o Brasil e o Paraguai responderão por 54% da produção mundial de soja.
Há chances de que o Brasil reduza seu potencial de exportação de soja devido a problemas relacionados ao clima. A Argentina, por outro lado, deve recuperar sua liderança nas exportações mundiais de farelo de soja, além de seus embarques de óleo de soja.
“Neste cenário, um dos possíveis riscos são as pressões inflacionárias nos preços. Afinal, haverá uma oferta maior na América do Sul em relação ao ciclo passado”, elucida Schicchi.
No que diz respeito à indústria de esmagamento, Arcidiácono destaca que neste ano haverá uma recuperação notável na dinâmica comercial dos subprodutos. Em especial, no mercado internacional:
“A Argentina pode aumentar sua participação no mercado do óleo de soja, chegando inclusive a destinos tradicionalmente autossuficientes, como os Estados Unidos. Também acredito que ela tem uma oportunidade renovada com o Brasil”, explica.
Segundo a Head de Grãos da Divisão Latino-Americana da hEDGEpoint, o consumo doméstico de óleos vegetais nos dois grandes produtores de soja, Estados Unidos e Brasil, é muito grande. Isso acontece devido ao impulso crescente desses países que, com grandes populações e misturas obrigatórias cada vez maiores, estão desafiando a autossuficiência:
“Enquanto isso, a Argentina ainda está lutando para colocar em ordem sua lei de biocombustíveis e tem um grande excedente exportável. Já estamos vendo o óleo de soja argentino chegar aos Estados Unidos e já vimos exportações para o Brasil em outros anos apertados”, pontua.
A margem de esmagamento não é mais tão interessante para o setor brasileiro ou norte-americano como era no ano passado, quando a Argentina não era competitiva:
“O ciclo do ano passado foi um ciclo ideal, com soja barata e subprodutos caros, para o setor de esmagamento no Brasil”, finaliza Arcidiácono.
A comercialização refere-se à quantidade de produção que foi vendida. Schicchi aponta para uma tendência nos últimos anos: os produtores brasileiros e argentinos estão vendendo cada vez menos soja antes da colheita.
Isso se deve à perspectiva de preços mais altos, uma realidade que se confirmou quando houve uma safra ruim na Argentina e, portanto, menos oferta disponível. No caso dos produtores argentinos, eles diminuíram o ritmo de suas vendas nos últimos anos por motivos como problemas cambiais.
Portanto, eles retêm o produto como uma forma de preservar a quantidade de dólares disponíveis. Neste ano, entretanto, com as mudanças na taxa de câmbio, os produtores argentinos podem estar mais dispostos a vender seu produto ao dólar americano.
Assim, quando se chega à colheita com pouca soja vendida, é preciso vendê-la para pagar dívidas, por exemplo. Em outras palavras: os produtores têm de vender mais soja do que o normal, tudo ao mesmo tempo, o que aumenta a concorrência e a oferta disponível.
“Cria-se, nessa situação, a pressão nos preços, pois o produtor não realizou a venda antes da colheita, já que acreditava que o preço subiria. Mas, com muita soja ofertada, o preço cai”, pontua o Analista de Inteligência de Mercado de Grãos e Oleaginosas da hEDGEpoint.
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Como você percebeu, o mercado da soja tem flutuações na oferta e demanda. No ciclo Como você deve ter visto, o mercado de soja flutua de acordo com a oferta e a demanda. No ciclo 22/23, a Argentina teve uma safra ruim. O Brasil, por outro lado, obteve uma produção recorde.
Para o ciclo 23/24, as perspectivas apontam para uma recuperação na Argentina e uma produção menor do que a esperada no Brasil. Porém, haverá mais oferta disponível nos países produtores da América do Sul devido à boa produção de modo geral. Isso exercerá pressão sobre os preços.
Nesse sentido, o gerenciamento de riscos é essencial para a proteção contra as flutuações de preços nesse mercado. Com instrumentos de hedge eficazes, os produtores podem usar mecanismos como os derivativos agrícolas.
A hEDGEpoint realiza o hedge em commodities com uma presença global e um olhar local para as particularidades de cada setor. Oferecemos mais de 450 produtos financeiros personalizados para agricultores, cooperativas, indústrias e comerciantes de commodities em todo o mundo.
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