Anualmente, a equipe de inteligência de mercado da Hedgepoint publica um outlook das principais commodities agrícolas mundiais. Em 2025, a especialista Lal
Anualmente, a equipe de inteligência de mercado da Hedgepoint publica um outlook das principais commodities agrícolas mundiais. Em 2025, a especialista Laleska Moda levantou uma cobertura completa sobre o café global, incluindo dados sobre oferta, demanda, preços e diversos outros temas relevantes para o setor.
O documento na íntegra pode ser acessado gratuitamente por clientes no Hedgepoint HUB, mas você pode conferir os principais insights fornecidos pela profissional neste artigo. Veja abaixo os pontos abordados e faça uma boa leitura:
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O mercado de café segue desafiador para 2025, influenciado por fatores climáticos no Brasil. O país enfrentou um forte período de seca até setembro de 2024, com as chuvas retornando às regiões produtoras no final do ano – o que favoreceu o desenvolvimento das flores e o enchimento dos grãos.
“No entanto, o impacto negativo do clima adverso ao longo de 2024 ainda deve refletir na produção de 2025/26. Além disso, apesar das chuvas volumosas no início de fevereiro, o clima voltou a ficar seco e quente no Brasil”, acrescenta Laleska.
Para o café Arábica, a expectativa da equipe da Hedgepoint é de queda de 4,9% devido ao clima e à redução de área, com produção estimada em 41,1 milhões de sacas. Já o Conilon deve apresentar uma recuperação de 14,3% (23 milhões de sacas), alcançando 64,1 milhões de sacas de café. Diante da atual situação climática, estes números ainda podem ser revisados.
“Apesar desse crescimento, os estoques menores podem limitar as exportações nos próximos meses. Em termos de demanda total, os preços atuais do Arábica podem cair, mas o Conilon deve aumentar, devido ao nível dos spreads”, relata a especialista.
O outlook da Hedgepoint traz dados sobre os níveis médios de comercialização brasileira. Os números de dezembro mostram que grande parte da safra de 2024/2025 já foi vendida, o que limita a oferta do país nos próximos meses.
Até o momento, o Brasil tem suprido a demanda por café. Entretanto, a entressafra nacional contará com menor disponibilidade do grão e um estoque reduzido, especialmente para o Conilon.
“O declínio da oferta em outras origens deve aumentar as exportações totais da atual temporada de café, alcançando níveis recordes. Porém, os embarques dos próximos meses (e em 2025/2026) podem ser limitados – como já refletidos nos embarques de Conilon em janeiro”, aponta Moda.
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A analista aponta que a produção de outras origens também contribui para oferta limitada em nível global. Segundo a especialista, “as estimativas são de que o Vietnã apresente uma recuperação da oferta apenas em 2025/26, caso o clima seja favorável. Além disso, com o atual aumento de preços na bolsa e no Brasil, os agricultores de outros países estão retraídos, esperando preços ainda mais altos”.
Na Indonésia, a recuperação esperada na produção não será suficiente para suprir a queda no Vietnã. Normalmente, nesta época do ano as exportações da Indonésia tendem a reduzir, enquanto os grãos vietnamitas entram no mercado. Em Honduras e no México, a produção deve ser menor, compensada parcialmente pela Colômbia (que busca uma recuperação prevista para 12,5 milhões de sacas).
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Laleska cita no outlook anual da Hedgepoint que os preços do café trazem riscos ao mercado. O Arábica atinge novos atingiu recordes em fevereiro e o recente aumento das margens iniciais na ICE (Intercontinental Exchange) também inflacionou o mercado.
“Ao mesmo tempo em que os spreads do Arábica se alargam, os de Robusta retraem. Essa retração reflete o abrandamento das preocupações com a oferta a curto prazo, especialmente com a safra 2024/2025 no Vietnã e a perspectiva de maior oferta no Brasil em 2025/2026. Por outro lado, as recentes preocupações do lado do arábica também podem influenciar o comportamento dos preços do robusta ao longo do ano”., aponta a especialista.
No Brasil, os preços do café não acompanharam a alta dos futuros. Moda relata que os valores internos do país subiram acentuadamente em janeiro, mas o basis tem recuado com força, também refletindo a desvalorização do dólar frente ao real.
“É importante ressaltar que em outras origens, os diferenciais do arábica lavado recuaram nas últimas semanas. Entre os fatores responsáveis estão o pico da colheita nos países centrais e na Colômbia, os futuros em alta e compradores pressionando por preços melhores”, aponta Laleska.
Já o diferencial brasileiro, que vinha em forte alta, ficou estável em fevereiro. No caso do robusta, os diferenciais do Vietnã retornam a patamares negativos, algo não visto desde 2023 – refletindo um aumento na oferta e uma demanda mais fraca do que observado antes.
A União Europeia está no topo do ranking quando se trata do consumo de café. Conforme os dados da Hedgepoint, a região ainda não mostrou sinais de fraqueza em sua demanda. Entretanto, a analista de inteligência de mercado ainda enxerga uma mudança, especialmente neste início de ano.
“Conforme a alta dos futuros pode ser repassada ao consumidor final neste primeiro trimestre, será importante avaliar se teremos alguma reação no consumo aparente da UE. Neste caso, também será essencial acompanhar o movimento dos estoques europeus: eles encerraram 2024 em alta, em comparação com 2023, refletindo as importações volumosas do bloco nos últimos meses (reflexo da EUDR), mas continuem abaixo da média histórica”, acrescenta.
A especialista prevê um déficit para 2024/2025, resultando em um quarto ano consecutivo de queda. A projeção é que a oferta total ainda deve permanecer abaixo da demanda.
“Para 2025/2026, a queda esperada na produção brasileira pode limitar uma recuperação da oferta, embora ainda seja cedo para estimativas nos demais países. Do lado da demanda, por enquanto, prevemos uma estagnação, mas ajustes poderão ser feitos nos próximos meses”, aponta.
Em relação ao Arábica, espera-se uma queda no consumo. No entanto, devido aos níveis de arbitragem, parte dessa demanda pode migrar para o robusta, especialmente com a recuperação projetada do Conilon no Brasil em 2025/2026. Por outro lado, um aumento na procura pelo robusta pode levar a uma nova redução nos estoques da variedade.
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Além do relatório anual de café, a Hedgepoint Global Markets vai publicar dados sobre açúcar e etanol, milho e trigo, além do post de blog já publicado sobre soja e oleaginosas. Acompanhe as liberações e fique por dentro dos principais insights para o mercado de commodities agrícolas.
Você também pode acessar o Hedgepoint HUB e encontrar outros reports e análises para o mercado energético e de moedas.
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