O café é uma das commodities mais comercializadas do mundo. Consumido de diferentes maneiras, ele faz parte do dia a dia de grande parte da população mundi
O café é uma das commodities mais comercializadas do mundo. Consumido de diferentes maneiras, ele faz parte do dia a dia de grande parte da população mundial. Por estar presente em tantos momentos existe uma data para celebrá-lo: 14 de abril é o Dia Mundial do Café.
Sua história não possui registros exatos da verdadeira origem, mas muitos acreditam que é da Etiópia, de meados do século IX. Reza a lenda que um pastor local percebeu que suas cabras ficavam mais ativas e alegres ao comer os pequenos frutos avermelhados. A partir daí, ele passou a fazer infusões, pois também queria absorver a essência estimulante.
Outras vertentes contam que um monge se assustou com o poder do grão e jogou ao fogo. Ao sentir o aroma liberado pelo café queimando, resolveu dar mais uma chance e preparou uma bebida.
Independente da origem, a Arábia Saudita é a responsável por espalhar o café pelo mundo, pois o grão passou a ter grande importância econômica para o país. Foi assim que chegou à Europa e depois ao Brasil, que é até hoje o maior produtor mundial, seguido do Vietnã, Colômbia, Indonésia e Etiópia, que ainda possui papel importante na produção.
Por ser tão cultuado, o mercado do café também tem suas peculiaridades. Seu consumo acompanha as tendências de comportamento globais. Porém sua relevância na economia também é notável.
Atualmente, são dois os principais tipos de café que são negociados nas bolsas de referência. Arábica, em Nova Iorque, e Robusta, em Londres. Considerando o agregado dos dois, temos uma média de produção global de 175 milhões de sacas de 60kg. A produção média de robusta é de 79 milhões de sacas, e a de arábica, 96 milhões.
Para entender melhor este mercado, precisamos entender como ele se consolidou.
Durante muito tempo, o café era produzido por poucos produtores pelo mundo, que detinham esse poder sobre o grão e negociavam com alguns exportadores, cobrando o preço que desejavam e obtendo altos lucros. Mas com o aumento da demanda, os ofertantes também começaram a buscar novas práticas de mercado.
Até hoje o café se diferencia um pouco de outras commodities, pois a precificação não depende apenas de oferta e demanda, mas cada produtor pode agregar valor ao grão através da sua forma de produção, localização, colheita e, após, torrefação, estratégia de mercado e outros.
Além disso, hoje existem diversos pequenos produtores, cooperativas, agricultura familiar e outros modelos de negócio. Mas para entender como chegamos até esse ponto precisamos olhar para a evolução ao longo dos anos e entender as ondas do café.
1ª onda: pela década de 1960, o consumo começou a disparar. Nesse período, a característica principal é o padrão de produção industrial. O café é visto como um produto da indústria, e não vindo da fazenda. Seu sabor é amargo, a bebida é muito escura e com adição de sabores artificiais. A venda acontece em grandes quantidades para mercados de mantimentos gerais.
2ª onda: já pelos anos 1970, a forma de consumo começa a mudar. O Starbucks é um bom representante desse momento, quando o mais importante é a experiência. Assim surgem os expressos, lattes e outras receitas, mas a qualidade ainda se mantém limitada. O foco é nos sabores, mesmo que artificiais.
3ª onda: os anos 2000 marcam mais uma mudança no mercado, caracterizada por cafés de torragem mais suave, com sabores e perfis bem específicos e com as origens se tornando o ponto principal para o consumidor. A cadeia de produção se torna mais transparente e, tanto a qualidade quanto a sustentabilidade (seja ambiental, social ou econômica) é importante para produtores, torrefadores e consumidores.
E o futuro? Nossa analista de Inteligência de Mercado, Natalia Gandoplhi, conta que no mercado especializado já se considera que estamos entrando na quarta onda. “As pessoas querem consumir cafés especiais, estão mais preocupadas com a qualidade e as especificidades. Está se tornando uma questão de conjunto da obra, e não de focar em uma característica ou outra”, afirma Natalia.
No entanto, o café tradicional nunca vai deixar de existir, mas é importante olhar para as tendências de consumo para entender as forças do mercado no futuro próximo. “Apesar de existir um crescimento desse nicho de mercado, a característica de commodity do café tradicional permanecerá”, afirma Natalia Gandolphi, Analista de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint.
O café passa por muitas etapas até chegar à mesa do consumidor. Entre elas, podemos citar, de modo geral:
Sendo assim, é possível observar por quantos processos e negociações o café passa e o quanto afeta e é afetado pela economia. O Brasil, por exemplo, que é o maior produtor do grão, mas também o segundo maior consumidor, tem papel fundamental nessa equação. Quando algo acontece na oferta brasileira, acontece um impacto grande no balanço global, já que o país representa, em média, um terço da oferta global de café.
A Analista de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint, Natalia Gandolphi, nos conta que um exemplo de como as dinâmicas de oferta e demanda podem afetar vem exatamente do Brasil, relacionado ao fator climático. “Em abril de 2020, foi alertado sobre a possibilidade de ocorrência do fenômeno La Niña que, no Brasil, pode afetar os padrões de chuva e trazer temperaturas abaixo da média no país. De fato, houve problemas com chuvas em 2020 e geadas em 2021.”
No café, por ser uma cultura perene, o que acontece durante o desenvolvimento vegetativo também afeta a produção do ano seguinte. “Com o calendário brasileiro do arábica iniciando com a colheita por volta de maio, seguindo com as floradas em setembro e outubro, e enchimento dos frutos e posterior maturação entre novembro e meados de abril, temos períodos em que as chuvas são extremamente necessárias”, complementa Natalia.
No último trimestre de 2020, durante a florada do ciclo 21/22, tivemos chuvas abaixo da média, o que gerou uma quebra acentuada pela bienalidade negativa do arábica. No inverno de 2021, tivemos geadas, que afetaram o desenvolvimento vegetativo da safra 22/23. “Foram dois anos afetados pelo La Niña, que observamos com antecedência, em abril de 2020”, conta Natalia sobre o relatório elaborado previamente pela hEDGEpoint.
Devido aos tratos culturais necessários para recuperação após dois anos de eventos climáticos adversos, além dos impactos residuais que ficaram desses mesmos eventos, a produção 23/24 também foi negativamente afetada.
Portanto, com a primeira quebra, da safra 21/22, os preços do arábica em Nova Iorque avançaram de uma média de 110 cents por libra peso em abril de 2020 para 150 em maio de 2021, no início da colheita de 21/22. Com a geada, os preços voltaram a saltar, atingindo uma média de 250 cents por libra, em fevereiro de 2022.
No último trimestre de 2022, o Brasil registrou ótimas floradas para a temporada de 23/24, o que derrubou os preços para a faixa de 150 cents por libra peso. Porém, com o impacto residual dos problemas climáticos, a florada não alcançou o ideal e os preços reagiram de acordo, voltando para os patamares de 170 cents.
Ou seja, olhando para os últimos anos podemos entender por completo o mercado de café hoje e fazemos isso através da análise fundamentalista, observando fatores que afetam diretamente a oferta e a demanda.
“O mercado do café sofre impacto direto de todos os movimentos que estão acontecendo globalmente, como questão climática, a atual crise bancária. Além disso, os últimos anos em que tivemos problemas de produtividade mudaram a dinâmica de preços e spread. A expectativa para os próximos anos é positiva, mas é preciso estar atento ao que acontece para se proteger”, afirma Edelcio Samorano, Head de Desk na hEDGEpoint Global Markets.
Todas as commodities estão sujeitas a riscos que tornam importantes o gerenciamento. Desde as imprevisibilidades do tempo, que podem comprometer ou ajudar no sucesso de safras, até as taxas de câmbio, eventos mundiais que afetam políticas e mudanças de mercado, entre outros.
“Por ser uma das commodities mais comercializadas do mundo, esse mercado atrai muito dinheiro, especulador, investidor e com isso a volatilidade aumenta. Por isso, é importante contar com uma proteção para os solavancos do mercado. Todos os participantes devem fazer hedge se não do produto, do câmbio”, afirma Edelcio.
Com tantas fontes de instabilidade, esse mercado torna imprescindível contar com um parceiro que ofereça produtos especializados na gestão de riscos. A hEDGEpoint é especialista em hedge, aliando o conhecimento com tecnologias para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
Nossa equipe possui alto nível de experiência e entendimento das características próprias de cada commodity, como o café. Assim, podemos oferecer um trabalho personalizado para cada negócio, independente de que etapa da cadeia ele esteja.
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