O Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, foi criado em 23 de dezembro de 1913. Sua fundação teve como objetivo estabelecer um sistema mon
O Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, foi criado em 23 de dezembro de 1913. Sua fundação teve como objetivo estabelecer um sistema monetário e financeiro mais seguro, estável e adaptável às necessidades da economia americana. Atualmente, o FED se divide em quatro áreas gerais de responsabilidades:
Contudo, a influência do Federal Reserve vai muito além das fronteiras estadunidenses, influenciando e impactando diretamente economias de outros países, incluindo a do Brasil.
Neste artigo, convidamos o especialista Victor Arduin, analista de Energia e Macroeconomia da Hedgepoint, para explicar como as decisões da organização afetam o poder de compra do real, o mercado de commodities e a inflação brasileira. Boa leitura!
“O dólar é a principal moeda de transação comercial no mundo. Quando o FED ajusta sua política monetária, visando controlar a inflação ou promover pleno emprego nos Estados Unidos, todos os mercados globais acabam sendo impactados de alguma forma”, comenta Victor Arduin.
O especialista destaca que o aumento das taxas de juros pelo FED fortalece o dólar em relação a outras moedas, incluindo o real. Como resultado, o poder de compra do Brasil no mercado internacional diminui, pois são necessários mais reais para adquirir a mesma quantidade de dólares.
Por outro lado, políticas monetárias expansionistas adotadas pelo banco central americano, como a redução das taxas de juros, tendem a desvalorizar o dólar, aumentando o poder de compra do real.
“A depreciação do real frente ao dólar impacta a inflação no Brasil, especialmente em produtos importados, como trigo, petróleo e bens tecnológicos. Para frear a inflação e ancorar o poder de compra da moeda, o Banco Central brasileiro frequentemente precisa aumentar os juros e fortalecer o real”, relata Arduin.
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Além do efeito cambial, as políticas do FED também impactam a movimentação da economia brasileira. Quando a organização eleva os juros, países emergentes enfrentam desafios como:
Em momentos em que o FED reduz os juros, a tendência é que mais capital estrangeiro busque países emergentes como o Brasil, onde o retorno pode ser mais atrativo. Esse movimento ajuda a estabilizar a moeda e pode reduzir a pressão inflacionária.
O especialista explica o impacto das políticas monetárias do Federal Reserve no mercado de commodities brasileiras. A desvalorização do real pode tornar os produtos brasileiros mais atrativos no mercado de exportação, mas encarece o custo de vida para a população. Por outro lado, a valorização afeta a competitividade das commodities brasileiras, mas melhora o poder de compra do real.
“O setor de energia é um dos mais sensíveis à valorização do dólar, mesmo em um país como o Brasil, que é autossuficiente na produção de petróleo, mas não consegue processar tudo internamente e depende de importações”, relata Victor.
A produção agrícola também é afetada pelo FED. Segundo Arduin, a agricultura brasileira tem custos diretamente atrelados ao dólar, como a importação de fertilizantes. Com o real desvalorizado, esses produtos ficam mais caros e pesam no bolso dos produtores.
“Nestes casos, os agricultores podem mitigar riscos financeiros realizando operações de hedge. Essas ferramentas financeiras protegem o produtor contra as variações cambiais ocasionadas pelo FED“, destaca Arduin.
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Nos últimos anos, a taxa de juros do Federal Reserve dos Estados Unidos tem mostrado um perfil mais restritivo, com aumentos graduais. Entre março de 2022 e julho de 2023 a taxa foi elevada 11 vezes, buscando o controle da inflação. Veja os dados dos últimos 5 anos no gráfico abaixo ou confira as atualizações anuais direto no site oficial do FED.
Fonte: Trading economics
Contudo, o banco central dos Estados Unidos reduziu as taxas de juros ainda em setembro de 2024, surpreendendo o mercado com um corte de 0,5% para sua taxa principal. Antes, a porcentagem estava no intervalo de 5,25% a 5,50%. Atualmente, a taxa do FED está em 4,5% e 4,75% após nova redução um dia depois da vitória do republicano Donald Trump. A baixa foi realizada para combater o crescente aumento do desemprego nos país norte-americano.
“As mudanças nas taxas de juros do FED em setembro tiveram um impacto imediato no real brasileiro. A moeda ganhou força logo após o anúncio da redução”, completa Arduin.
Conforme informado pelo especialista da Hedgepoint, o dólar recuou mais de 1% após a publicação do FED sobre a redução nas taxas de juros. Essa mudança atrai investimentos ao Brasil onde os juros permanecem mais altos: a taxa Selic está atualmente em 11,25% ao ano.
A próxima reunião do FED para discutir a taxa de juros dos Estados Unidos está marcada para 17 e 18 de dezembro. “Nesta data, podemos ter mais informações, mas espera-se que a taxa continue caindo conforme as duas últimas atualizações”, finaliza o analista de Energia e Macroeconomia da Hedgepoint.
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