O ciclo de verão 2023/2024 começou marcado pela atuação do fenômeno El Niño no Brasil. A condição é caracterizada pelo aquecimento das águas do Oceano Pací
O ciclo de verão 2023/2024 começou marcado pela atuação do fenômeno El Niño no Brasil. A condição é caracterizada pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial e persiste por períodos variados.
Os efeitos do fenômeno afetam o mercado de commodities. Afinal, as alterações nas condições climáticas podem influenciar a oferta e demanda de diversos produtos agrícolas.
Nesse sentido, torna-se importante compreender quais os principais impactos desencadeados no desenvolvimento de culturas como soja, milho, café e açúcar. A produção dessas commodities é relevante não só para o país, mas para todo o globo.
Além disso, o gerenciamento de riscos exerce um papel significativo para proteger da volatilidade de preços. Convidamos Natália Gandolphi, Analista de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint, para explicar os principais desdobramentos do fenômeno El Niño no setor de commodities brasileiro.
Acompanhe a leitura e confira!
Em janeiro, o El Niño apresenta picos de intensidade no verão brasileiro:
“No Brasil, o fenômeno se associa a condições mais secas em algumas regiões, como o Nordeste, e ao aumento das temperaturas durante o verão”, pontua Natália Gandolphi.
Abaixo, explicamos em detalhes as principais previsões climáticas do El Niño. Confira!
O verão deve apresentar volumes de chuva acima da média. No oeste da região, as precipitações serão maiores em janeiro e fevereiro.
A estação deve ser bastante abafada, principalmente entre o norte dos três estados, com a chuva intensificada devido ao calor e à alta umidade.
A irregularidade caracteriza as chuvas no Centro-Oeste durante todo o verão. A menor quantidade de canais de umidade intensos desfavorece as chuvas regulares.
No Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul, a expectativa é de chuvas abaixo da média histórica até março. As temperaturas devem registrar grande calor, principalmente no norte e oeste de Mato Grosso, com grande chance de ondas de calor no estado brasileiro que é líder na produção da soja.
O verão será mais quente e abafado em ambas as regiões, quando comparado ao ano anterior. Os meses de janeiro e fevereiro devem registrar chuvas frequentes no Sudeste, em razão do calor e da umidade.
Em Minas Gerais, as chuvas serão bastante irregulares. Ondas de calor podem ocorrer, com foco no centro-leste de Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro, nos meses entre janeiro e fevereiro.
No Nordeste, as temperaturas devem ser mais altas do que o normal em todas as áreas, especialmente no sul do Piauí e centro-leste da Bahia. Uma das principais características do fenômeno é a ausência de chuvas na região.
No Norte, as temperaturas devem ser acima da média no verão, com calor intenso no Pará. Já a expectativa é de chuvas abaixo da média, embora haja a tendência de que o volume dos rios aumente aos poucos.
No leste e norte da Amazônia, o fenômeno El Niño no Brasil tem um impacto maior. A seca recorde de 2023 pode dar lugar à rápida subida do nível dos rios amazônicos nos próximos meses.
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Segundo Natália Gandolphi, as lavouras da primeira safra, como milho e soja, devem ser impactadas pelo clima em todas as regiões neste verão. Assim, o fenômeno pode afetar o plantio e desenvolvimento das culturas.
Para o café, o El Niño alterou as temperaturas e o regime de chuvas, principalmente entre a metade de novembro e a metade de dezembro.
“Como a safra ainda está em desenvolvimento, o efeito total dessas anomalias ainda é incerto. Porém, o fenômeno influenciou os regimes climáticos do Sudeste e Nordeste e modificou condições ideais para o desenvolvimento da safra 24/25 de café no Brasil”, pondera a Analista de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint.
Além disso, o El Niño interferiu na produção de café arábica da América Central no passado. “Isso acontece porque ele leva a um clima mais quente durante a florada e crescimento do fruto”, destaca Gandolphi.
No caso dos grãos, o El Niño apresentou consequências negativas na produção do Centro-Norte, o que causou uma quebra de safra.
“Quando se trata de soja e milho, precisamos observar Estados Unidos, Brasil, Argentina e Mar Negro. Dada a grande extensão desses países e a diferença no calendário de safras, os efeitos do fenômeno variam amplamante”, explica Natália Gandolphi.
Nos Estados Unidos, por exemplo, o El Niño costuma ser mais fraco no verão. Logo, seus impactos sobre a produtividade são leves. Já na América do Sul, ele traz calor para a maior parte do Brasil, com chuvas acima da média no Sul do país. Na Argentina, as chuvas têm a tendência de se intensificar no final de ano.
“Assim, o evento costuma ser negativo para o milho de inverno, mas positivo para soja e milho no Sul do Brasil e na Argentina durante o verão”, elucida Gandolphi.
Durante a janela mais importante de desenvolvimento da cana, entre dezembro e fevereiro, pode haver repercussões desencadeadas pelo El Niño.
“O padrão climático apresenta risco de induzir uma redução na precipitação do Centro-Sul. Em especial, no Norte de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Apesar dessa possibilidade, a correlação é menor”, explica a Analista de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint.
Há a possibilidade de formação do La Niña no segundo semestre de 2024, o que também já desperta a atenção do mercado de commodities como um todo.
Entre os principais efeitos de um La Niña ativo de junho a agosto, há o tempo mais frio na América Central, com fortes chuvas. Áreas na América do Sul também sofrem com o clima mais frio, além de uma estação mais seca no Sul do Brasil, Uruguai e Argentina.
Na segunda metade do ano, para a América do Sul, geralmente há um clima quente e seco. No Sul dos Estados Unidos, o fenômeno traz seca durante o inverno. Há também riscos de aumentar as chuvas de monção na Índia.
Desde já, devemos acompanhar as previsões e monitorar seus possíveis impactos para o mercado de commodities.
O gerenciamento de riscos não pode evitar intempéries climáticas. Porém, as ferramentas de hedge contribuem para proteger da volatilidade de preços que ocorre com as variações de oferta e demanda devido ao clima adverso.
“A interação entre clima e mercados futuros de commodities é crucial, pois repercute na volatilidade, o que altera os preços desses ativos. A incerteza associada às condições climáticas leva a uma maior especulação nesses mercados”, explica Natália Gandolphi.
Por conseguinte, os traders buscam antecipar e reagir rapidamente em relação às mudanças nas previsões climáticas. O objetivo é obter vantagens das flutuações nos preços. Simultaneamente, produtores e comerciantes utilizam contratos futuros para gerenciar o risco associado às condições climáticas.
“Devido à influência significativa do clima no mercado de commodities, a disponibilidade de informações climáticas precisas e oportunas faz toda a diferença. Com esses dados, os participantes do mercado tomam decisões mais bem informadas”, explana Gandolphi.
Portanto, torna-se imprescindível contar com um parceiro que entenda todas as movimentações que podem afetar esse setor. Nesse sentido, a hEDGEpoint alia produtos de hedge em commodities, análise de dados e inteligência de mercado.
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