Gerenciamento de risco em commodities: como funciona?

O mercado de commodities é caracterizado pela volatilidade de preços. Nesse sentido, o gerenciamento de risco faz toda a diferença para os players deste setor.

Fatores como o clima, as mudanças econômicas e as guerras podem alterar a dinâmica de produção e comercialização dessas mercadorias a nível local e global. Muitas commodities são negociadas em dólar e dependem da variação cambial, por exemplo.

Contar com ferramentas de hedge possibilita maior proteção aos negócios neste contexto. Mas, como o gerenciamento de risco funciona na prática e qual a sua real importância?

Explicamos todos os detalhes em seguida!

O que é o gerenciamento de riscos no mercado de commodities?

O conceito de gerenciamento de riscos está ligado ao planejamento, organização e controle de recursos. O objetivo é minimizar os riscos capazes de surgirem em cenários de incertezas.

Como as commodities são negociadas na bolsa e variam conforme a oferta e demanda, as nações produtoras estão sujeitas a intercorrências nos processos produtivos. Por conseguinte, fatores internos e externos influenciam os preços.

Basta pensar em um país conhecido pela enorme produção de trigo, como a Argentina. Após viver uma das piores secas da história no ano passado, a produção foi consideravelmente afetada. Paralelamente, a guerra na Ucrânia eclodiu no mundo. Uma das consequências dessa situação? Os preços do trigo subiram devido à redução na oferta e à demanda inelástica.

Dessa forma, o gerenciamento de riscos em commodities contribui para o produtor ter um controle melhor sobre as suas margens. Em outras palavras, permite que ele analise com mais precisão o mercado como um todo e se posicione da melhor maneira possível.

Como gerenciar riscos em commodities?

O gerenciamento de riscos visa identificar e avaliar as diversas fontes de risco associadas às operações em commodities, como:

• Alterações cambiais e nas taxas de juros;
• Instabilidades geopolíticas;
• Fenômenos climáticos;
• Acordos comerciais.

Ao compreender esses aspectos, os players podem adotar alternativas para mitigar os riscos e minimizar potenciais impactos adversos. Entre elas, há os contratos futuros, a termo e de opções.

Esses instrumentos financeiros permitem que os participantes do mercado projetem seus interesses contra movimentos desfavoráveis nos preços das commodities. Para isso, eles fixam valores de compra ou venda em uma data futura. Consequentemente, reduzem a exposição a variações do mercado.

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Além disso, o gerenciamento de riscos de commodities também envolve a implementação de práticas de monitoramento contínuo. Portanto, contar com inteligência de mercado se torna crucial para verificar atualizações diárias, acompanhar tendências, prever possíveis movimentações e identificar oportunidades.

Afinal, são essas análises que contribuem substancialmente na tomada de decisões mais assertivas, pois oferecem dados importantes para os players do mercado.

Por que o gerenciamento de riscos é importante neste setor?

A volatilidade impacta produtores, cooperativas, indústrias e consumidores de commodities. A gestão de riscos é fundamental para evitar ou diminuir variações de preço. Por isso, também tem efeitos na renda desses agentes, já que busca um equilíbrio entre risco e retorno financeiro.

As commodities, que incluem produtos como petróleo e grãos, estão suscetíveis a uma ampla gama de fatores que podem afetar significativamente os preços. A importância do gerenciamento de riscos reside na capacidade de proteger os participantes contra os riscos sistêmicos.

Ao identificar e avaliar proativamente os riscos associados às operações em commodities, os participantes do mercado podem adotar ferramentas que auxiliam a mitigá-los. Ademais, o gerenciamento eficaz de riscos é crucial para a sustentabilidade e continuidade das operações no mercado de commodities.

Empresas que dependem desses produtos para suas cadeias de suprimentos ou que atuam diretamente nesse mercado enfrentam riscos financeiros significativos. Com o gerenciamento de risco, conseguem se antecipar e se proteger das variações de valores. É o caso de companhias áreas que precisam de petróleo, por exemplo.

Em suma, o gerenciamento de riscos não apenas preserva o valor dos investimentos, mas também contribui para a estabilidade a longo prazo das atividades comerciais. Assim, evita altas abruptas nos preços tanto para fornecedores, produtores e consumidores.

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