O óleo de palma é o óleo vegetal mais consumido no planeta. É utilizado em alimentos como o chocolate e a margarina, mas também em cosméticos como sabonete
O óleo de palma é o óleo vegetal mais consumido no planeta. É utilizado em alimentos como o chocolate e a margarina, mas também em cosméticos como sabonetes, shampoos e detergentes. Em 2022/23, o consumo mundial de óleo de palma chegou a cerca de 78 milhões de toneladas métricas.
Um dos motivos para o seu alto consumo e popularidade como matéria prima é o seu alto rendimento. Os dendezeiros produzem mais óleo por hectare do que qualquer outra planta com sementes oleaginosas (cerca de 45-55%). Apesar de ter um custo baixo, o óleo de palma tem uma excelente qualidade ao ser comparado a outras mercadorias da mesma classe.
A Índia é a maior importadora do óleo de palma no mundo e se destaca devido a sua alta influência nos preços globais, além do seu grande potencial como produtora. Neste texto, vamos entender qual é o papel da Índia na movimentação do mercado, dados sobre o consumo e importação do país e mais.
Em conversa com Vipul Bhandari, Head of Desk da Hedgepoint EMEA, conseguimos insights sobre os principais desafios da indústria. Bhandari destaca que o consumo indiano de óleo de palma é tão significativo que impacta diretamente as economias da Indonésia e da Malásia, que dependem das exportações para a Índia.
Ele também aponta que, o óleo de palma está presente em uma vasta gama de produtos, atendendo a uma população de 1,4 bilhão de pessoas, o que representa aproximadamente 20% da população mundial.
Boa leitura!
A Índia é o segundo maior consumidor de óleo de palma no mundo, atrás apenas da Indonésia (que também é líder global na produção). O país tem uma alta demanda para consumo interno do produto, atingindo a média de 9-10 milhões de toneladas consumidas por ano, na última década.
Consumo de óleo de palma na Índia entre 2012 e 2023:
Fonte: Statista
Contudo, o país indiano alcança apenas o 13º lugar em produção mundial, de acordo com os dados do USDA. O órgão afirma que a Índia atingiu apenas 0,4% do total de óleo de palma produzido no planeta em 2023, com 305 mil toneladas métricas.
Devido à alta necessidade interna, a Índia se tornou o maior importador de óleo de palma mundial. A nação utiliza o produto de várias maneiras, inclusive como óleo comestível, em cosméticos e como biocombustível. Em 2022, o país asiático importou mais que o dobro do que a China, que foi a segunda maior importadora global. “A influência do consumo de óleo de palma da Índia se estende além de suas fronteiras, desempenhando um papel crucial na estabilidade econômica dos principais países exportadores, como a Indonésia e a Malásia”, afirma Bhandari.
Veja os dados abaixo:
Fonte: Statista
A Indonésia e a Malásia são os dois principais países que fornecem o óleo de palma para a Índia, seguidos pela Tailândia, Singapura e Papua Nova Guiné. Em junho de 2024, as importações deste produto aumentaram ainda mais devido à forte demanda das refinarias para os próximos festivais indianos. De acordo com a Forbes, houve um crescimento de 3% nas importações de junho, comparadas ao mês anterior. Isso significou o maior número nos últimos 6 meses.
“A volatilidade dos preços do óleo de palma no mercado global está diretamente ligada às flutuações na produção e exportação de países-chave como Indonésia e Malásia, além das políticas de importação de grandes consumidores como a Índia”, completa Bhandari.
Leia também:
A alta dependência da Índia por importações têm influenciado o país a buscar maior autossuficiência na produção de óleo de palma. Uma das ações mais fortes lançadas pelo governo indiano foi a Missão Nacional de Óleos Comestíveis (NMEO, em inglês). O programa busca aumentar a área cultivada de óleo de palma no país, além de fortalecer a economia interna.
De acordo com o site do NMEO, apenas 370 mil hectares estão sob cultivo de óleo de palma no país indiano. Porém, o governo nacional estima uma capacidade de 2,8 milhões de hectares que ainda podem ser cultivados no território.
A meta de expansão nas lavouras de óleo de palma na Índia é alcançar a marca de 1 milhão de hectares até 2025, além de aumentar a produção para 1,12 milhões de toneladas no mesmo período.
Veja o mapa divulgado pelo programa sobre as áreas que ainda podem ser aproveitadas para o plantio do óleo de palma:
Fonte: NMEO
Além disso, acordos entre a Índia e a Malásia buscam aumentar a cooperação bilateral no cultivo de óleo de palma. A Malásia contribui com 3 milhões de toneladas métricas do produto para a Índia todo o ano. Os países visam fortalecer seus laços para compartilhar conhecimentos na produção, pesquisas, reforçar acordos e mais.
A Índia é o maior comprador de óleo de palma do mundo, portanto, qualquer mudança de política terá um impacto imediato sobre os preços do óleo de palma. “Os estoques de óleo comestível da Índia estão sob estresse, apesar dos fortes volumes de importação. E, isso deve-se à voraz demanda doméstica do país, à medida que os ganhos da classe média aumentam e as margens de refino permanecem atraentes. Quaisquer ajustes na política para limitar os influxos de óleo comestível poderão resultar em um aumento nos preços do óleo comestível no país, alimentando as perspectivas de inflação mais alta e, ao mesmo tempo, aumentando os estoques potenciais na Malásia e na Indonésia, o que reduzirá os preços”, ressalta.
A Índia continuará sendo um participante importante nas importações de óleo comestível por um longo tempo, portanto, qualquer conversa sobre mudanças na política de óleo comestível, especialmente perto do período do orçamento federal em fevereiro, provavelmente causará volatilidade nos preços.
Leia também:
Como maior importadora de óleo de palma no mundo, a Índia influencia os preços deste produto. O recente aumento nas importações, por exemplo, elevou a demanda global e impactou os preços internacionais. Países exportadores, como a Indonésia e a Malásia, também são pressionados em situações como essas e precisam ajustar sua produção e seus valores para atender a crescente demanda impulsionada pela Índia.
Conforme a The Economic Times, a Malásia tem negociado o óleo de palma perto do seu nível mais alto nos últimos meses. Essas flutuações nos preços não afetam somente o país indiano: várias nações importadoras também podem sentir o aumento nos valores. “A queda nas exportações da Malásia, combinada com o aumento na produção, pressiona os preços do óleo de palma, especialmente em um cenário de estoques elevados. A expectativa é que essa pressão continue a influenciar o mercado global a curto e longo prazo”, destaca Bhandari.
Além disso, um mercado mais competitivo também pode impactar outros produtos concorrentes. Em junho, por exemplo, as importações de óleo de soja caíram 16% (para 273.000 toneladas) e o aumento das importações de óleo de palma foi um dos fatores contribuintes.
Em contrapartida, o governo indiano também tem suas ferramentas para controlar os preços dos produtos, pelo menos temporariamente. Nestes casos, é possível reduzir as taxas de importação do óleo de palma para equilibrar os valores do mercado (como já aconteceu com os óleos refinados de soja e girassol na Índia).
Os produtos de hedge são ferramentas financeiras que protegem empresas contra a volatilidade dos preços do mercado de commodities. As flutuações de valores que acontecem com o óleo de palma devido ao aumento das importações da Índia é um exemplo disso.
Na prática, empresas indianas que compram óleo de palma podem usar produtos como os contratos futuros e de opções para garantir preços fixos ou um limite máximo de valor para as compras que realizarão em breve. Isso ajuda a proteger essas companhias de oscilações inesperadas nos preços do óleo de palma, aumentando também a previsibilidade do mercado.
Na Hedgepoint, contamos com 150 produtos de hedge que se encaixam nas necessidades de qualquer empresa mundial que trabalha com commodities. Entre em contato com um especialista e saiba mais sobre nossas ferramentas.
Leia também:
Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente (client.services@hedgepointglobal.com), contate nosso canal de ombudsman interno (ombudsman@hedgepointglobal.com) ou 0800-878 8408/ouvidoria@hedgepointglobal.com (somente para clientes no Brasil).
Rua Funchal, 418, 18º andar - Vila Olímpia São Paulo, SP, Brasil
Contato
(00) 99999-8888 example@mail.com
Section
Home
O que Fazemos
Mercado
Quem Somos
HUB
Blog
Esta página foi preparada pela Hedgepoint Schweiz AG e suas afiliadas (“Hedgepoint”) exclusivamente para fins informativos e instrutivos, sem o objetivo de estabelecer obrigações ou compromissos com terceiros, nem de promover uma oferta ou solicitação de oferta de venda ou compra de quaisquer valores mobiliários, commodity interests ou produtos de investimento.
A Hedgepoint e suas associadas renunciam expressamente a qualquer uso das informações contidas neste documento que direta ou indiretamente resulte em danos ou prejuízos de qualquer natureza. As informações são obtidas de fontes que acreditamos serem confiáveis, mas não garantimos a atualidade ou precisão dessas informações.
O trading de commodity interests, como futuros, opções e swaps, envolve um risco substancial de perda e pode não ser adequado para todos os investidores. Você deve considerar cuidadosamente se esse tipo de negociação é adequado para você, levando em conta sua situação financeira. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros. Os clientes devem confiar em seu próprio julgamento independente e/ou consultores antes de realizar qualquer transação.
A Hedgepoint não fornece consultoria jurídica, tributária ou contábil, sendo de sua responsabilidade buscar essas orientações separadamente.
A Hedgepoint Schweiz AG está organizada, constituída e existente sob as leis da Suíça, é afiliada à ARIF, a Associação Romande des Intermédiaires Financiers, que é uma Organização de Autorregulação autorizada pela FINMA. A Hedgepoint Commodities LLC está organizada, constituída e existente sob as leis dos Estados Unidos, sendo autorizada e regulada pela Commodity Futures Trading Commission (CFTC) e é membro da National Futures Association (NFA), atuando como Introducing Broker e Commodity Trading Advisor. A Hedgepoint Global Markets Limited é regulada pela Dubai Financial Services Authority. O conteúdo é direcionado a Clientes Profissionais e não a Clientes de Varejo. A Hedgepoint Global Markets PTE. Ltd está organizada, constituída e existente sob as leis de Singapura, isenta de obter uma licença de serviços financeiros conforme o Segundo Anexo do Securities and Futures (Licensing and Conduct of Business) Act, pela Monetary Authority of Singapore (MAS). A Hedgepoint Global Markets DTVM Ltda. é autorizada e regulada no Brasil pelo Banco Central do Brasil (BCB) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Hedgepoint Serviços Ltda. está organizada, constituída e existente sob as leis do Brasil. A Hedgepoint Global Markets S.A. está organizada, constituída e existente sob as leis do Uruguai.
Em caso de dúvidas não resolvidas no primeiro contato com o atendimento ao cliente (client.services@hedgepointglobal.com), entre em contato com o canal de ouvidoria interna (ombudsman@hedgepointglobal.com – global ou ouvidoria@hedgepointglobal.com – apenas Brasil) ou ligue para 0800-8788408 (apenas Brasil).
Integridade, ética e transparência são valores que guiam nossa cultura. Para fortalecer ainda mais nossas práticas, a Hedgepoint possui um canal de denúncias para colaboradores e terceiros via e-mail ethicline@hedgepointglobal.com ou pelo formulário Ethic Line – Hedgepoint Global Markets.
Nota de segurança: Todos os contatos com clientes e parceiros são realizados exclusivamente por meio do nosso domínio @hedgepointglobal.com. Não aceite informações, boletos, extratos ou solicitações de outros domínios e preste atenção especial a variações em letras ou grafias, pois podem indicar uma situação fraudulenta.
“Hedgepoint” e o logotipo “Hedgepoint” são marcas de uso exclusivo da Hedgepoint e/ou de suas afiliadas. O uso ou reprodução é proibido, a menos que expressamente autorizado pela HedgePoint.
Além disso, o uso de outras marcas neste documento foi autorizado apenas para fins de identificação. Isso, portanto, não implica quaisquer direitos da HedgePoint sobre essas marcas ou implica endosso, associação ou aprovação pelos proprietários dessas marcas com a Hedgepoint ou suas afiliadas.
aA Hedgepoint Global Markets é correspondente cambial do Ebury Banco de Câmbio, de acordo com a resolução CMN Nº 4.935, DE 29 DE JULHO DE 2021, Artigo 14 do Banco Central do Brasil (BACEN).
Para mais informações sobre nosso parceiro, serviços disponíveis, atendimento e ouvidoria, acesse o link a seguir: https://br.ebury.com/