O Oriente Médio desempenha um papel estratégico no mercado global de petróleo, concentrando alguns dos maiores produtores da commodity, como Arábia Saudita
O Oriente Médio desempenha um papel estratégico no mercado global de petróleo, concentrando alguns dos maiores produtores da commodity, como Arábia Saudita, Irã e Iraque. No entanto, essa é também uma região marcada por instabilidade geopolítica.
Conflitos recentes em áreas de produção de petróleo no Oriente Médio têm levantado preocupações sobre o impacto que esses eventos podem ter no abastecimento e nos preços globais. A Ásia, em especial, é uma das regiões mais impactadas por esses conflitos devido à sua forte dependência do petróleo importado dessa região.
Diante deste contexto, convidamos o especialista Victor Arduin, analista de Energia e Macroeconomia da Hedgepoint, para explicar como essa situação afeta o mercado de petróleo na Ásia. Confira a seguir os principais pontos abordados pelo profissional e boa leitura.
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Alguns dos principais países envolvidos em conflitos geopolíticos na história moderna são membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). A instituição busca regular o mercado global de petróleo e garantir preços mais estáveis para a commodity.
O Irã foi o quarto maior produtor de petróleo bruto da OPEP em 2023. Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), o país possui a terceira maior reserva comprovada de petróleo do mundo, com 12% do total, enquanto suas reservas no Oriente Médio representam 24%. O Brasil produz cerca de 3M de petróleo, chegando 4M com outros líquidos. Veja os dados de produção da nação em comparação com outros países:
Fonte: EIA
“A expectativa e que uma escalada possa prejudicar o comércio de petróleo, afetando o abastecimento e impulsionando o preço das commodities energéticas”, explica Arduin.
O especialista da Hedgepoint também aponta a influência dos conflitos no Oriente Médio sobre as rotas de entrega de petróleo para a Ásia. Segundo ele, “o fluxo de petróleo destinado aos países asiáticos passa pelo Oriente Médio. Assim, qualquer interrupção nessa rota logística impacta imediatamente os preços dos barris que chegam até lá.”
O Estreito de Ormuz, por exemplo, é uma das principais rotas para o petróleo asiático. Aproximadamente 20 a 30 milhões de barris passam por essa via diariamente, representando 21% do petróleo comercializado globalmente. Caso o Irã interrompa essa passagem, o continente pode sofrer com a oferta reduzida.
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De acordo com Arduin, as principais economias do mundo têm aplicado sanções econômicas aos países em conflito, especialmente ao Irã. O objetivo é limitar seu apoio a grupos envolvidos e conter sua participação nas ações.
Segundo a Administração de Informações Energéticas dos EUA (EIA), a China é o segundo maior consumidor de petróleo no mundo. O especialista relata que a nação asiática depende fortemente das importações da commodity vindas do Oriente Médio.
“A China absorve boa parte da oferta sancionada do Irã, principalmente por ser mais barata. A nação asiática não adere a essas sanções impostas pelo Ocidente”, completa o especialista.
Arduin também ressalta que as sanções dos Estados Unidos foram tema recorrente nas eleições americanas. A gestão atual evitou aplicar novas sanções para não afetar a produção de petróleo no Oriente Médio e influenciar uma alta nos preços.
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Devido à importância do Irã no mercado petroleiro, os conflitos envolvendo o país têm impactado os preços do produto internacionalmente. Em outubro de 2024, o valor do barril subiu mais de 5% nos mercados globais após o país se envolver em novos confrontos contra Israel.
Com a expectativa de uma retaliação israelense, os futuros do petróleo continuaram a subir. Segundo a S&P Global, o WTI (West Texas Intermediate – referência para o preço do petróleo na Bolsa de Valores) de dezembro da NYMEX fechou em alta de US$ 1,59 no final de outubro, a US$ 71,78 por barril. O Brent de dezembro da ICE subiu US$ 1,67, para US$ 76,05 por barril.
“O preço do petróleo sobe rapidamente quando surgem tensões, mas também cai assim que há um esfriamento. Foi o que observamos em outubro: o petróleo chegou a quase US$ 80 e depois voltou para a faixa dos US$ 70”, completa Arduin.
Enquanto isso, a Arábia Saudita elevou os preços para compradores asiáticos para cobrir os riscos e a volatilidade do mercado. Em outubro, uma produtora estatal do país aumentou o preço oficial de venda de seu principal tipo de petróleo bruto em 90 centavos, especialmente para compradores da Ásia. Ao mesmo tempo, a empresa reduziu o preço para os Estados Unidos e a Europa.
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O especialista também destaca que a OPEP tem reduzido a produção para sustentar os preços do petróleo, embora a organização tivesse previsto um aumento na produção de outubro a dezembro.
“Com os conflitos geopolíticos, esse crescimento na oferta não está acontecendo. Isso também pressiona os preços do petróleo”, afirma Arduin.
A China é um dos países asiáticos mais afetados pelo aumento dos preços, por ser a maior importadora de petróleo do mundo. “A China tem utilizado estoques como amortecimento no curto prazo e investe em energia renovável para reduzir sua dependência do petróleo do Oriente Médio no longo prazo”, finaliza Arduin.
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Diante deste cenário de volatilidade, ferramentas de hedge tornam-se essenciais para empresas que desejam se proteger das oscilações de preço no petróleo. Segundo Arduin, o hedge é indispensável para minimizar o impacto das flutuações de valores.
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