O café arábica, considerado mais suave e adocicado, provavelmente vai recuperar na temporada 2023/24 alguma participação perdida na composição do “blend” d
O café arábica, considerado mais suave e adocicado, provavelmente vai recuperar na temporada 2023/24 alguma participação perdida na composição do “blend” do produto torrado e moído vendido aos consumidores brasileiros, na avaliação de analistas.
Isso pode acontecer pela firmeza dos preços locais dos grãos canéforas – conhecidos como conilon ou robusta e naturalmente mais amargos que o arábica – em meio à sustentação do mercado global da variedade, que atingiu um nível recorde em junho devido a uma oferta apertada em países como Vietnã e Indonésia.
A conjuntura também considera dados do governo brasileiro de uma safra maior de arábica no Brasil, segundo consumidor global de café, enquanto a colheita de canéforas será menor no país.
O consumo de grãos arábicas no Brasil poderia dobrar em 2023/24 para 6,6 milhões de sacas de 60 kg ante o ciclo anterior, enquanto a demanda da indústria por canéforas cairia de 18,7 milhões de sacas em 22/23 para 15,5 milhões de sacas na temporada atual, na visão da empresa de consultoria e gestão de riscos hEDGEpoint Global Markets.
“É o dobro, mas ainda estamos vendo um ‘mix’ muito abaixo da média (histórica para o arábica)”, disse a analista de café da hEDGEpoint, Natália Gandolphi, à Reuters.
Ela lembrou que no passado a proporção de arábica e robusta/conilon na produção de café torrado e moído do Brasil era de 50% para cada variedade.
“Nos últimos dois anos teve esta queda (no uso de arábica), estamos vendo pequena recuperação, mas ainda não vemos uma situação normal”, comentou a especialista, acreditando que a adição de arábica no “blend” deve se intensificar mais adiante na safra.
A expectativa de maior demanda por grãos arábica ocorre em um ano em que a colheita de café dessa variedade do Brasil vai crescer quase 16%, para 37,9 milhões de sacas de 60 kg, segundo os últimos números da estatal Conab. De outro lado, a produção de canéforas vai cair 7,6%, para 16,8 milhões de toneladas, conforme órgão do governo brasileiro.
Na véspera, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) apontou um aumento da produção global de café, citando uma expectativa de safra maior de arábica, notadamente do Brasil, e menor de robusta.
Gil Barabach, especialista da consultoria Safras & Mercado, concorda que a indústria brasileira poderá elevar o percentual de arábica no “blend”.
“Especialmente se começar a aparecer mais arábica de bebida mais fraca e com preço relativamente mais baixo… E é essa a expectativa com inverno mais chuvoso”, disse o consultor, em referência a eventuais problemas de qualidade para o grão que as chuvas podem trazer durante a colheita.
Procurada, a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) não comentou o assunto.
Um índice de suprimento de café, elaborado pela Abic, mostrou que a oferta de café arábica havia melhorado no Brasil, subindo do patamar de 6 (de suprimento mais seletivo) em março para algo mais próximo de 7 (de normalidade) no começo de junho.
Já o indicador para o conilon caiu de aproximadamente 7 para 6,28 no mesmo período, o menor nível em cerca de um ano, pelo menos. Abaixo de 7 a oferta é considerada “seletiva”, em momento em que produtores estavam reticentes em vender, apesar do início da colheita.
Segundo informações da hEDGEpoint, atualmente o “spread” entre os preços de um arábica com maior incidência de defeitos e o conilon tipo 7 está mais próximo de 200 reais a saca, versus cerca de 500 reais a saca um ano antes.
Mais adocicados e suaves, os grãos arábicas geralmente têm um prêmio em relação aos canéforas, que são usados no “blend” e também pela indústria de café solúvel.
Mas esse diferencial se estreitou, algo que o mercado vai acompanhar, especialmente após o café arábica negociado na bolsa ICE ter atingido o menor patamar em cerca de seis meses nesta sexta-feira, com pressão do avanço da colheita no Brasil.
Apesar da redução esperada no uso de robusta e conilon no “blend”, a analista da hEDGEpoint não vê grande aumento no excedente para exportação no Brasil, uma vez que a safra do Espírito Santo, maior produtor dessa variedade, “é menor”.
Mas ela admite, até pelas máximas recordes registradas nos preços do robusta no mercado internacional, que pode haver maior interesse de venda de conilon ao exterior. Isso também dependeria de quanto poderia ser reduzida a mistura de canéforas na composição do “blend” brasileiro do torrado e moído.
“Estamos vendo recuperação das exportações (de conilon), caminhando finalmente para um movimento sazonal, algo que não vimos no ciclo anterior”, disse ela, notando que os volumes exportados ainda são abaixo da média.
O Brasil exportou baixos volumes de robusta e conilon na safra passada, uma vez que a indústria local aumentou a participação desses cafés no “blend”, quando a oferta de arábica foi menor.
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