Todo ano, a equipe de especialistas da Hedgepoint publica relatórios completos sobre o panorama global de diversas commodities agrícolas. No blog, você já
Todo ano, a equipe de especialistas da Hedgepoint publica relatórios completos sobre o panorama global de diversas commodities agrícolas. No blog, você já pode acompanhar conteúdos publicados sobre café e soja e oleaginosas. Neste texto, vamos abordar as tendências de curto e longo prazo para o mercado de açúcar em 2025.
A coordenadora de inteligência de mercado da Hedgepoint, Lívea Coda, foi responsável por esse report do açúcar. De acordo com a especialista, o segmento segue em um cenário de forte volatilidade, impulsionado por questões de disponibilidade e macroeconomia. Acompanhe abaixo os principais insights levantados e faça uma boa leitura!
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O outlook 2025 inicia abordando dados econômicos sobre o mercado. Conforme citado no documento, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indica que a inflação global deve cair de 4,2% para 3,5% neste ano, com uma convergência mais rápida para a meta nas economias avançadas.
“Com isso, os Estados Unidos e a União Europeia estão mais próximos de atingir seus objetivos do que o Brasil, a Índia e a China – países diretamente relacionados ao setor açucareiro”, indica Coda.
A especialista relata que há preocupação com a persistência da inflação americana e seu fortalecimento devido à agenda da nova administração de Trump. Essa antecipação impulsionou o dólar a novos patamares ao final de 2024.
Como o Brasil é o principal fornecedor de açúcar, a desvalorização do real incentiva os produtores locais a vender no mercado internacional. Esse comportamento brasileiro contribuiu para uma correção dos preços do adoçante. Entretanto, a moeda local obteve uma recuperação em janeiro de 2025 (recuando para menos de R$6 ao dólar), o que limitou as novas vendas.
“O Comitê de Política Monetária (COPOM) elevou a taxa Selic em sua última reunião e indicou que novos aumentos podem ocorrer em 2025. Esse movimento favorece a moeda brasileira, ao sugerir um maior diferencial de juros entre o Brasil e os Estados Unidos – o que pode atrair capital estrangeiro”, acrescenta Lívea.
Contudo, a profissional da Hedgepoint indica que as questões fiscais não resolvidas no Brasil ainda atuam como uma barreira para maior valorização da moeda nacional. Desta forma, o patamar para o real permanece incerto, podendo atuar tanto do lado altista como baixista para o mercado de açúcar.
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“Depois de quatro anos de déficit, o mercado de açúcar mundial está andando na corda bamba. O Brasil caminha para um nível de disponibilidade mais alto e estável, mas o Hemisfério Norte ainda enfrenta dificuldades. Nossa equipe de especialistas observou uma certa recuperação, mas a maioria dos países ainda está longe de sua capacidade histórica”, aponta Lívea Coda.
No Brasil, a umidade do solo na região Centro-Sul melhorou, impulsionada pelo clima favorável entre novembro e janeiro. Em comparação com anos anteriores, o índice NDVI (Normalized Difference Vegetation Index) indica uma recuperação da saúde da planta, aumentando sua capacidade de absorção da luz solar.
A especialista da Hedgepoint sugere uma produção açucareira de 43,3 Mt em 25/26 na região produtora. No total de cana, as expectativas também aumentam para 630 Mt.
Desde a pandemia da Covid-19, o etanol tem encontrado dificuldades para competir com o açúcar. Alterações na política fiscal seguidas pelo fim da PPI dificultaram qualquer reação de preços do biocombustível.
“Para o período 24/25, estimamos um crescimento do ciclo Otto de 2,3% para o centro-sul do Brasil e 5,8% para o nordeste. Já para 25/26, dada a expectativa de desafios econômicos, o crescimento deve ser mais limitado, em torno de 2% em cada região”, acrescenta. Coda também informa que a estimativa considera a alteração da mistura de anidro de 27% para 30% em junho de 2025.
Outro ponto levantado no outlook é o estoque de biocombustíveis. De acordo com os dados, a maior disponibilidade com a safra de 630 Mt combinada com a expansão esperada para o etanol de milho mantém os estoques em patamares confortáveis.
Lívea aponta que as tarifas mais altas nos Estados Unidos podem aumentar a disponibilidade doméstica de biocombustíveis no Brasil. Nos últimos cinco anos, o país exportou 500 milhões de litros de etanol para a América e importou apenas 300 milhões de litros.
Se não houver qualquer tipo de comércio entre os países, o excedente médio de 200 milhões de litros poderia ficar no Brasil. Esse volume corresponde a menos de 1% da produção brasileira, tendo um baixo impacto esperado nos preços.
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A equipe de especialistas da Hedgepoint relata que a Índia é um fator de alta a curto prazo. O país teve uma precipitação próxima da média durante o desenvolvimento da cana, o que sustenta a projeção de 30 milhões de toneladas. No entanto, se a safra for encerrada mais cedo, um déficit global pode surgir, dando ainda mais suporte aos preços.
A Tailândia vai na direção oposta, com maior disponibilidade. Neste país, a área de cana se expandiu e as boas condições climáticas devem recuperar a produção para mais de 11 milhões de toneladas em 2024/25, ampliando sua participação nos fluxos globais.
Já a Europa deve produzir 16,5 milhões de toneladas de açúcar, considerando um desvio médio de produto para o etanol. O aumento da disponibilidade na Ucrânia pode reduzir as importações do bloco europeu e impactar o plantio da próxima safra.
O México apresentou melhores condições para o desenvolvimento da cana-de-açúcar, mas a produção ainda deve ficar abaixo da capacidade. No entanto, espera-se uma maior disponibilidade para exportação.
Prevê-se que os Estados Unidos terão maior disponibilidade doméstica, reduzindo sua dependência do comércio internacional, especialmente considerando os maiores estoques de 24/25. A incerteza em relação às revisões tarifárias pode levar o país a buscar outras fontes de importação.
A China é a maior importadora do mercado açucareiro do mundo. Em termos de demanda, o país tem apresentado ótimos resultados. Sua produção estimada para a safra 24/25 é de 11Mt, reduzindo sua necessidade de importação. Além disso, a produção de açúcar na China já aumentou 28% até janeiro, chegando a 7,5 milhões de toneladas.
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“Considerando todos os países analisados, ficam claras duas tendências de curto e longo prazo. No curto, depende-se da disponibilidade do Hemisfério Norte, região com custos mais altos e capacidade de produção reduzida. Esse cenário constrói uma tendência altista que dá suporte ao contrato de março e ao de maio”, aponta Coda.
No longo prazo, a especialista aponta que os demais contratos de 2025, julho e outubro, se tornam baixistas pela disponibilidade brasileira. Caso o clima durante o desenvolvimento da safra do Hemisfério Norte registre condições favoráveis, outubro se torna o contrato mais baixista. Esse cenário pode afetar o contrato de março de 2026.
Além desses insights, você pode conferir os dados completos no outlook 2025 sobre o mercado de açúcar. Basta acessar o Hedgepoint HUB, se cadastrar e conferir os materiais elaborados pelos especialistas.
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