As políticas monetárias são instrumentos fundamentais utilizados pelos governos para regular a oferta de dinheiro e influenciar a economia de um país. Atra
As políticas monetárias são instrumentos fundamentais utilizados pelos governos para regular a oferta de dinheiro e influenciar a economia de um país. Através dessas medidas econômicas, autoridades monetárias buscam controlar a inflação, promover o crescimento econômico sustentável e estabilizar a moeda nacional.
Cada país ajusta suas políticas de acordo com suas condições econômicas específicas, e essas decisões têm repercussões diretas no mercado de câmbio global, impactando as relações comerciais e a competitividade das moedas no cenário internacional.
Neste texto, vamos entender o que são essas políticas monetárias, qual é a influência da Ásia no mercado, como elas afetam os acordos comerciais entre países e mais. Acompanhe o conteúdo e confira as explicações completas fornecidas pelo especialista Victor Arduin, analista de Energia e Macroeconomia da Hedgepoint. Boa leitura!
Existem duas situações principais em que as políticas monetárias são importantes dentro de um país: no controle da inflação e no estímulo da economia.
A primeira ocorre quando há um aumento generalizado dos preços e necessita de controle.
A segunda significa que a economia nacional está estagnada e precisa de estímulos para crescer. Em ambos os casos, as políticas monetárias podem ser utilizadas pelo Banco Central para movimentar a dinâmica da sua economia.
“Portanto, uma política monetária pode estar em um ciclo expansionista ou restritivo, sendo as taxas de juros o principal instrumento utilizado pelos bancos centrais para influenciar a economia em um determinado período” – afirma Arduin.
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A política monetária expansionista é voltada para o estímulo ao consumo e movimentar a economia. Geralmente, é utilizada em períodos de recessão ou baixo crescimento.
“Na prática, isso significa que o Banco Central vai reduzir as taxas de juros de empréstimos para que empresas e consumidores invistam mais. Além disso, os bancos também mais dinheiro no mercado com outros instrumentos do mercado financeiro para facilitar o crédito” – acrescenta Arduin.
Como resultado, essas medidas aumentam o consumo dentro do país e aceleram a economia que estava estagnada. O principal risco desta ferramenta é a inflação: com mais dinheiro em circulação, o seu poder econômico pode diminuir em relação a outras moedas internacionais.
Essa política é utilizada em momentos em que a economia está sofrendo com a inflação. Seu objetivo é reduzir o ritmo da economia para controlar o poder de compra e reter a desvalorização. Essa prática é mais utilizada em países emergentes e em desenvolvimento.
Suas ações incluem o aumento das taxas de juros e a redução da oferta monetária. Nestes casos, o Banco Central encarece o crédito e desestimula o consumo para abrandar a pressão da inflação. Essas medidas podem diminuir o crescimento econômico de um país, mas são essenciais para manter a organização da economia do país frente o mercado internacional.
“Os países tentam controlar essa dinâmica de preços até atingir uma meta específica de inflação. Hoje, no Brasil e no México essa meta é de 3%. Nos Estados Unidos e na Europa é de 2%, por exemplo” – completa o especialista.
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Como as políticas monetárias controlam o valor de uma moeda, elas também têm impacto direto no mercado de câmbio. Por exemplo, se um país usa políticas expansionistas, sua moeda pode perder valor em relação à outra (mais reais são necessários para comprar um dólar). Em contrapartida, uma moeda desvalorizada pode aumentar as exportações por ter um preço mais atrativo.
No caso das políticas restritivas, a valorização da moeda aumenta em relação à outra (menos reais para comprar um dólar). Mas isso também significa que os preços não serão atrativos para a exportação.
“O Brasil, por exemplo, tem uma economia altamente impulsionada pela importação, seja de trigo, petróleo, diesel, eletrônicos e mais. Quando o seu câmbio está mais apreciado, a moeda favorece a redução dos preços de produtos importados” – exemplifica Arduin.
As políticas monetárias de países asiáticos, principalmente de economias maiores, têm alto impacto no mercado de câmbio global devido à grande participação dessas nações no comércio internacional e na movimentação de commodities. Como essas políticas influenciam os valores das moedas, cada ajuste nas taxas de juros asiáticas altera a competitividade monetária de outras economias.
De acordo com Arduin, “a Ásia tem uma dinâmica de mercado forte. Os países de lá consomem muitas commodities e exportam uma grande gama de produtos. Por ser o continente mais populoso do planeta, qualquer alteração nas políticas monetárias vai desencadear em uma alteração nas demandas por produtos”.
Países como o Japão, a China e a Índia, exportam e importam um grande número de commodities, como a soja, o milho e o óleo de palma. Quando a China utiliza políticas monetárias expansionistas, por exemplo, o yuan perde poder competitivo e reduz o preço dos produtos importados deste país. Desta forma, nações que possuem acordos comerciais com a China, a exemplo do Brasil, são favorecidos pelas mudanças nas políticas monetárias.
Outra consequência, é a pressão que a política expansiva gera aos países que competem diretamente em exportações. Uma moeda mais fraca faz com que os produtos dos concorrentes fiquem mais caros quando comparados.
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Segundo o especialista, o Japão se posiciona como um dos principais países asiáticos que influenciam o mercado de câmbio. Nos últimos anos, o país manteve uma economia de baixo crescimento com taxas de juros negativas. Mas em março de 2024, o Banco Central do Japão anunciou uma nova política monetária: as taxas de juros passaram de -0,1% para 0% e 0,1%. É uma mudança pequena, mas que representa a busca do país pelo controle da moeda.
“Pela primeira vez em muitos anos, o Japão está entrando no campo positivo dos juros. Isso tem impactado o desempenho de moedas emergentes, como o real do Brasil e o peso mexicano”, completa Arduin.
Por ter essa característica única em suas políticas monetárias, o Japão exerceu um papel importante no mercado: as operações de investidores. Devido às baixas taxas de juros no Japão, o iene sempre foi uma boa opção para quem pegava dinheiro emprestado no país a juros negativos e investia em nações com juros mais altos. Essas negociações têm influência no mercado de câmbio porque movimentam o fluxo de capital e as taxas do iene.
“Quanto aos outros países do continente asiático, a dinâmica da política monetária das Filipinas, da Indonésia, do Vietnã e da Índia estão se encaminhando para um cenário menos restritivo. Baixando os juros, essas economias podem acelerar o crescimento em 2025 e aquecer o mercado global com o maior consumo por commodities” – finaliza Arduin.
Em resumo, as políticas monetárias asiáticas influenciam o mercado de câmbio;
As políticas monetárias influenciam o câmbio mundial e, por consequência, afetam os valores das commodities. Transações comerciais entre o Brasil e a China, por exemplo, são impactadas quanto a moeda chinesa é valorizada ou desvalorizada.
O hedge ajuda ambos os países a manter uma taxa de câmbio fixa, independente das mudanças em juros internos. Essa prática reduz os riscos da flutuação do câmbio e aumenta a previsibilidade dos negócios.
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