Em 2023, os preços do cacau atingiram os patamares mais altos em mais de uma década, o que repercutiu em todo o mundo. A tendência é de que os valores cont
Em 2023, os preços do cacau atingiram os patamares mais altos em mais de uma década, o que repercutiu em todo o mundo. A tendência é de que os valores continuem elevados neste ano. Mas, o que explica essa situação?
Um dos motivos são os aspectos desfavoráveis que envolvem a produção na África Ocidental. Essa região é responsável por dois terços da colheita de cacau do planeta. Entre os fatores, podemos citar a presença de doenças que afetam plantações e também condições climáticas adversas.
O cenário global é de dificuldades na oferta, com baixa nos estoques. No caso da demanda do cacau, o aumento é crescente. Dessa forma, a commodity apresenta variações significativas nos preços, o que provoca diversos impactos.
Quer entender melhor sobre a alta nos preços do cacau? Continue a leitura e confira todos os detalhes!
A expectativa de oferta do cacau para o ciclo 2023/24 já era negativa. Porém, em novembro de 2023, a alta da commodity foi inclusive um dos principais destaques da Bolsa de Nova York. A valorização expressiva tem forte associação com as entregas menores de cacau nos portos da Costa do Marfim, principal produtor mundial.
Desde o início da safra 2023/24 de cacau, que iniciou em outubro, as entregas recuaram. Para você entender por que os preços estão em alta, nós selecionamos os principais fatores que geram a volatilidade no mercado do cacau. Confira abaixo!
Com a atuação do La Niña até metade de 2023, o clima estava bastante úmido e chuvoso em diversas áreas produtoras de cacau na África Ocidental. O mau tempo prejudicou as plantações do fruto.
Na Costa do Marfim, as chuvas em excesso trouxeram incertezas sobre o volume disponível de cacau. O país produziu 2,14 milhões de toneladas de cacau na temporada 2022/23, queda de 2,7% em relação aos 2,2 milhões de toneladas do ciclo anterior.
O alerta para os próximos meses é de clima seco na região, diante dos desafios trazidos pelo El Niño. Há novas preocupações entre os agricultores sobre as perspectivas das colheitas para 2023/24.
Entre os fenômenos climáticos adversos, precisamos destacar a presença do Harmattan. Ele é um vento seco e poeirento que sopra do Saara em direção à costa oeste africana.
Entre os seus efeitos, destaca-se a seca nos frutos jovens de cacau em plantações mais antigas da Costa do Marfim. Consequentemente, há o aumento do risco de uma produção inferior na parte ocidental do país.
A colheita, assim, pode não ser tão abundante em comparação com o ano passado, à medida que o Harmattan se intensifica.
A menor oferta de cacau se deu após fortes chuvas na África Ocidental que causaram doenças em um grande volume de sementes. Nesse sentido, os produtores lutam contra o “vírus do boto inchado“, que pode matar árvores em alguns anos. Além dele, há a presença da doença da podridão parda, responsável pelo apodrecimento de frutos.
Embora a perspectiva seja de seca para a próxima temporada, a chuva não parou completamente no Sul da África. Neste cenário, a presença de nevoeiro e orvalho promovem condições favoráveis ao ataque de insetos.
Os agricultores de toda a África Ocidental enfrentam ameaças semelhantes. Em Gana, muitos adotaram medidas preventivas, cortando arbustos ao redor das plantações.
Enquanto a pandemia desencadeou uma desaceleração na demanda global de cacau, a recuperação do consumo nos dois últimos anos mudou essa realidade. A procura por cacau aumentou consideravelmente: países que não eram compradores tradicionais, como a China, tornaram-se consumidores relevantes.
Aliado a isso, houve a redução da oferta de cacau na Costa do Marfim e Gana, devido a todos os fatores que citamos acima. Se o cenário atual persistir, o mercado do cacau poderá enfrentar mais um ano de déficit nos estoques em 2024.
Só para você ter ideia, a Costa do Marfim cortou as vendas de contrato futuro do ciclo 23/24 de cacau. A medida surgiu em julho de 2023 como resposta à insegurança de não haver produção suficiente para atender à demanda.
A Organização Internacional do Cacau (ICO, sigla em inglês) indica que o déficit será de cerca de 142 mil toneladas. Em relatório divulgado em agosto, eles afirmaram que os estoques reduzidos podem causar nova escalada de preços.
Os impactos da alta de preços do cacau são sentidos por diferentes setores da economia, o que envolve produtores, indústrias e consumidores, por exemplo.
Dados da Nielsen IQ mostram que o aumento no preço do chocolate na Europa foi de 13,3% no primeiro semestre de 2023. Nos Estados Unidos, o aumento chegou a 20,7%. Essa alta é sentida nos mercados globais que negociam contratos futuros do cacau.
Em outras palavras, os custos de produção ficam mais caros para as fabricantes de chocolate. Um dos movimentos mais comuns das indústrias é repassar o aumento para os consumidores. Assim, o produto encarece nas prateleiras.
Então, surgem duas possibilidades. A primeira é de cenário negativo, com a queda nas vendas devido ao aumento dos preços, já que o chocolate não é um produto essencial. Mas, se os consumidores absorverem a alta e continuarem consumindo, as empresas podem aumentar os lucros.
Muitos dos maiores produtores de cacau são países em desenvolvimento, principalmente na África Ocidental. A variação nos preços da commodity tem risco de impactar as economias dessas nações, o que influencia a receita de exportação, o emprego e a renda.
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Como você percebeu, o mercado do cacau é extremamente volátil. Afinal, ele sofre variações na oferta e demanda devido a condições como clima e presença de doenças e pragas que afetam os cultivos.
Contar com o gerenciamento de riscos faz toda a diferença para a cadeia global da commodity. Nesse sentido, a hEDGEpoint oferece produtos de hedge sofisticados como o uso de derivativos para proteger da volatilidade de preços.
Aliamos o conhecimento de nossos profissionais com análise de dados e insights para contribuir na tomada de decisões. Além disso, temos à disposição um time de inteligência de mercado. Dessa forma, nossos clientes conseguem acompanhar todas as movimentações que podem causar volatilidade de preços do cacau.
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