A commodity de proteína animal se refere aos produtos de origem animal que são negociados em mercados internacionais como bens básicos homogêneos. Além dis
A commodity de proteína animal se refere aos produtos de origem animal que são negociados em mercados internacionais como bens básicos homogêneos. Além disso, são amplamente comercializados e com preços influenciados por diversos fatores, incluindo: oferta e demanda, condições climáticas, ração animal, políticas governamentais, conflitos sociopolíticos, mudanças econômicas e doenças sanitárias.
A proteína animal pode incluir uma variedade de produtos, como carne bovina, suína, aves, cordeiro, peixes, laticínios, ovos e demais derivados de origem animal. Essas mercadorias são produzidas em escala industrial e estão sujeitas a padrões e regulamentações específicas para garantir a segurança alimentar e a qualidade.
Atualmente, é um setor caracterizado por um contexto mundial complexo e desafiador. A pandemia da COVID-19, por exemplo, impactou significativamente a oferta e demanda, bem como os preços. Um dos países mais afetados por esse panorama foram os Estados Unidos.
Neste artigo, você irá entender como está o cenário da carne bovina e suína na nação norte-americana e por que há riscos de colapsar, com destaque para a importância da gestão de riscos.
John Payne, Relationship Manager da hEDGEpoint com atuação nos Estados Unidos, explica o principal desafio do mercado de carne bovina no país:
“Estamos em um ponto no qual não há muitos animais disponíveis no curto prazo. O abastecimento de gado foi eliminado nos últimos 5 anos por causa de fazendas não lucrativas, COVID-19 e seca extrema. Os produtores estão sendo incentivados a aumentarem os rebanhos, mas é um processo longo e com custos variados”, argumenta Payne.
Após a pandemia, a demanda voltou a aumentar, mas o ciclo de produção da carne bovina leva tempo e não acompanha o ritmo do consumo. Só para se ter uma ideia, o rebanho de vacas de corte do país caiu para o seu nível mais baixo desde 1962, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Uma das razões para isso foi a seca extrema sofrida pelos Estados Unidos em 2022. Com isso, elevaram-se os custos de alimentação animal, pois o clima adverso reduziu a quantidade de pasto disponível. Os pecuaristas enviaram cada vez menos vacas ao abate, em vez de mantê-las para se reproduzirem.
Outra questão relevante é a quantidade de feno disponível. Uma parte considerável do rebanho bovino dos EUA ainda enfrenta efeitos da seca, apesar de as condições terem melhorado. Isso resultou em escassez de feno, cujos estoques em 1º de maio caíram 13% em relação a 2022, nível mais baixo em uma década.
Dessa forma, o suprimento reduzido de feno pode não ser suficiente para compensar as pastagens ruins e sustentar os rebanhos no verão norte-americano, o que afetará a reprodução. Por isso, o USDA afirma que o abate de vacas de corte continuará em uma taxa relativamente alta.
Como consequência, Payne sinaliza a elevação expressiva dos preços dessa commodity devido à baixa oferta no mercado, como podemos ver no gráfico abaixo:
Tendo em vista esses fatores, o USDA estima que a produção mundial da carne bovina deverá diminuir 0,2,% em 2023. A queda acontece, principalmente, pela redução na produção dos Estados Unidos: o país deve somar 12,01 milhões de toneladas, quantidade 6,3% menor do que em 2022. Já as projeções do banco holandês Rabobank indicam que a produção de carne bovina estadunidense deve diminuir de 400 mil a 500 mil toneladas por ano até 2026.
No mercado de suínos dos Estados Unidos, a demanda doméstica está mais lenta neste ano. A inflação continua reduzindo o poder de compra da população e desacelerando a economia. O USDA aponta que a produção comercial dos EUA está prevista 1,4% maior em 2023, totalizando cerca de 12,4 milhões de toneladas, com o aumento gradual das safras de suínos e pesos maiores.
Esse cenário contribui para a maior oferta de carne suína em relação ao consumo interno. Por isso, os preços reduziram e estão com valor extremamente atrativo para grandes importadores, como China e México. O USDA prevê exportações ligeiramente maiores também para Japão e Coreia do Sul, devido ao aumento da competitividade do país em relação à União Europeia. O crescimento se deve, sobretudo, à demanda maior desses países asiáticos, pois há recuperação do consumo em direção aos níveis anteriores à pandemia.
Outro aspecto importante que poderá ampliar o volume de exportações norte-americanas é um novo surto de Peste Suína Africana (PSA) na China, principal exportador e importador de carne de porco do planeta. As interrupções nas cadeias de fornecimento chinês implicam a reorganização dos mercados de proteínas globais, bem como o possível aumento de preços.
Segundo análise da hEDGEpoint, no curto prazo, o mercado não deverá sentir o problema envolvendo a PSA na China, pois a oferta está elevada: “O que poderá acontecer é a tendência de aumento das importações da nação chinesa no longo prazo, caso haja surto de PSA novamente”, pontua Payne.
Com o atual cenário da carne bovina e suína estadunidense, identificamos alguns fatores principais que podem levar ao colapso:
John Payne explica que o risco de colapso está na própria lógica de funcionamento da cadeia produtiva deste setor:
“Você não tem a capacidade de aumentar ou diminuir a produção rapidamente. O processo reprodutivo é mais demorado, principalmente para a carne bovina e, ainda, há a necessidade de mais ração quando se aumenta a reprodução”.
No caso da carne de porco suína, a PSA poderá afetar a produção estadunidense no futuro. As perdas seriam, em média, de US$ 7,5 bilhões por ano, de acordo com o economista Dermot Hayes, da Universidade Estadual de Iowa.
Isso ocorreria porque as exportações seriam perdidas e parte do produto que poderia ter ido para a China seria processado, tornando-se inútil ou perdendo muito valor. Mas, grande parte da carne muscular acabaria no mercado interno, aumentando o consumo em até 30% e causando uma enorme queda nos preços, segundo Hayes.
Em relação às transformações climáticas, a Climate Risk Tool da FAIR aponta que os custos relacionados ao clima poderão afetar a produção agrícola, como os preços mais altos de ração e taxas de carbono esperadas. A elevação no valor da ração será responsável por 5% do aumento de custos para as empresas de pecuária, sendo mais um obstáculo para as indústrias. Já os impostos de carbono esperados sobre as emissões da produção pecuária representarão 4% do acréscimo de custo.
O cenário de proteína animal nos Estados Unidos é um exemplo que não deixa dúvidas: o mercado de commodities é extremamente volátil. Mudanças econômicas, políticas e climáticas interferem na produção e nos preços.
Contar com um planejamento que dê segurança é fundamental para os agentes envolvidos nesta cadeia global. Por isso, utilizar estratégias de gestão de risco é imprescindível. Com produtos de hedge, conhecimento de especialistas e análises de inteligência do mercado, a hEDGEpoint oferece todo o suporte para a melhor experiência em operações de futuros.
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