Quais os efeitos no El Niño na cultura do café? Confira análise da hEDGEpoint

O café ficou sujeito aos impactos negativos do La Niña nas últimas três safras, e o El Niño também pode representar uma ameaça para o desenvolvimento da sa

Jessica Machado
May 12, 2023 12:00:00 AM

O café ficou sujeito aos impactos negativos do La Niña nas últimas três safras, e o El Niño também pode representar uma ameaça para o desenvolvimento da safra. Por ser uma cultura perene, o café é mais vulnerável a anomalias climáticas, uma vez que tais eventos podem impactar não apenas a safra atual, mas também as próximas. Com isso em mente, é importante destacar que a safra que seria mais afetada pelo fenômeno é a safra de 2024/2025, já que a expectativa é que o fenômeno fique ativo apenas no segundo trimestre. A constatação está no novo relatório “El Niño e seus efeitos no mercado de commodities” lançado pelahEDGEpoint Global Markets.

“A princípio, o El Niño diminuiria a probabilidade de geadas no Brasil, com temperaturas mais quentes durante o outono e o inverno. Por outro lado, se o inverno for mais seco do que a média, além do clima mais quente, a umidade do solo e as reservas de água podem ser impactadas negativamente. Ainda assim, essa não é uma ameaça imediata, já que essas reservas estão suficientemente altas com as chuvas recentes — seria preciso uma ocorrência extrema para mudar esse cenário”, observa Natália Gandolphi, analista de Café hEDGEpoint Global Markets.

Passando do período de crescimento vegetativo para o de pós-florada, a visão do El Niño muda drasticamente: temperaturas muito acima do normal durante o enchimento e maturação dos frutos podem ameaçar o desenvolvimento. Além disso, se o fenômeno afetar também o regime de chuvas, pode levar a um período mais seco, ameaçando a visão otimista para a produção em 2024/2025.

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