Qual a situação da safra de trigo 24/25 no Brasil e na Argentina? A safra de trigo 24/25 do Brasil e da Argentina é extremamente relevante para ambos os pa
A safra de trigo 24/25 do Brasil e da Argentina é extremamente relevante para ambos os países. Afinal, eles mantêm uma relação comercial importante: os argentinos são os principais fornecedores de trigo para os brasileiros.
Há inúmeras variáveis que podem afetar o mercado de trigo dessas duas nações. Desafios climáticos e a própria oferta da Rússia impactam os preços e a tomada de decisões dos agricultores a nível mundial.
Com o objetivo de explicar as principais perspectivas da safra de trigo para Brasil e Argentina, convidamos os profissionais da Hedgepoint:
Boa leitura!
Para entendermos o cenário do mercado de trigo no Brasil e na Argentina, precisamos compreender a situação na safra da Rússia. O país é o maior exportador dessa commodity no planeta.
As condições do ciclo de inverno no Hemisfério Norte estavam bastante positivas nos dois últimos meses. A estimativa é de um bom volume exportado, totalizando cerca de 50 milhões de toneladas, com grande oferta e aumento da área plantada. Porém, o clima da região está mudando e há preocupações em relação à umidade do solo:
“Começou a chover menos na Rússia, com períodos de seca. Em geral, ainda temos a indicativa de bons suprimentos para o ciclo 24/25, mas há uma possível mudança nas próximas semanas e meses”, explica Alef Dias.
Na União Europeia, houve fortes chuvas no final de 2023 e início de 2024. A dinâmica comercial de países como Romênia e Bulgária foi comprometida, além da redução significativa no plantio de trigo da França.
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Com o fim do fenômeno El Niño no Brasil e probabilidade de La Niña durante o inverno, a produção se encaminha para um momento de transição. Nesse contexto, poderá ocorrer a seguinte situação:
“Existe o risco de maior seca durante o período em que a cultura está estabelecida. Contudo, diminui-se a chance de chuvas demasiadas, principalmente na colheita. Foi o que vimos ano passado no Rio Grande do Sul”, explica Cirolini.
Outro ponto de destaque é a redução na área plantada de trigo no país. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta recuo médio de 4,7% na área semeada em comparação à temporada anterior. A diminuição se deve majoritariamente devido ao Rio Grande do Sul e Paraná, pois ambos reduziram a área em cerca de 100 mil hectares.
“Em 2023, o produtor gaúcho enfrentou muitas chuvas durante a safra, com perda tanto de quantidade quanto de qualidade do trigo. Com um cenário mundial de bastante oferta de trigo, não houve uma compensação nos preços, configurando-se menor competitividade”, pondera o Relationship Manager da Hedgepoint.
Atualmente, o Rio Grande do Sul vive a sua maior tragédia climática da história. Será essencial acompanhar a repercussão dos eventos recentes e como irão repercutir na produção de trigo.
“O período normal de plantio na Região Sul é em meados de junho. Por isso, esperamos que os produtores não sejam fortemente impactados”, comenta Cirolini.
Alef Dias também reforça a importância de analisarmos como as enchentes irão afetar a área plantada:
“Precisaremos analisar como as condições climáticas que assolam o Rio Grande do Sul irão atingir a área plantada. Inicialmente, esperava-se menor área plantada, mas com melhor produtividade, o que gera a compensação na produção total”, explana.
A Argentina é o principal produtor de trigo na América do Sul. Segundo Sol Arcidiacono, a recuperação da umidade do solo e os menores preços de fertilizantes fortalecem as expectativas de uma boa safra:
“Esse é um ótimo começo e também observamos uma queda nos preços da ureia, utilizada na fertilização do trigo. Esses dois aspectos são fundamentais para o cálculo da margem do produtor, o que define as intenções de plantio”, pontua.
A ativação tardia do El Niño causou chuvas abundantes durante março e abril em toda a área agrícola do país. Assim, projeta-se uma recuperação drástica das reservas do perfil.
Fonte: SMN-INTA-FAUBA
Próximo da fase de plantio, apoiada também pela boa recuperação observada nos preços internacionais, a Argentina espera ver algum aumento na área, mais perto do recorde. O último número oficial foi revisto para 6,20 milhões de hectares (Bolsa de Cereais), a partir da ideia preliminar de 5,9 milhões de hectares, uma vez que o mercado e as condições climatéricas têm favorecido a decisão de plantação dos agricultores.
Fonte: Bolsa de Cereais
Os produtores argentinos se preparam para começar a plantar a partir de junho. Eles analisam, então, a umidade, os preços globais do trigo e também o valor dos insumos:
“Diante do cenário atual, esperamos uma recuperação de cerca de 50% na produção argentina em comparação com a média dos últimos 2 anos, que é aproximadamente 20 milhões de toneladas, o que impulsionaria a participação das exportações, com a necessidade de buscar outros destinos além do Brasil”, fala Arcidiacono.
Além disso, há a chance de diminuição da área plantada de milho devido aos possíveis efeitos do La Niña, pois podem ser mais intensos nesta cultura. Isso é um incentivo de certa forma para aumentar a plantação de trigo e plantação de soja no final da primavera/verão.
Nesse sentido, o clima e a rentabilidade econômica criam um panorama complexo para os produtores decidirem sobre o plantio de trigo.
A evolução da safra brasileira de trigo influencia os agricultores argentinos, já que eles podem ter desvantagens competitivas se a produção do Brasil for substancialmente maior. Outro fator é o crescimento da importação de trigo russo pela nação brasileira.
Desde que a Argentina apresentou uma queda significativa em sua safra de trigo de 2023, a Rússia se tornou o segundo principal fornecedor da commodity para o Brasil, aumentando sua participação. Se o Brasil comprar menos trigo argentino, os produtores argentinos poderão expandir as vendas para países como Indonésia, Vietnã e Filipinas. Ou seja, estarão competindo com a Rússia e outros países da região do Mar Negro com preços historicamente mais baixos:
“Por exemplo, nos últimos dois anos, o Brasil apresentou safra recorde. Então, compensaram a menor oferta argentina”, explica a Head of Grains LATAM da Hedgepoint.
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Como você pode perceber, existem diversas expectativas relacionadas à produção de trigo na safra 24/25. Brasil e Argentina poderão enfrentar novos cenários à medida que o La Niña se confirmar.
Aliado a isso, fatores macroeconômicos e a oferta de trigo dos países do Mar Negro são aspectos-chave para a definição dos preços. Acompanhar todas as movimentações relevantes no mercado do trigo torna-se bastante desafiador.
Por isso, contar com inteligência de mercado e um time que entende sobre gerenciamento de riscos de preços faz toda a diferença aos negócios. A Hedgepoint tem um time de profissionais altamente conectados, com presença local e atuação global. Oferecemos análises de dados e relatórios completos, em conjunto com instrumentos de hedge sofisticados para proteger as operações da volatilidade.
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