Dia Mundial do Café: fatos e curiosidades sobre a commodity
No Dia Mundial do Café, selecionamos fatos e curiosidades sobre essa commodity que é uma das bebidas mais populares do mundo.
Para celebrar o Dia Mundial do Café, que acontece no dia 14 de abril, criamos esse conteúdo exclusivo para contar algumas curiosidades sobre a commodity. Indispensável para grande parte da população, o café faz parte do dia a dia das pessoas e movimenta a economia tanto local quanto globalmente.
Somente em 2023, a produção mundial foi de 168,2 milhões de sacas de 60kg de café, ou seja, 10,1 milhões de toneladas. Os dados compreendem o ano-cafeeiro de dezembro de 2022 a novembro de 2023 e são da Organização Internacional do Café (OIC).
Porém, a oferta não foi suficiente para suprir a demanda de 10,4 milhões de toneladas. O excedente exigiu estoque das safras anteriores. Só com esse fato, você já percebe a importância dessa mercadoria para o planeta, certo?
Para saber mais sobre a commodity que conquistou a população, recomendamos que continue a leitura. Que tal pegar uma xícara do seu café preferido enquanto lê?
Dia Mundial do Café: onde o grão surgiu?
A origem do café é incerta. Muitos estudiosos remetem ao século IX, nas regiões altas da Etiópia. Devido a essa incapacidade de encontrar um local exato, existem muitas lendas em torno do surgimento do grão.
Uma delas se refere a um pastor de cabras chamado Kaldi. Ele viu seu rebanho comendo frutos de uma árvore estranha e reparou que os animais ficaram acordados a noite toda. Então, contou isso a um grupo de monges e, a partir daí, eles começaram a transformar os frutos em uma bebida quente para ficarem acordados durante as orações.
Embora a planta do café tenha origem africana, foi no Iêmen que ela começou a ser cultivada. Nesta região, o café era conhecido como Kaweh e a bebida foi denominada como Kahwah, o que significa força.
Quais são as variedades do café?
Como explica a OIC, o café integra a família botânica Rubiaceae, grupo que inclui gardênias e plantas produtoras de quinino. Contudo, as plantas de café (Coffea) são o gênero mais relevante econômica e culturalmente.
Há diversas espécies cafeeiras, mas quando falamos na produção global de café, estamos nos referindo a duas variedades: Coffea arabica e Coffea canephora. As outras duas espécies conhecidas são Coffea liberica e Coffea dewevrei.
O café arábica descende das plantas originais descobertas na Etiópia. Esses arbustos produzem um tipo mais refinado, suave e aromático. Por isso, é mais caro nas prateleiras do supermercado.
Já o café robusta é mais amargo e tem o dobro de cafeína. O seu cultivo é na África Central e Ocidental, em partes do Sudeste Asiático e no Brasil.
- Dia Mundial do Café: saiba mais sobre os ciclos e especificidades da commodity
Quem são os principais produtores e consumidores de café?
A produção do café ocorre principalmente no Hemisfério Sul. Os maiores produtores do mundo são Brasil, Vietnã, Colômbia, Indonésia, Etiópia e Honduras.
No ano de 2023, conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os produtores brasileiros colheram pouco mais de 55 milhões de sacas de café. Esse número representou um aumento de 8% em relação a 2022. O crescimento se deve à quantidade maior da variedade arábica.
A nação brasileira exportou cerca de 35 milhões de sacas de café na temporada anterior, principalmente para os Estados Unidos. Países como Alemanha, Bélgica, Itália e Japão também são destinos importantes dos embarques do Brasil.
Em relação ao consumo de café, temos uma curiosidade que você precisa conhecer: diariamente, 400 bilhões de xícaras de café são tomadas por dia. Recentemente, a OIC publicou um levantamento sobre a quantidade em kg de consumo por pessoa, no período de um ano.
O top 5 da lista é Finlândia, Noruega, Islândia, Dinamarca e Holanda. Já os maiores importadores são Estados Unidos, União Europeia e Japão. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as importações do bloco europeu devem aumentar ainda mais no ciclo 23/24.
O consumo do tipo de café vem mudando. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), cerca de 5% a 10% do consumo, no Brasil, já é de cafés especiais. Foi um crescimento rápido, que acompanha a curiosidade do consumidor de experimentar diferentes sabores e priorizar produções mais sustentáveis.
- Tendências de consumo do café e impactos no mercado da commodity
Ciclo do café no Brasil: como tudo começou?
O café faz parte da história do Brasil desde os tempos do Império, no século XIX. O ciclo do café começou em 1727 e perdurou até o século XX. Nesse período, a commodity foi a principal fonte de riqueza do país e seu principal item de exportação.
O seu cultivo inicial foi em Belém. Posteriormente, foi levado para o Maranhão e Rio de Janeiro, onde era destinado ao consumo doméstico. Mais tarde, alcançou as terras férteis da Serra do Mar e chegou ao Vale do Paraíba por volta de 1820. De lá, expandiu-se para São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.
O ciclo do café impulsionou o desenvolvimento da região Sudeste. Até então, o Norte e Nordeste exerciam maior importância econômica. Esse ciclo foi particularmente significativo para São Paulo e Paraná.
O café logo se tornou uma commodity globalmente comercializada, e o Brasil emergiu como um dos principais exportadores do mundo. O produto foi um elemento presente na bandeira do Império e permanece como parte do Brasão da República. Ele simboliza sua importância na economia brasileira, tanto no passado quanto no presente.
Dia Mundial do Café: um produto volátil
É um fato: o café é um produto volátil. A volatilidade na sua produção ocorre devido à influência de fatores internos e externos. Você sabe quais são eles? Nós pontuamos os 4 principais abaixo, confira!
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Clima
As condições climáticas afetam a produção do café. Essa é uma cultura perene, portanto, os aspectos do clima em um determinado ciclo podem influenciar inclusive o próximo ciclo, dependendo da intensidade.
Fatores como temperatura, chuvas e umidade impactam diretamente a produtividade das plantações. Por exemplo, secas prolongadas podem reduzir a produção, enquanto chuvas excessivas podem prejudicar o cultivo e desenvolvimento.
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Pragas agrícolas
As pragas agrícolas do café causam danos diretos às plantações de café, o que reduz a produtividade e a qualidade dos grãos. Além disso, a necessidade de medidas de controle e manejo das pragas pode aumentar os custos de produção para os agricultores e afetar os preços finais do café.
A incerteza em relação à extensão dos danos causados pelas pragas leva a flutuações imprevisíveis na oferta de café. O resultado? Possível volatilidade nos preços do produto no mercado.
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Variações na demanda global
A demanda por café varia ao longo do tempo, seja devido a mudanças nos hábitos de consumo, preferências dos consumidores ou efeitos sazonais. Todos esses aspectos interferem na demanda.
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Políticas governamentais
Inclui políticas relacionadas a subsídios agrícolas, tarifas comerciais, regulamentações ambientais e acordos comerciais. Mudanças nessas políticas alteram as dinâmicas produtivas.
Sendo assim, a volatilidade na produção do café resulta de uma interação complexa de diversos fatores que provocam flutuações de preços.
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Gerenciamento de riscos no mercado do café: qual a importância?
O gerenciamento de riscos no mercado do café é essencial para proteger produtores, comerciantes e investidores da volatilidade de preços. Nesse cenário, a Hedgepoint se destaca ao oferecer produtos de hedge sofisticados para essa cadeia.
Desse modo, desenvolvemos ferramentas que se adaptam às necessidades de cada cliente. Utilizamos análises detalhadas do mercado de café, combinadas com instrumentos financeiros de hedge. Nossa abordagem oferece confiança para a tomada de decisões de um dos setores mais importantes do planeta.
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