Como funciona a cadeia produtiva agrícola?
Confira todas as etapas da cadeia produtiva agrícola, desde o planejamento estratégico até a entrega final dos produtos no mercado.
A cadeia produtiva agrícola é um conjunto de processos interligados que garantem a qualidade e o rendimento de diversos tipos de commodities, como a soja, o milho e o trigo. Cada etapa da cadeia tem um papel fundamental no resultado final das lavouras, impactando diretamente a segurança alimentar global, o desenvolvimento econômico e a sustentabilidade comercial de países. Em 2021, por exemplo, a agricultura empregou cerca de 873 milhões de pessoas no mundo, ou 27% da força de trabalho global.
Para entender o funcionamento desse sistema produtivo, é essencial analisar suas fases, do planejamento à entrega dos produtos. A seguir, você verá os detalhes de cada etapa da cadeia produtiva agrícola e as principais atividades realizadas. Boa leitura!
Etapa 1: planejamento
O planejamento é a primeira etapa do processo produtivo agrícola e uma das mais importantes. É neste momento que as estratégias de produtividade e otimização são analisadas para garantir a sustentabilidade financeira e qualitativa das lavouras.
Geralmente, esse planejamento considera:
- Resultados de safras prévias, analisando dados de produção anteriores;
- Análise de recursos disponíveis (mão de obra, terra, capital e condições climáticas e do solo);
- A escolha das culturas a serem plantadas;
- A análise de mercado e demanda;
- O acompanhamento dos preços atuais;
- A quantidade de insumos no estoque;
- E a definição do cronograma de atividades.
O agricultor está envolvido em todo esse processo e pode contar com o apoio de consultores, técnicos e engenheiros, além do auxílio de cooperativas. Em muitos casos, a tecnologia também é utilizada para monitorar indicadores econômicos e produtivos, facilitando a tomada de decisão.
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Etapa 2: preparação do solo
O preparo adequado do solo é um passo importante na cadeia produtiva agrícola pois influencia o crescimento e a saúde das plantas. Além de ajustar e recuperar as características pós-colheita, o solo bem preparado facilita o enraizamento das plantas, a absorção de água e nutrientes e o controle de pragas e doenças.
Normalmente, essa etapa conta com o auxílio de profissionais da agronomia, especialistas em fertilizantes e empresas de maquinários agrícolas.
Atividades principais desta etapa:
- Análise química e física do solo;
- Correção da acidez;
- Aplicação de fertilizantes – se necessário;
- Técnicas de aragem e gradagem.
Etapa 3: cultivo
É o início do processo de plantio, envolvendo a escolha de sementes, o preparo de mudas e a irrigação. Além disso, também é realizado o contínuo controle de pragas comuns no desenvolvimento inicial das plantas. Nesta fase, são consideradas as datas de plantio ideais para cada cultura, a temperatura do ambiente e a umidade do solo.
Essa etapa é manejada pelos próprios produtores rurais, empresas de sementes e defensivos agrícolas, técnicos especializados em plantação, irrigação e eficiência.
Etapa 4: crescimento e desenvolvimento das plantas
Na quarta fase, o monitoramento das plantas é constante para garantir que a cultura esteja se desenvolvendo adequadamente. Nesta etapa, também é realizado o controle de pragas, adubação, além da identificação de possíveis problemas para a resolução precoce.
Essa análise envolve a coleta de dados sobre o plantio, taxa de crescimento, saúde da plantação, avaliação da necessidade de insumos e mais. As informações coletadas ajudam o produtor rural a acompanhar o desenvolvimento das culturas e a ajustar suas práticas conforme a necessidade.
Em muitas propriedades, a tecnologia é novamente parceira do agricultor. É possível acompanhar as lavouras por drones, encontrar anomalias através de imagens de satélites e monitorar o clima com dados meteorológicos avançados.
Etapa 5: colheita
Esta etapa é de extrema importância para o produtor rural pois é nesta fase que se pode avaliar o resultado do trabalho realizado. Quando as culturas atingem o melhor ponto de maturação, é realizada a colheita com máquinas agrícolas, como colheitadeiras. Esse maquinário é altamente utilizado na agricultura para acelerar o processo e reduzir perdas nas lavouras. Alguns agricultores também realizam a colheita de forma manual ou semimecanizada.
Entre os principais pontos a serem considerados nesta fase, temos:
- Tamanho da área plantada;
- Datas previstas para a colheita;
- Clima ideal para a colheita;
- Quantidade de maquinário ou trabalhadores;
- Teor de umidade do chão;
- Data para a entrega da safra.
Etapa 6: pós-colheita
O controle de qualidade vai além do cuidado no plantio: também faz parte do processo pós-colheita. Aqui, o objetivo é maximizar o rendimento, diminuir a deterioração e garantir maior retorno econômico.
Entre as atividades desta etapa, temos:
- As culturas passam por processos de limpeza;
- Secagem dos materiais;
- Armazenamento adequado dos produtos.
O armazenamento inadequado pode resultar em perdas significativas, especialmente em países tropicais. Nestes locais, a umidade pode favorecer o surgimento de fungos e pragas. Em muitas culturas, esta também é a fase em que se realiza a nova preparação do solo (etapa 2) para uma próxima lavoura.
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Etapa 7: processamento (se aplicável)
Alguns produtos agrícolas passam por processos de beneficiamento antes de serem comercializados. É nesta fase que é realizada a moagem de grãos, a classificação de frutas e a embalagem de produtos para o consumidor final.
Produtos como café, trigo e soja, por exemplo, muitas vezes passam por essas etapas para agregar valor e facilitar a comercialização.
Etapa 8: distribuição
A distribuição é um passo importante na cadeia produtiva agrícola. Essa fase precisa de uma logística eficiente para controlar os custos de transporte dos produtos colhidos e garantir que cheguem ao destino no prazo estipulado e com a qualidade esperada.
Atividades principais:
- Manejo e gestão eficientes dos estoques;
- Logística entre transportadoras e varejistas;
- Transporte para mercados e centros de distribuição.
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Etapa 9: comercialização
A comercialização dos produtos agrícolas é realizada durante todas as etapas de produção, de forma contínua. Desde a fase inicial, os produtores já negociam possíveis contratos, analisam os preços do mercado e verificam expectativas sobre a demanda. Esse processo envolve a utilização do hedge por meio de contratos futuros, venda antecipada e mais.
Por se tratar de commodities, os preços dos produtos agrícolas variam conforme a oferta e a demanda. Com essa comercialização prévia, os produtores rurais já garantem a venda de seus produtos e minimizam os riscos financeiros que podem atingir o seu negócio conforme a volatilidade do mercado.
Após a distribuição, é realizada a entrega física das mercadorias já negociadas, além da comercialização de possíveis estoques que ainda não foram comprados.
Etapa 10: exportação
Muitos produtos agrícolas são vendidos além das fronteiras nacionais. As commodities são enviadas para o comércio internacional, geralmente com entrega marítima ou aérea.
No caso, as matérias-primas comercializadas precisam cumprir uma lista de requisitos sanitários e burocráticos, além de passar por processos de embalagem específicos para o envio.
Nesta fase, também são utilizados os produtos de hedge para proteger o produtor das flutuações de preço no câmbio. Como o valor das moedas sofre alterações constantes, essas ferramentas são amplamente utilizadas nas exportações agrícolas.
Atividades principais desta fase:
- Cumprimento de normas internacionais;
- Preparação de documentação;
- Envio para o exterior.
Empresas envolvidas:
- Exportadores;
- Agentes de carga.
- Autoridades aduaneiras;
- Países com acordos comerciais;
- Empresas exportadoras.
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A importância do hedge na cadeia produtiva agrícola
Como vimos, o produtor rural passa por inúmeras etapas de produção até finalizar a entrega de sua safra. Em todas as fases, esses agricultores estão expostos à volatilidade dos preços no mercado de commodities. Qualquer mudança nos valores pode impactar o rendimento econômico do trabalho realizado nas lavouras.
O hedge ajuda a mitigar os riscos financeiros relacionados às oscilações de preços das commodities e variações cambiais. Essa ferramenta contribui com a proteção do seu negócio, tanto para agricultores, como processadores, distribuidores e exportadores.
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