Agronegócio: entenda a importância para a indústria nacional e por que gerenciar riscos
No Dia da Indústria, entenda a importância do agronegócio para a indústria brasileira e por que gerenciar riscos com produtos de hedge neste mercado.
O agronegócio é extremamente importante no dia a dia das pessoas e na economia, promovendo a segurança alimentar, o desenvolvimento socioeconômico e o crescimento sustentável. No Dia da Indústria (25 de maio) criamos esse conteúdo especial para falar sobre esse setor.
Só para você ter uma ideia da relevância do agronegócio no Brasil, o Produto Interno Bruto (PIB) deste mercado alcançou 24,8% de participação na economia brasileira em 2022, registrando a primeira queda após dois anos de recordes consecutivos. O índice é calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP/Esalq, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).
O cálculo leva em conta a soma de quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produção agropecuária básica ou primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços. A análise desse conjunto é feita para os ramos agrícola e pecuário. A metodologia aplicada considera conjuntamente as evoluções de volume e preços reais.
Enquanto o PIB do ramo agrícola recuou 6,39%, o do ramo pecuário avançou 2,11%. Os pesquisadores do Cepea/USP-Esalq apontam que o resultado negativo do PIB no setor agrícola esteve associado a fatores como a alta dos custos com insumos para a produção agrícola dentro da porteira, destacando-se o preço elevado de sementes e fertilizantes. O aumento real dos custos com insumos chegou a 37,4%. A redução da produção em culturas expressivas, como a soja, também justifica essa queda.
Já a seção pecuária apresentou avanços no segmento primário e de agrosserviços. A alta decorreu de algum crescimento do valor bruto da produção somado à redução dos custos com insumos, principalmente quando comparado ao ano de 2021, em que as altas foram intensas para os pecuaristas.
Continue a leitura deste artigo para entender o que é o agronegócio, como é o seu funcionamento e qual a sua importância para a economia brasileira. Além disso, vamos destacar também quais as vantagens do hedge para gerenciar riscos desse mercado.
O que é o agronegócio?
O agronegócio é um setor econômico complexo que envolve desde a produção de commodities agrícolas, como grãos, até a fabricação de insumos agrícolas, agroindústria, logística, comércio exterior, serviços e pesquisa agropecuária. O PLS (Projeto de Lei do Senado) 487/2013, que institui o Novo Código Comercial, traz em seu art. 681 o conceito de agronegócio como “a rede de negócios que integra as atividades econômicas organizadas de fabricação e fornecimento de insumos, produção, processamento, beneficiamento e transformação, comercialização, armazenamento, logística e distribuição de bens agrícolas, pecuários, de reflorestamento e pesca, bem como seus subprodutos e resíduos de valor econômico”.
Este mercado é um dos principais pilares da economia de muitos países. Ele desempenha um papel fundamental na geração de empregos, no abastecimento de alimentos e na exportação de produtos agrícolas.
O setor também é conhecido pelo seu nome adotado internacionalmente – agrobusiness, em inglês, termo usado para definir todo um conjunto de agentes econômicos incorporados à produção agropecuária. Os mais variados perfis integram a cadeia produtiva do agronegócio, como:
- Empresas agrícolas;
- Pecuária;
- Fabricantes de defensivos agrícolas (como fertilizantes e herbicidas);
- Desenvolvedoras de sementes para plantio;
- Fabricantes de máquinas e equipamentos rurais;
- Produtoras de rações;
- Frigoríficos;
- Empresas de laticínios;
- Fabricantes de sucos
- Moinhos;
- Armazéns e silos;
- Atacadistas;
- Distribuidores;
O Brasil é um dos principais produtores e exportadores mundiais de commodities agrícolas, como soja, milho, café e açúcar. Essa atividade envolve desde pequenos produtores rurais até grandes empresas agroindustriais, cooperativas e outros agentes ao longo da cadeia produtiva.
Como o agronegócio funciona?
No agronegócio, existem três níveis de atuação interligados que abrangem desde a produção agrícola e pecuária até a distribuição dos produtos. O primeiro nível é composto por produtores rurais de micro, pequeno, médio ou grande porte. O segundo nível engloba todos aqueles que fornecem insumos como máquinas e sementes. Por fim, o terceiro nível é formado pelos distribuidores, responsáveis por levar o produto até a mesa do consumidor, como os atacadistas.
Forma-se, assim, uma rede em que cada integrante depende do outro. Didaticamente, o agronegócio funciona da seguinte forma:
- Produção: envolve a produção de culturas agrícolas, criação de animais e aquicultura. Os agricultores, pecuaristas e produtores rurais são responsáveis por cultivar alimentos, criar animais e obter matérias-primas agrícolas. Isso inclui o plantio de sementes, cuidado com os animais, aplicação de práticas de manejo e adoção de tecnologias agrícolas.
- Insumos e serviços: necessários para apoiar a produção do agronegócio, contempla a aquisição de sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, rações, medicamentos veterinários, maquinário agrícola e serviços de consultoria agrícola.
- Processamento: muitos produtos agrícolas passam por modificações antes de chegarem aos consumidores, como o processamento de grãos em farinhas, óleos ou ração animal. As indústrias de processamento agrícola são responsáveis por essas transformações, agregando qualidade e valor.
- Distribuição e logística: após o processamento, ocorre a distribuição e comercialização Isso envolve a logística de transporte, armazenamento e distribuição para os mercados consumidores.
- Comercialização: nesta etapa, os produtores podem vender diretamente o produto para consumidores finais em feiras, mercados ou lojas especializadas. Além disso, há a venda para intermediários, como atacadistas, varejistas e supermercados, que adquirem os produtos agrícolas em grande volume para revenda. A comercialização também pode envolver a exportação de commodities agrícolas para outros países.
- Consumo: a última etapa do agronegócio é o consumo pelas pessoas, quando o produto chega à mesa e é utilizado como alimento, ingrediente ou matéria-prima.
Há outros setores da economia que se relacionam direta ou indiretamente com o agronegócio. Alguns agentes envolvidos são as indústrias financeiras (bancos e agências para concessão de crédito e contratação de seguro rural, por exemplo), automotiva (fabricantes de tratores e outros) e farmacêutica (desenvolvimento de vacinas e remédios utilizados na pecuária).
Evolução e importância do agronegócio no Brasil
O agronegócio representa um papel de ascensão na economia brasileira, o que pode ser constatado por meio da evolução histórica da participação do setor no PIB do país. Em 2012, o Cepea/USP-Esalq apontou a participação de 19,4% no total do PIB, número que cresceu para 21,6% em 2017.
No biênio 2020-21, a cifra alcançou recordes e, em 2020, seu crescimento bateu 24% em relação aos ganhos de 2019 e representou 26,6% de todo o PIB brasileiro. Em 2021, a participação chegou a expressivos 27,4%.
Ainda de acordo com o Cepea/USP-Esalq, de janeiro a março de 2022, a população envolvida no agronegócio brasileiro aumentou 6,2% e chegou a 18,74 milhões de pessoas. É um crescimento de mais de um milhão de trabalhadores em relação ao mesmo período de 2021.
Relatório da OMC (Organização Mundial do Comércio), publicado em abril de 2022, aponta o Brasil entre os maiores exportadores mundiais: foram US$ 281 bilhões no último ano. Os dados divulgados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), em abril de 2023, registram ainda significativo crescimento do valor exportado em março deste ano, comparado ao mesmo mês do ano passado, com alta de 10,6%, totalizando US$ 15,97 bilhões.
Em menos de cinco décadas, o Brasil deixou de ser apenas um importador e se tornou um dos mais proeminentes exportadores de commodities agrícolas do mundo. Estratégias como uso de novas tecnologias e o uso da inteligência de dados, aliadas ao investimento em políticas públicas, foram essenciais para o crescimento do setor.
Por que gerenciar riscos neste mercado?
O mercado do agronegócio está constantemente sujeito à volatilidade nos preços das commodities, com variações significativas de oferta e demanda que podem causar desequilíbrios. A hEDGEpoint é um provedor de produtos de hedge para gerenciar os riscos deste setor e proteger todos os envolvidos na cadeia produtiva.
Como muitas commodities agrícolas são negociadas em dólar, uma mudança desfavorável na taxa de câmbio pode afetar negativamente a rentabilidade dos produtores. No caso de países com moedas voláteis, contar com um provedor de gerenciamento de riscos pode fazer toda a diferença para prevenir flutuações significativas.
Para isso, a hEDGEpoint transforma riscos financeiros em oportunidades, antecipando e respondendo de maneira estratégica aos movimentos do mercado. Dessa forma, oferece produtos de hedge para toda a cadeia de commodities agrícolas e energéticas, com uma plataforma baseada em tecnologia de ponta. Produtores do agronegócio ganham segurança, recebendo análises detalhadas e valiosas para a tomada de decisões estratégicas.
Fale com um especialista da hEDGEpoint e saiba como utilizar este instrumento para beneficiar o seu negócio.
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