Análise de inteligência de mercado: WASDE de abril
Seguindo a tendência dos últimos meses, os ajustes na Argentina foram o destaque do relatório WASDE do mês de abril.
Seguindo a tendência dos últimos meses, os ajustes na Argentina foram o destaque do relatório WASDE do mês de abril. Começando pela soja, o mercado deve voltar a sua atenção aos outros fundamentos baixistas do relatório, apesar de serem menores do que os cortes na Argentina. Isso porque o cenário ruim na Argentina já é conhecido e os 27 milhões de toneladas estimados para produção ainda estão acima de outras projeções. Contudo, essa já é a menor safra do século.
Quando o assunto é o milho, os resultados estão em território neutro, inclinando-se ligeiramente para a baixa. Os saldos dos Estados Unidos e do Brasil não foram alterados significativamente e os estoques em ambos os países permaneceram os mesmos. Enquanto a produção da Argentina foi cortada de acordo com as expectativas do mercado, as exportações da Ucrânia aumentaram em 2 milhões de toneladas. Com esse ajuste, os estoques finais da Ucrânia retornarão aos níveis pré-guerra.
No trigo, os estoques mundiais ficaram mais apertados do que o esperado, com alterações relevantes no fluxo comercial. Como esperado, as exportações do Mar Negro foram revisadas para cima, com +1 milhão de toneladas para a Ucrânia e +1,5 milhão de toneladas para a Rússia. Além dos estoques menores na Ucrânia, a Índia também contribuiu para o cenário global mais apertado, com uma redução de 2,1 milhões de toneladas em seus estoques finais devido a maior demanda doméstica. Também vale a pena mencionar que as importações da China aumentaram em 2 milhões de toneladas, tornando-a o maior importador global de trigo.
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