Biocombustíveis: como funciona o mercado e a importância do gerenciamento de riscos na cadeia
Entenda o que é o biocombustível, como é produzido e como funciona esse mercado.
Nos últimos anos, o interesse pelos biocombustíveis cresceu em todo o mundo, principalmente devido à preocupação com as mudanças climáticas e a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis.
Nesse contexto, os biocombustíveis têm se destacado como uma alternativa viável aos combustíveis fósseis, especialmente para o setor de transportes. Seu diferencial é utilizar a biomassa derivada de produtos agrícolas, como o bagaço da cana-de-açúcar, por exemplo, como matéria-prima.
Apesar da energia limpa ser um grande atrativo, competir com os combustíveis a base de petróleo é um grande desafio. O mercado da gasolina e diesel já é consolidado e possui uma grande estrutura a seu favor. Uma exceção a essa regra é o Etanol, que não compete diretamente com os combustíveis já consolidados, pois é utilizado também em mistura com a gasolina para o setor de transportes.
Neste artigo, vamos explicar o que são biocombustíveis, como eles são produzidos, quais suas vantagens e desvantagens, os principais tipos disponíveis e como funciona esse mercado.
Como os biocombustíveis são produzidos?
Os biocombustíveis são produzidos a partir de matéria orgânica, como açúcar, amido, óleos vegetais e animais, entre outros. Existem duas principais maneiras de produzir biocombustíveis: por meio da fermentação de açúcares e amidos ou por meio de processos de transesterificação de óleos vegetais e gorduras animais.
A fermentação de açúcares e amidos é utilizada para produzir etanol, que pode ser adicionado à gasolina ou usado como combustível puro em motores flex. Já a transesterificação é utilizada para produzir biodiesel, que pode substituir o diesel fóssil. Outros biocombustíveis, como o biometano e o bioquerosene, também são produzidos a partir de processos de fermentação ou transesterificação.
Quais são as vantagens e desvantagens dos biocombustíveis?
Uma das principais vantagens dos biocombustíveis é que eles são renováveis e podem ser produzidos a partir de fontes locais, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis importados. Sendo o Brasil rico em commodities que possibilitam a produção, como açúcar e milho, é uma grande oportunidade.
Além disso, sua queima emite menos gases de efeito estufa do que os combustíveis fósseis, o que contribui para a redução das emissões e, consequentemente, para a mitigação das mudanças climáticas. Por isso, também é uma alternativa procurada por empresas que precisam reduzir seus níveis de emissões.
No entanto, a produção de biocombustíveis gera uma competitividade com a segurança alimentar, pois compete por área agricultável com a produção de alimentos. Os mesmos recursos podem ser usados para um ou para outro e normalmente o que norteia as decisões é a lei de oferta e demanda. Ou seja, o mercado que estiver mais valorizado será priorizado.
Quais são os principais tipos de biocombustíveis?
Atualmente, são muitos os tipos de biocombustíveis e os mercados e pesquisas têm voltado uma atenção especial para o aperfeiçoamento e criação de novas alternativas. Listamos aqui os principais tipos comercializados atualmente:
- Etanol: é produzido principalmente a partir de cana-de-açúcar e milho. É utilizado industrialmente, como aditivo na gasolina ou como combustível puro em motores flex.
- Biodiesel: é produzido a partir de óleos vegetais, como óleo de soja e óleo de palma, e gorduras animais. Pode substituir o diesel fóssil em motores a diesel.
- Biometano: é produzido a partir da decomposição de resíduos orgânicos, como restos de alimentos. Pode ser usado como combustível em veículos movidos a gás natural.
- Bioquerosene: é produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais. Pode substituir o querosene de aviação fóssil em aviões.
O que torna o mercado de biocombustíveis instável?
O mercado de biocombustíveis é influenciado por uma série de fatores e, por isso, pode se tornar muito volátil. Uma das principais influências é a oscilação dos preços das commodities agrícolas, que afetam diretamente os custos de produção dos biocombustíveis.
Além disso, a demanda por biocombustíveis está sujeita a mudanças nas políticas governamentais e nas preferências dos consumidores, o que pode levar a flutuações na demanda e nos preços.
Sem contar que, por ser fruto de commodities agrícolas, está sujeito a todos os fatores que podem afetar sua produção, desde o clima à decisão de maximização de lucro do produtor.
Como se proteger dos riscos desse mercado?
A melhor forma de fazer o gerenciamento de riscos financeiros do seu negócio, em qualquer etapa da cadeia de produção ou comercial dos biocombustíveis, é por meio de operações de hedge.
Em meio a tantas variações, é importante contar com um planejamento que ofereça segurança e mais previsibilidade para o futuro dos negócios. Contar com um parceiro especialista, como a hEDGEpoint, é a melhor estratégia.
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