Covid-19: os impactos da pandemia e da economia da China no mundo
A China é atualmente o país que mais demanda commodities no mundo. Quais as perspectivas para o retorno do país ao mercado?
A COVID-19 foi um acontecimento que mobilizou e abalou o mundo inteiro de forma nunca antes vista. E ela ainda não acabou. Continuam aparecendo novos casos todos os dias, porém atualmente em menor número, com menos internações e letalidade reduzida.
O primeiro caso a ser detectado, lá em 17 de novembro de 2019, foi descoberto na província de Hubei, próximo à Wuhan, na China, local onde a doença começou a se espalhar e, de lá pra cá, já contabilizou mais de 6 milhões e 670 mil mortes no mundo inteiro.
No país oriental, onde o vírus começou a se espalhar, teve início ainda em 2020 a política de COVID-19 Zero, que incluía rigorosos lockdowns mesmo quando havia poucos casos, testes em massa, fechamento de empresas, escolas e lojas, exceto as de alimentos e isolamento até zerar o número de novos casos.
Depois, surgiram as vacinas, o que fez cair o número de óbitos, e já nos encaminhamos para o acesso a medicamentos para tratar a Covid-19 que poderão ser comprados em farmácia.
Mas a China foi bastante impactada economicamente pelas decisões tomadas ao longo destes anos e, mesmo com um possível novo surto devido a uma nova variante, não deve voltar a impor normas tão restritivas, já que a própria população realizou protestos contra a Covid Zero e não quer voltar a viver um novo lockdown.
Qual a situação atual da economia da China?
Com imposições de regras rígidas para combater a pandemia do coronavírus, a China está enfrentando como consequência prejuízos econômicos que podem levar um bom tempo para voltar à estabilidade. O país, que vinha crescendo cerca de 9% anualmente durante a última década, não deve alcançar os 3% esse ano.
Atualmente, o desemprego entre os jovens atingiu um novo recorde chegando a 20%, os lucros das empresas diminuíram drasticamente e o setor manufatureiro voltou a registrar retração. Se continuar nesse ritmo, será a expansão mais lenta que a China vive nos últimos 40 anos.
Os lockdowns causaram grandes danos às cadeias de suprimentos de produtos, levando à falta de itens básicos dentro do país. Além disso, quando um país tão grande quanto a China está enfraquecido economicamente, a crise se reflete no mundo inteiro, já que são eles os maiores compradores de commodities, desde minério de ferro, ao petróleo, mas também de grãos e alimentos.
Diante desse cenário, a população foi às ruas para se manifestar contra a política de Covid Zero e pedir por liberdade, pois com uma nova onda do vírus se espalhando a imposição de lockdown poderia surgir novamente e impedir uma tentativa da economia de se restabilizar e voltar à normalidade.
Pela primeira vez, o governo chinês ouviu os pedidos da população, garantindo que deve flexibilizar as medidas protetivas que fará de tudo para evitar que aconteça um novo lockdown.
Porém, com um novo surto de coronavírus se espalhando e novas variantes surgindo a todo momento, é preciso acompanhar os próximos acontecimentos para poder afirmar com certeza os próximos movimentos econômicos globais, pois os cenários são muito instáveis e imprevisíveis.
Quais os impactos do retorno da China ao mercado após as restrições pela COVID-19?
A China é atualmente o país que mais demanda por commodities no mundo. Quando olhamos para a produção brasileira, o país oriental é um dos maiores consumidores da nossa soja, milho, petróleo, entre outros.
“Se a China voltar para o mercado, é como se, basicamente, um milhão de barris por dia a mais de petróleo e derivados fossem consumidos”, explica o especialista Heitor Paiva, Analista de Macroeconomia e Energia na hEDGEpoint.
Com a China voltando a consumir nossas commodities, especula-se sobre uma segunda onda de inflação para o ocidente, pois a demanda vai aumentar muito e isso deve gerar uma grande competição por produtos, principalmente os que também são altamente consumidos nos Estados Unidos e Europa.
Outra estimativa é que estes últimos citados entrem em uma recessão, o que reduziria o consumo de commodities do Brasil, por parte deles. Porém, com a China voltando ao mercado, a baixa de atividade dos EUA e Europa seria compensada. E, caso os países ocidentais consigam se manter economicamente estáveis, será melhor ainda para o Brasil.
Para o produtor, esta pode ser uma boa notícia, pelo menos por determinado tempo, já que seus produtos ficam mais valorizados, os preços sobem e a margem aumenta, pois haverá mais interessados no que temos para ofertar.
Porém, após uma grande onda é sempre preciso ser cauteloso com o que vem depois, pois todos os cenários gerados pelo Covid-19 são ainda muito novos e difíceis de prever.
Quando se fala em uma pandemia altamente contagiosa, que já registrou tantas mortes e que tem como principal risco o contato humano, não se sabe como será o dia de amanhã. Basta lembrar que, em 2019, estávamos realizando outras projeções sem nem imaginar o que vinha pela frente.
Por isso, o melhor a se fazer é buscar informação e usar os recursos e ferramentas existentes para se precaver da volatilidade futura.
Com tantas imprevisibilidades, como se proteger financeiramente?
Diante de um contexto tão complexo como o da pandemia e suas consequências, quem trabalha na cadeia de commodities precisa contar com um planejamento e se antecipar aos movimentos de mercado para garantir maior segurança e estabilidade para o futuro dos negócios.
Utilizar uma estratégia de hedge pode ser a melhor opção para evitar surpresas desagradáveis na programação financeira de quem trabalha com commodities. Especialidade da hEDGEpoint, este mecanismo opera como uma espécie de seguro contra as variações de preços do mercado, reduzindo os riscos nas transações.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas nas mais diversas commodities com soluções em gestão de risco por meio de tecnologias e consultoria customizada para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
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