A influência das eleições dos Estados Unidos na economia global
Entenda qual é o impacto das eleições dos Estados Unidos na economia global, no mercado de ações e no setor de commodities.
A corrida para a presidência dos Estados Unidos já começou e tem sua votação marcada para o dia 5 de novembro de 2024. Devido à influência econômica e política, as decisões tomadas pelo país têm grande importância, direcionando os olhares de líderes mundiais para a próxima escolha presidencial da população.
O mercado já vinha prestando muita atenção às pesquisas eleitorais e às propostas dos candidatos. No entanto, com o atentado contra o ex-presidente e líder das pesquisas Donald Trump no último final de semana, os desdobramentos da eleição americana tendem a ganhar ainda mais relevância.
A intensa disputa entre os principais concorrentes remonta cenários históricos da política internacional. Dados e pesquisas apertadas como essas geram inquietação no mercado, podendo impactar a cotação de moedas internacionais, ações, preços de commodities e mais. Neste texto, vamos entender como funciona essa influência das eleições na economia global, dados sobre anos eleitorais anteriores e mais. Boa leitura!
A maior economia do mundo
Hoje, a nação norte-americana é considerada a principal economia do mundo. Em menos de 4 séculos, os Estados Unidos passaram de colônia a potência global com a força de sua produção industrial, agrícola, riqueza de recursos naturais e vantagens logísticas.
Atualmente, o país está no topo do ranking econômico mundial em termos de Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o FMI, os Estados Unidos lideram com um PIB de US$28,7 trilhões e um crescimento de 2,7% em 2024. Sua posição está isolada na liderança, com a China alcançando US$18,53 trilhões na segunda posição.
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Nas fronteiras internas, os estados americanos também relataram aumento no PIB e na renda pessoal no 1º Trimestre de 2024, evidenciando ainda mais o crescimento constante da nação. Veja abaixo os últimos dados sobre essa contínua evolução dentro das fronteiras:
Além do poder econômico, os Estados Unidos também exercem influência no mundo por suas inúmeras relações comerciais e humanitárias. De acordo com o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, sigla em inglês), o país mantém negociações com mais de 200 países, territórios e associações regionais ao redor do mundo. Confira alguns dados da instituição sobre essa influência:
- 2º maior exportador de bens do mundo;
- US$ 2,1 trilhões em exportações no ano de 2022;
- Maior importador de bens do mundo;
- US$ 3,2 trilhões importados em 2022;
- Maior exportador de serviços do mundo;
- US$ 926,0 bilhões em serviços exportados em 2022;
- Maior importador de serviços do mundo;
- US$ 680,3 bilhões em serviços importados em 2022;
- US$45,4 bilhões em assistência externa para fins econômicos em 2022, conforme a USA Facs.
Dados sobre a assistência americana externa em 2022, por região mundial:
Mais do que acordos comerciais, a influência dos Estados Unidos também é forte nas relações humanitárias, conforme mostra o quadro acima. Todas as regiões do planeta mantêm contato com a nação americana, evidenciando ainda mais a relevância e poder do país.
A influência das eleições americanas no comércio internacional
As inúmeras relações comerciais da América e sua alta escala são de extrema importância para os países que têm contato com a nação. De fato, o World Economic Outlook (WEO) de 2023 relatou que a melhora da perspectiva econômica global foi impulsionada, em parte, pela força dos Estados Unidos.
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Além disso, o comércio internacional depende dos acordos comerciais, taxas de câmbio, programas de incentivo e outras iniciativas estadunidenses que movimentam o mercado. Todos esses acordos existentes hoje podem sofrer alterações com uma mudança de governo, provando a importância da política norte-americana.
Outro ponto relevante é o papel do dólar: a principal moeda utilizada nas transações e negociações internacionais. Globalmente, qualquer flutuação no valor do dólar pode gerar impacto na economia e nos preços de produtos importados e exportados, principalmente em países emergentes. A Hegdepoint explica no blog o porquê o dólar dos Estados Unidos ser a referência de moeda mundial desde meados do pós-segunda guerra.
O impacto histórico das eleições dos Estados Unidos na economia global
Antes das eleições
Historicamente, as eleições nos Estados Unidos geram uma certa volatilidade no dólar. No período que antecede as eleições, as incertezas políticas podem causar variações na moeda, principalmente pelas expectativas quanto aos resultados e possíveis medidas adotadas pelos supostos partidos vencedores.
Essa variação na cotação pode ser ainda maior em corridas presidenciais mais acirradas. Conforme a Associação de Tesoureiros Corporativos (ACT, em inglês), o dólar enfraqueceu de US$1,53 contra a libra em meados de janeiro de 2012 para US$1,63 em setembro. As previsões de vitórias apertadas entre Barack Obama e Mitt Romney levaram a essa variação.
Pós-eleições
Depois do dia das votações, o dólar tende a reagir de maneira mais forte, pois o resultado definirá o comportamento das bolsas e do câmbio. Em 2016, por exemplo, a vitória de Donald Trump valorizou o dólar pois o presidente havia mencionado políticas fiscais expansionistas em sua candidatura.
A economia no resto do mundo
Num cenário global, o fortalecimento do dólar também pode enfraquecer moedas de outros países. Quando a moeda americana está mais forte, pode encarecer seus produtos e serviços de outras nações e reduz sua competitividade nas exportações.
Além disso, todo esse movimento do dólar gera certa volatilidade no mercado, principalmente nos preços das commodities. Por serem produtos internacionais e normalmente negociados na moeda estadunidense, a cotação acaba influenciando os seus valores finais.
O mercado de ações é outro setor que pode ser impactado pelo valor do dólar. Porém, as eleições americanas não têm sido tão significativas quanto o esperado. Nos últimos anos, a estabilidade financeira do país ajudou a manter uma economia resistente, mesmo em tempos de corrida presidencial.
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A pesquisa da Avenue mostra que o S&P 500, índice de ações com as 500 maiores empresas nas bolsas de valores americanas, apresentou desempenhos regulares em anos eleitorais. A análise também indica que o índice continuou crescendo mesmo com a troca de partidos ao longo da história:
Outro estudo, desta vez da Blackrock, mostra que os anos de eleições têm se mostrado positivos para o mercado de ações. O gráfico abaixo apresenta esse comportamento:
Esse mesmo estudo evidencia que as eleições em si não têm tanta influência na economia. O que realmente faz maior diferença no mercado internacional é o preço do dólar, a demanda e a oferta do mercado, os programas políticos e fiscais que o novo presidente colocará em prática e mais. Veja abaixo alguns exemplos do que mais impactou o mercado nos últimos anos de eleições americanas:
- 2008: A crise do mercado imobiliário dos Estados Unidos foi o principal fator que trouxe volatilidade ao mercado da época;
- 2012: O dólar sofreu com flutuações de preço, mas as políticas monetárias expansionistas do Federal Reserve tiveram maior impacto no mercado do que as eleições;
- 2016: Um ano com volatilidade significativa antes das eleições, mas com fortalecimento do dólar devido às políticas anunciadas pelo presidente eleito;
- 2020: O mercado sofreu principalmente pela pandemia e seus impactos na economia global.
Como gerenciar riscos em um cenário de volatilidade
Como apresentado neste texto, há diversos fatores que atingem o mercado econômico mundial e os preços de ações e de commodities comercializadas globalmente. Na Hegdepoint, trabalhamos com instrumentos de hedge que buscam reduzir os riscos financeiros que essas variáveis podem causar nos valores dos produtos.
Com ferramentas avançadas, nossos profissionais estudam o mercado e avaliam cada fator influente nos setores de commodities, moedas e energia. Entre em contato e saiba mais sobre como podemos ajudar o seu negócio.
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