Perspectivas energéticas para o Sudeste Asiático de acordo com a IEA
Confira as principais perspectivas energéticas para o Sudeste Asiático conforme o relatório anual da Agência Internacional de Energia (IEA).
Atualmente, o Sudeste Asiático está se destacando como um dos principais protagonistas no cenário energético global. Segundo o relatório Southeast Asia Energy Outlook 2024, publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA), a região terá um papel central no crescimento da demanda energética nas próximas décadas.
Dentro deste contexto, exploramos as principais tendências destacadas pela IEA, incluindo o consumo de combustíveis no Sudeste Asiático, perspectivas até 2050, aumento na demanda por energia e mais. Entre os países que englobam essa região estão: Brunei Darussalam, Camboja, Indonésia, República Democrática Popular do Laos (RDP do Laos), Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã.
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O consumo energético no Sudeste Asiático
O relatório da IEA aborda dados sobre o consumo energético no Sudeste Asiático nas últimas décadas. De acordo com a organização, a região foi responsável por 11% do crescimento da procura global de energia desde 2010. Além disso, os países locais devem contribuir com mais de 25% do crescimento até 2035 no STEPS (Stated Policies Scenario), que é baseado nas políticas energéticas declaradas atualmente.
Conforme a economia da região foi crescendo na última década, a procura por energia mais do que duplicou desde 2000. A maior parte desta evolução foi suprida pelos combustíveis fósseis, principalmente o carvão. Veja abaixo os dados levantados pela IEA:
Quanto ao petróleo, a procura na região aumentou 60% no mesmo período. Contudo, o crescimento no consumo foi abastecido por importações já que a produção no Sudeste Asiático caiu mais de um terço desde o século passado.
Esse aumento na demanda por petróleo é impulsionado pela indústria e pelo transporte. Como evidenciado no gráfico acima, o consumo nos transportes mais que duplicou, passando de 1,3 mb/d (milhões de barris por dia) em 2000 para 2,8 mb/d em 2024.
No mix energético local, o carvão aumentou a sua participação de 9% em 2000 para 28% em 2024. Já na produção de eletricidade, o carvão tem participação ainda maior, alcançando 45%. Entretanto, as fontes elétricas na região têm se diversificado nos últimos cinco anos. Confira nos gráficos:
Devido às tensões geopolíticas, a segurança energética continua sendo a prioridade do Sudeste Asiático. A IEA aponta que a recente crise global evidenciou a vulnerabilidade da região ao aumento dos preços, já que depende do Oriente Médio para obter 60% do seu petróleo importado.
No consumo de energia, o petróleo e o carvão respondem por mais de um quarto da demanda energética da região, cada um. O gás natural vem em terceiro lugar, contribuindo com cerca de um quinto. A organização também abordou que o carvão gerou metade da energia elétrica consumida no Sudeste Asiático em 2023, além de 30% da procura industrial.
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Perspectivas energéticas no Sudeste Asiático até 2050
Segundo os dados apresentados no relatório da IEA, a demanda por energia no Sudeste asiático deve continuar crescendo até 2050. Para o mix energético local, a perspectiva é que a participação dos combustíveis mude completamente até a metade do século, caso os países alcancem as metas climáticas. Veja nos gráficos abaixo as expectativas STEPS e APS (cenário de promessas anunciadas, em inglês):
Apesar da mudança no mix energético, todos os cenários mostram uma maior demanda até 2050. Com isso, espera-se que a matriz continue a diversificar as fontes de energia, com todos os tipos de combustíveis garantindo uma posição importante na cadeia produtiva.
Atualmente, o petróleo e o carvão são as principais fontes da região e em 2035 ainda devem representar quase 30% do mix energético. O relatório aponta também que a composição deste mix ainda não está clara, mas que a indústria deve continuar sendo o setor que mais precisa de energia. Contudo, o transporte deve reduzir a procura por combustíveis devido ao aumento dos carros elétricos. Acompanhe os dados:
No transporte, a redução da procura por combustíveis fósseis é acompanhada por um aumento na demanda por biocombustíveis e por eletricidade. O relatório afirma que esse crescimento vai ser significativo, mas que o petróleo continuará dominante no setor. Acompanhe:
Atualmente, o transporte e o frete rodoviário representam quase metade da procura de energia no Sudeste Asiático (48%), os automóveis de passageiros ficam em segundo lugar com 34% de participação, veículos de duas/três rodas com 16% e ônibus com 2%. Neste cenário, o petróleo supre 90% da demanda enquanto os biocombustíveis apenas 8%. Até 2050, a participação dos biocombustíveis deve aumentar para 20%.
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Aumento da demanda por energia no Sudeste Asiático
De acordo com os dados, a demanda energética do Sudeste Asiático deve ultrapassar a da União Europeia até 2050. Esse crescimento na procura por energia é liderado pelo setor de eletricidade.
A instituição aponta que a demanda deve crescer a uma taxa anual de 4%, impulsionada pelo uso do ar-condicionado. Veja abaixo os dados:
Por fim, a instituição também relata que fontes de energia limpa, como a eólica e a bioenergia, devem suprir mais de um terço do crescimento da demanda energética na região até 2035. Confira no gráfico:
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