Barter é uma operação muito frequente no mercado de commodities. Realizada com antecedência pelos produtores rurais, cerealistas, cooperativas e traders, tem o objetivo de trazer benefícios para todos os agentes envolvidos na negociação.

Com o fortalecimento do agronegócio brasileiro, há também o aumento na necessidade de insumos agrícolas para o desenvolvimento da safra. Levando em conta que a operação barter auxilia na obtenção desses recursos, torna-se essencial compreendê-la. Por ser uma aliada importante para quem atua no segmento, nós preparamos um conteúdo que explica:

• O que é barter;
• Qual o seu funcionamento;
• Quais as vantagens para o produtor;
• Como a hEDGEpoint contribui no hedge da operação de barter.

Continue a leitura e encontre todas as respostas!

O que é barter no mercado de commodities?

O termo barter vem do inglês e significa, na tradução para o português, “troca”, “permuta” ou “escambo”. Essa operação é feita entre produtores rurais e empresas para a aquisição de insumos em geral, como fertilizantes e adubos.

O pagamento costuma acontecer por meio da troca de produtos da lavoura, com a intermediação de uma compradora de commodities agrícolas. Posto isso, o preço é calculado em sacos com hectares e o pagamento é feito com a entrega desse produto na colheita.  A operação é bastante comum em negociações envolvendo principalmente a soja, mas também se aplica a outras culturas como milho, café e algodão.

O barter surgiu para simplificar e ampliar as formas de negociação entre produtores rurais e empresas de insumos. Não há regras específicas em relação aos acordos, buscando-se a viabilização para ambas as partes. Dessa forma, um número definido de sacas de commodities vale uma quantidade correspondente de sementes, por exemplo.

Barter: conheça como funciona a operação

No barter, temos três atores envolvidos. Todos têm interesses que se complementam, tornando o processo conveniente a cada um. São eles:

• Produtor: precisa comprar insumos para produzir, definindo um prazo de pagamento.
• Fornecedor: além de ofertar os insumos, exercem muitas vezes o papel de financiador do produtor.
• Off-taker: em geral, é uma trading (empresa que se dedica à compra e venda de mercadorias, como commodities) que compra a produção do produtor. O intuito é a venda para exportação e mercado interno.

Para entender como funciona o barter, pense que determinado insumo está custando R$ 1.000 no Mato Grosso. Já a cotação da saca de soja está em R$ 100 no momento do contrato com índice pré-fixado. De acordo com essa situação, o empresário rural irá se programar para pagar esse crédito com 10 sacas de soja no pós-colheita.

O agricultor pode travar o preço com base na cotação no momento do contrato ou condicionar o pagamento segundo a variação da taxa de câmbio. Ademais, existem diversas modalidades para realizar o barter. Abaixo, destacamos as duas principais.

1. Preço fixo

O fornecedor apresenta o pacote com os insumos, dosagens e aplicações recomendadas para o plantio de determinada variedade, em uma certa área. Ele também indica quantas sacas deverão ser entregues como pagamento desse pacote. Variações de preço da commodity na Bolsa de Mercadorias, entre a data de fechamento da operação e a de entrega, não afetam a quantidade de produto a ser entregue.

2. Preço a fixar

Nesta modalidade, o produtor oferece um prazo pré-estabelecido para fixar alguns componentes de preço, como a cotação na bolsa. A relação de troca de insumos pode variar, havendo a necessidade de entrega de mais ou menos produto para quitar o débito em aberto.

• Saiba tudo sobre a precificação de commodities.

No Brasil, as operações são formalizadas na Cédula do Produto Rural (CPR). O produtor deve se comprometer a entregar a quantidade acertada como pagamento, registrando os trâmites neste documento indispensável para a transação ocorrer.

Quais são as vantagens do barter para o produtor?

O barter é bem importante para auxiliar em três pilares fundamentais do negócio: a melhora da produtividade, a gestão de riscos e a rentabilidade.

Como a negociação é feita antes da colheita, o produtor fixa a sua venda e simultaneamente se compromete a entregar sua parte pelo preço definido. Em outras palavras, não precisa se preocupar com variações no preço de commodities, caso escolha pela modalidade de preço fixo.

Além disso, o produtor tem acesso a mais uma forma de financiamento. Nesse sentido, ele se libera desses gastos que podem comprometer a sua saúde financeira e afetar os custos de produção.

Tendo conhecimento prévio da quantidade de produtos combinados para pagar os custos, o produtor também reduz a preocupação com o armazenamento. Assim, ao estabelecer comprador, data e local de entrega antes mesmo de colher, ele já sabe que os riscos de escoamento da safra são menores.

O barter permite também o aumento da competitividade, possibilitando novas oportunidades de negociação. O produtor passa a focar em produzir mais e melhor, aperfeiçoando sua rentabilidade.

Como a hEDGEpoint contribui no hedge da operação de barter?

A operação de barter está intimamente ligada ao hedge, pois reduz riscos associados à volatilidade de preços das commodities. Desse modo, compreender o seu funcionamento é primordial para a tomada de decisões.

Sobretudo, é imprescindível contar com um parceiro que entende todas as dinâmicas do mercado de commodities. Nesse sentido, a hEDGEpoint alia instrumentos de hedge para contribuir na gestão de riscos, apontando as ferramentas que podem ajudar o seu negócio. Com uma equipe que alia análise de dados, inteligência de mercado e insights, conseguimos auxiliar nas operações de barter.

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