
La Niña em 2025 e seus impactos no clima, na agricultura e no mercado de commodities agrícolas.
A dinâmica dos fenômenos climáticos exerce uma influência cada vez mais decisiva sobre os mercados globais, em especial o de commodities agrícolas. Em outubro, a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos) confirmou oficialmente a La Niña, fenômeno climático que influencia o regime de chuvas e temperaturas em várias regiões do planeta. O boletim oficial da instituição destaca que o evento atual permanece fraco, mas ainda pode gerar impactos perceptíveis no clima global e regional.
Neste artigo, abordaremos:
Boa leitura!
O La Niña é um fenômeno climático marcado pelo resfriamento das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, provocando alterações na circulação atmosférica global. Nesse cenário, os ventos alísios, que são ventos estáveis e úmidos que sopram nas zonas subtropicais, ficam mais fortes empurrando águas quentes para o Pacífico Oeste e permitindo a ascensão de águas frias no Pacífico Leste, o que impacta os padrões de temperatura e precipitação em várias regiões do mundo.
De acordo com a NOAA, as condições de La Niña surgiram em setembro deste ano. Os modelos do IRI (International Research Institute for Climate and Society) indicam que o evento pode continuar até fevereiro de 2026, embora a probabilidade diminua para 60% no período de outubro a dezembro de 2025 e para 50% no período de dezembro de 2025 a fevereiro de 2026.
O fenômeno La Niña causa mudanças no regime de ventos e nos fluxos marítimos no Oceano Pacífico. Esses eventos alteram o fluxo de energia (ventos e calor) entre as áreas tropicais e não tropicais, modificando assim o regime de chuvas e as temperaturas médias das áreas sob influência.
Esses efeitos dependem da intensidade do evento (nível de resfriamento das águas do Pacífico), do período de ocorrência e da duração. Um evento neutro a fraco geralmente gera pouca alteração no regime de chuvas.
A correlação entre o La Niña e as mudanças nas precipitações varia conforme a região, sendo mais significativa entre setembro e janeiro, embora variações com menor intensidade também sejam observadas nos demais meses.
Para a agricultura, os impactos do La Niña dependerão da intensidade do evento, da duração e se o fenômeno atingirá momentos críticos do desenvolvimento dos cultivos. Confira abaixo as previsões da Hedgepoint sobre os efeitos esperados para cada commodity, dependendo da intensidade do evento climático.
O impacto do La Niña no café varia de acordo com a região e a safra. No Brasil, ele pode beneficiar a floração do arábica, devido a temperaturas mais baixas, e a produtividade do conilon, em razão de um volume maior de chuvas.
Em outros lugares, como Vietnã, Colômbia e América Central, chuvas excessivas e tempestades podem atrapalhar a safra 25/26, mas os impactos na produtividade permanecem incertos.
Os impactos esperados nas safras de soja e milho no período de outubro a fevereiro concentram-se principalmente no Hemisfério Sul, com os maiores impactos na Argentina, no Uruguai e na região sul do Brasil.
A tendência de chuvas abaixo da média na metade sul da América do Sul tende a trazer problemas para o desenvolvimento das safras no Sul do Brasil, Uruguai e Argentina. Por outro lado, a tendência de chuvas acima da média e temperaturas mais amenas na metade norte da América do Sul tende a ser favorável para as lavouras no centro-norte do Brasil.
O La Niña pode trazer chuvas abaixo da média e temperaturas mais altas entre outubro e fevereiro para a América do Norte, Europa e região do Mar Negro, o que pode afetar o desenvolvimento inicial das safras de trigo de inverno nos principais países produtores.
O La Niña geralmente traz chuvas acima da média durante a chamada “estação chuvosa” no Sudeste Asiático, aumentando o risco de inundações nas plantações de palma e problemas na logística da palma e do óleo de palma na Indonésia e na Malásia, os dois maiores produtores mundiais de óleo de palma.
Embora o La Niña possa afetar a região Centro-Sul do Brasil durante a fase crítica de desenvolvimento da safra 26/27, seus efeitos dependerão da intensidade e da duração do evento.
Globalmente, a influência do fenômeno varia, com correlação histórica limitada nos principais países produtores do Hemisfério Norte, como a Índia e a Tailândia. No entanto, um episódio particularmente intenso poderia aumentar a umidade no Sudeste Asiático e na Oceania, o que poderia interromper o ritmo das operações de moagem na Tailândia e o esmagamento no Sudeste Asiático.
O La Niña pode influenciar a produção, alterando os padrões de precipitação e temperatura em regiões importantes. Na África Ocidental, a ocorrência do fenômeno entre outubro e dezembro pode favorecer o aumento da umidade e temperaturas mais amenas, aliviando o estresse da estação seca. Já no Equador, a redução das chuvas pode prejudicar a floração. Essas mudanças climáticas podem afetar o excedente esperado para a temporada 25/26.
O mercado futuro de commodities agrícolas tende a reagir com maior volatilidade diante das incertezas geradas pelo La Niña e seus efeitos regionais.
A presença do fenômeno, mesmo que em fraca intensidade, concentra o risco nos períodos críticos de plantio e desenvolvimento de soja e milho na Argentina, Uruguai e Sul do Brasil. O risco de seca intensa nessa região, uma característica do fenômeno, pressiona os preços futuros desses grãos.
Além disso, a reação do mercado será amplificada pelo potencial de problemas logísticos para o óleo de palma no Sudeste Asiático devido às chuvas excessivas e, no caso do trigo, pela expectativa de um inverno ameno no Hemisfério Norte, afetando o desenvolvimento inicial.
O cenário de instabilidade climática impulsiona os players do mercado a adotarem uma postura mais defensiva. A expectativa é de preços mais altos e oscilantes nos contratos de grãos sul-americanos e monitoramento rigoroso dos riscos logísticos na Ásia.
A gestão inteligente das informações é crucial tanto para mitigar os riscos quanto para identificar oportunidades em um ambiente climático dinâmico como o provocado pelo La Niña.
A adaptação das práticas agrícolas, a diversificação de portfólio e a avaliação contínua dos riscos, combinadas com uma abordagem flexível às condições de mercado, são fundamentais em um ambiente influenciado por eventos climáticos. Acompanhar os dados meteorológicos e as tendências do mercado de commodities é, portanto, indispensável para tomadas de decisão assertivas.
Para navegar com mais segurança neste ambiente, a Hedgepoint oferece dados e análises detalhadas do mercado, combinados com ferramentas de hedge. Estas soluções auxiliam na proteção contra a volatilidade e contribuem para uma gestão eficiente de riscos.
Para explorar essa inteligência de mercado e seus produtos, e se manter informado sobre os possíveis efeitos do La Niña, acesse o Hedgepoint HUB, assine a newsletter ou entre em contato pelo site.
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