5 macrotendências para o mercado de commodities até 2030
Entenda quais são as principais macrotendências que poderão mudar paradigmas no mercado de commodities, com destaque para o papel da gestão de riscos.
As macrotendências englobam tendências de longo prazo que afetam amplamente diversos espectros da sociedade, com impactos por vezes econômicos, políticos e culturais. Elas representam mudanças estruturais significativas e duradouras, com consequências a nível local e global.
Essas tendências são impulsionadas por diversos fatores e também têm efeitos no mercado de commodities. Confira exemplos de como as macrotendências podem influenciar neste setor:
- Crescimento populacional e urbanização: o aumento da população e a rápida urbanização repercutem diretamente na oferta e demanda por commodities.
- Avanços tecnológicos: a digitalização e a inteligência artificial podem otimizar a produção e comercialização, reduzindo custos e acelerando processos.
- Sustentabilidade: a busca por práticas que preservam o meio ambiente impulsiona a procura por commodities com menor impacto socioambiental, o que pode levar a novas exigências na matriz energética.
- Flutuações cambiais, políticas governamentais, conflitos sociopolíticos e tensões comerciais: são macrotendências capazes de afetar os preços das commodities, gerando volatilidade na cadeia global.
Compreender as macrotendências é fundamental para antecipar transformações necessárias e se adaptar a elas. Pensando nisso, selecionamos as principais macrotendências para o mercado de commodities, apontando qual o papel do gerenciamento de riscos nesse contexto. Continue a leitura e descubra!
Macrotendências: quebra de paradigmas no setor de commodities
Uma combinação de fatores está acelerando uma grande modificação de paradigmas das commodities. A análise da hEDGEpoint pontuou quais são as principais macrotendências até 2030. Explicamos abaixo como cada uma delas poderá transformar o mercado de commodities nos próximos anos, confira!
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Tecnologias de impacto
De acordo com o estudo Digital 2022: Global Overview Report, mais de 60% da população do planeta está conectada à internet, totalizando uma marca de 5 bilhões de pessoas. A pesquisa também indicou que quase 23% dos usuários mundiais utilizam as redes sociais em suas atividades profissionais. Atualmente, há mais de 22 bilhões de dispositivos conectados globalmente. De acordo com o Statista, esse número passará para 50 bilhões em 2030.
Tendo em vista esse cenário, 90% das negociações de ações já são criadas por algoritmos. As consequências dessa realidade são inúmeras para o mercado de commodities. Uma delas é a eficiência na produção por meio da automação, com a aplicação de algoritmos avançados e análises de dados visando à otimização das operações.
Outra transformação é no comércio e na logística, com o uso de dispositivos móveis que facilitam transações em tempo real. Algoritmos de negociação automatizada, inteligência artificial e aprendizado de máquina são cada vez mais empregados para prever tendências e gerenciar riscos. A tecnologia também desempenha um papel crucial na descoberta, exploração e até mesmo extração de commodities, através do uso de drones, satélites e sensores que identificam áreas ricas em recursos.
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Segurança alimentar, climática e energética
Essa é uma prioridade para a maioria dos países. A tendência da desglobalização foi ampliada ainda mais pela COVID-19 e Guerra da Ucrânia, acontecimentos que interromperam as cadeias de suprimento de commodities e impulsionaram a inflação. No médio prazo, é provável que sejam reduzidas as dificuldades de segurança alimentar conforme se encontrem novos fornecedores.. Em relação ao clima e à energia, há a tendência de adoção de práticas sustentáveis, o que aumentará a demanda por energias renováveis e estratégias para minimizar as emissões de gases de efeito estufa.
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Aumento da volatilidade
Desde o início da pandemia, observa-se a tendência de preços altos e voláteis, principalmente no mercado de energia. Na Europa, por exemplo, o aumento dos preços de gás natural causou uma crise de liquidez nos últimos 12 meses. À medida que novas fontes de energia se tornarem disponíveis até 2030, é provável que haja maior estabilização dos preços, mas precisamos ficar atentos.
Com a volatilidade, produtores de commodities poderão sofrer impacto direto em suas receitas e lucros, enfrentando incertezas em relação às suas vendas e à compra de insumos. Investidores também correrão o risco de enfrentar dificuldades em planejar a longo prazo, com obstáculos até mesmo no acesso ao crédito devido à instabilidade. As cadeias de suprimento e os preços finais dos produtos têm chances de serem afetados, caso haja mudanças na oferta e demanda.
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Transição ESG
Juntando as palavras Environmental (Meio Ambiente, em português)), Social (de tradução equivalente) e Governance (governança, em português), o termo ESG tem sido aplicado por empresas que elaboram planos de redução ou contenção de impactos ambientais. Essa é mais uma tendência importante para todos os agentes que atuam no mercado de commodities.
As transições ESG incorporam estratégias que fazem parte dos mais amplos setores organizacionais. Com isso, são adotadas práticas como a reciclagem de metais, as reduções nas emissões de carbono e a garantia de boas condições de trabalho nas cadeias de suprimento. A governança também é imprescindível, com protocolos rígidos e códigos de conduta adequados para garantir total conformidade com leis e regulamentos.
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Alterações demográficas
Até o fim do século, a população mundial deverá atingir a marca de 11 bilhões, com crescimento exponencial na África e Ásia. A expectativa de vida é cada vez maior, prevendo-se menos filhos, principalmente nas nações ocidentais. As mudanças também são geracionais, com os millennials e aqueles que os seguem, impulsionando a economia global a partir de novas preferências e maneiras de consumo.
Todos esses aspectos afetarão a demanda e a oferta de commodities, influenciando a disponibilidade de recursos, bem como o eixo de influência para negócios ligados às commodities, com a Ásia e África assumindo um papel central nos mercados
Ásia e África: crescimento e maior demanda
A análise da hEDGEpoint também destaca o crescimento populacional da Ásia e da África, o que irá exigir maior demanda de commodities nessas regiões, principalmente de energia: a Energy Information Administration (EIA) projeta um aumento de quase 50% no uso mundial de energia até 2050, liderado pela ascensão do continente asiático.
Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) indicam que a população da África crescerá de 18% em 2022 para 26% até 2050, adicionando cerca de 1,1 bilhão de pessoas no mundo. Confira a comparação no gráfico abaixo:
Na Ásia, a estimativa de aumento é de 628 milhões de pessoas. Novos centros de crescimento urbano também estão surgindo nesses continentes. Atualmente, 50% da população mundial vive em cidades, enquanto elas consomem ¾ dos recursos naturais do mundo. Neste cenário, será importante observar a dinâmica de oferta e demanda, o que poderá impactar o mercado de commodities.
hEDGEpoint: atuação estratégica na gestão de riscos
A hEDGEpoint leva em consideração todas as macrotendências: estamos sempre acompanhando o que está acontecendo no mercado a nível local e global. Dessa forma, conseguimos traçar uma estratégia de negócio que leva em conta alterações na sociedade e define a melhor resposta pela nossa empresa, para oferecer as melhores soluções adequadas de hedge aos nossos clientes.
Ter conhecimento de todas essas tendências é fundamental para traçar estratégias de genciamento de riscos mais eficazes e capazes de trazer segurança para os negócios. A hEDGEpoint fornece produtos de hedge com base em inovação, disponibilizando insights valiosos aos clientes. Buscamos antecipar mudanças, mapeando tendências e contribuindo na tomada de decisões estratégicas.
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