Mercado do açúcar: qual a situação e perspectivas futuras?
Os destaques de 2022 e o que esperar do mercado do açúcar em 2023, segundo especialistas.
O Brasil é o líder mundial na produção e exportação de cana-de-açúcar. Somente o estado de São Paulo produziu 405 milhões de toneladas, o equivalente a 40 milhões de reais, em 2021 (IBGE). A importância do mercado do açúcar está atrelada tanto à economia nacional quanto à sua história.
A cana-de-açúcar é quase tão antiga por aqui quanto a chegada dos portugueses. Acredita-se que em 1520, durante a colonização do país, a cana foi trazida para cá pelos recém chegados, que viram nas terras tropicais as condições ideais de cultivo.
E eles estavam certos, pois a produção em larga escala não apenas foi possível como transformou o país na maior potência mundial. Hoje, além de liderar o ranking de produção da cana, também lideramos a exportação de etanol, combustível valorizado por ser alternativa “limpa” à gasolina.
Por isso, a versatilidade é uma das grandes qualidades dessa commodity. Além de servir de matéria-prima para a indústria alimentícia, através de diversos tipos de açúcar e do próprio caldo da cana, ela também serve ao ramo de energia, pois gera álcool utilizado como insumo para o etanol.
A hEDGEpoint, que conta com especialistas no mercado do açúcar, elaborou o levantamento abaixo com as principais informações sobre o ano que passou (2022) e perspectivas futuras. Confira.
Quais foram os destaques no mercado do açúcar em 2022?
A quebra de safra brasileira em 2021 não apenas gerou uma escassez no mercado como incentivou uma alteração na proporção das qualidades produzidas pelos principais agentes do Hemisfério Norte, Índia e Tailândia.
Desde então, o açúcar bruto encontrou sustentação no cenário de déficit (2021/2022 out-set), mantendo-se acima da paridade de exportação indiana durante todo o ano de 2022, em aproximadamente 18.8c$/lb.
Esse nível de preços foi responsável por incentivar que os produtores asiáticos alterassem sua proporção de produção entre qualidades em favor do açúcar bruto. Essa tendência induziu o mercado de açúcar branco a uma escassez, incentivando seus preços a atingirem patamares não vistos em mais de 5 anos.
O mercado de açúcar encontrou suporte no aperto do mercado físico. Com a Guerra na Ucrânia o preço do gás subiu, elevando o preço do refino na Europa.
No mercado do etanol, as principais mudanças vieram das mudanças na tributação, que levou o etanol hidratado a perder competitividade tanto na bomba quanto contra o açúcar, resultando em mix maior que o esperado.
O clima também contribuiu para uma alta nos preços do açúcar no segundo semestre. Tanto as secas quanto as chuvas em excesso prejudicaram produtores de todo o mundo, principalmente do hemisfério norte.
O que esperar do mercado de açúcar em 2023?
Para 2023, o clima tem se mostrado positivo para o desenvolvimento da próxima safra brasileira, que se inicia em abril 2023, fortalecendo a expectativa de superávit para 2022/20223 (Out-Set), mesmo com os atrasos no Hemisfério Norte.
Mas o mercado de açúcar também é bastante afetado por fatores externos ao seu próprio mercado, como pela conjuntura macroeconômica e o complexo de energia, não podendo ignorar seus movimentos.
Além disso, o mercado deve seguir atento às alterações climáticas que afetam diretamente o desenvolvimento vegetativo de suas matérias-primas: cana-de-açúcar e beterraba.
Qual o cenário atual do mercado do etanol?
No mercado de etanol brasileiro, as principais alterações de preços foram resultado de mudanças determinadas pelo governo. No começo de 2022, a safra do Centro Sul ainda gerava dúvidas: os preços do hidratado se encontravam no mesmo patamar que os do açúcar bruto.
Ainda que já se acreditasse em uma safra mais açucareira, o mercado apostava em um mix menor do que a média estimada ao final do mesmo ano. Essa mudança deveu-se, principalmente, às alterações no regime tributário dos combustíveis que levou o etanol hidratado a perder competitividade tanto na bomba quanto contra o açúcar.
A alta dos preços do petróleo impacta diretamente na cadeia de produção da cana, tanto por elevar os custos de produção quanto pela influência que exerce no preço do etanol.
Como se proteger das volatilidades do mercado do açúcar?
Existem diferentes tipos de riscos no mercado de commodities. Mesmo estimando possibilidades futuras, são apenas tendências, pois não é possível prever e nem evitar os acontecimentos reais.
As intempéries do clima, as mudanças políticas e econômicas a nível local e/ou global e os eventos imprevisíveis, como guerras, não se pode mudar, mas pode-se escolher como lidar com eles.
Em um mercado tão volátil, é imprescindível contar com um planejamento que dê segurança e mais previsibilidade para o futuro dos seus negócios.
A melhor opção para gerenciar riscos no mercado de commodities e evitar prejuízos é contar com um parceiro especialista em hedge que possua amplo conhecimento do mercado agro, como é o caso da hEDGEpoint.
Aliamos o conhecimento de especialistas em diferentes commodities com soluções em gestão de risco por meio de tecnologias e consultoria customizada para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
A hEDGEpoint conta ainda com a hEDGEpoint Academy, uma plataforma de cursos para disseminar o conhecimento em hedge, que traz muitos benefícios para o mercado agro e ainda é pouco utilizado.
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