Qual o panorama do mercado de energia da América Latina?

Saiba qual o cenário do mercado de energia da América Latina em 2024 e entenda as principais perspectivas do setor.

09 de Maio de 2024

Hedgepoint Global Markets

A América Latina exerce um papel importante no mercado de energia global. A região contempla países como Brasil, Colômbia, Guiana e Venezuela, reconhecidos internacionalmente pela sua relevância neste setor.

Em meio a questões como a ascensão de energias renováveis, conflitos geopolíticos e novas regulamentações socioambientais, torna-se essencial compreender o cenário do mercado de energia latino-americano. Afinal, ele sofre influência de todos esses fatores, responsáveis por desencadear mudanças significativas.

Pensando nisso, convidamos Daniel Osorio, Head of Energy Americas da Hedgepoint, para falar sobre esse assunto . Boa leitura!

Quem são os maiores produtores e importadores de commodities energéticas da região?

Com abundância de recursos, a América Latina ocupa uma posição estratégica no mercado de commodities energéticas. Nesse sentido, alguns países assumem protagonismo na produção.

Entre eles, o Brasil é líder na região e está no 8° lugar de maior produtor de petróleo bruto e condensado, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE, sigla em português). Além disso, figuram como importantes competidores a Guiana, a Colômbia, a Venezuela, e o México.

Daniel Osorio, Head of Energy Americas

“Em alguns desses países, as companhias nacionais de petróleo são as maiores, como a Petrobrás no Brasil, influenciando consideravelmente as receitas. Em outras palavras, o desenvolvimento social dessas nações é impactado pela venda de hidrocarbonetos“, acrescenta Daniel Osorio.

A Argentina e o Equador, por sua vez, têm uma produção menor no mercado de energia latino-americano. No caso das importações de commodities energéticas, Chile e Paraguai são fortemente dependentes.

Como funciona a dinâmica comercial de energia na América Latina?

Segundo o Head of Energy Americas da Hedgepoint, a América Latina produz, majoritariamente, energia bruta. Portanto, exporta a maior parte dessa produção:

“O Brasil exporta para a Europa, os Estados Unidos e demais países latino-americanos, por exemplo. A Colômbia, a Guiana e o México exportam para os Estados Unidos”, pontua.

Porém, Osorio destaca que a maioria das refinarias de petróleo do mundo estão nos Estados Unidos, principalmente no Texas. Por isso, após o refinamento, o petróleo volta dos Estados Unidos para a América Latina, em forma de gasolina ou diesel.

“Na América Latina, apesar de existirem refinarias, a capacidade não costuma ser suficiente Em alguns casos, elas não produzem combustíveis de qualidade e não seguem todos os regulamentos ambientais necessários. Portanto, precisam importar: no caso da Colômbia, gasolina e diesel norte-americano. Já o Brasil compra mais diesel do mercado externo”, explica.

Em relação a investimentos estrangeiros, Daniel Osorio afirma que estão estáveis na região, com destaque para a China, que investe bastante desde os últimos 10 anos:

“O país investe por meio da criação de usinas de energia e empreendimentos imobiliários na América Latina. Eles apostam no desenvolvimento de matérias-primas do setor de energia nesta região, já que a população chinesa é um grande consumidor de energia. Brasil, Venezuela e Peru são alguns países que recebem capital chinês para essa finalidade”, complementa.

Como a volatilidade de preços do mercado de energia atual afeta a América Latina?

As commodities energéticas estão sujeitas à volatilidade. Ou seja: os acontecimentos globais afetam esse mercado e repercutem nos preços. Atualmente, o conflito no Oriente Médio, bem como entre Rússia e Ucrânia, trazem riscos de afetar os players da América Lantina:

“Os conflitos atuais seguem elevando os preços. A tendência é de que a situação permaneça, o que poderá beneficiar as empresas de petróleo da América Latina. Sendo assim, a economia desses países ganha como um todo”, pondera.

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Quais as perspectivas para o mercado de energia LATAM nos próximos anos?

Segundo a AIE, a produção mundial de petróleo aumentará em 5,8 milhões de barris por dia até 2028. Cerca de 1/4 dessa oferta adicional virá da América Latina. Brasil e Guiana serão os protagonistas desse movimento:

“Guiana começou a realizar descobertas de petróleo em alto-mar e águas abertas. Nos últimos 3 anos, fortaleceu a produção de petróleo bruto, ganhando relevância no mercado. O Brasil permanecerá com a produção estável de petróleo, pois o governo brasileiro sabe que ela é fundamental econômica e socialmente”, explana Daniel Osorio.

Por isso, a maior parte da produção virá desses dois países. No caso de Argentina, Peru, Equador e Colômbia, a produção de energia será realizada por empresas independentes e menores. Para Daniel Osorio, a América Latina precisará viver uma transição:

“Os países precisam usar todos os recursos provenientes de matérias-primas, como petróleo bruto, para investir em fontes de energia mais limpa e também em infraestrutura“, explana.

Mas, ele reforça que os combustíveis fósseis ainda permanecerão importantes na matriz energética. Isso ocorre em um contexto de crescimento da população, aumento da demanda e geração de riqueza para o desenvolvimento das nações:

“A verdadeira questão é como vamos produzir e consumir essas commodities. Devemos aumentar nossos padrões de segurança, a fim de garantir que não estamos afetando o planeta mais do que o necessário”, conclui.

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Hedgepoint: gerenciamento de riscos no mercado de energia da América Latina

O mercado de energia da América Latina sofre as consequências da volatilidade. Há eventos imprevisíveis que podem afetar toda a dinâmica deste setor.

Nesse sentido, contar com o gerenciamento de riscos faz toda a diferença para proteger os negócios. Para isso, a Hedgepoint alia produtos de hedge com inteligência de mercado ao unir análise de dados e ferramentas sofisticadas na gestão de riscos.

Acompanhamos todas as movimentações a nível local e mundial, sempre avaliando os possíveis impactos para o mercado de energia. Com um time de profissionais altamente capacitados e presença global, transformamos riscos em oportunidades.

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Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabiliza por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente ([email protected]), contate nosso canal de ombudsman interno ([email protected]) ou 0800-878 8408/[email protected] (somente para clientes no Brasil).

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