Entenda o cenário da colheita de soja e milho nos EUA e seus efeitos sobre preços, competitividade e a posição do Brasil no mercado global.
A colheita de grãos dos EUA desempenha um papel crucial para o mercado global de commodities agrícolas. A cada safra, todos os atores da cadeia observam com atenção as projeções de produção, as condições das lavouras, o clima e os estoques, pois os resultados americanos causam impactos significativos nas cotações internacionais. Isso, pois, EUA são o maior produtor mundial de milho (a frente da China e do Brasil, nesta ordem) e segundo maior de soja (atrás apenas do Brasil).
A dinâmica da safra 2025/26 não é diferente, em especial em contexto de Guerra Comercial entre EUA e China e fechamento do Governo dos EUA desde 1º/out. Fato este que deixa o mercado carente de informações oficiais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Neste artigo, você vai entender:
Boa leitura!
A colheita de grãos dos Estados Unidos tem grande impacto no mercado global, pois o país é um dos maiores produtores e exportadores de soja e milho, commodities essenciais para a alimentação e a produção de ração. O volume de sua produção, juntamente com a condição das lavouras, afeta diretamente a oferta e demanda mundial, influenciando os preços e a logística de exportação para diversos países. Portanto, qualquer alteração nas estimativas de colheita americana tem o potencial de criar um efeito dominó no mercado global.
Para a safra 2025/26, as estimativas são de que a produção mundial de grãos deve alcançar um recorde de 2,528 bilhões de toneladas, impulsionada por um aumento nas projeções de milho, principalmente nos Estados Unidos.
Segundo o próprio USDA, a projeção de milho atinge 1,286 bilhão de toneladas, um volume 4,7% maior que o recorde anterior. As projeções para a safra mundial de soja também foram elevadas, para 424 milhões de toneladas, apesar de ajustes negativos na safra americana, impulsionada pelo Brasil.
A colheita de soja e milho nos EUA está progredindo favorecida por um clima quente e seco no Cinturão do Milho, que promove o avanço dos trabalhos. Todavia, como o governo dos EUA está temporariamente “fechado” (shutdown, termo em inglês), a última atualização oficial é do final de setembro (quando as colheitas de milho e soja estavam em torno de 20%). Meados de outubro, estimativas privadas apontam colheita já se aproximando de 60% na soja e 45% no milho, em linha com a tendência histórica.
Em termos do tamanho de safra, na última leitura oficial do USDA, em setembro, as estimativas da soja tiveram pequenos ajustes de baixa na produtividade, com uma queda de 0,2%. Apesar disso, a área plantada cresceu de forma inesperada, o que impulsionou a produção final para 117,1 milhões de toneladas. Os estoques finais de soja americana também tiveram um aumento de 3,4%, totalizando 8,2 milhões de toneladas.
Já o milho apresentou um cenário misto. A produtividade teve uma pequena redução de 1,1%, mas a produção final subiu 0,4% por conta da área, alcançando 427,1 milhões de toneladas. O número superou as expectativas do mercado. Por outro lado, os estoques finais caíram 0,3%, chegando a 53,6 milhões de toneladas.
Com a ausência do relatório do USDA de outubro, por conta do shutdown, as expectativas para novembro/dezembro aumentam com o mercado precificando possível corte nas produtividades finais.
No geral, o mercado de commodities agrícolas é altamente sensível aos dados de oferta e demanda. O avanço da colheita nos Estados Unidos aumenta a pressão de baixa sobre os contratos futuros de milho e soja, em especial neste contexto de ausência do maior comprador de soja norte-americana, a China, por conta da Guerra Comercial.
Desta forma, a entrada da oferta no mercado aumenta o sentimento baixista nas cotações na CBOT, Bolsa de Chicago, a qual tem o Balanço de Oferta & Demanda dos EUA como a principal referência.
A colheita da safra americana tem impacto direto sobre o mercado brasileiro uma vez que chega ao mercado internacional em momento de menor disponibilidade de soja e milho no Brasil. Assim, os dois países compõem este modelo de alternância entre disponibilidades 1º e 2º semestre do ano e Hemisfério Norte e Hemisfério Sul.
Em anos comerciais clássicos, esta entrada da oferta norte-americana tenderia a limitar a alta dos prêmios nos portos na América do Sul. Já este ano, no contexto da guerra comercial entre Estados Unidos e China, esta pressão tem sido menos intensa.
A ausência de interesse da China pela soja dos EUA abriu espaço para uma forte expansão da demanda pelo produto brasileiro. Esse movimento elevou os prêmios portuários a níveis recordes, sustentando a rentabilidade da produção nacional. Nesse cenário, o Brasil consolidou-se como principal fornecedor de soja para a China, que passou a se abastecer integralmente fora dos Estados Unidos. De janeiro a setembro, o Brasil exportou 72,7 milhões de toneladas de soja para o mercado chinês, um volume inédito que representou 77,4% de todas as exportações brasileiras de soja em grãos no período.
Para enfrentar um ambiente de preços incertos, é crucial acompanhar de perto os relatórios de entidades oficiais, como o USDA, além das projeções de safra e dos principais indicadores de mercado. O setor de commodities agrícolas é fortemente influenciado por variáveis climáticas, decisões geopolíticas e níveis de estoque, exigindo atenção constante e capacidade de resposta rápida.
No Brasil, apesar do impulso proporcionado pela forte demanda chinesa, muitos participantes da cadeia de commodities ainda enfrentam desafios para lidar com a volatilidade dos preços. A ausência de uma estratégia de proteção, por exemplo, pode resultar em perdas significativas de rentabilidade diante das oscilações do mercado.
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