Entre 11 e 17 de agosto de 2025, o DXY recuou para 97,84 com pressões geopolíticas e expectativas de corte de juros nos EUA, favorecendo emergentes.
Na semana de 11 a 17 de agosto de 2025, o dólar frente ao real apresentou volatilidade moderada, oscilando entre a máxima de R$ 5,45 e a mínima de R$ 5,386, esta última registrada na quarta-feira (13), o menor patamar em mais de 14 meses. No início da semana, a moeda americana chegou ao pico diante da cautela dos investidores com as tensões comerciais globais e os riscos externos. Já a valorização do real na metade da semana foi impulsionada por dados de inflação no Brasil abaixo do esperado, que trouxeram alívio ao mercado e reforçaram a confiança na trajetória de desaceleração dos preços, fortalecendo a moeda brasileira.
O cenário interno contribuiu de forma decisiva para sustentar o real ao longo da semana. O IPCA de julho registrou alta de apenas 0,26%, abaixo da expectativa de 0,37%, levando a inflação acumulada em 12 meses a recuar para 5,23% e se aproximar gradualmente da meta que é de 3% ao ano em 2025.
Diante desse quadro, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou o discurso de cautela, defendendo a manutenção da Selic em 15% ao ano até que haja uma convergência mais clara da inflação à meta, mesmo sob pressões políticas por medidas de estímulo à economia.
No campo da política comercial, o governo anunciou em 13 de agosto um pacote de R$ 30 bilhões em apoio a exportadores afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, incluindo linhas de crédito via BNDES e compras governamentais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que o Brasil não pretende retaliar de imediato, apostando na via diplomática para reduzir tensões e preservar o comércio exterior.
Essas medidas trouxeram alívio ao câmbio, reduziram a volatilidade e reforçaram a percepção de resiliência da economia brasileira, mesmo diante do impacto do tarifário norte-americano.
No cenário internacional, dois fatores dominaram a semana. O primeiro foi a guerra comercial intensificada pelos Estados Unidos. Na semana passada, entrou em vigor o aumento das tarifas norte-americanas sobre diversos produtos brasileiros de 10% para 50% em commodities agrícolas (como café, carne bovina e suco de laranja) e têxteis manufaturados.
A medida, inicialmente anunciada em julho, gerou maior cautela nos mercados e pressionou moedas emergentes, incluindo o real. Houve também tarifas adicionais contra o Canadá e ameaças de novos aumentos sobre outros parceiros comerciais, alimentando receios de uma escalada global. Apesar do tom agressivo, sinais de trégua parcial com a China e negociações setoriais aliviaram temporariamente as tensões, mas a incerteza permanece alta e segue sendo um risco relevante para os mercados.
O segundo ponto de destaque foram as negociações em torno da guerra na Ucrânia. Em 15 de agosto, Donald Trump e Vladimir Putin se reuniram no Alasca para discutir possíveis termos de paz. Putin exigiu o controle de toda a região de Donetsk, enquanto o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy rejeitou firmemente ceder mais território. O encontro não resultou em acordo, mas abriu espaço para especulações sobre uma trégua. A União Europeia e a OTAN reforçaram apoio total à Ucrânia, insistindo que não há paz sem respeito à sua soberania. O impasse manteve os mercados em estado de alerta, com volatilidade tanto nos ativos ucranianos quanto na moeda russa.
Abaixo, vemos no gráfico o comportamento do índice do dólar (DXY) entre 11 e 17 de agosto de 2025. O índice iniciou a semana em 98,52, em um patamar relativamente firme, refletindo a cautela dos investidores diante das incertezas globais. No entanto, ao longo dos dias seguintes, prevaleceu uma tendência de enfraquecimento, com o DXY recuando gradualmente até 97,84, sinalizando a perda de força do dólar frente à cesta de moedas internacionais.
Na quinta-feira (14), ocorreu uma recuperação pontual, quando o índice voltou temporariamente para 98,25, mas o movimento não se sustentou e logo retomou a trajetória de queda. A semana terminou com o DXY estabilizado novamente em 97,84, abaixo do nível inicial, confirmando um enfraquecimento acumulado da moeda americana.
Esse desempenho esteve alinhado aos fatores externos que marcaram o período: expectativas crescentes de corte de juros pelo Federal Reserve e a divulgação de dados macroeconômicos mais fracos nos EUA, ambos contribuindo para um dólar globalmente mais frágil e favorecendo moedas emergentes.
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