Lavouras de trigo: quais os desafios no Sul do Brasil?

Lavouras de trigo no Sul do Brasil enfrentam desafios com chuvas intensas e geadas. Entenda os impactos e as perspectivas para a safra.

Hedgepoint Global Markets
Sep 10, 2025 11:40:49 AM

 

As lavouras de trigo no Sul do Brasil enfrentam um período de desafios significativos. Chuvas intensas e o retorno do frio causaram prejuízos e impactaram o desenvolvimento e a semeadura da safra. Produtores e investidores observam com atenção as condições climáticas e buscam entender as próximas perspectivas para esse importante cereal. 

A partir disso, criamos o nosso artigo exclusivo para explicar:

 

 

Qual o impacto das chuvas e geadas nas lavouras de trigo do Sul?

 

As chuvas intensas e o frio causaram perdas nas lavouras de trigo no Sul do Brasil, o que afetou o trabalho no campo e o desenvolvimento das plantas. Levantamentos do Cepea indicam que, apesar do clima frio geralmente favorecer o trigo, o volume elevado de chuvas resultou em prejuízos significativos e provocou um cenário de alerta para a safra1.

 

O excesso de precipitação, especialmente em junho, prejudicou o início do ciclo do trigo no Rio Grande do Sul. Em Santa Catarina, o padrão foi similar, com prejuízos no plantio. No Paraná, os impactos foram mais localizados.

 

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Como a umidade excessiva prejudica o desenvolvimento das lavouras de trigo?

 

A umidade excessiva prejudica o desenvolvimento das lavouras de trigo ao encharcar o solo, impedir a entrada de máquinas e causar estresse hídrico às plantas. Em junho de 2025, a estação meteorológica da Embrapa Trigo em Passo Fundo registrou 425 mm de precipitação, quase três vezes a média histórica de 158 mm para o mês, o que gerou um atraso na semeadura.

 

Esse acúmulo de água no solo impede a oxigenação adequada das raízes, levando à compactação e, em muitos casos, à necessidade de replantio. As plantas em desenvolvimento vegetativo sofreram estresse devido à alta umidade e à baixa luminosidade, o que limitou seu crescimento. 

 

Além disso, as condições climáticas desfavoráveis inviabilizaram a execução de tratos culturais essenciais, como a aplicação de herbicidas, fungicidas e adubação de cobertura. Esse cenário compromete a sanidade e a produtividade das plantas.

 

Quais os desafios de manejo para as lavouras de trigo após o excesso de chuva?

 

Os desafios de manejo para o cultivo de trigo após o excesso de chuva incluem o aumento do risco de doenças fúngicas, erosão hídrica e a necessidade de ajustar a adubação nitrogenada. O encharcamento do solo eleva a incidência do mosaico comum do trigo (vírus transmitido por um ácaro microscópico), uma doença capaz de reduzir o rendimento de grãos em até 50%.

 

A erosão hídrica, causada pelo escoamento da água da chuva que não infiltra, é outro problema sério. A semeadura em contorno e a construção de terraços agrícolas são recomendações da Embrapa para criar barreiras, reduzir a velocidade da enxurrada e garantir a infiltração da água, preservando o solo, sementes e nutrientes. 

 

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Quais as perspectivas para as lavouras de trigo no Sul do Brasil?

 

As perspectivas são mistas, com indicações de recuperação parcial, mas também há previsão de condições climáticas desafiadoras. Após a queda acentuada em junho, o NDVI das lavouras de trigo mostrou recuperação em julho, o que indica uma  capacidade de retomada do crescimento após o estresse hídrico inicial.

 

Contudo, o inverno de 2025 será marcado por períodos de chuvas consecutivas, intercalados com dias secos e ondas de frio, que podem se estender até a primavera. 

 

O Boletim Climatológico do INMET projeta chuvas acima da média para o Rio Grande do Sul, enquanto Paraná e Santa Catarina devem ter precipitações próximas ou abaixo da média histórica. Esse cenário exige monitoramento constante e adaptação por parte dos produtores.

 

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Como fortalecer a resiliência das lavouras de trigo frente à volatilidade climática?

 

A adoção de práticas agrícolas inovadoras e a busca por informações mercadológicas são o caminho. A implementação de tecnologias para monitoramento do clima e do solo permite respostas mais rápidas e eficientes aos eventos meteorológicos extremos.

 

Além da gestão agronômica, a compreensão das dinâmicas de mercado global torna-se crucial. A volatilidade dos preços das commodities agrícolas, influenciada por fatores climáticos e geopolíticos, demanda que produtores e investidores considerem a utilização de instrumentos de hedge. Essas ferramentas contribuem para gerenciar o risco financeiro e assegurar a estabilidade dos negócios.

 

Hedegepoint HUB: onde encontrar inteligência de mercado?

 

Para encontrar inteligência de mercado para as lavouras de trigo, acesse as análises e dados oferecidos por profissionais que atuam no setor de commodities. Uma compreensão aprofundada das tendências e riscos permite decisões mais informadas e estratégicas, especialmente em um cenário de alta volatilidade climática.

 

Nesse sentido, a Hedgepoint Global Markets oferece análises de mercado detalhadas e ferramentas de hedge para o setor agrícola. Nosso objetivo é ajudar produtores e investidores a navegar com mais segurança pelas incertezas. 

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