Como a aproximação comercial entre Brasil e China afeta os preços da soja?
Entenda como a relação bilateral entre o Brasil e a China afetou os preços da soja na bolsa de Chicago. Veja também dados comerciais e mais!
Em 2024, a parceria comercial entre Brasil e China completou 50 anos, marcando meio século de cooperação. No ano, os dois países ampliaram suas relações comerciais, firmando 37 novos acordos bilaterais.
Hoje, o Brasil é o maior exportador de soja do mundo, enquanto a China se destaca como o principal comprador global. Essa interdependência tem sido um fator crucial para a aproximação dos governos e o fortalecimento das relações comerciais nos últimos anos.
Esse tipo de vínculo tem um impacto direto nos preços globais da soja. Neste texto, vamos explorar como a aproximação entre Brasil e China influenciou os preços do produto, o papel do hedge nesse contexto e outros aspectos relevantes. Boa leitura!
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Acordos Comerciais entre Brasil e China
Desde 2009, a China é o maior parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral alcançando um recorde de US$ 157 bilhões em 2023. Esse valor era de apenas US$ 6,6 bilhões em 2003, evidenciando a evolução notável nos últimos 20 anos. Além disso, o país latino-americano também é o maior fornecedor de alimentos para a nação asiática desde 2017.
Veja alguns dados levantados pelo Ministério de Agricultura e Pecuária Brasileiro (Mapa):
- Em 2023, as vendas para o mercado chinês responderam por 36,2% do total das exportações do agronegócio brasileiro;
- A China contribuiu para um aumento de US$ 9,53 bilhões nas exportações brasileiras entre 2022 e 2023;
- Entre os dez principais produtos exportados pelo Brasil, a China foi o principal destino de oito deles;
- As importações brasileiras da China totalizaram US$ 1,18 bilhão em 2023;
- No primeiro quadrimestre de 2024, o Brasil exportou US$ 17,09 bilhões em produtos agrícolas para a China.
A diversificação dessa relação comercial é evidenciada pela troca de produtos e serviços. Entre as principais commodities exportadas pelo Brasil à China estão: soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de aves, celulose, algodão e carne suína. Por outro lado, o país asiático exporta para o latino-americano produtos florestais, fibras e têxteis.
Veja os gráficos do Mapa que mostram os principais importadores de produtos brasileiros em 2001 e 2022. A China conquistou grande parte da oferta do Brasil e impactou os ganhos deste país consideravelmente:
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Novos acordos comerciais entre os países
O presidente chinês Xi Jinping visitou o Brasil para assinar 37 atos bilaterais abrangendo áreas como agricultura, energia, infraestrutura e comércio. Esses avanços reforçam o compromisso de longo prazo entre os dois países, impactando diretamente a cadeia de produção e comercialização de soja.
Entre os destaques estão:
- Planos de cooperação para o crescimento da indústria;
- Expansão de investimentos em infraestrutura logística para o agronegócio;
- Cooperações tecnológicas no setor agrícola;
- Novos marcos regulatórios para exportação de alimentos.
Veja a lista completa e detalhada.
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Aproximação entre Brasil e China afeta preços da soja
Os acordos assinados devem aumentar a demanda chinesa por produtos brasileiros, especialmente a soja. Esse crescimento tende a influenciar o mercado de commodities em outros países, como os Estados Unidos, outro grande exportador do produto para a nação asiática.
A eleição de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos é mais um fator que impulsionou essa volatilidade nos preços. O seu histórico de tensões comerciais com a China pode prejudicar as vendas de soja norte-americana para o país asiático, pressionando ainda mais os valores do produto em bolsa.
Agricultores estadunidenses também esperam investimentos menores do próximo presidente na produção de biocombustíveis. A soja tem boa participação neste mercado e a demanda pode diminuir sem grandes apoios governamentais.
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O papel do hedge na volatilidade do preço da soja
Essas expectativas de políticas menos favoráveis à exportação americana intensificaram a percepção de dependência chinesa do Brasil. São fatores como esse que aumentam a incerteza no mercado e a volatilidade dos preços da soja e de outras commodities.
Neste cenário, o hedge é uma ferramenta essencial para mitigar riscos financeiros. Com ele, produtores e traders podem travar preços futuros para a soja, mesmo que questões políticas e climáticas alterem os valores da matéria-prima.
Na Hedgepoint, oferecemos produtos de hedge customizados para reduzir a exposição às oscilações do mercado. Entre em contato com nossa equipe e entenda como proteger seu negócio financeiramente contra a volatilidade das commodities.
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