Safra 2024/2025 de milho e soja: Brasil e Argentina em busca de recordes

Acompanhe o progresso das safras de milho e soja no Brasil e na Argentina com a análise da especialista da Hedgepoint, Sol Arcidiácono.

31 de Janeiro de 2025

Hedgepoint Global Markets

As safras de milho e de soja desempenham um papel estratégico no mercado global de commodities. A América do Sul desponta como o principal continente para essas culturas, tendo o Brasil e a Argentina entre os principais produtores e fornecedores mundiais. A expectativa de produção para a safra 2024/2025 em ambos os países é de novos recordes, mesmo em condições climáticas desafiadoras.

A especialista Sol Arcidiácono, Coordenadora de Grãos da Divisão Latino-Americana da Hedgepoint, foi convidada para discutir o cenário da safra de soja e de milho em 2025. Acompanhe no texto as perspectivas da profissional, informações sobre clima, produção, preços, além da importância do hedge para os produtores sul-americanos. Boa leitura!

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Progresso da safra de soja

A produção global de soja é liderada pelo Brasil, com a Argentina alcançando o terceiro lugar no ranking. O rendimento de ambos os países têm forte impacto nos preços do produto, influenciando toda a cadeia produtiva e comercial dos principais mercados consumidores.

Segundo a especialista da Hedgepoint, “a Argentina exporta principalmente farelo e óleo de soja para a Índia e a Europa, enquanto o Brasil se destaca na exportação de grãos de soja, tendo a China como principal destino.”

Para 2024/2025, a safra brasileira de soja deve bater um novo recorde. De acordo com o relatório da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção de dezembro de 2024 alcançou 166,211 milhões de toneladas — um aumento de 12,5% em relação à safra anterior e 6,7% superior ao recorde histórico do país.

progresso da safra

Fonte: Conab

“Na próxima semana, o relatório da Conab deve aumentar ainda mais a projeção da safra 24/25, mesmo com números mais conservadores. O USDA é um pouco mais otimista e aponta um crescimento que atinge 169 milhões de toneladas”, ressalta Sol.

A especialista destaca que o início da safra de soja no Brasil enfrentou desafios neste ano devido ao atraso das chuvas. No entanto, a recuperação foi rápida, com o retorno das precipitações regulares. A chuva consistente no centro-norte do país contribuiu para elevar os níveis de produtividade.

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Na Argentina, os dados do USDA relatam um aumento de produtividade em relação à temporada anterior. A expectativa da organização é de que o país alcance 52 milhões de toneladas métricas (MMT) em 2024/2025. Na safra anterior a produção foi de 48,210 MMT e a média dos últimos 5 anos é de 42,422 MMT.

Entretanto, Arcidiácono relata obstáculos desafiadores que impactaram a cultura da soja na Argentina nas últimas semanas de 2024 e início de 2025. ”O baixo nível de precipitação pode influenciar o rendimento da safra. As reservas de umidade ainda estão melhores que no ano passado, mas a situação preocupa”, afirma.

A Bolsa de Cereales da Argentina publicou em janeiro de 2025 os gráficos que acompanham as principais variáveis de produtividade. Confira:

Fonte: Bolsa de Cereales

Janeiro é um mês decisivo para o desenvolvimento da soja na Argentina. A redução de 500 mil hectares na área plantada deve impactar diretamente a produtividade da safra”, finaliza Sol.

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Progresso da safra de milho

No Brasil, o milho ainda está em sua primeira safra. O levantamento da Conab de dezembro indica uma leve redução de 1,5% em relação à temporada anterior. O número divulgado é de 22.614 milhões de toneladas, comparadas aos 22.962 da safra passada.

Segundo o USDA, a 1ª safra brasileira corresponde a 24% da produção anual. Para toda a temporada 2024/2025, a instituição estima que o rendimento será de 127,000 MMT, um crescimento de 5 MMT em comparação com o ano anterior.

A especialista da Hedgepoint também aponta um aumento produtivo no milho brasileiro. “Esperamos uma produção de milho melhor que a inicialmente prevista, com margens favoráveis e clima promissor”, relata.

Contudo, Arcidiácono afirma que “o milho da segunda safra é altamente influenciado pelas condições climáticas entre fevereiro e maio, períodos cruciais para seu desenvolvimento e colheita. Além disso, a crescente demanda doméstica por milho no Brasil tende a favorecer não apenas a produção primária, mas também a indústria, impulsionando toda a cadeia produtiva.”

Para a Argentina, Sol aponta expectativas parecidas com as brasileiras. A produção de milho também deve aumentar nos números finais devido a um bom clima e precipitação. O USDA estima um crescimento apertado de 1 milhão de toneladas em relação à safra passada. Veja os dados dos últimos 10 anos:

Fonte: USDA

A Bolsa de Cereales Argentina relata boas condições climáticas para essa cultura. Em janeiro, a condição hídrica foi apontada como 93% ótima ou adequada para o cultivo. “A produção de milho deve ser melhor do que se esperava originalmente, com margens evoluindo consideravelmente”, afirma a especialista.

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A competitividade no mercado: Brasil e Argentina

Além de estimativas produtivas, a especialista Sol Arcidiácono também abordou questões que impactam a competitividade dos produtos argentinos e brasileiros no mercado de commodities. A macroeconomia de cada país além de oferta expandida são alguns dos principais influenciadores de preço para 2025.

“Os valores da soja serão impactados pela supersafra brasileira e pela volatilidade crescente. O mercado será desafiador para os produtores, exigindo maior atenção às oportunidades do mercado”, afirma a profissional.

Além disso, Sol ressalta que as mudanças no poder de compra do real e do peso argentino impactam os produtos. A moeda brasileira perdeu valor no ano passado, aumentando a busca pelos produtos nacionais no mercado mundial. Já a moeda argentina se valorizou, diminuindo a competitividade das suas commodities.

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“As exportações de soja na Argentina saem perdendo porque enfrentam taxas mais altas. O risco climático no país também afeta a volatilidade dos preços”, completa a coordenadora da Hedgepoint. Segundo a especialista, o clima adverso na Argentina gera oportunidades de vendas antecipadas para os produtores locais. É importante monitorar o mercado e atuar de forma estratégica.

“Normalmente, os produtores esperam melhores preços no futuro, mas essa não é a forma ideal neste ano. É preciso estar atento às condições climáticas e à volatilidade para evitar perdas significativas”, completa Arcidiácono.

A importância do hedge para produtores e empresas sul-americanas

Essas alterações de clima e no câmbio de moedas são variáveis que aumentam o risco financeiro para produtores e empresas. Neste cenário, o hedge é uma ferramenta necessária para mitigar esse problema e proteger os players do mercado.

A Hedgepoint conta com especialistas em hedge de milho e soja na América do Sul, preparados para atender as necessidades de cada cliente. Entre em contato e conte com o gerenciamento de risco financeiro e uma equipe completa!

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Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente ([email protected]), contate nosso canal de ombudsman interno  ([email protected]) ou 0800-878 8408/[email protected] (somente para clientes no Brasil).

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