Câmbio: Real se valoriza, mas cenário fiscal limita otimismo
O dólar fechou a semana em queda de cerca de 2% frente ao real, cotado a R$ 5,59 na sexta-feira (06/06), refletindo movimentos locais mais do que externos. A valorização da moeda brasileira, embora pontual, ocorre em meio a novas incertezas fiscais, principalmente após o anúncio da tributação sobre rendimentos de LCI e LCA, medida que impacta diretamente a atratividade do país para investidores estrangeiros.
Apesar do real ter recuperado terreno — cerca de 10 centavos na semana — o ambiente continua sensível ao risco fiscal. A falta de clareza sobre a política tributária e a instabilidade regulatória tornam o Brasil uma opção menos desejada para o capital global, mesmo com os mercados emergentes em geral ganhando atratividade.
No cenário internacional, os EUA divulgaram dados de emprego acima do esperado para maio, mas revisaram negativamente os meses anteriores. Isso indica um certo esfriamento da economia, ainda que o desempenho recente ofereça algum suporte à tese de resiliência. A expectativa é de que o Federal Reserve mantenha os juros estáveis no curto prazo, com possíveis cortes a partir de setembro.
Na Europa, o BCE reduziu sua taxa básica de 2,25% para 2,00% ao ano, diante da inflação sob controle e crescimento moderado. A decisão, no entanto, pode marcar uma pausa no ciclo de cortes, com novas ações condicionadas aos dados futuros.
A semana reforçou a importância do cenário fiscal doméstico na formação do câmbio. Enquanto a política monetária global continua a influenciar o dólar, a falta de previsibilidade no Brasil segue como o principal fator de pressão sobre o real.
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