Hedgepoint: Real resiliente, inflação em queda e conflitos geopolíticos
Real se valoriza, inflação desacelera e conflitos no Oriente Médio elevam volatilidade nos mercados. Veja os impactos para investidores e economia.
Na última semana, o mercado financeiro foi influenciado por uma combinação de fatores econômicos e geopolíticos que moldaram o comportamento das moedas, commodities e ativos de risco. O real brasileiro demonstrou resiliência ao se valorizar 0,27% frente ao dólar, encerrando a semana cotado a R$ 5,5434.
Esse movimento foi sustentado por uma desaceleração da inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, além de um ambiente externo marcado por cautela diante de tensões no Oriente Médio.
No cenário doméstico, o IPCA de maio apresentou alta de 0,25%, abaixo dos 0,43% registrados em abril. Com isso, a inflação acumulada em 12 meses recuou para 5,32%. A principal contribuição para o índice veio do grupo habitação, com destaque para o aumento de 3,62% na energia elétrica residencial.
Por outro lado, o setor de transportes apresentou deflação de 0,37%, puxado pela queda nas passagens aéreas e na gasolina. Esses dados reforçam a percepção de que a inflação está sob controle, o que contribui para a valorização do real, que já acumula alta de 8,25% em 2025 até o fechamento de 13 de junho.
A semana também foi marcada pela expectativa em torno da chamada “Super Quarta”, quando o Banco Central do Brasil e o Federal Reserve dos EUA anunciam suas decisões sobre as taxas de juros. No Brasil, o mercado aguarda a definição sobre a manutenção da Selic em 14,75% ou um possível aumento para 15%.
Embora o consenso aponte para a manutenção, a falta de sinalizações claras por parte do presidente do BC, Gabriel Galípolo, mantém o cenário em aberto. Uma eventual interrupção no ciclo de altas pode sinalizar um novo momento para a economia brasileira, mais favorável a bolsa de valores e ao investimento produtivo, embora a situação fiscal continue sendo um ponto de atenção.
Mercado Internacional
No panorama internacional, os dados de inflação dos Estados Unidos também surpreenderam positivamente. O índice de preços ao consumidor (CPI) subiu apenas 0,19% em maio, abaixo das expectativas do mercado. O aumento foi impulsionado principalmente pelos custos de habitação, enquanto alimentos e gasolina apresentaram variações mistas.
A queda nos preços de veículos novos, carnes e laticínios ajudou a conter a inflação geral. Ainda assim, há preocupação com os efeitos das novas tarifas sobre importações, especialmente no segundo semestre, o que pode pressionar os preços futuramente.
Risco geopolítico
No campo geopolítico, a escalada do conflito entre Irã e Israel trouxe forte volatilidade aos mercados. No dia 13 de junho, Israel lançou ataques a mais de cem alvos iranianos, incluindo instalações nucleares e militares. Em resposta, o Irã disparou mais de 150 mísseis e cerca de 100 drones contra cidades israelenses. O temor de bloqueios no Estreito de Hormuz, por onde passam até 19 milhões de barris de petróleo por dia, impulsionou os preços do Brent, que subiram até 14,9%, atingindo valores entre US$ 74 e US$ 78 por barril. Os mercados acionários reagiram negativamente, com quedas nos principais índices dos EUA, enquanto ativos considerados refúgios, como ouro, dólar e franco suíço, se valorizaram.
Em síntese, a valorização do real e a moderação da inflação são sinais positivos para a economia brasileira, mas o ambiente global permanece instável. A combinação de incertezas monetárias e riscos geopolíticos exige atenção redobrada por parte de investidores e analistas. A vigilância constante e estratégias de gestão de risco bem definidas serão fundamentais para navegar esse cenário volátil nas próximas semanas.
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