Consumo de café no mundo: hábitos, curiosidades e impactos no mercado global
Você sabia que o café é a segunda bebida mais consumida no planeta (atrás apenas da água)? O mundo toma 2,25 bilhões de xícaras por dia, com padrões de consumo tão diversos quanto os países produtores.
Hoje, comemora-se o Dia Mundial do Café, e achamos que é a data perfeita para explorar como essa bebida movimenta o planeta. Então, neste artigo, vamos mapear os hábitos por região, destacar curiosidades e explicar como essas tendências influenciam o mercado global.
Se você atua no setor de commodities, entender esse panorama é essencial para tomar decisões mais assertivas. Boa leitura!
Leia também:
- Commodities agrícolas: panorama de café para 2025
O mapa global do consumo
África: o berço do café e de novos mercados emergentes
Enquanto a Etiópia é reconhecida como o local de origem do café, todo o continente africano apresenta dinâmicas singulares de consumo. Na África do Sul, o café ganhou espaço rapidamente entre a classe média urbana, com Joanesburgo e Cidade do Cabo se transformando em polos de cafeterias especializadas.
Na Argélia, por sua vez, mesmo sendo um país tradicionalmente consumidor de chá, o café conquistou popularidade. Em especial, entre os jovens, influenciados pela cultura francesa colonial.
Já em países como Uganda e Costa do Marfim, onde a produção é significativa e, interessantemente o consumo interno ainda é baixo. Destina-se a maior parte da produção para exportação.
Américas: contrastes entre produção e consumo
Os Estados Unidos são o maior mercado consumidor em valor absoluto. Diferente do que ocorre nas regiões cafeeiras do Brasil e da Colômbia, em que predomina o café preto e forte, os norte-americanos transformaram o café em experiência personalizada. Sendo assim, produzem infinitas variações de aromas, intensidades e preparos.
No Brasil, segundo maior consumidor global, 51,1% da população prefere o café puro. A tradição do “cafezinho” coado permanece forte, mesmo com a crescente popularidade das máquinas de expresso domésticas e do mercado de café especiais.
Leia também:
- Café na América do Sul: expectativas para as safras do Brasil e da Colômbia
Ásia: a revolução silenciosa do café
No Vietnã, durante períodos de escassez, houve o desenvolvimento de métodos criativos como o café com ovo batido (para substituir o leite) e até versões salgadas. Hoje, o país não só mantém essas tradições como se tornou o segundo maior exportador de café robusta com um consumo doméstico crescente.
Enquanto isso, na China, o consumo cresceu quase 150% nos últimos dez anos, impulsionado pela geração mais jovem. É possível chegar a 6,3 milhões de sacas consumidas na safra 2024/2025, com o Brasil sendo o principal beneficiário.
Leia também:
- O papel do Brasil na segurança alimentar da China: uma parceria de 50 anos
Europa: o continente que transformou o café em ritual
Nos países nórdicos, o café é indispensável. Na Finlândia, recordista mundial de consumo per capita, as pausas para “kahvitauko” são sagradas tanto em escritórios quanto em lares.
Já na Itália, berço do expresso, a cultura cafeeira se manifesta nas movimentadas bancadas de bares, onde os cidadãos locais tomam seu café rápido e em pé. A Turquia, por sua vez, oferece talvez a experiência mais cerimonial. É o método de preparo em cezve (uma pequena panela de cobre), também conhecido como o café turco, o hábito de ler a borra do café: ambos foram reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO.
Curiosamente, porém, enquanto os europeus consomem cerca de 30% do café mundial – considerado assim o maior mercado do produto quando olhamos o bloco, revelando sua dependência de importações.
Oceania: onde a cultura do café se reinventou
A Austrália e a Nova Zelândia não apenas abraçaram a cultura do café, mas a reinventaram. Enquanto o flat white se tornou um símbolo australiano, os neozelandeses desenvolveram uma cena de café especial que rivaliza com qualquer capital europeia.
Na Nova Zelândia, o café é tão parte da identidade nacional que até pequenas cidades como Wellington têm suas próprias torrefações artesanais.
Em Sydney e Melbourne, a densidade de cafeterias de qualidade é tão alta que a competição levou a padrões excepcionais. Hoje, a maioria dos estabelecimentos servem exclusivamente grãos de origem única ou blends premium.
Cafés extraordinários: onde tradição e inovação se encontram
O café é uma experiência cultural. Em cada canto do mundo, tradições e inovações se misturam, criando formas únicas de preparo e sabor. Conheça algumas com mais detalhe:
A cerimônia do café etíope –
Na Etiópia, a bebida é preparada em um ritual que pode durar horas. O processo começa com a torra manual dos grãos sobre brasas, cujo aroma se mistura ao incenso.
A seguir, o café é moído com um pilão e preparado em uma jarra de barro chamada jebena. Os convidados bebem três rodadas – cada uma com significado espiritual diferente.
O fenômeno do flat white australiano
A Austrália deu ao mundo recente o flat white. Diferente do cappuccino tradicional, essa versão apresenta microespuma mais aveludada e proporção maior de café. A perfeição técnica dos baristas australianos elevou os padrões de qualidade globais.
Café com queijo: a combinação inusitada da Suécia
No norte da Suécia, é comum encontrar o “kaffeost” – cubos de queijo leiteiro mergulhados diretamente no café quente. A combinação, que pode parecer estranha aos olhos estrangeiros, cria um equilíbrio único entre o amargo do café e o doce do queijo derretido.
Leia também:
- Tendências de consumo do café e impactos no mercado da commodity
O mercado global: dinâmicas e oportunidades
A geopolítica do café
As cadeias de suprimento de café são notoriamente sensíveis a eventos globais. A crise no Mar Vermelho, em 2024, por exemplo, forçou desvios que elevaram custos logísticos, especialmente para a Europa. Paralelamente, o que acontece no mundo também impacta o acesso a mercados, tarifas de importação/exportação e investimentos no setor.
Recentemente, os principais produtores da commodities estão na lista dos países atingidos, pelas novas tarifas americanas, entrando nas tarifas bases de 10%, como o Brasil e Colômbia, mas outros na lista dos “worst offenders”, como no caso do Vietnã, que pode ter taxas de até 46% sobre seus produtos.
As diferenças tarifarias podem gerar mudanças na comercialização de café ao redor do globo, já que os EUA são o maior país consumidor do grão. As novas tarifas podem elevar o preço do café aos americanos. As importações (e demanda) do país tendem ser prejudicadas ao longo de 2025.
Tendências emergentes
- Cafés funcionais: versões com adaptógenos, proteínas ou CBD ganham espaço, atendendo a nichos de bem-estar.
- Rastreabilidade total: consumidores exigem transparência, impulsionando o uso de blockchain.
- Terceira onda nos mercados emergentes: países como China, Índia e Brasil aumentam o consumo de cafés especiais.
Gestão de riscos no setor
Para navegar neste mercado complexo, produtores e comerciantes estão adotando:
- Contratos a termo: para travar preços.
- Diversificação geográfica de fornecedores: para reduzir a dependência.
- Instrumentos de hedge financeiros: para mitigar riscos cambiais.
Leia também:
- O que são contratos a termo e contratos futuros? Entenda as diferenças
Mais que uma bebida, uma linguagem universal
Do ritual solene etíope ao dinamismo das cafeterias asiáticas, o café continua a evoluir enquanto mantém seu papel como commodity estratégica.
Para profissionais do setor, compreender essas nuances culturais e econômicas vai além de mera curiosidade. É também ferramenta essencial para decisões informadas num mercado cada vez mais interconectado.
Quer entender mais como as tendências globais de café impactam o mercado de commodities? Fale com nossos especialistas!
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Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente ([email protected]), contate nosso canal de ombudsman interno ([email protected]) ou 0800-878 8408/[email protected] (somente para clientes no Brasil).
Variações nas taxas de câmbio e seu impacto nos preços e na competitividade das commodities
A taxa de câmbio desempenha um papel crucial na dinâmica da economia global, influenciando diretamente os preços das commodities e sua competitividade no mercado internacional.
Para produtores e consumidores, compreender como essas flutuações impactam diferentes setores é essencial para decisões estratégicas e uma gestão de risco mais eficaz. Neste artigo, exploramos os principais fatores por trás das variações cambiais e seus efeitos no comércio exterior e no mercado de commodities.
Você também irá entender o papel da gestão de riscos para se proteger da volatilidade. Boa leitura!
Leia também:
- Mercado de câmbio: uma jornada para investimentos globais
Por que a taxa de câmbio altera diariamente?
A taxa de câmbio representa o valor de uma moeda em relação a outra e sofre variações constantes. Essas oscilações ocorrem porque o câmbio é definido principalmente pela oferta e demanda das moedas no mercado financeiro. Diversos fatores econômicos, políticos e sociais influenciam esse equilíbrio. A seguir, destacamos dois dos mais relevantes:
1. Balança comercial
A balança comercial reflete a diferença entre exportações e importações de um país e afeta diretamente o fluxo de moedas.
- Superávit comercial (exportações > importações):
Quando um país exporta mais do que importa, há um aumento na entrada de moeda estrangeira e uma maior demanda pela moeda local (necessária para pagar pelos produtos exportados). Isso tende a valorizar a moeda nacional. - Déficit comercial (importações > exportações):
Se o país importa mais do que exporta, aumenta a necessidade de moeda estrangeira, reduzindo a demanda pela moeda local, o que pode levar à sua desvalorização.
2. Taxas de juros e política monetária
As taxas de juros estabelecidas pelo banco central são uma ferramenta importante da política monetária e impactam diretamente o valor da moeda.
- Juros altos:
Atraem investidores estrangeiros em busca de retornos maiores, aumentando o fluxo de capital para o país. Isso eleva a demanda pela moeda local e tende a valorizá-la. - Juros baixos:
Podem reduzir a atratividade para investidores internacionais, diminuindo o fluxo de capital e a demanda pela moeda local, o que contribui para sua desvalorização. - Expectativas do mercado:
Decisões de política monetária (como ajustes nos juros ou medidas de estímulo) afetam as expectativas dos agentes econômicos, influenciando antecipadamente a cotação da moeda.
3. Inflação
Países com inflação elevada tendem a ter uma moeda mais fraca, pois o poder de compra cai. Isso pode levar à desvalorização cambial, encarecendo importações, mas tornando as exportações mais competitivas.
4. Cenário político e estabilidade econômica
Mercados tendem a favorecer moedas de países politicamente estáveis e com economias previsíveis. Crises, conflitos e incertezas podem gerar desvalorização da moeda, enquanto um ambiente seguro tende a fortalecê-la.
Leia também:
- Entenda as políticas monetárias e o peso das taxas asiáticas no mercado de câmbio
Como a taxa de câmbio impacta o mercado de commodities?
Commodities como petróleo, soja, milho e café são negociadas globalmente, e seus preços costumam ser cotados em dólares americanos. Dessa forma, variações cambiais afetam significativamente seus preços e competitividade. Veja como:
1. Impacto nas exportações e importações
- Moeda local desvalorizada: as commodities do país tornam-se mais baratas para compradores internacionais, impulsionando exportações. Isso pode beneficiar produtores, aumentando receitas e tornando os produtos mais competitivos.
- Moeda local valorizada: exportadores perdem competitividade, pois seus produtos ficam mais caros no mercado externo. Importadores, por outro lado, podem se beneficiar com custos reduzidos de insumos e produtos estrangeiros.
2. Variações nos custos de produção
A oscilação cambial também impacta custos operacionais, especialmente quando insumos, maquinário e fertilizantes são importados. Se a moeda local perde valor, os custos de produção sobem, reduzindo margens de lucro.
3. Ajuste nos preços das commodities
- Quando o dólar se fortalece, os preços das commodities em dólares tendem a cair, pois compradores internacionais perdem poder de compra;
- Quando o dólar enfraquece, o preço das commodities tende a subir, já que fica mais acessível para importadores.
Leia também:
- Qual é a influência do dólar no agronegócio e como se prevenir de prejuízos?
Qual o papel da gestão de riscos neste contexto?
Diante da volatilidade cambial, produtores e empresas do setor de commodities precisam adotar instrumentos de gestão de riscos para mitigar impactos negativos. Entre essas ferramentas, destacam-se:
- Hedge cambial
Empresas expostas a transações internacionais estão sujeitas à volatilidade do câmbio, o que pode comprometer margens de lucro e a previsibilidade de receitas. Para mitigar esses riscos, instrumentos financeiros como contratos futuros, contratos a termo (NDFs) e opções de moeda são amplamente utilizados.
Eles permitem “travamento” de taxas de câmbio para datas futuras, assegurando maior estabilidade financeira e previsibilidade no fluxo de caixa. Além disso, o uso estratégico de hedge cambial contribui para proteger investimentos, melhorar o planejamento orçamentário e manter a competitividade em mercados externos.
- Diversificação de mercados
Exportadores que distribuem suas vendas entre diferentes países conseguem diluir o impacto de flutuações em uma única moeda.
Ao operar em múltiplas regiões e negociar em diferentes moedas (como dólar, euro, yuan ou real), a empresa reduz sua vulnerabilidade a choques econômicos localizados, variações políticas ou mudanças regulatórias. Essa diversificação geográfica também pode abrir novas oportunidades comerciais e aumentar a resiliência da operação frente à volatilidade global.
- Monitoramento contínuo do cenário econômico
O câmbio é influenciado por uma série de fatores interligados, como taxas de juros, inflação, balança comercial, decisões de bancos centrais e instabilidades políticas. Acompanhar esses indicadores de forma sistemática permite às empresas anteciparem movimentos do mercado e ajustarem suas estratégias de forma proativa.
A análise de cenários, o uso de ferramentas de inteligência econômica e a consultoria especializada podem ser aliados valiosos para a gestão ativa do risco cambial.
- Negociação de contratos em moedas locais
Sempre que possível, estabelecer contratos comerciais na moeda local do cliente ou fornecedor pode proteger ambas as partes das oscilações cambiais, especialmente em mercados emergentes com alta volatilidade.
Essa prática reduz incertezas, simplifica a gestão de caixa e pode fortalecer relações comerciais. No entanto, essa estratégia exige uma análise criteriosa de riscos, da liquidez da moeda local e do ambiente regulatório, já que nem todas as moedas possuem mercados profundos ou estabilidade necessária.
Leia também:
- Entenda o que é e como funciona o hedge cambial
Proteja seus negócios das oscilações cambiais
A volatilidade cambial tem um papel significativo na definição da rentabilidade e da competitividade das commodities. Ou seja, requer estratégias ágeis de gestão de riscos. Na Hedgepoint, entendemos esses desafios e oferecemos produtos de hedge para toda a cadeia de commodities.
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Calls de Mercado da Hedgepoint: informações estratégicas para decisões inteligentes
No universo dinâmico das commodities, ter acesso a informações de qualidade no momento certo pode fazer toda a diferença. As Calls de Mercado da Hedgepoint Global Markets oferecem exatamente isso: um panorama das principais commodities agrícolas, energéticas, a partir das análises de oferta e demanda, questões geopolíticas e macroeconômicas.
Neste artigo, você vai entender como funcionam essas calls, quem pode participar e quais são os benefícios de acompanhar de perto as análises da Hedgepoint. Boa leitura!
O que são as Calls de Mercado da Hedgepoint e quem apresenta?
As Calls de Mercado são encontros online e ao vivo conduzidos pelos especialistas da equipe de Inteligência de Mercado da Hedgepoint. Nessas sessões, são compartilhadas análises atualizadas sobre tendências, movimentos e riscos que impactam o mercado de commodities em diversas frentes.
Com uma abordagem objetiva, os profissionais transformam informações complexas em insights claros e dinâmicos. Em resumo, este conteúdo é essencial para quem precisa monitorar de perto as oscilações de preços e tomar decisões estratégicas na gestão de riscos financeiros.
Leia também:
- Você sabe qual o papel de um time de inteligência de mercado para o gerenciamento de risco?
Quais commodities são abordadas?
As Calls da Hedgepoint cobrem um portfólio diversificado de commodities agrícolas, câmbio e energéticas, com foco nos mercados mais relevantes para diversas regiões do mundo. Entre elas estão:
- Soja e Oleaginosas
- Café
- Milho e Trigo
- Açúcar e Etanol
Leia também:
- Milho e trigo: perspectivas e desafios para 2025
O que é abordado em cada commodity?
Cada call é estruturada para oferecer uma análise completa e prática sobre o cenário atual e as perspectivas futuras do mercado daquela commodity específica. O conteúdo é organizado em etapas para facilitar o entendimento e, ser um ator complementar nas tomadas de decisões para gestão de risco, como:
- Macroeconomia: visão geral dos principais fatores macroeconômicos globais que estão impactando o mercado da commodity abordada, como inflação, juros, câmbio e crescimento econômico.
- Resumo do mercado da commodity: panorama da situação atual no mercado daquela commodity, com dados sobre oferta e demanda, estoques e principais movimentos de preço.
- Brasil: análise detalhada do mercado brasileiro, incluindo produção, exportação, importação e impactos locais.
- Países-chave para a commodity: discussão sobre os principais países produtores e consumidores daquela commodity, suas safras e suas políticas comerciais.
- Mercado global: visão da Hedgepoint sobre o balanço global da commodity, considerando a relação entre oferta e demanda em escala mundial.
- Tradeflow: análise do fluxo comercial da commodity, destacando o que acontece em termos de movimentação de mercado, logística e negociações internacionais.
- Resumo: fechamento com os principais pontos discutidos e uma visão clara sobre as tendências futuras.
- Momento de tirar dúvidas: espaço aberto para interação com os especialistas da Hedgepoint.
Leia também:
- Mercado de açúcar: outlook Hedgepoint 2025
Quem pode participar e como funciona?
As Calls de Mercado da Hedgepoint são realizadas mensalmente e voltadas para quem atua diretamente no mercado de commodities. Ou seja, ela pode ser acompanhar por produtores, cooperativas, tradings, indústrias, distribuidoras e comercializadoras de combustíveis, que atuam diretamente na gestão de riscos financeiros de preços.
Os participantes podem se organizar com antecedência para acompanhar as transmissões ao vivo por meio do calendário mensal. Além disso, os conteúdos gravados ficam disponíveis posteriormente na plataforma Hedgepoint HUB.
Para participar, é simples:
- Acesse o site do Hedgepoint HUB.
- Faça o cadastro na plataforma, escolhendo seu plano. Atualmente, o Hedgepoint HUB conta com três planos distintos:
- Curso unitário: R$ 400
- Formação Academy: R$ 2.000
- Assinatura HUB: R$ 2.000
3. Os atuais clientes da Hedgepoint tem acesso completo os conteúdos da plataforma.
4. Ao concluir, inscreva-se na agenda de Calls de Mercado que mais interessam ao seu negócio.
Quais são os benefícios das Calls de Mercado da Hedgepoint?
Veja algumas das vantagens de participar das nossas calls:
- Informação atualizada: análises fresquinhas sobre o mercado de commodities, com dados e insights relevantes.
- Decisões mais estratégicas: apoio na definição de instrumentos de hedge, comercialização e compras.
- Antecipação de movimentos: identificação de tendências e redução de riscos antes que eles afetem seu negócio.
- Conteúdo acessível e didático: análises claras, com linguagem simples, mesmo para quem não é especialista.
- Networking: oportunidade de se aproximar de especialistas e de outros participantes do mercado.
Leia também:
- 5 macrotendências para o mercado de commodities até 2030
Quer participar? Faça parte da comunidade Hedgepoint!
Se você busca informações estratégicas, análises atualizadas e quer tomar decisões mais seguras no agronegócio, participe agora mesmo das Calls de Mercado da Hedgepoint.
Inscreva-se no Hedgepoint HUB e venha fazer parte de uma comunidade focada em inteligência de mercado e gestão de riscos.
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Hedge: uma estratégia essencial para proteger o produtor rural da volatilidade
Um dos pilares da economia global é o mercado agrícola. No entanto, produtores e empresas do agronegócio enfrentam desafios que vão extrapolam o cultivo, envolvendo a gestão de riscos e oscilações de mercado. Uma das grandes dificuldades está na imprevisibilidade dos preços das commodities (como soja, açúcar, milho).
Essa volatilidade é influenciada por fatores como:
- Mudanças climáticas
- Geopolítica
- Oferta e demanda global
- Estoque x armazenamento
- Oscilações cambiais
- Crises sanitárias
Nos últimos anos, os instrumentos de hedge têm sido fundamentais para o crescimento do agronegócio no Brasil, contribuindo na estratégia de produtores, cooperativas e grandes compradores a se protegerem da volatilidade dos preços.
Neste artigo, mostramos como o hedge funciona no setor agrícola, quais são suas principais vantagens e de que forma ele contribui para a previsibilidade e segurança financeira no mercado de commodities.
Leia também:
- Como a volatilidade impacta o mercado de commodities?
O que é hedge e por que ele é essencial no mercado agrícola?
De forma simples, hedge significa proteção. Essa estratégia financeira surgiu no século XIX, nos Estados Unidos, com o objetivo de reduzir os impactos das oscilações bruscas nos preços das commodities.
Imagine um agricultor que, na hora de vender sua colheita, se depara com preços muito abaixo do esperado. Ou uma indústria que vê o custo da matéria-prima disparar, comprometendo suas margens de lucro.
O hedge ajuda a mitigar riscos como esses, trazendo mais previsibilidade e segurança para o setor. Ele é uma ferramenta essencial para a sustentabilidade financeira do agronegócio, permitindo que produtores e empresas administrem melhor a volatilidade do mercado.
Leia também:
- Hedge: guia para entender essa ferramenta e gerenciar riscos
Ferramentas de hedge mais utilizadas no agronegócio
Compreender e recorrer a instrumentos de hedge é vital e separa aqueles que enfrentam dificuldades daqueles que prosperam em um ambiente agrícola cada vez mais desafiador. Confira os mais usados:
1. Mercado Futuro
Os contratos futuros são acordos altamente padronizados e regulados em bolsas de valores, como a B3 (Bolsa de Valores do Brasil) e a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CME). Nesse tipo de contrato, produtores e investidores negociam a compra ou venda de commodities para uma data futura, a um preço previamente estabelecido.
Por exemplo, um produtor de soja firma um contrato futuro para vender sua safra a R$160 por saca, com vencimento em três meses. Se o preço cair para R$140 na data acordada, ele ainda venderá ao preço fixado.
Leia também:
- Contrato futuro: como funciona no mercado de grãos e oleaginosas?
2. Mercado a Termo (NDF – Non-Deliverable Forward)
Diferente do mercado futuro, os contratos a termo são negociados diretamente entre as partes (sem intermediação da bolsa). O preço e a data de liquidação são acordados antecipadamente, sem necessidade de ajustes diários. Entretanto, há maior risco de inadimplência, pois o contrato depende exclusivamente da contraparte.
Imagine que um produtor de milho firma um contrato a termo para vender sua safra a R$80 por saca, com entrega prevista para daqui a seis meses. Dessa forma, ele consegue estabelecer um preço de referência para sua produção, o que contribui para um planejamento financeiro mais previsível.
Leia também:
- O que são contratos a termo e contratos futuros? Entenda as diferenças
3. Mercado de Opções
As opções são instrumentos financeiros que conferem ao produtor rural o direito (mas não a obrigação) de comprar ou vender uma commodity em data futura. Desse modo, ele paga ou recebe um prêmio por esse direito.
O valor do prêmio depende de fatores como o prazo de vencimento (maior prazo, maior prêmio) e a volatilidade do mercado físico (mais volátil, prêmios mais altos). Há duas principais modalidades de opção:
- Opção de compra (CALL): concede o direito de adquirir uma commodity a um preço fixo no futuro.
- Opção de venda (PUT): garante o direito de vender a um preço fixado previamente, protegendo-se contra quedas bruscas.
Por exemplo, um produtor compra uma opção de venda (put) para garantir um preço mínimo para sua safra de milho a R$90 por saca. Se o mercado despencar, ele pode exercer a opção; caso contrário, pode optar por novos acordos conforme a volatilidade do momento.
Leia também:
- Quais são as diferenças entre call e put no mercado de commodities?
O papel do hedge na gestão de risco financeiro
Como vimos até aqui, o hedge desempenha papel fundamental na proteção contra riscos financeiros. Entre os principais benefícios, destacam-se:
- Mitigação de riscos e estabilidade financeira: contribui para maior estabilidade e previsibilidade nas receitas, mesmo em um mercado volátil.
- Acesso facilitado a crédito: bancos e cooperativas costumam oferecer melhores condições para produtores que utilizam hedge, pois isso reduz a incerteza sobre suas receitas futuras.
- Maior competitividade no mercado: produtores que controlam melhor seus custos e receitas conseguem negociar de forma mais vantajosa.
Hedgepoint HUB: seu aliado na gestão financeira!
Para se aprofundar e aprender a aplicar hedge na sua produção, o Hedgepoint HUB oferece cursos de fundamentos e especializados, como Hedge no mercado de grãos e oleaginosas, Hedge no mercado de café e Contratos futuros em commodities.
Seja você um grande ou pequeno produtor, entender essas ferramentas é um passo essencial para uma gestão financeira mais eficiente. Inscreva-se nos cursos do HUB e comece a proteger suas operações contra oscilações de preços!
Leia também:
- Cursos de hedge disponíveis no Hedgepoint HUB
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Milho e trigo: perspectivas e desafios para 2025
O Outlook 2025 da Hedgepoint sobre o mercado de milho e trigo foi apresentado no mês de fevereiro. Esse é o último report sobre diversas commodities agrícolas que a equipe de especialistas elabora todo ano. Neste texto, você vai acompanhar os principais insights do relatório, desde dados sobre oferta, demanda, macroeconomia e outras variáveis.
Acompanhe os demais blogs posts que abordam os outlooks de outras culturas:
- Commodities agrícolas: panorama de café para 2025
- Mercado de açúcar: outlook Hedgepoint 2025
- Panorama de soja e oleaginosas para 2025
Leia também:
- Retrospectiva 2024: um ano de volatilidade e desafios no mercado de commodities
Visão geral sobre a macroeconomia
A economia mundial tem alta influência nos preços das commodities agrícolas. No início do Outlook, a equipe da Hedgepoint abordou as principais informações que podem impactar o mercado. Veja abaixo:
- O FMI (Fundo Monetário Internacional) projeta uma queda na inflação global de 4,2% para 3,5% em 2025. A instituição indica que economias avançadas estão se aproximando mais rapidamente de suas metas do que países emergentes, como Brasil, Índia e China.
- A persistência da inflação do dólar americano continua sendo um fator relevante. Após a posse de Trump, a moeda enfraqueceu devido a atrasos na implementação de tarifas e outras medidas.
- No Brasil, o real encerrou 2024 desvalorizado, favorecendo as exportações. A taxa Selic subiu, o que pode atrair capital estrangeiro, mas incertezas fiscais ainda limitam a valorização da moeda brasileira.
- A guerra entre a Rússia e a Ucrânia segue impactando a economia global. Os depósitos de minerais se tornam fundamentais para as negociações de paz – a Ucrânia e a Rússia negociam terras disponíveis com os Estados Unidos.
- O La Niña está ativo no momento, mas a expectativa é que se torne neutro até maio de 2025 (possibilidade de 66%), diminuindo o impacto nas culturas agrícolas.
Leia também:
- Destaques do mercado de petróleo: dados de 2024 e início de 2025
Panorama para o mercado de milho
A equipe da Hedgepoint levantou dados completos sobre o mercado de milho global. Atualmente, alguns dos principais países produtores estão em fase de plantio e/ou colheita. Veja os dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, sigla em inglês) sobre oferta e demanda nos maiores players. Após, acompanhe os insights de cada país publicados no outlook:
Fonte: USDA
● China
Na China, a produção de milho deve alcançar níveis recordes. Isso deve reduzir sua necessidade de importação em 2025. Os dados do relatório Hedgepoint indicam que a produção 2024/2025 está projetada para 294,9 milhões de toneladas (Mt), além de um rendimento de 6,59 toneladas por hectare (T/ha).
● Estados Unidos
Apesar do recorde de produção na China, os Estados Unidos permanecem como maior país produtor do mundo, mesmo com queda na produção em 2024/25. O último relatório do USDA estimou a produção americana em 377,6 milhões de toneladas – uma queda em relação à safra anterior que foi de 389,7 Mt.
Mesmo com uma produção menor, a demanda nos Estados Unidos continua forte. Espera-se que as exportações de milho cresçam em 2024/25. O ritmo de exportações continua acima da média dos últimos cinco anos, podendo ultrapassar 60 milhões de toneladas.
● Brasil
Os especialistas indicam que a produção brasileira de milho tem potencial para crescer e atingir 126 milhões de toneladas. O aumento na área da segunda safra deve permitir uma colheita maior, mas o clima apresenta desafios. A temporada atual deve ter resultados melhores do que a anterior, mais ainda abaixo dos níveis recordes:
Essa produção deve impulsionar as exportações, embora a competição com o milho argentino e estadunidense também seja maior. Além disso, o consumo de milho para etanol no Brasil segue crescendo rapidamente, fortalecendo a demanda interna.
A equipe também indica que os preços melhores para o milho brasileiro estão incentivando os produtores. O clima menos úmido e o avanço da colheita da soja favorecem o plantio da segunda safra – que está progredindo em bom ritmo no Brasil.
● Argentina
O clima desfavorável da Argentina continua impactando a cultura do milho no país. O USDA reduziu a produção em seu relatório de fevereiro e novos cortes podem acontecer, caso o clima não melhore.
Com uma safra menor do que o potencial, os especialistas indicam preocupação nas exportações argentinas. As “retenciones” mais baixas podem incentivar as vendas, mas a oferta menor ainda é fator decisivo.
● Ucrânia
A guerra com a Rússia provocou uma forte redução na safra de milho da Ucrânia. Além disso, problemas climáticos impactaram a produção de 2024/2025.
O relatório da Hedgepoint levanta outra questão sobre as exportações ucranianas: é provável que caiam novamente devido à menor produção e à guerra, beneficiando o milho americano.
Leia também:
- Estados Unidos: a influência no mercado de commodities
Perspectivas para o mercado de trigo
Para o trigo, as fases de colheita e plantio iniciam a partir de maio nos principais países produtores globais. A equipe da Hedgepoint levantou dados sobre a oferta e a demanda no mundo atualmente. Veja abaixo:
Fonte: USDA
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia segue afetando a produção e exportação de trigo. Com a perda do porto de Nikolayev, que representava metade da capacidade de exportação ucraniana, o país depende de portos menores. Em questão de produção e rendimento nesse país, as estimativas são semelhantes às do ano anterior:
Na Rússia, geadas severas ameaçam a safra de trigo de inverno, que representa 72% da produção total do país. No entanto, suas exportações seguem em bom ritmo, atingindo os maiores volumes dos últimos 10 anos.
Tendências no mercado: análise de especialistas
No fim do relatório, os especialistas da Hedgepoint indicaram tendências para o mercado de futuros para o trigo e o milho. Veja os principais pontos citados para o Fundos CBOT e MATIF:
- Os fundos que antes adotavam uma postura bearish no milho agora apostam em um mercado de alta que se traduz numa posição longa.
- No mercado de trigo SRW (Soft Red Winter), os atuais níveis de venda a descoberto estão abaixo dos mínimos dos últimos 5 anos.
- Para o trigo HRW (Hard Red Winter) os fundos têm uma posição curta semelhante à de 2024.
Confira o outlook completo no Hedgepoint HUB
Além desses dados, você pode conferir os insights completos do outlook 2025 para milho e trigo. Basta se cadastrar no Hedgepoint HUB e acessar! Aproveite e assine a plataforma para realizar cursos sobre hedge, acompanhar relatórios na íntegra, calls de mercado, análises e mais.
Leia também:
- Estresse hídrico nas safras sul-americanas e seus padrões climáticos
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Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente ([email protected]), contate nosso canal de ombudsman interno ([email protected]) ou 0800-878 8408/[email protected] (somente para clientes no Brasil).
Commodities agrícolas: panorama de café para 2025
Anualmente, a equipe de inteligência de mercado da Hedgepoint publica um outlook das principais commodities agrícolas mundiais. Em 2025, a especialista Laleska Moda levantou uma cobertura completa sobre o café global, incluindo dados sobre oferta, demanda, preços e diversos outros temas relevantes para o setor.
O documento na íntegra pode ser acessado gratuitamente por clientes no Hedgepoint HUB, mas você pode conferir os principais insights fornecidos pela profissional neste artigo. Veja abaixo os pontos abordados e faça uma boa leitura:
- Café no Brasil;
- Oferta em outras origens;
- Volatilidade dos preços;
- Balanço global.
Leia também:
- Análise Hedgepoint para o mercado agrícola mundial pós-WASDE report
Café brasileiro: clima gera impacto na oferta mundial
O mercado de café segue desafiador para 2025, influenciado por fatores climáticos no Brasil. O país enfrentou um forte período de seca até setembro de 2024, com as chuvas retornando às regiões produtoras no final do ano – o que favoreceu o desenvolvimento das flores e o enchimento dos grãos.
“No entanto, o impacto negativo do clima adverso ao longo de 2024 ainda deve refletir na produção de 2025/26. Além disso, apesar das chuvas volumosas no início de fevereiro, o clima voltou a ficar seco e quente no Brasil”, acrescenta Laleska.
Para o café Arábica, a expectativa da equipe da Hedgepoint é de queda de 4,9% devido ao clima e à redução de área, com produção estimada em 41,1 milhões de sacas. Já o Conilon deve apresentar uma recuperação de 14,3% (23 milhões de sacas), alcançando 64,1 milhões de sacas de café. Diante da atual situação climática, estes números ainda podem ser revisados.
“Apesar desse crescimento, os estoques menores podem limitar as exportações nos próximos meses. Em termos de demanda total, os preços atuais do Arábica podem cair, mas o Conilon deve aumentar, devido ao nível dos spreads”, relata a especialista.
● Comercialização no Brasil
O outlook da Hedgepoint traz dados sobre os níveis médios de comercialização brasileira. Os números de dezembro mostram que grande parte da safra de 2024/2025 já foi vendida, o que limita a oferta do país nos próximos meses.
Até o momento, o Brasil tem suprido a demanda por café. Entretanto, a entressafra nacional contará com menor disponibilidade do grão e um estoque reduzido, especialmente para o Conilon.
“O declínio da oferta em outras origens deve aumentar as exportações totais da atual temporada de café, alcançando níveis recordes. Porém, os embarques dos próximos meses (e em 2025/2026) podem ser limitados – como já refletidos nos embarques de Conilon em janeiro”, aponta Moda.
Leia também:
- Estados Unidos: a influência no mercado de commodities
Oferta limitada de café em outros países produtores
A analista aponta que a produção de outras origens também contribui para oferta limitada em nível global. Segundo a especialista, “as estimativas são de que o Vietnã apresente uma recuperação da oferta apenas em 2025/26, caso o clima seja favorável. Além disso, com o atual aumento de preços na bolsa e no Brasil, os agricultores de outros países estão retraídos, esperando preços ainda mais altos”.
Na Indonésia, a recuperação esperada na produção não será suficiente para suprir a queda no Vietnã. Normalmente, nesta época do ano as exportações da Indonésia tendem a reduzir, enquanto os grãos vietnamitas entram no mercado. Em Honduras e no México, a produção deve ser menor, compensada parcialmente pela Colômbia (que busca uma recuperação prevista para 12,5 milhões de sacas).
Leia também:
- Safra 2024/2025 de milho e soja: Brasil e Argentina em busca de recordes
Alta volatilidade no mercado de café mundial
Laleska cita no outlook anual da Hedgepoint que os preços do café trazem riscos ao mercado. O Arábica atinge novos atingiu recordes em fevereiro e o recente aumento das margens iniciais na ICE (Intercontinental Exchange) também inflacionou o mercado.
“Ao mesmo tempo em que os spreads do Arábica se alargam, os de Robusta retraem. Essa retração reflete o abrandamento das preocupações com a oferta a curto prazo, especialmente com a safra 2024/2025 no Vietnã e a perspectiva de maior oferta no Brasil em 2025/2026. Por outro lado, as recentes preocupações do lado do arábica também podem influenciar o comportamento dos preços do robusta ao longo do ano”., aponta a especialista.
No Brasil, os preços do café não acompanharam a alta dos futuros. Moda relata que os valores internos do país subiram acentuadamente em janeiro, mas o basis tem recuado com força, também refletindo a desvalorização do dólar frente ao real.
“É importante ressaltar que em outras origens, os diferenciais do arábica lavado recuaram nas últimas semanas. Entre os fatores responsáveis estão o pico da colheita nos países centrais e na Colômbia, os futuros em alta e compradores pressionando por preços melhores”, aponta Laleska.
Já o diferencial brasileiro, que vinha em forte alta, ficou estável em fevereiro. No caso do robusta, os diferenciais do Vietnã retornam a patamares negativos, algo não visto desde 2023 – refletindo um aumento na oferta e uma demanda mais fraca do que observado antes.
● Demanda no maior consumidor de café mundial
A União Europeia está no topo do ranking quando se trata do consumo de café. Conforme os dados da Hedgepoint, a região ainda não mostrou sinais de fraqueza em sua demanda. Entretanto, a analista de inteligência de mercado ainda enxerga uma mudança, especialmente neste início de ano.
“Conforme a alta dos futuros pode ser repassada ao consumidor final neste primeiro trimestre, será importante avaliar se teremos alguma reação no consumo aparente da UE. Neste caso, também será essencial acompanhar o movimento dos estoques europeus: eles encerraram 2024 em alta, em comparação com 2023, refletindo as importações volumosas do bloco nos últimos meses (reflexo da EUDR), mas continuem abaixo da média histórica”, acrescenta.
Balanço geral para o café em 2025
A especialista prevê um déficit para 2024/2025, resultando em um quarto ano consecutivo de queda. A projeção é que a oferta total ainda deve permanecer abaixo da demanda.
“Para 2025/2026, a queda esperada na produção brasileira pode limitar uma recuperação da oferta, embora ainda seja cedo para estimativas nos demais países. Do lado da demanda, por enquanto, prevemos uma estagnação, mas ajustes poderão ser feitos nos próximos meses”, aponta.
Em relação ao Arábica, espera-se uma queda no consumo. No entanto, devido aos níveis de arbitragem, parte dessa demanda pode migrar para o robusta, especialmente com a recuperação projetada do Conilon no Brasil em 2025/2026. Por outro lado, um aumento na procura pelo robusta pode levar a uma nova redução nos estoques da variedade.
Leia também:
- A importância da diversificação de hedge no mercado de commodities
Acompanhe dos demais outlooks de 2025
Além do relatório anual de café, a Hedgepoint Global Markets vai publicar dados sobre açúcar e etanol, milho e trigo, além do post de blog já publicado sobre soja e oleaginosas. Acompanhe as liberações e fique por dentro dos principais insights para o mercado de commodities agrícolas.
Você também pode acessar o Hedgepoint HUB e encontrar outros reports e análises para o mercado energético e de moedas.
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