Volatilidade cambial em países emergentes: como gerenciar riscos?
A volatilidade cambial é um dos principais desafios para quem opera ou investe em países emergentes. Esse fenômeno, causado por variações abruptas nas taxas de câmbio, afeta diretamente custos, receitas, fluxo de caixa e até a competitividade de empresas que atuam internacionalmente.
Neste artigo, vamos explorar:
- As principais causas da alta volatilidade nos países emergentes;
- Como esse risco impacta empresas e investidores;
- Quais ferramentas existem para gerenciar riscos cambiais;
- E quais lições recentes o mercado nos trouxe.
Boa leitura!
O que torna a volatilidade mais intensa nos países emergentes?
Nos mercados emergentes, há uma combinação de fatores estruturais e conjunturais que ampliam o risco cambial. Questões como dependência de commodities, déficits fiscais e comerciais, além da instabilidade política, são constantes nesses países.
Outro agravante é a menor liquidez dos mercados locais. Ou seja, qualquer fluxo de entrada ou saída de capital, mesmo que relativamente pequeno, pode gerar movimentos bruscos nas taxas de câmbio.
O rand sul-africano (ZAR), por exemplo, frequentemente sofre desvalorizações abruptas em momentos de tensão global. Isso acontece mesmo que os fundamentos locais permaneçam estáveis.
Além disso, os países emergentes costumam ter reservas internacionais mais baixas e dívidas externas mais elevadas. Essa combinação reduz a capacidade dos bancos centrais de intervir em momentos de estresse.
Um caso emblemático é o do Egito. Em 2023 e 2024, o país enfrentou uma forte desvalorização após perder mais de 40% do valor de sua moeda devido à escassez de dólares e ao alto endividamento externo.
Entre os fatores externos, a política monetária dos Estados Unidos exerce enorme influência sobre países emergentes. Quando o Federal Reserve (Fed) eleva os juros, os ativos americanos se tornam mais atrativos, estimulando a saída de capital desses mercados.
Esse movimento pressiona diretamente as moedas locais, que tendem a se desvalorizar rapidamente. Foi exatamente o que ocorreu em 2022, quando o real brasileiro perdeu força, mesmo com os preços das commodities em patamares elevados.
Outro vetor relevante são as tensões geopolíticas, como a disputa comercial entre Estados Unidos e China. Além disso, eventos como eleições em grandes potências costumam causar incertezas nos mercados.
Leia também:
- Entenda a influência do Federal Reserve (FED) na economia brasileira
Quais os impactos da volatilidade cambial para empresas e investidores?
A volatilidade não é apenas um conceito teórico: na verdade, impacta diretamente a operação das empresas. Sem um gerenciamento de riscos adequado, as variações cambiais podem corroer margens, gerar custos adicionais e afetar o fluxo de caixa.
Para empresas que dependem de moedas estrangeiras, isso se traduz em desafios significativos. A falta de previsibilidade cambial dificulta não só o planejamento de longo prazo, mas também decisões operacionais do dia a dia.
Ainda, a percepção de risco-país impacta diretamente a confiança de investidores externos. Quando não há um controle eficiente dos riscos, o custo de captação de recursos sobe, assim como a dificuldade para acessar linhas de crédito internacionais.
Na prática, existem dois tipos de riscos principais para empresas que atuam em países emergentes:
- Risco direto: quando há exposição de receitas, custos ou dívidas em moedas estrangeiras.
- Risco indireto: que ocorre quando as variações cambiais influenciam variáveis macroeconômicas, como inflação, demanda interna e acesso a crédito.
Leia também:
- Gerenciamento de risco em commodities: como funciona?
Ferramentas para gerenciar riscos cambiais: o que as empresas podem fazer?
Gerenciar riscos cambiais é essencial para qualquer empresa exposta a mercados internacionais, e isso vale tanto para grandes corporações quanto para pequenas e médias.
O primeiro passo é entender como o ciclo operacional da empresa se conecta com sua exposição cambial. A partir desse diagnóstico, torna-se possível adotar uma política formal de gerenciamento de risco que se alinhe aos objetivos e necessidades da operação.
Proteção cambial em países emergentes
As principais ferramentas incluem:
- Contratos a termo: permitem fixar uma taxa de câmbio para uma data futura, trazendo previsibilidade para transações específicas;
- Swaps cambiais: utilizados para trocar fluxos de caixa entre moedas diferentes, sendo bastante aplicados em financiamentos de longo prazo. Por exemplo, uma cooperativa que tomou empréstimo em dólares pode usar um swap para “converter” esse passivo em reais, reduzindo sua exposição cambial;
- NDFs (Non Deliverable Forwards): contratos bastante usados para moedas de mercados ilíquidos ou não conversíveis, como o peso argentino ou a naira nigeriana. Nesse caso, a empresa pode contratar um NDF para se proteger contra a volatilidade do peso colombiano sem a necessidade de realizar uma operação física da moeda;
- Opções cambiais: que oferecem o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender moeda a uma taxa pré-estabelecida;
- Soluções automatizadas como AutoFX: que ajudam a reduzir erros operacionais e agilizam o processamento de operações;
Estratégias complementares de mitigação de riscos
Além dos instrumentos financeiros, a diversificação geográfica e de moedas surge como uma prática importante. Essa estratégia permite que empresas fiquem menos expostas às oscilações de uma única economia ou moeda.
Também vale destacar que, para empresas menores, já existem alternativas mais acessíveis. Corretoras e fintechs especializadas oferecem contratos com valores mínimos reduzidos e, em alguns casos, viabilizam hedge por meio de consórcios entre empresas do mesmo setor.
Outra abordagem é buscar o chamado hedge natural, que consiste em balancear receitas e despesas na mesma moeda. Por exemplo, uma exportadora pode dolarizar parte de seus custos operacionais, reduzindo sua dependência da moeda local.
Leia também:
- Hedge: uma estratégia essencial para proteger o produtor rural da volatilidade
O que aprendemos com as crises recentes?
As crises cambiais que afetaram países como Nigéria, Egito e Argentina nos últimos anos deixaram lições importantes. Uma delas é de que o gerenciamento de riscos não deve ser acionado apenas quando o câmbio já disparou.
Empresas que mantêm uma política ativa de proteção cambial, mesmo em momentos de menor volatilidade, conseguem preservar sua saúde financeira. Para completar, aumentam sua competitividade no mercado externo.
Por outro lado, erros comuns ainda são observados no mercado, como:
- Tratar a proteção cambial como custo e não como uma ferramenta de resiliência financeira;
- Contratar instrumentos complexos sem pleno entendimento dos riscos envolvidos;
- Realizar hedge de apenas parte da exposição, deixando a operação vulnerável.
Leia também:
- Política Cambial: o que é e quais os impactos no mercado de commodities?
Pronto para gerenciar seus riscos em países emergentes?
Entender os riscos da volatilidade cambial e, principalmente, saber como mitigá-los é essencial para a saúde financeira e a competitividade das empresas. Uma boa estratégia de hedge permite que o gestor planeje e tome decisões mais seguras, com mais previsibilidade.
E, se informação de qualidade faz toda a diferença nesse processo, o Hedgepoint HUB é seu maior aliado. Nossa plataforma reúne análises aprofundadas, dados atualizados, cenários econômicos, insights sobre commodities e muito mais. Transforme conhecimento em vantagem competitiva!
Leia também:
- Calls de Mercado da Hedgepoint: informações estratégicas para decisões inteligentes
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Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente (client.services@hedgepointglobal.com), contate nosso canal de ombudsman interno (ombudsman@hedgepointglobal.com) ou 0800-878 8408/ouvidoria@hedgepointglobal.com (somente para clientes no Brasil).
Exportações para a Ásia: qual o papel da gestão de riscos?
Quando falamos em gestão de riscos nas exportações para a Ásia, estamos longe de tratar apenas da volatilidade cambial. Exportar para esse mercado envolve desafios que influenciam diretamente os resultados financeiros do exportador brasileiro.
Ao longo deste conteúdo, você vai entender:
- Por que a gestão de riscos é essencial nas exportações para a Ásia;
- Quais são os principais desafios que impactam suas operações;
- Como funciona o hedge cambial na prática;
- Os erros mais comuns que podem comprometer sua rentabilidade e como evitá-los;
- E como utilizar inteligência de mercado para tomar decisões mais estratégicas.
Boa leitura!
Leia também:
- Gestão de risco em tempos de volatilidade: expectativas para 2025
Por que a gestão de riscos é tão crítica nas exportações para a Ásia?
Exportar para países asiáticos significa negociar em diferentes moedas, como iene, yuan ou rúpia. Além disso, os cenários são muitas vezes distantes não apenas geograficamente, mas também em termos de políticas cambiais e estabilidade econômica.
Ainda, muitos contratos são fechados com prazos longos, expondo o exportador à flutuação da taxa de câmbio entre o fechamento do negócio e o recebimento do pagamento. Por isso, sem uma política eficaz de gestão de riscos, até mesmo uma operação lucrativa pode acabar gerando prejuízo — mesmo com preços de venda superiores aos custos.
Leia também:
- Entenda as políticas monetárias e o peso das taxas asiáticas no mercado de câmbio
Quais são os principais desafios nas exportações para a Ásia?
A gestão de riscos eficaz começa com o mapeamento dos fatores que afetam a operação. Ao exportar para países asiáticos, os desafios mais comuns incluem:
1) Câmbio
O risco mais evidente. Qualquer oscilação do dólar frente ao real interfere diretamente na rentabilidade. Mesmo quando o contrato está em dólar, a empresa corre risco se não utilizar hedge.
2) Moedas locais
Alguns mercados exigem ou oferecem a possibilidade de negociar em moeda local (como rúpia indiana, yuan, won ou iene). Nesse caso, o exportador assume um risco adicional: a variação da moeda asiática frente ao dólar.
Por exemplo, uma empresa que exporta para a Índia e recebe em rúpia (INR) precisa acompanhar tanto INR/USD quanto USD/BRL. Portanto, uma desvalorização da rúpia em relação ao dólar reduz o valor final em reais.
3) Geopolítico
Tensões como China x EUA, o conflito no Mar do Sul da China, instabilidade em Taiwan ou até problemas internos em países como Mianmar e Paquistão podem gerar impactos diretos e indiretos. Alguns deles são: atrasos logísticos, alteração nas rotas e até flutuações abruptas nas moedas locais.
Leia também:
- Tarifas de Trump: quais os impactos no mercado agrícola global?
4) Logístico
A Ásia concentra alguns dos portos mais movimentados do mundo (Xangai, Cingapura, Busan). Isso gera riscos como:
- Congestionamentos;
- Escassez de contêineres;
- Encarecimento do frete internacional.
Esses gargalos ficaram evidentes na pandemia e seguem recorrentes, principalmente em períodos de alta demanda ou em situações de conflito.
5) Regulatório e fitossanitário
A mudança nas exigências sanitárias e fitossanitárias é uma constante. Um exemplo real foi o Vietnã que, em 2023, segurou carregamentos de milho brasileiro após alterar exigências de certificação fitossanitária. Isso acabou surpreendendo os exportadores que não monitoravam esses riscos adequadamente.
Qual o impacto da volatilidade cambial nas exportações?
O câmbio exerce papel central na formação do preço e na margem das exportações. Quando o real se valoriza, o produto brasileiro perde competitividade. Por outro lado, uma desvalorização do real pode gerar ganhos pontuais, mas também traz instabilidade e risco sobre os contratos futuros.
O caso do setor de café ilustra bem essa dinâmica. As tradings costumam negociar contratos em dólar, mas arcam com custos operacionais em reais. Uma valorização repentina da moeda brasileira traz riscos de corroer a margem prevista, o que repercute na rentabilidade da operação.
Como proteger o câmbio nas exportações?
A gestão de riscos cambiais se apoia no uso de instrumentos financeiros que permitem ao exportador reduzir a exposição às oscilações do mercado. Entre os principais estão:
- Contratos a termo (forwards): fixa uma taxa de câmbio futura, proporcionando previsibilidade de quanto a empresa vai receber em reais no dia do pagamento;
- NDFs (Non-Deliverable Forwards): usado quando a moeda local não é conversível, como rúpia, won ou yuan. Permite que o exportador proteja a conversão da moeda asiática para dólar;
- Opções de venda (puts): oferecem proteção contra a valorização do real, ao mesmo tempo em que possibilitam aproveitar movimentos favoráveis;
- Estruturas combinadas: misturam termos e opções, buscando um equilíbrio entre proteção e custo conforme a necessidade da empresa.
Imagine uma trading que embarca açúcar para a China a cada trimestre. Essa empresa pode contratar um NDF com vencimento alinhado ao prazo de pagamento do cliente. Assim, há maior previsibilidade sobre o valor que irá receber em reais, sem surpresas desagradáveis no meio do caminho.
Leia também:
- Entenda o que é e como funciona o hedge cambial
Existe hedge natural?
Sim, mas é parcial. Se sua empresa tem custos relevantes em dólar (frete internacional, leasing de equipamentos ou compra de insumos importados), parte do risco cambial está naturalmente compensado.
Porém, na maioria dos casos, o hedge natural não é suficiente para eliminar o risco. Isso se aplica especialmente quando a maior parte dos custos está em reais e as receitas são em dólar ou moeda asiática.
Os 5 erros mais comuns na gestão de riscos
Muitos exportadores ainda cometem erros básicos na gestão de riscos, que podem comprometer a rentabilidade e até inviabilizar a operação. Veja os principais:
- Não fazer hedge: confiar na “sorte” do câmbio é um erro clássico;
- Desalinhamento de prazos: contratar hedge para um vencimento diferente da data real do fluxo;
- Assinar instrumentos complexos sem entender: como opções exóticas, o que acarreta possíveis perdas inesperadas;
- Ignorar moedas locais: quando o contrato é em rúpia, yuan ou iene, há riscos adicionais além do dólar;
- Subestimar riscos regulatórios e logísticos: barreiras alfandegárias, certificações e gargalos podem gerar custos ocultos.
Esses fatores devem ser monitorados e gerenciados. Senão, podem corroer tanto quanto uma variação cambial.
Leia também:
- A importância da diversificação de hedge no mercado de commodities
Hedgepoint HUB: gestão de riscos é sobrevivência
O mercado asiático oferece oportunidades gigantescas, mas não perdoa amadores. Exportar sem hedge é, na prática, uma aposta no mercado financeiro, não uma decisão empresarial responsável.
Além disso, ignorar riscos como logística, moedas locais e geopolítica é abrir mão do controle sobre sua operação. Empresas que operam com exportação regular para a Ásia não podem depender apenas de previsões de câmbio. Logo, precisam implementar:
- Monitoramento diário de moedas (inclusive locais);
- Acompanhamento de cenário geopolítico e regulatório;
- Leitura constante de análises de risco logístico.
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Leia também:
- Como a Hedgepoint atua no mercado de commodities da Ásia?
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Ciclo do milho: entenda cada etapa e a importância dessa commodity global
O ciclo do milho é um processo-chave para a agricultura e para o abastecimento de cadeias produtivas que vão muito além do campo. Essencial para a alimentação humana e animal, está também cada vez mais presente na produção de energia e insumos industriais.
Por isso, é fácil perceber que o milho tem papel estratégico na dinâmica global de oferta e demanda, especialmente em um cenário de alta volatilidade e necessidade crescente de gerenciar riscos financeiros.
Neste artigo, você vai entender:
- As etapas principais do ciclo de produção do milho;
- As diferenças entre a safra de verão e a safrinha;
- Os principais fatores que impactam o desempenho das lavouras;
- Como o milho se conecta a diferentes setores da economia;
- E de que forma é possível gerenciar riscos associados à sua produção e comercialização.
Boa leitura!
Por que o milho é tão relevante?
O milho é uma das commodities agrícolas mais produzidas e comercializadas no mundo. Além de ter um peso estratégico para a segurança alimentar, esse grão desempenha papel central em diferentes setores: da alimentação humana à ração animal, passando por derivados industriais, como o etanol.
Em 2023, por exemplo, o Brasil se consolidou como maior exportador global de milho, superando os Estados Unidos. Esse desempenho está diretamente relacionado à evolução das técnicas agrícolas, ao aumento da produtividade e à adaptação do cultivo em diferentes regiões e épocas do ano.
Leia também:
- 7 curiosidades sobre o milho
Como funciona o ciclo do milho?
Em geral, o ciclo de produção do milho varia entre 120 e 150 dias, dependendo da variedade utilizada, das condições climáticas da região e do sistema de cultivo adotado.
Germinação e Emergência (0 a 1 semana após o plantio)
- Logo após a semeadura, em condições ideais de umidade e temperatura, as sementes iniciam a germinação. Em cerca de 2 a 3 dias, ocorre a emergência da plântula, com o rompimento do solo e a exposição das primeiras folhas, sinalizando o início do desenvolvimento vegetativo.
Crescimento Vegetativo (1 a 8 semanas após a emergência)
- Durante essa etapa, a planta desenvolve suas folhas, caules e raízes. Esse crescimento inicial é crucial, pois define o vigor e a capacidade da lavoura de atingir o máximo potencial produtivo.
Período Reprodutivo (9 a 10 semanas após a emergência)
- É aqui que ocorre a polinização e a formação das espigas. Para garantir bons resultados, a fecundação precisa acontecer em boas condições de clima e nutrição.
Maturação Fisiológica e Colheita (11 a 21 semanas após a emergência)
- Cerca de 50 dias após a floração, os grãos atingem o ponto de maturação fisiológica. Consequentemente, a colheita acontece entre 4 a 6 meses após o plantio, quando os grãos já perderam boa parte da umidade e estão prontos para armazenamento e comercialização.
As duas safras do ciclo do milho no Brasil
Uma das razões para o protagonismo brasileiro na exportação de milho está na possibilidade de produzir em duas janelas diferentes ao longo do ano:
• Safra de verão (primeira safra)
Plantada entre setembro e dezembro, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. A colheita ocorre entre fevereiro e maio.
• Milho safrinha (segunda safra)
Plantada entre janeiro e abril, logo após a colheita da soja. Atualmente, a safrinha é responsável por mais de 70% da produção total de milho no país, com destaque para estados como Mato Grosso, Paraná e Goiás. A colheita ocorre entre junho e setembro.
Leia também:
- Safra 2024/2025 de milho e soja: Brasil e Argentina em busca de recordes
O milho como insumo versátil
De modo geral, o milho é base para inúmeras cadeias produtivas. A seguir, listamos os principais destinos desse insumo após a colheita:
- Ração animal: usado em larga escala na pecuária, especialmente na criação de aves e suínos.
- Alimentos processados: matéria-prima para amido, farinha de milho, óleos e até produtos como refrigerantes e doces.
- Produção de etanol: cada vez mais relevante como fonte alternativa de energia, o milho tem sido utilizado na fabricação de biocombustíveis, sobretudo no Centro-Oeste.
- Outros usos industriais: presente na produção de plásticos biodegradáveis, cosméticos, fármacos e até tecidos.
Com isso, esse nível de diversificação amplia a importância do milho nos mercados internacionais. Ainda, aumenta a exposição do produtor e dos envolvidos na cadeia a riscos financeiros ligados a preços, clima, logística e câmbio.
Leia também:
- Saiba tudo sobre o etanol produzido a partir do milho e suas características
O que influencia o desempenho do ciclo do milho?
Vários fatores afetam o sucesso da lavoura de milho e, por consequência, impactam diretamente na oferta e nos preços do mercado global.
• Condições climáticas
Entre os principais fatores, a temperatura, o regime de chuvas e a luminosidade são decisivos em todas as fases do cultivo. Por exemplo, períodos de seca ou excesso de umidade comprometem tanto o desenvolvimento das plantas quanto o momento da colheita.
• Qualidade do solo e da nutrição
É preciso garantir o fornecimento adequado de macro e micronutrientes ao longo do ciclo. A deficiência de elementos como nitrogênio ou fósforo pode reduzir drasticamente a produtividade.
• Genética e escolha da variedade
A seleção de híbridos adaptados às condições locais permite maior resistência a pragas, doenças e variações climáticas.
• Manejo técnico
O uso de boas práticas de plantio, controle de pragas e doenças, irrigação e monitoramento da lavoura faz toda a diferença no desempenho final da safra.
Gerenciar riscos no ciclo do milho
Com um ciclo tão sensível a variáveis externas, produtores e empresas que atuam na cadeia do milho enfrentam constantes incertezas. Volatilidade de preços, custos de insumos, problemas logísticos e mudanças na demanda internacional fazem parte do dia a dia desse mercado.
Diante desse cenário, os instrumentos de hedge são aliados importantes. Eles permitem mitigar a exposição a oscilações cambiais, variações de preço no mercado futuro e mudanças bruscas no cenário macroeconômico.
Hedgepoint Hub: compreenda o ciclo do milho com profundidade!
Compreender o ciclo do milho é essencial para quem atua em um mercado dinâmico e sujeito a tantas variáveis. Desde o preparo do solo até a colheita, cada etapa interfere diretamente na oferta global, na precificação e na forma como agentes se posicionam diante das oscilações.
Em outras palavras, o hoje é sempre o momento ideal para acompanhar os movimentos que moldam o cenário futuro. No Hedgepoint Hub, oferecemos relatórios regulares e calls com especialistas que analisam os mercados globais de commodities agrícolas, ajudando produtores a gerenciar riscos com inteligência.
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Leia também:
- Milho e trigo: perspectivas e desafios para 2025
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Plano Safra: como funciona e por que é essencial para o agronegócio
A cada ano, o Plano Safra se consolida como um dos principais pilares do agronegócio brasileiro. Ele oferece crédito acessível e condições favoráveis que beneficiam produtores em todo o país — do Norte ao Sul — passando pelo plantio de grãos no Mato Grosso até a pecuária no Rio Grande do Sul.
Na edição 2024/2025, o programa atingiu seu maior volume de recursos: R$508,59 bilhões, segundo dados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Ao todo, foram R$400,59 bilhões em financiamentos tradicionais (10% a mais que em 2023/24) e R$ 108 bilhões em recursos complementares via Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Neste artigo, você irá entender:
- O que é o Plano Safra e como ele funciona;
- Sua importância para produtores rurais;
- Como se relaciona com o gerenciamento de riscos no campo;
- Dicas para aproveitar melhor os recursos disponíveis.
Boa leitura!
Leia também:
- Agronegócio: entenda a importância para a indústria nacional e por que gerenciar riscos
O que é o Plano Safra?
O Plano Safra é a principal política de crédito rural do governo federal, renovada anualmente para financiar a produção agropecuária. Entre julho de um ano e junho do próximo, o programa oferece:
- Linhas de custeio: para cobrir insumos como sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas;
- Financiamento para investimentos: aquisição de máquinas, sistemas de irrigação e infraestrutura, com prazos que podem chegar a 10 anos;
- Recursos para comercialização: armazenagem e estoque de grãos à espera de melhores preços de mercado.
As taxas subsidiadas são um dos maiores atrativos, com valores significativamente menores que os praticados no mercado financeiro convencional. Essa diferença pode significar uma economia considerável, especialmente para pequenos e médios produtores.
Leia também:
- Entenda a importância da irrigação na agricultura0
Por que o Plano Safra é tão importante?
Para muitos produtores, o acesso ao crédito rural é a diferença entre uma safra rentável e um ano de dificuldades. Entre os principais benefícios, destacam-se:
- Acesso a recursos financeiros em condições mais favoráveis que as oferecidas por bancos comerciais no varejo ou para outros setores da economia;
- Estabilidade para o planejamento, com maior previsibilidade nas condições de juros, que podem ser fixas ou estruturadas conforme o perfil do cliente;
- Incentivo à modernização, com linhas específicas para tecnologias que aumentam a produtividade e diminuam os custos.
Plano Safra e gerenciamento de riscos
Embora o Plano Safra não seja um instrumento de proteção contra volatilidade de preços, ele contribui para a gestão de riscos financeiros de três formas principais:
- Redução da dependência de crédito de mercado, que pode ter juros mais altos e variáveis;
- Financiamento de tecnologias que diminuem vulnerabilidades climáticas, como sistemas de irrigação e monitoramento por satélite;
- Possibilidade de estoque regulador, permitindo que o produtor tenha alternativas para melhores condições de venda.
Por exemplo, secadores automáticos financiados pelo Plano Safra são reconhecidos por reduzir perdas pós-colheita, principalmente em cultivos sensíveis como o café. Porém, o Plano Safra não elimina riscos: na verdade, oferece ferramentas que ajudam produtores a se prepararem melhor para imprevistos.
Leia também:
- A influência dos fenômenos climáticos no mercado de commodities
Como aproveitar melhor os recursos em 2025/26?
Para maximizar os benefícios do Plano Safra, produtores podem adotar algumas práticas:
- Antecipar o planejamento: as melhores linhas de crédito têm demanda alta e podem se esgotar;
- Comparar programas: cada finalidade (custeio, investimento, comercialização) tem condições específicas;
- Monitorar prazos: o Plano Safra tem vigência anual, e os recursos não se acumulam.
Além disso, é fundamental acompanhar as tendências de mercado para alinhar a produção às demandas futuras.
Planejamento e proteção financeira
O Plano Safra representa uma oportunidade para produtores rurais em um cenário de incertezas climáticas e econômicas. Ao combinar crédito acessível com boas práticas de gestão, é possível aumentar a resiliência financeira e operacional.
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Leia também:
- Calls de Mercado da Hedgepoint: informações estratégicas para decisões inteligentes
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Os desafios da armazenagem e do transporte de grãos no Brasil em 2025
O transporte de grãos no Brasil enfrenta obstáculos estruturais que limitam o pleno desenvolvimento do agronegócio. Mesmo sendo um dos maiores produtores do mundo, o país ainda lida com desafios na armazenagem e na logística.
A produção cresce em ritmo acelerado (mais de 10 milhões de toneladas por ano), mas a capacidade de armazenagem avança em menos da metade disso. O resultado? Parcela importante das safras expostas à necessidade de comercialização, o que reduz a possibilidade de maximizar a rentabilidade.
E não para por aí. A logística do transporte também entra na conta. Estradas precárias, distâncias longas e falta de estrutura adequada fazem com que parte da safra se perca antes mesmo de chegar ao destino.
Em 2025, os desafios se intensificam. Neste post, você vai entender:
- O que está em jogo com o crescimento acelerado da produção;
- Onde estão os maiores problemas na armazenagem e no transporte de grãos;
- Quais mudanças são urgentes para que o agronegócio brasileiro continue crescendo de forma sustentável.
Boa leitura!
Armazenagem de grãos: quando falta espaço para tanto crescimento
A produção de grãos no Brasil cresce, em média, 10,9 milhões de toneladas por ano. Em contrapartida, a capacidade de armazenagem avança a um ritmo significativamente menor, de apenas 4,8 milhões de toneladas ao ano.
Além de limitar o tempo de comercialização e aumentar pressões logísticas no pico da safra, esse descompasso resulta em perdas substanciais.
Entre os principais métodos utilizados no país, estão os silos graneleiros, armazéns de sacaria, silo-bolsa e coberturas temporárias. Porém, as condições de conservação nem sempre são ideais. Além disso, fatores como umidade, pragas e impurezas podem comprometer a qualidade dos grãos.
Um dado chama atenção: apenas 16% da capacidade de armazenagem está dentro das propriedades rurais. Os outros 84% estão concentrados em estruturas urbanas e industriais, pertencentes a cooperativas ou empresas de grande porte. Essa concentração limita a autonomia do produtor, aumenta os custos com transporte e reduz a flexibilidade na gestão da colheita.
Leia também:
- Safra 2024/2025 de milho e soja: Brasil e Argentina em busca de recordes
Logística de transporte: rodovias frágeis, perdas em movimento
A dificuldade não termina quando o grão sai da lavoura. O transporte no Brasil, majoritariamente rodoviário, enfrenta desafios que afetam tanto a velocidade quanto a qualidade da entrega. Estradas mal conservadas, frota envelhecida e falta de alternativas logísticas elevam os custos e ampliam o risco de perdas.
Especialistas da Conab apontaram em seus estudos que as perdas no transporte variam entre 0,1% e 0,25% do volume total, dependendo do tipo de grão e das condições logísticas. Além do desperdício, há impacto direto na sustentabilidade da cadeia, com emissão elevada de gases poluentes e ineficiência no escoamento.
Regiões de produção como o Centro-Oeste sofrem de maneira mais intensa com esse cenário. A área, responsável por 162,4 milhões de toneladas, só consegue armazenar 78,4 milhões, menos da metade da produção local. Essa limitação força o escoamento imediato da safra, muitas vezes em janelas pouco favoráveis de mercado.
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O que esperar de 2025: obstáculos antigos, pressão renovada
Com o ritmo atual de crescimento, o Brasil deverá produzir ainda mais grãos nos próximos anos, pressionando uma infraestrutura que já opera no limite. A perspectiva para 2025 é de continuidade desse descompasso, a menos que avanços importantes ocorram em financiamento, logística e ampliação da armazenagem nas propriedades.
Segundo as estimativas da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), seriam necessários cerca de R$15 bilhões ao ano apenas para acompanhar o crescimento atual da produção agrícola. Cada tonelada adicional exige investimentos em equipamentos, obras civis, terraplanagem, parte elétrica e transporte, totalizando cerca de R$1.500 por tonelada armazenada.
Embora existam linhas de crédito como o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), vinculado ao Plano Safra, os recursos têm se esgotado rapidamente. A falta de suplementação de verbas compromete a capacidade de resposta do setor privado e inibe novos projetos.
Enquanto isso, o comparativo internacional mostra o quanto o Brasil ainda pode evoluir. Nos Estados Unidos, mais de 60% da capacidade de armazenagem está nas propriedades rurais, o que permite aos produtores armazenarem até mais de uma safra e meia. Já no Brasil, ainda não se consegue armazenar nem uma safra completa.
Quais caminhos são possíveis?
A modernização da infraestrutura de armazenagem e transporte é essencial para dar conta do novo patamar produtivo brasileiro. Algumas frentes que merecem atenção:
- Investimentos em armazenagem nas fazendas: além de reduzir perdas, permite melhor planejamento de vendas e reduz custos logísticos.
- Planejamento logístico mais flexível: dado o caráter imprevisível das safras, é essencial contar com sistemas capazes de se adaptar rapidamente às variações de volume e tempo.
- Integração de ferramentas de gerenciamento de riscos: considerando o alto grau de volatilidade do mercado agrícola, é importante que produtores e empresas tenham acesso a instrumentos que permitam mitigar riscos operacionais e financeiros.
- Expansão do acesso ao crédito: linhas de financiamento mais robustas e ágeis são fundamentais para destravar os investimentos em infraestrutura.
- Melhoria na malha de transporte multimodal: com maior integração entre rodovias, ferrovias e hidrovias, o escoamento da safra pode se tornar mais eficiente e sustentável.
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Oportunidades e desafios para o agronegócio brasileiro
O cenário da armazenagem e transporte de grãos no Brasil exige atenção urgente. Com perdas acumuladas por falhas na estocagem e no deslocamento da safra, produtores e empresas do setor enfrentam desafios crescentes.
Antecipar-se a esses obstáculos e entender as movimentações do mercado é cada vez mais estratégico. Para seguir evoluindo em 2025 e além, o agronegócio brasileiro dependerá de investimentos, adaptação e acesso a informações confiáveis e atualizadas.
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Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente (client.services@hedgepointglobal.com), contate nosso canal de ombudsman interno (ombudsman@hedgepointglobal.com) ou 0800-878 8408/ouvidoria@hedgepointglobal.com (somente para clientes no Brasil).
Entenda como o preço do trigo é formado
O trigo é uma das commodities agrícolas mais importantes, servindo como base para a segurança alimentar global. De acordo com os dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), essa cultura é a segunda maior do mundo em termos de área cultivada e no volume total de produção. Na safra 2024/2025, por exemplo, o trigo produzido no planeta chegou a quase 797 milhões de toneladas, atrás apenas do milho (1,2 bilhões de toneladas).
Além de sua importância no mercado alimentício, o trigo tem grande peso na economia agrícola mundial. Por ser uma commodity, o seu preço é volátil. Portanto, fatores climáticos, geopolíticos e até mesmo logísticos influenciam diretamente a formação de valor do trigo, tanto no campo quanto nas bolsas internacionais.
Neste artigo, vamos explorar como se forma o preço do trigo, além de formas de mitigar os riscos associados à volatilidade deste mercado. Boa leitura!
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Fatores que influenciam no preço do trigo pago ao produtor
A primeira fase de precificação do trigo começa ainda na lavoura, já que o valor varia conforme a qualidade do grão. Características específicas têm papel fundamental na precificação e também impactam diretamente o tipo de produto final que ele poderá derivar, como farinha para panificação, massas ou biscoitos.
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) descreve os métodos utilizados para avaliar a qualidade do trigo no Brasil. Os critérios incluem:
- Teor de glúten: indica a quantidade de proteínas formadoras de glúten na farinha. Essas proteínas são responsáveis pelas propriedades funcionais da farinha de trigo.
- Peso hectolitro: é influenciado pela uniformidade, forma, densidade, tamanho do grão e presença de impurezas ou grãos quebrados, sendo um indicativo da sanidade do grão.
- Número de queda (falling number): mede a atividade enzimática dos grãos, sendo importante para avaliar a germinação do trigo.
- Umidade, impurezas e grãos avariados: influenciam a conservação e o processamento do grão.
Essas análises seguem metodologias rigorosas que estabelecem padrões para cada uma das variáveis. Além da qualidade, outros fatores influenciam diretamente no preço pago ao produtor:
- Localização geográfica: regiões mais isoladas tendem a receber preços menores devido à logística e à infraestrutura.
- Oferta e demanda regional: o excesso de produção em um local pode pressionar os preços do produtor para baixo. Por outro lado, a escassez tende a valorizá-los.
- Custo de transporte e armazenagem: variáveis que também influenciam o valor líquido recebido pelo produtor. Maiores ou menores custos são refletidos no valor final.
- Política agrícola: alguns produtores recebem subsídios, programas de garantia de preços e mais. Essas políticas podem controlar os valores recebidos pelo agricultor.
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Principais influenciadores de preço do trigo no mercado global
Além dos fatores que influenciam o preço destinado ao agricultor, também há variáveis que alteram o valor do trigo no mercado de commodities. Veja e entenda cada uma abaixo:
● Oferta e demanda
Grandes colheitas em regiões produtoras de trigo (como Rússia, Ucrânia ou Estados Unidos) podem gerar uma queda nos preços desta cultura no mercado internacional. Entretanto, problemas climáticos, guerras ou embargos comerciais podem afetar a produção e a logística do trigo, limitando a oferta e impulsionando os preços.
● Clima
A produção agrícola depende do clima. Fenômenos como El Niño e La Niña afetam diretamente o rendimento das lavouras. Além disso, secas severas, excesso de chuvas e até mesmo nível da cobertura de neve podem comprometer a produtividade e a qualidade do trigo e de outros grãos, alterando o equilíbrio entre oferta e demanda.
● Estoques globais
Os estoques dos principais países produtores funcionam como reservas para o mercado. Esses estoques são utilizados para garantir a disponibilidade e “segurar” os preços quando a oferta cai. Porém, estoques baixos podem aumentar a sensibilidade do mercado e a volatilidade dos preços.
● Taxa de câmbio
O trigo é uma commodity, ou seja, comercializado internacionalmente e cotado principalmente em dólar. Desta forma, qualquer valorização ou desvalorização da moeda norte-americana impacta os preços locais. Um dólar forte tende a encarecer o trigo para países importadores, o que pode reduzir a demanda. Um dólar mais fraco facilita a exportação e aumenta a busca pelo produto.
● Mercados futuros
As bolsas de futuros, como a CBOT (Chicago Board of Trade), são grandes formadoras de preço para o trigo. Os contratos negociados ali indicam as expectativas em relação à oferta, à demanda, ao clima e ao cenário geopolítico. Por isso, qualquer movimento especulativo nesse mercado também impacta a formação dos preços internacionais.
● Fatores macroeconômicos e geopolíticos
Inflação, taxas de juros, crescimento econômico global e conflitos internacionais influenciam diretamente o comércio de trigo. Um exemplo recente é a guerra entre Rússia e Ucrânia, dois dos maiores exportadores globais, que desestabilizou os fluxos comerciais e impactou os preços.
Não é só o trigo que é impactado por esses fatores macroeconômicos. Os demais produtos agrícolas e outras commodities também têm seu preço definido conforme o mercado. É por isso que a volatilidade faz parte deste segmento e soluções financeiras são utilizadas para gerenciar os riscos que essa flutuação de valores representa a agricultores, importadores, exportadores e mais.
Leia também:
- A importância da diversificação de hedge no mercado de commodities
Como gerenciar os riscos da volatilidade?
Como visto neste artigo, os preços do trigo e de outras commodities agrícolas flutuam conforme oferta, demanda e mais. É neste cenário que os produtos de hedge se tornam necessários, especialmente em meio às incertezas climáticas e variações cambiais.
Ao utilizar instrumentos financeiros como contratos futuros e opções, produtores, cooperativas e indústrias podem travar preços com antecedência, protegendo-se das variações nas bolsas. Na Hedgepoint Global Markets, você encontra inúmeros especialistas de hedge com foco no mercado agrícola. Entre em contato e saiba mais sobre essas vantagens!
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- Calls de Mercado da Hedgepoint: informações estratégicas para decisões inteligentes
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Tarifas de Trump: quais os impactos no mercado agrícola global?
Em abril de 2025, Donal Trump, presidente dos Estados Unidos, anunciou a imposição de novas tarifas comerciais a mais de 180 países. Ainda que as tarifas tenham sido pausadas momentaneamente na maior parte dos países (com exceção da China), o presidente Americano apontou que a medida visa aplicar tarifas recíprocas sobre produtos importados de países que impõem tributos elevados sobre bens norte-americanos.
A medida também busca proteger os produtores da concorrência estrangeira, além de impulsionar a produção e a demanda interna. Como grande potência mundial, a iniciativa estadunidense tem impacto direto no mercado de commodities agrícolas.
Enquanto crescem os temores que as tarifas excessivas sobre a China aumentem a chance de uma recessão global, impactando a demanda de forma geral, ainda não há acordos com os outros países sobre a redução das taxas. Assim, após a pausa de 90 dias, ainda é esperado que as tarifas retornem, impactando ainda mais a economia global, uma vez que os Estados Unidos têm parceria com uma grande gama de países exportadores como Brasil, China e membros da União Europeia.
Desse modo, as tarifas adicionais afetam diretamente essas economias e criam novos desafios para manter a competitividade. Neste artigo, vamos entender os desdobramentos da ação em níveis globais. Boa leitura!
Leia também:
- Governo americano: Volatilidade do mercado de energia e impactos econômicos
Café sob pressão: redesenho dos fluxos comerciais
O time de especialistas da Hedgepoint Global Markets analisou as tarifas impostas por Trump e indicou possíveis mudanças no mercado cafeeiro. Como mencionado anteriormente, no momento os países exportadores de café estão sobre a pausa temporária de 90 dias. Porém, como ainda não há acordos entre as nações, assim que as taxas se tornem ativas novamente espera-se que grandes exportadores de café sejam atingidos. Dentro os principais afetados pelo tarifaço estão Vietnã e Indonésia com taxas respectivas de 46% e 32%. O restante dos grandes produtores está na lista das taxas base de 10% como no caso do Brasil, Colômbia e diversos países da África Oriental e América Central.
Os Estados Unidos são o maior consumidor de café no mundo e a taxação pode elevar o preço para os norte-americanos. Desta forma, a demanda interna e a importação devem cair ao longo do ano.
Além disso, o tarifaço foi aplicado em um momento sensível para o mercado de café. Alguns países produtores possuem um baixo estoque e a quebra na safra arábica brasileira pode restringir a oferta. Todos esses fatores acendem um alerta para potenciais impactos na dinâmica de preços e na demanda.
Segundo a análise da Hedgepoint, a diferença entre as tarifas pode gerar mudanças no fluxo comercial de café. Países com menor taxação, como o Brasil e a Uganda, podem passar a atender uma fatia maior da demanda americana. Entretanto, as taxas maiores para países asiáticos devem redirecionar a oferta dessas economias para outros mercados.
“É por isso que o cenário é mais delicado para o café robusta. Como o Vietnã e a Indonésia receberam taxações maiores, haverá um contraste com as tarifas menores aplicadas ao conilon brasileiro. Essa diferença pode alterar o equilíbrio do mercado, já que os preços mais altos na Ásia deslocam a demanda americana para origens com taxas mais baixas”, indica Laleska Moda, Analista de Inteligência de Mercado da Hedgepoint.
Além dos grãos crus, regiões exportadoras de café processado também entraram na mira das novas tarifas, como a União Europeia. Essa medida pode alterar a competitividade de países como o Reino Unido, que também exporta café industrializado, mas não foi incluído na lista de tarifação adicional.
Leia também:
- Variações nas taxas de câmbio e seu impacto nos preços e na competitividade das commodities
Soja e milho: tarifas de Trump geram risco de acúmulo e redirecionamento global
Segundo os especialistas da Hedgepoint, os efeitos do novo pacote tarifário para a soja e o milho são complexos. Para a oleaginosa, os primeiros sinais virão da China, maior compradora global dessa commodity. No último ano, o país já reduziu em 35% a sua dependência da soja norte-americana, e a tendência é de que diminua ainda mais com as tarifas.
Inicialmente, a China recebeu uma taxação de 34% somada aos 20% que já eram cobrados anteriormente. Porém, o país asiático respondeu com tarifas extras na mesma porcentagem sobre todas as importações americanas. Em retaliação, Trump decidiu aumentar as tarifas em 50%, alcançando 104%.
Na quarta-feira, dia 9 de abril, a China também aumentou as taxas para 125%, enquanto os Estados Unidos mudaram mais uma vez para 125%. Todas essas mudanças sugerem que ambos os países ainda não entraram em acordo e que a guerra tarifária deve ter forte impacto no mercado de soja.
O time da Hedgepoint aponta que a safra recorde no Brasil deve ter um papel importante nesse cenário. O país sul-americano vem ganhando participação no mercado internacional, o que tende a aumentar os estoques dos Estados Unidos e pressionar os preços na Bolsa de Chicago (CBOT) para níveis mais competitivos.
O mercado de milho segue a mesma lógica. A redução nas importações chinesas de 23 milhões para apenas 8 milhões de toneladas em um ano, aliada à boa safra brasileira, tende a deixar o mercado americano com estoques maiores. Esse cenário também deve pressionar os preços da commodity.
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As tarifas americanas e o impacto indireto no mercado de açúcar
Para o setor açucareiro, as tarifas norte-americanas foram um resultado de um reflexo macroeconômico. A expectativa do anúncio de Trump interrompeu a sustentação que vinha dos números mais fracos da moagem de março na Índia, contribuindo para uma retração de quase 2,5% nos preços do açúcar.
O mercado reagiu com volatilidade acentuada, especialmente após uma queda de mais de 7% no preço do petróleo e a valorização de moedas emergentes frente ao dólar. Mesmo assim, o açúcar ainda encontrou suporte na arbitragem de importação chinesa, com os preços se aproximando de 18,7 c/lb e encerrando a semana em 18,84 c/lb, evitando perdas ainda maiores.
De acordo com a coordenadora de Inteligência de Mercado da Hedgepoint, Livea Coda, “a isenção de Canadá e México manteve o fluxo de açúcar relativamente inalterado. As cotas tarifárias (TRQ), no entanto, devem começar a pagar as novas tarifas, o que aumenta a vantagem do açúcar mexicano frente a outros exportadores”.
Outro ponto é que o mercado segue atento à chegada da nova safra brasileira. A antecipação da moagem em diversas usinas do país reforça a expectativa de maior oferta no curto prazo. Esses fatores influenciam os preços, limitando altas mais expressivas.
Impacto das tarifas de Trump no mercado de cacau
Para o cacau, o anúncio das novas tarifas comerciais provocou reações imediatas nos mercados globais. Os preços da commodity passaram a recuar em meio ao aumento da volatilidade, o que contribuiu para um cenário de incerteza.
Na última terça-feira, os contratos futuros de cacau com vencimento em maio de 2025 registraram queda de 3,8% em Londres e 3,7% em Nova York. Esse comportamento sinaliza uma correção no mercado após a alta expressiva. Se as tarifas americanas ficarem, o fluxo comercial pode mudar com os Estados Unidos buscando alternativas mais econômicas.
O mercado já projeta uma possível redução na moagem de cacau norte-americano, o que pode pressionar os preços dentro do país. Entre as possibilidades de resolução, estão o redirecionamento de amêndoas para países próximos aos Estados Unidos que tenham tarifas mais baixas e capacidade instalada de moagem — como Canadá, México, Brasil e Gana. Dessa forma, seria possível atender à demanda norte-americana por amêndoas, manteiga, licor e pó de cacau a partir do processamento em outras origens.
Volatilidade dos preços no mercado agrícola
O tarifaço de Donald Trump marca uma possível reorganização geopolítica das commodities agrícolas. A isenção de alguns países e a penalização de outros criam novas oportunidades e desafios para exportadores. Entretanto, os mercados financeiros reagem com volatilidade e pressão nos valores.
Neste contexto, a gestão de riscos se torna ainda mais essencial. Na Hedgepoint, você conta com especialistas em hedge para commodities agrícolas, além de updates recorrentes sobre o impacto das tarifas no setor. Entre em contato com a equipe e gerencie riscos financeiros com inteligência de mercado.
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