Eleições americanas: o que esperar de cada candidato para o mercado agrícola?

Chris Trant, Head do Departamento de Agricultura dos EUA na Hedgepoint, comenta sobre as eleições americanas e as políticas agrícolas de cada candidato. 

31 de outubro de 2024

Hedgepoint Global Markets

A cada quatro anos, o mundo volta sua atenção para as eleições nos EUA. A corrida pela presidência é sempre acompanhada de perto, pois seus resultados influenciam o futuro da economia global, incluindo a agricultura e o mercado de commodities. 

A próxima eleição nos EUA e as mudanças políticas correspondentes terão um impacto direto nos setores agrícolas doméstico e internacional dos EUA. Internacionalmente, a presidência dos EUA tem um poder enorme de influenciar os acordos comerciais, a força do dólar e o papel desempenhado pelos EUA na segurança alimentar global. No âmbito interno, o impacto será sentido na regularidade, na produção e nos programas domésticos de energia renovável. 

Nesse contexto, convidamos o especialista Chris Trant, chefe do Departamento de Agricultura dos EUA na Hedgepoint, para entender o impacto potencial de cada candidato para o mercado agrícola a partir de 2025, caso sejam eleitos. Acompanhe o conteúdo e tenha uma boa leitura!

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Expectativas de cada presidente para a agricultura

Para obter mais apoio político do público rural, ambos os candidatos escolheram vice-presidentes com forte apelo nas comunidades produtoras. No entanto, Trump e Harris têm abordagens diferentes sobre o futuro do mercado agrícola. Trabalho, energia renovável, preços dos alimentos e relações com a China estão entre as principais questões desta eleição.

  • O que esperar caso Trump for eleito?

Chris Trant, da Hedgepoint, relata que podemos esperar uma política agrícola semelhante à do último mandato de Donald Trump na Casa Branca (2017-2021).

Anteriormente, Trump se concentrava na desregulamentação ambiental, em políticas comerciais protecionistas, como tarifas, e na renegociação agressiva de acordos comerciais globais.

“Essa política agressiva de Trump acabou levando a uma guerra comercial com a China em 2018. O país era historicamente o maior comprador individual de soja dos Estados Unidos, e o atrito levou a uma queda nas exportações e no preço dos EUA.  Como resultado, o Brasil substituiu os Estados Unidos como o principal exportador do produto para a China”, diz Trant.

Trant ressalta ainda que o governo Trump criou um programa para compensar os agricultores dos EUA pela queda resultante nos preços. Essa foi uma consideração tanto econômica quanto política, pois os agricultores eram vistos como uma parte essencial da base eleitoral do presidente Trump.

Apesar de as relações comerciais terem se normalizado com a China desde então, o Brasil ainda é o maior parceiro comercial da China para as importações de soja. Chris Trant acrescenta: “Se Trump for eleito e seguir uma cartilha agressiva semelhante, poderá haver uma nova guerra comercial com a China”. Entretanto, dada a redução da participação das exportações de soja dos EUA para a China, é possível que a reação do mercado de soja seja menos volátil se a história se repetir. 

Durante sua campanha, Trump levantou alguns outros pontos importantes sobre sua política agrícola.  

Aqui estão os principais pontos levantados pelo republicano:  

  • Reduzir as taxas de juros e diminuir os custos de energia para os agricultores;  
  • Reverter as onerosas regulamentações agrícolas implementadas pelo governo Biden;  
  • Reduzir a imigração nas fazendas americanas;  
  • Impor tarifas mais altas sobre as importações. 

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Para Kamala Harris, o especialista espera um mandato semelhante ao de Biden, já que a candidata é sua atual vice-presidente. Nesse caso, o foco será em investimentos sustentáveis.

“A produção de energia verde cresceu durante o governo Biden, e é provável que essa tendência continue se Kamala vencer”, acrescenta.  Um dos principais impulsionadores desse crescimento foi o aumento do uso doméstico de óleo de soja em combustíveis renováveis.

As regulamentações agrícolas do candidato democrata seguem o mesmo caminho. Espera-se que a administração de Harris se empenhe na produção sustentável, incluindo leis e padrões que protejam o meio ambiente. 

“Isso deve ter um impacto no mercado agrícola, pois Kamala apoia fontes de energia renováveis, como o biodiesel, que é feito de óleo de soja. Se ela vencer, esse apoio poderá aumentar a demanda por soja para a produção de biocombustível”, conclui.

De acordo com o especialista, o histórico de Harris em questões agrícolas é escasso. No entanto, a candidata tem se concentrado mais no assunto durante a campanha nas últimas semanas. 

Confira outras políticas nas quais Kamala diz que trabalharia como presidente:

  • Abordagem dos preços mais altos dos alimentos, proibindo aumentos abusivos de preços; 
  • Abordar a escassez de mão de obra agrícola de imigrantes; 
  • Adotar práticas agrícolas inteligentes e sustentáveis; 
  • Incentivar os produtores a diversificar seus mercados de exportação, reduzindo ainda mais a dependência da China. 

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Eleições nos EUA e volatilidade do mercado 

Uma corrida presidencial nos EUA tão acirrada como está sempre afeta o mercado de commodities. O alto nível de incerteza acaba pressionando mais os preços e alguns países começam a se preparar para possíveis resultados. 

Nesse cenário, o hedging é uma ferramenta utilizada pelas empresas do mercado para proteger seus negócios dessa volatilidade. Na Hedgepoint, temos profissionais experientes prontos para atendê-lo. Entre em contato conosco e saiba mais! 

Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente ([email protected]), contate nosso canal de ombudsman interno  ([email protected]) ou 0800-878 8408/[email protected] (somente para clientes no Brasil).

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