Hedge: uma estratégia essencial para proteger o produtor rural da volatilidade
Um dos pilares da economia global é o mercado agrícola. No entanto, produtores e empresas do agronegócio enfrentam desafios que vão extrapolam o cultivo, envolvendo a gestão de riscos e oscilações de mercado. Uma das grandes dificuldades está na imprevisibilidade dos preços das commodities (como soja, açúcar, milho).
Essa volatilidade é influenciada por fatores como:
- Mudanças climáticas
- Geopolítica
- Oferta e demanda global
- Estoque x armazenamento
- Oscilações cambiais
- Crises sanitárias
Nos últimos anos, os instrumentos de hedge têm sido fundamentais para o crescimento do agronegócio no Brasil, contribuindo na estratégia de produtores, cooperativas e grandes compradores a se protegerem da volatilidade dos preços.
Neste artigo, mostramos como o hedge funciona no setor agrícola, quais são suas principais vantagens e de que forma ele contribui para a previsibilidade e segurança financeira no mercado de commodities.
Leia também:
- Como a volatilidade impacta o mercado de commodities?
O que é hedge e por que ele é essencial no mercado agrícola?
De forma simples, hedge significa proteção. Essa estratégia financeira surgiu no século XIX, nos Estados Unidos, com o objetivo de reduzir os impactos das oscilações bruscas nos preços das commodities.
Imagine um agricultor que, na hora de vender sua colheita, se depara com preços muito abaixo do esperado. Ou uma indústria que vê o custo da matéria-prima disparar, comprometendo suas margens de lucro.
O hedge ajuda a mitigar riscos como esses, trazendo mais previsibilidade e segurança para o setor. Ele é uma ferramenta essencial para a sustentabilidade financeira do agronegócio, permitindo que produtores e empresas administrem melhor a volatilidade do mercado.
Leia também:
- Hedge: guia para entender essa ferramenta e gerenciar riscos
Ferramentas de hedge mais utilizadas no agronegócio
Compreender e recorrer a instrumentos de hedge é vital e separa aqueles que enfrentam dificuldades daqueles que prosperam em um ambiente agrícola cada vez mais desafiador. Confira os mais usados:
1. Mercado Futuro
Os contratos futuros são acordos altamente padronizados e regulados em bolsas de valores, como a B3 (Bolsa de Valores do Brasil) e a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CME). Nesse tipo de contrato, produtores e investidores negociam a compra ou venda de commodities para uma data futura, a um preço previamente estabelecido.
Por exemplo, um produtor de soja firma um contrato futuro para vender sua safra a R$160 por saca, com vencimento em três meses. Se o preço cair para R$140 na data acordada, ele ainda venderá ao preço fixado.
Leia também:
- Contrato futuro: como funciona no mercado de grãos e oleaginosas?
2. Mercado a Termo (NDF – Non-Deliverable Forward)
Diferente do mercado futuro, os contratos a termo são negociados diretamente entre as partes (sem intermediação da bolsa). O preço e a data de liquidação são acordados antecipadamente, sem necessidade de ajustes diários. Entretanto, há maior risco de inadimplência, pois o contrato depende exclusivamente da contraparte.
Imagine que um produtor de milho firma um contrato a termo para vender sua safra a R$80 por saca, com entrega prevista para daqui a seis meses. Dessa forma, ele consegue estabelecer um preço de referência para sua produção, o que contribui para um planejamento financeiro mais previsível.
Leia também:
- O que são contratos a termo e contratos futuros? Entenda as diferenças
3. Mercado de Opções
As opções são instrumentos financeiros que conferem ao produtor rural o direito (mas não a obrigação) de comprar ou vender uma commodity em data futura. Desse modo, ele paga ou recebe um prêmio por esse direito.
O valor do prêmio depende de fatores como o prazo de vencimento (maior prazo, maior prêmio) e a volatilidade do mercado físico (mais volátil, prêmios mais altos). Há duas principais modalidades de opção:
- Opção de compra (CALL): concede o direito de adquirir uma commodity a um preço fixo no futuro.
- Opção de venda (PUT): garante o direito de vender a um preço fixado previamente, protegendo-se contra quedas bruscas.
Por exemplo, um produtor compra uma opção de venda (put) para garantir um preço mínimo para sua safra de milho a R$90 por saca. Se o mercado despencar, ele pode exercer a opção; caso contrário, pode optar por novos acordos conforme a volatilidade do momento.
Leia também:
- Quais são as diferenças entre call e put no mercado de commodities?
O papel do hedge na gestão de risco financeiro
Como vimos até aqui, o hedge desempenha papel fundamental na proteção contra riscos financeiros. Entre os principais benefícios, destacam-se:
- Mitigação de riscos e estabilidade financeira: contribui para maior estabilidade e previsibilidade nas receitas, mesmo em um mercado volátil.
- Acesso facilitado a crédito: bancos e cooperativas costumam oferecer melhores condições para produtores que utilizam hedge, pois isso reduz a incerteza sobre suas receitas futuras.
- Maior competitividade no mercado: produtores que controlam melhor seus custos e receitas conseguem negociar de forma mais vantajosa.
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- Cursos de hedge disponíveis no Hedgepoint HUB
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