Guerra na Ucrânia: os principais impactos no mercado de commodities

Um ano depois, especialistas avaliam quais foram os maiores impactos globais causados pela guerra no mercado de commodities.

15 de fevereiro de 2023

Hedgepoint Global Markets

No dia 20 de fevereiro de 2022, um evento chocou o mundo. Foram os primeiros ataques russos à Kiev, capital ucraniana, e outras áreas. Um ano depois, a Guerra na Ucrânia já trouxe diversos desafios ao mercado de commodities e algumas mudanças.

A partir das dificuldades que se apresentaram, soluções foram propostas, novos acordos surgiram, e assim o mercado foi se modificando. Além de todas as tragédias consequentes de uma guerra, os prejuízos econômicos afetam principalmente os dois países envolvidos.

Com isso, outros países entram em cena para suprir as demandas deixadas e acabam sendo beneficiados. Foi o que aconteceu com outros fornecedores das mesmas commodities das quais Rússia e Ucrânia eram grandes fornecedoras.

Nossos especialistas nas principais commodities afetadas fizeram um overview dos principais acontecimentos deste um ano de guerra. Olhamos para os impactos, prejuízos e mudanças que ocorreram.

Impacto da Guerra na Ucrânia no mercado de grãos

É claro que quando dois grandes países estão passando por uma guerra, muitos mercados serão afetados de muitas formas. Com o mundo globalizado, todo o comércio internacional está entrelaçado de maneira que, se um grande player vê o seu fluxo alterado, acaba afetando todo o resto do mundo em efeito cascata.

No caso desse conflito, o principal mercado agrícola afetado foi o de grãos, especialmente o trigo. A Rússia é o maior exportador mundial da commodity e a Ucrânia ocupa o quarto lugar nesse ranking. Juntos, os países são responsáveis por 30% da exportação de trigo global.

Até mesmo o Brasil,  que assiste a uma alta da sua produção e caminha em direção à autossuficiência,  ainda precisa importar entre 50-60% de todo o trigo que consome. Nosso maior fornecedor é a Argentina, sétimo maior produtor mundial. Mas o exemplo mostra o impacto, já que outros países, principalmente os que não produzem, são muito dependentes da Rússia e Ucrânia nesse sentido.

Com o conflito, o preço do trigo registrou, em 2022, a maior alta de preços da série histórica. Os preços internacionais do trigo tiveram aumento de 76% acima da média de fevereiro, segundo o Ipea. Com isso, houve incentivo para maior produção no Brasil, mas poucos produtores conseguiram adaptar suas produções para realizar a mudança.

Diante dessa situação, Rússia e Ucrânia assinaram um acordo em julho para a criação de um corredor marítimo para exportação de grãos. Supervisionado pela Turquia e pelas Nações Unidas, o “corredor de grãos”, como  ficou conhecido, ajudou a dar alívio à crise alimentar.

Com seis meses de atividades, 19 milhões de toneladas de produtos agrícolas já embarcaram no porto de Odesa, no Mar Negro.

Impactos no mercado de energia

Logo que a guerra começou, uma das grandes preocupações foi com o fornecimento de energia para a Europa, principalmente de gás natural e petróleo. A Rússia é o maior fornecedor do continente e, além das dificuldades de negociações e logística de um país em guerra, houve sanções impostas aos produtos russos.

Mas a preocupação foi maior que a realidade. Como o inverno na Europa não foi tão frio como os anteriores, a produção própria, e a importação de outros players, deu conta de suprir a necessidade. E quanto ao petróleo, os Estados Unidos conseguiram atender à demanda através de estoques que possuíam.

Durante o ano, a oscilação do preço de petróleo foi uma das maiores desde a grande crise de 2008. Logo que a guerra iniciou, o preço disparou subindo em 20%. Ao longo do ano, foram altos e baixos e a instabilidade é que reinou. No Brasil, o cenário político tornou o mercado de energia ainda mais imprevisível.

Ainda não há expectativa de um fim à guerra na Ucrânia. Mesmo que se chegue a um acordo, deve levar um bom tempo para que tudo se estabilize e volte ao que era antes – se é que tem como voltar, pois algumas mudanças do período vieram para ficar.

Como se proteger das oscilações no mercado de commodities? 

Como vimos, o mercado de commodities é muito instável. Mesmo quando não está sendo impactado por um conflito internacional, o cenário político e econômico do Brasil e do exterior influenciam na formação de preço. Assim como as taxas de câmbio, que também oscilam muito.

Com tantas variações, é imprescindível contar com um planejamento que dê segurança e mais previsibilidade para o futuro dos negócios.

Utilizar estratégias de hedge é a melhor opção para evitar surpresas desagradáveis na programação financeira de quem trabalha na cadeia de commodities.

A hEDGEpoint une o conhecimento de especialistas em gestão de risco por meio de tecnologias e produtos personalizados para oferecer sempre a melhor experiência.

Estamos presentes globalmente, sempre preparados para atender a qualquer momento e em qualquer lugar. Entre em contato com um consultor para saber mais sobre como utilizar este instrumento a favor dos seus negócios.

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