Trigo cai em Chicago com situação do Mar Negro no radar

Em entrevista com o Globo Rural, nosso Gerente de Relacionamentos, Andrey Cirolini, comenta sobre o cenário confuso no mercado de grãos devido ao fim do corredor de exportação de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro.

21 de julho de 2023

Após uma alta de 8,5% na sessão da véspera, o trigo fechou com preços em queda na bolsa de Chicago. Os contratos com vencimento em setembro caíram 0,10%, a US$ 7,27 por bushel.

As cotações caíram mesmo com a continuidade dos ataques russos a portos da Ucrânia no Mar Negro. As ações militares podem voltar a impactar o mercado no curto prazo. Mas, como os preços subiram muito, os operadores dispararam ordens de venda dos papéis futuros.

Além disso, Andrey Cirolini, gerente de relacionamento da Hedgepoint Global Markets, diz que o mercado ainda tenta entender os efeitos do fim do corredor de exportação de grãos da Ucrânia pelo Mar Negro.

“Ainda há muita incerteza de como o conflito vai impactar a oferta de trigo da Rússia e da Ucrânia. O que se sabe é que os ucranianos terão uma colheita muito menor em relação ao ano passado, quando estourou a guerra e houve uma corrida no mercado mundial por trigo”, analisa.

Outro fator que justifica a baixa de preço, de acordo com Cirolini, são as projeções para a safra da Rússia na temporada 2023/24. “Eles [os russos] vão colher uma safra acima da média, e os estoques de passagem no país estão em patamares elevados”, destaca.

 O especialista da Hedgepoint avalia que é difícil afirmar se o acordo de exportação de grãos do Mar Negro pode ser retomado. Apesar disso, ele diz que os preços do trigo não devem se aproximar do pico de US$ 12 por bushel, observado no início da guerra entre russos e ucranianos, em fevereiro do ano passado.

“Os preços subiram muito nos últimas dias por movimentos antecipados do mercado financeiro, mas a preocupação com a oferta no curto prazo está menor agora em relação ao início da guerra, por isso não devemos ter novamente esse cenário de preços recordes”, comenta o analista.

Milho

As altas recentes no preço do milho abriram espaço para uma realização lucros na sessão desta quinta-feira (20/7). Os contratos para dezembro fecharam em queda de 1,22%, a US$ 5,4625 por bushel.

Esse movimento técnico foi combinado com o impacto da falta de chuva nas lavouras dos Estados Unidos. O índice de lavouras que enfrentam algum grau de seca caiu de 64% para 55% em uma semana. Um ano antes, o percentual era de 29%.

Também deu o tom negativo aos preços, os dados de demanda americana. O saldo líquido das vendas (resultado de novos contratos e cancelamento) de milho da safra 2022/23 caiu 49% na semana encerrada em 13 de julho em relação ao da anterior, para 236,8 mil toneladas.

Soja

Nas negociações da soja em Chicago, os contratos para agosto fecharam em alta de 0,23%, para US$ 14,95 por bushel.

Mesmo com a leve alta, os preços ficaram a maior parte do pregão no campo negativo, impactados pela melhora nas condições de seca das lavouras dos EUA. Da área semeada no país, 50% estão em algum nível de seca, sete pontos percentuais a menos em relação à semana passada. Apesar do recuo, o número ainda está muito a frente dos 26% observados em igual período do ano passado.

Conteúdo públicado originalmente pelo Globo Rural, disponível em: https://globorural.globo.com/economia/noticia/2023/07/trigo-cai-em-chicago-com-situacao-do-mar-negro-no-radar.ghtml

 

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