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Plantio em 2024 é, até o momento, menor do que em 2023
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A corrida para a presidência dos Estados Unidos já começou e tem sua votação marcada para o dia 5 de novembro de 2024. Devido à influência econômica e política, as decisões tomadas pelo país têm grande importância, direcionando os olhares de líderes mundiais para a próxima escolha presidencial da população.
O mercado já vinha prestando muita atenção às pesquisas eleitorais e às propostas dos candidatos. No entanto, com o atentado contra o ex-presidente e líder das pesquisas Donald Trump no último final de semana, os desdobramentos da eleição americana tendem a ganhar ainda mais relevância.
A intensa disputa entre os principais concorrentes remonta cenários históricos da política internacional. Dados e pesquisas apertadas como essas geram inquietação no mercado, podendo impactar a cotação de moedas internacionais, ações, preços de commodities e mais. Neste texto, vamos entender como funciona essa influência das eleições na economia global, dados sobre anos eleitorais anteriores e mais. Boa leitura!
Hoje, a nação norte-americana é considerada a principal economia do mundo. Em menos de 4 séculos, os Estados Unidos passaram de colônia a potência global com a força de sua produção industrial, agrícola, riqueza de recursos naturais e vantagens logísticas.
Atualmente, o país está no topo do ranking econômico mundial em termos de Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com o FMI, os Estados Unidos lideram com um PIB de US$28,7 trilhões e um crescimento de 2,7% em 2024. Sua posição está isolada na liderança, com a China alcançando US$18,53 trilhões na segunda posição.
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Nas fronteiras internas, os estados americanos também relataram aumento no PIB e na renda pessoal no 1º Trimestre de 2024, evidenciando ainda mais o crescimento constante da nação. Veja abaixo os últimos dados sobre essa contínua evolução dentro das fronteiras:
Além do poder econômico, os Estados Unidos também exercem influência no mundo por suas inúmeras relações comerciais e humanitárias. De acordo com o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, sigla em inglês), o país mantém negociações com mais de 200 países, territórios e associações regionais ao redor do mundo. Confira alguns dados da instituição sobre essa influência:
Dados sobre a assistência americana externa em 2022, por região mundial:
Mais do que acordos comerciais, a influência dos Estados Unidos também é forte nas relações humanitárias, conforme mostra o quadro acima. Todas as regiões do planeta mantêm contato com a nação americana, evidenciando ainda mais a relevância e poder do país.
As inúmeras relações comerciais da América e sua alta escala são de extrema importância para os países que têm contato com a nação. De fato, o World Economic Outlook (WEO) de 2023 relatou que a melhora da perspectiva econômica global foi impulsionada, em parte, pela força dos Estados Unidos.
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Além disso, o comércio internacional depende dos acordos comerciais, taxas de câmbio, programas de incentivo e outras iniciativas estadunidenses que movimentam o mercado. Todos esses acordos existentes hoje podem sofrer alterações com uma mudança de governo, provando a importância da política norte-americana.
Outro ponto relevante é o papel do dólar: a principal moeda utilizada nas transações e negociações internacionais. Globalmente, qualquer flutuação no valor do dólar pode gerar impacto na economia e nos preços de produtos importados e exportados, principalmente em países emergentes. A Hegdepoint explica no blog o porquê o dólar dos Estados Unidos ser a referência de moeda mundial desde meados do pós-segunda guerra.
Historicamente, as eleições nos Estados Unidos geram uma certa volatilidade no dólar. No período que antecede as eleições, as incertezas políticas podem causar variações na moeda, principalmente pelas expectativas quanto aos resultados e possíveis medidas adotadas pelos supostos partidos vencedores.
Essa variação na cotação pode ser ainda maior em corridas presidenciais mais acirradas. Conforme a Associação de Tesoureiros Corporativos (ACT, em inglês), o dólar enfraqueceu de US$1,53 contra a libra em meados de janeiro de 2012 para US$1,63 em setembro. As previsões de vitórias apertadas entre Barack Obama e Mitt Romney levaram a essa variação.
Depois do dia das votações, o dólar tende a reagir de maneira mais forte, pois o resultado definirá o comportamento das bolsas e do câmbio. Em 2016, por exemplo, a vitória de Donald Trump valorizou o dólar pois o presidente havia mencionado políticas fiscais expansionistas em sua candidatura.
Num cenário global, o fortalecimento do dólar também pode enfraquecer moedas de outros países. Quando a moeda americana está mais forte, pode encarecer seus produtos e serviços de outras nações e reduz sua competitividade nas exportações.
Além disso, todo esse movimento do dólar gera certa volatilidade no mercado, principalmente nos preços das commodities. Por serem produtos internacionais e normalmente negociados na moeda estadunidense, a cotação acaba influenciando os seus valores finais.
O mercado de ações é outro setor que pode ser impactado pelo valor do dólar. Porém, as eleições americanas não têm sido tão significativas quanto o esperado. Nos últimos anos, a estabilidade financeira do país ajudou a manter uma economia resistente, mesmo em tempos de corrida presidencial.
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A pesquisa da Avenue mostra que o S&P 500, índice de ações com as 500 maiores empresas nas bolsas de valores americanas, apresentou desempenhos regulares em anos eleitorais. A análise também indica que o índice continuou crescendo mesmo com a troca de partidos ao longo da história:
Outro estudo, desta vez da Blackrock, mostra que os anos de eleições têm se mostrado positivos para o mercado de ações. O gráfico abaixo apresenta esse comportamento:
Esse mesmo estudo evidencia que as eleições em si não têm tanta influência na economia. O que realmente faz maior diferença no mercado internacional é o preço do dólar, a demanda e a oferta do mercado, os programas políticos e fiscais que o novo presidente colocará em prática e mais. Veja abaixo alguns exemplos do que mais impactou o mercado nos últimos anos de eleições americanas:
Como apresentado neste texto, há diversos fatores que atingem o mercado econômico mundial e os preços de ações e de commodities comercializadas globalmente. Na Hegdepoint, trabalhamos com instrumentos de hedge que buscam reduzir os riscos financeiros que essas variáveis podem causar nos valores dos produtos.
Com ferramentas avançadas, nossos profissionais estudam o mercado e avaliam cada fator influente nos setores de commodities, moedas e energia. Entre em contato e saiba mais sobre como podemos ajudar o seu negócio.
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Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente ([email protected]), contate nosso canal de ombudsman interno ([email protected]) ou 0800-878 8408/[email protected] (somente para clientes no Brasil).
As fortes chuvas no Rio Grande do Sul começaram no dia 27 de abril de 2024 e se intensificaram a partir do dia 29, seguindo com dez dias de alta pluviosidade. Quase todo o estado foi fortemente afetado, mas as áreas mais prejudicadas foram os vales dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí. Sobrecarregados, esses rios inundaram o Guaíba, em Porto Alegre e a Lagoa dos Patos, em Pelotas e Rio Grande, causando outras cheias nestas regiões.
Além dos impactos humanitários causados por esse evento climático, a economia do estado foi diretamente afetada, tendo estragos significativos em empresas, comércios e na agricultura local.
Neste texto, analisamos os números pós-chuvas que mostram a real dimensão e impacto das enchentes no RS para o mercado de commodities agrícolas gaúchas. Boa leitura!
De acordo com o último boletim da Defesa Civil, 478 municípios foram atingidos pelas chuvas de abril/maio, mais de 94% das cidades sul-rio-grandenses. Hoje são 423.486 mil pessoas desalojadas e outras 18.854 em abrigos. Um mês e meio depois dos vendavais mais fortes, o estado continua alerta a eventos climáticos que ainda podem afetar a região.
Conforme publicado pela Zero Hora, a chuva torrencial foi causada por um bloqueio climático que segurou um clima denso no sul do Brasil. Essas condições prenderam tempestades que duraram dias, ao invés de horas. De acordo com o jornal local, a influência do fenômeno El Niño também influenciou os efeitos naturais, além das ações humanas que potencializaram o evento em 15% (como a ocupação desordenada, a eliminação da vegetação nativa, a falta de planejamento urbano e a poluição).
O índice de água em algumas cidades gaúchas chegou a média de precipitação prevista para cinco meses, isso em apenas 15 dias. Os municípios de Fontoura Xavier e Caxias Do Sul alcançaram a marca de 778 e 694 mm, respectivamente. No setor produtivo, os primeiros balanços econômicos afirmam que as cheias atingiram 80% da atividade econômica local.
Na agricultura, as fortes chuvas também impactaram as plantações gaúchas. De acordo com o IBGE, a soja, o arroz, o trigo e o milho estão no topo do ranking sulista no valor de produção agrícola. Essas são as principais plantações afetadas no estado e que podem gerar perdas significativas em valores, produção e áreas cultivadas.
Delimitação da área alagada pelas enchentes de abril/maio de 2024 no Rio Grande do Sul:
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De acordo com Eduardo Tres, gerente sênior de relacionamento da Hedgepoint, localizado em Passo Fundo (RS), em 2023, o Estado gaúcho já sofreu com uma estiagem severa. “A produção de soja foi de 14 milhões de toneladas ante o projetado de aproximadamente 20 milhões. Neste ano, devido aos alagamentos, o mercado estima uma perda de até 2 milhões de toneladas, além de impacto direto na logística de escoamento. Sendo assim, a projeção anterior de 22 milhões de toneladas pode ser reduzida para menos de 20 milhões”, afirma.
Segundo o último boletim da Conab, as tempestades no Rio Grande do Sul prejudicaram as lavouras de soja, especialmente da região Central do estado. Muitas já estavam colhidas antes das cheias, mas algumas áreas tardias e grãos recém-colhidos ainda terão redução de qualidade. Agora, 90% da colheita já foi finalizada, mas ainda há problemas de logística e perdas de grãos por doenças fúngicas, debulha das vagens e mais.
O arroz gaúcho também foi impactado com as inundações. A Conab explica que a safra já estava bem avançada antes das tempestades, mas ainda houve perda em colheitas realizadas com umidade superior à ideal, comprometendo a qualidade dos grãos. No milho, a conclusão da safra foi impactada levemente e no trigo as primeiras áreas semeadas foram afetadas com o excesso de chuvas e a redução da incidência solar.
Identificação das áreas com arroz irrigado e soja afetadas pelas enchentes de abril/maio de 2024 no Rio Grande do Sul
Além do impacto aos grãos, a Secretária de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) do RS informa que mais de 206 mil propriedades rurais também foram afetadas. A estimativa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) é de que o prejuízo na agricultura alcance R$2,7 bilhões.
A longo prazo, os efeitos das fortes chuvas serão sentidos pelos produtores no solo das lavouras. Com as enxurradas, muitas áreas cultivadas perderam sua camada fértil superficial, o que vai influenciar a qualidade dos grãos nas próximas temporadas. Agora, os produtores precisam reiniciar o processo de adubar a terra e restaurar o ecossistema saudável do solo.
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A produção agrícola sulista e o governo regional já estão trabalhando para colocar o setor de volta aos trilhos. O apoio técnico de profissionais já foi disponibilizado para tratar as questões mais urgentes na saúde de grãos, principalmente das safras em finalização.
O acesso a créditos e financiamentos é o próximo passo para acelerar a recuperação. A Seapi informou, no dia 10 de junho de 2024, que os produtores afetados podem solicitar uma linha de crédito com subvenção econômica. O recurso está disponível para produtores de municípios que tiveram mais de 30% de perda na estrutura produtiva rural, como máquinas, equipamentos, solos das áreas de produção agrícola e mais.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) também disponibilizou medidas de suporte aos produtores. Agora eles poderão renegociar dívidas do crédito rural para direcionar seus recursos à recuperação do setor. Estes e outros programas buscam o retorno ágil da agricultura gaúcha, com a intenção de diminuir ao máximo o impacto aos preços no mercado nacional e internacional.
Na produção agrícola, eventos climáticos como o El Niño, La Niña e chuvas extremas como as dos Rio Grande do Sul têm forte impacto no rendimento de safras. O mercado de commodities já conhece bem as influências meteorológicas e seu risco na oscilação de preços.
Por isso, o hedge agrícola no gerenciamento financeiro faz toda a diferença. A Hedgepoint conta com um time de profissionais altamente qualificados que acompanham os preços e a influência do clima nas safras ao redor do mundo. Com análises de dados e relatórios completos, a equipe usa instrumentos sofisticados de hedge para proteger as operações de commodities agrícolas da volatilidade do mercado.
Entre em contato com a Hedgepoint e saiba como gerenciar riscos financeiros e proteger seus lucros de eventos climáticos como esses.
Este documento foi preparado pela Hedgepoint Global Markets LLC e suas afiliadas (“HPGM”) exclusivamente com fins informativos e instrucionais, não tendo o propósito de estabelecer obrigações ou compromissos à terceiros, nem a intenção de promover uma oferta, ou solicitação de oferta de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários, futuros, opções, moedas e swap ou produtos de investimento. A Hedgepoint Commodities LLC (“HPC”), uma entidade de propriedade integral do HPGM, é uma Introducing Broker e um membro registrado do National Futures Association. A negociação de futuros, opções, moedas e swap envolve riscos significativos de perdas e pode não ser adequado para todos os investidores. Performance anterior não é necessariamente indicativo de resultados no futuro. Os clientes da Hedgepoint devem confiar em seu próprio julgamento independente e em consultores externos antes de entrar em qualquer transação que seja introduzida pela empresa. A HPGM e seus associados expressamente não se responsabilizam por qualquer uso das informações contidas neste documento que resulte direta ou indiretamente em danos ou prejuízos de qualquer tipo. Em caso de questionamentos não resolvidos por nossa equipe de atendimento ao cliente ([email protected]), contate nosso canal de ombudsman interno ([email protected]) ou 800-8788408/[email protected] (somente para clientes no Brasil.