Análises fundamentalistas x técnicas: quais as diferenças?

Saiba o que são as análises fundamentalistas e técnicas no mercado de commodities. Entenda qual o papel de cada uma na gestão de riscos.

03 de Janeiro de 2024

Hedgepoint Global Markets

As análises fundamentalistas e as análises técnicas são importantes para quem atua no mercado de commodities. Ambas têm o mesmo objetivo: prever tendências nos preços para orientar a tomada de decisões.

Porém, a forma como cada uma realiza esse processo não é igual. Neste conteúdo, você irá entender as principais diferenças de ambas as metodologias e a sua aplicação na gestão de riscos de commodities agrícolas e de energia.

Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

Commodities: o que são análises fundamentalistas e como funcionam?

Para operar qualquer ativo no mercado financeiro, é importante conhecer bem acerca de aspectos particulares da indústria e dos respectivos consumidores. Quando falamos em commodities agrícolas, por exemplo, torna-se fundamental compreender os principais fatores que influenciam o equilíbrio entre oferta e demanda a nível global.

Esse conhecimento permite a construção de uma boa perspectiva sobre o movimento dos preços de uma mercadoria a médio e longo prazo. Nesse sentido, as análises fundamentalistas buscam compreender a relação entre oferta e demanda em diversos mercados.

Por isso, são caracterizadas como um meio de examinar o comportamento do mercado. A principal finalidade desse método é prever o caminho futuro de menor resistência para os preços de uma certa commodity.

Os movimentos dos preços das commodities são longos. Ou seja, deslocam-se com um nível de volatilidade menor do que a maior parte dos ativos financeiros. Isso acontece porque possuem estruturas de oferta e demanda mais sólidas e bem definidas.

Tendo em vista essa situação, as análises fundamentalistas verificam justamente os aspectos que geram volatilidade, o que inclui:

  • Mudanças geopolíticas e macroeconômicas.
  • Fenômenos climáticos.
  • Conjunturas internacionais que podem impactar oferta e demanda globais.
  • Sazonalidades regionais.
  • Políticas financeiras.
  • Indicadores de consumo.
  • Índices de produtividade.

Tenha em mente que as análises fundamentalistas não têm o intuito de entender oscilações de preço no curto prazo. Na prática, elas observam o valor agregado das commodities ao longo do tempo. Portanto, são indicadas para os players que pretendem se posicionar visando retornos a longo prazo.

E o que são as análises técnicas em commodities?

Com as análises técnicas, conseguimos identificar as tendências nos preços dos ativos. Dessa forma, compreendemos qual força está maior, ou seja, a de compradora ou a vendedora. Dessa forma, fica mais fácil perceber se os preços estão subindo ou caindo, bem como a intensidade disso.

Assim, nas análises técnicas, usam-se estatísticas para reconhecer padrões específicos e movimentos de preços passados para determinar movimentos de preços futuros. Diferentemente da análise fundamentalista, o foco da análise técnica é no curto prazo, o que pode ir de um dia até no máximo 1 ano. Abaixo, explicamos algumas das principais informações contempladas neste método.

1.   Padrões de preço

Ao ver um gráfico, os padrões identificados sinalizam que o preço de uma commodity se moverá em uma determinada direção. O padrão de topo e fundo duplo é um dos mais aplicados, pois indica uma possível reversão na direção da tendência atual dos preços.

Com ele, se o preço subir para o mesmo nível duas vezes, mas nunca ultrapassar em um certo período, há sinalização de possível queda de preço nos próximos dias. Agora, quando o gráfico formar um desenho que se assemelha a uma cabeça e ombros, esse é outro padrão e sinaliza uma reversão futura.

Além disso, há o gráfico que forma triângulos ao exibir a movimentação de preço de um ativo. Esse é um indicativo de que o valor do produto logo quebrará o padrão na direção da tendência atual.

Exemplo de gráfico com o padrão de topo/fundo em análise.

Exemplo de gráfico com o padrão de topo-fundo em análise.

Fonte: hEDGEpoint HUB

2.   Tendências de mercado

Ocorre quando o preço de uma commodity se move em uma direção previsível por causa da relação entre os volumes de investimentos no ativo em questão.

No caso das tendências de alta, por exemplo, há fases específicas. Dentre elas, existe a acumulativa. Caracteriza-se por um gráfico com topos e fundos ascendentes e sinaliza que os compradores começaram a acumular ativos.

Esse é um momento de oportunidade, já que os preços estão em baixa, e o mercado não apresenta ainda expectativas de alta. Há, portanto, maior demanda dos ativos. No momento seguinte, como há pressão da demanda, o preço começa a subir.

Após a acumulação, em que os preços começaram a subir por forte pressão da demanda, os investidores acumularam ativos. Inicia-se, então, a distribuição deles, configurando tendência de baixa. É o momento em que a venda se fortalece. Assim, a quantidade ofertada é superior à demandada. Então, topos e fundos ficam cada vez mais baixos.

Por fim, há a tendência de lateralização, que é quando o preço do papel oscila dentro de uma banda bem definida sem subir ou cair muito. Após a forte pressão na oferta, e depois de queda nos preços, acontece a fase mais neutra, o que caracteriza a estabilização.

Gráfico com as três tendências simultâneas.

Fonte: hEDGEpoint HUB

 

Qual o papel das análises fundamentalistas e técnicas na gestão de riscos em commodities?

As análises fundamentalistas são importantes para a gestão de riscos no mercado de commodities, pois analisam o comportamento de oferta e demanda dos diversos ativos. Consequentemente, disponibilizam um amplo conhecimento sobre esses fatores que influenciam preços futuros.

Esse conhecimento é compartilhado pelos relatórios de inteligência de mercado, produzidos de forma periódica. Eles são essenciais para apoiar a tomada de decisão de produtores e compradores durante todo o ciclo de produção e comercialização.

Assim, as análises fundamentalistas conferem a capacidade de escolher ferramentas de gestão de risco altamente direcionadas. Afinal, elas trazem informações sólidas sobre a tendência esperada dos preços, o que aumenta consideravelmente a eficácia das operações.

As análises técnicas, por sua vez, determinam preços futuros da commodity através da análise do histórico e comportamento gráfico dos preços no passado. Para isso, baseiam-se nos padrões que se repetem no mercado.

Dessa forma, contribuem para a gestão de riscos à medida que auxiliam os players a detectar o comportamento dos investidores. Em outras palavras, compreendem se eles estão mais propensos a comprar ou vender. Com isso, os participantes podem ajustar as suas posições ao observar as tendências de preços, comprando e vendendo ativos rapidamente.

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hEDGEpoint HUB: inteligência de mercado em commodities

Para você ter acesso a análises fundamentalistas e técnicas de maneira descomplicada, existe o hEDGEpoint HUB. Por meio da nossa plataforma, oferecemos relatórios de inteligência de mercado e cursos exclusivos para os agentes do setor de commodities.

Nosso conteúdo aprofundado traz o posicionamento de profissionais da hEDGEpoint sobre questões climáticas, decisões geopolíticas, projeções de safra e demais informações relevantes neste mercado. Assim, você aprofunda os seus conhecimentos sobre os movimentos globais e os instrumentos de hedge para gerenciar riscos a partir desses cenários.

Conte com a inteligência de mercado da hEDGEpoint e ganhe embasamento para a tomada de decisões do seu negócio!

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