Mercado futuro e mercado de opções: os benefícios e vantagens de cada um
O mundo financeiro permite a utilização de variadas técnicas e práticas de negociações. Entre elas, estão o mercado futuro e o mercado de opções. Ambos possuem suas vantagens, desde que usados da melhor maneira e quando apropriado.
O mercado de commodities é conhecido por ser volátil e oferecer grandes oportunidades para ganhos, mas também grandes riscos. Por esse motivo, muitos buscam alternativas para mitigar o risco e aproveitar as oportunidades deste mercado. É aí que entram os mercados futuro e de opções.
Esses dois tipos de operações estão entre os produtos oferecidos pela hEDGEpoint. Para a especialista em hedge, mercado futuro e de opções são algumas das ferramentas disponíveis. Nesse post, explicaremos mais sobre cada um.
O que são mercado futuro e mercado de opções?
Mercado futuro é um tipo de operação em que se pode negociar contratos de compra ou venda de ativos financeiros, como commodities, moedas, ações, índices etc, a um preço acordado hoje, para entrega ou pagamento em uma data determinada. O objetivo é fixar preços para os ativos e minimizar o risco de variações de preços.
Além disso, o mercado futuro também pode ser utilizado como uma forma de especular previsões de preço de uma commodity. Este mercado é amplamente utilizado em commodities como petróleo, gás natural e soja.
O mercado de opções é semelhante, mas oferece mais flexibilidade. Enquanto o mercado futuro obriga as partes a comprar ou vender uma commodity a um preço fixo em uma data futura, o mercado de opções oferece aos compradores o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender uma commodity a um preço fixo em uma data futura. Isso significa que o comprador de uma opção pode escolher se deseja ou não exercer o seu direito de compra ou venda.
O mercado de opções também oferece a oportunidade de obter lucros potenciais através da especulação sobre o preço futuro da commodity. Este mercado é amplamente utilizado em commodities como petróleo, gás natural, café, cacau e milho.
A principal diferença entre os dois é que, no mercado futuro, o contrato é feito entre as partes e o acordo está acertado. Sendo assim, as partes são obrigadas a comprar ou vender o ativo ao preço acordado. Já no mercado de opções, há a possibilidade de escolher exercer ou não o direito de comprar ou vender o ativo.
As opções são geralmente utilizadas como forma de proteção contra flutuações de preços indesejáveis, ou como uma forma de especulação. Por exemplo, se alguém acredita que o preço do petróleo vai subir, ele pode comprar uma opção de compra de petróleo a um preço fixo. Se o preço do petróleo realmente subir, ele pode exercer seu direito e comprar petróleo a um preço mais baixo do que o operado no mercado.
Quais são os benefícios em cada um desses mercados?
Cada mercado tem seus próprios benefícios. O mercado futuro permite aos envolvidos na transação minimizar o risco de variações de preços e garantir preços futuros para os ativos. O de opções oferece mais flexibilidade.
Ambos são alternativas úteis para quem busca proteção contra o risco e oportunidades no mercado de commodities. Cada um desses mercados pode ser aplicado em diferentes produtos, dependendo das necessidades e objetivos de cada um.
É importante notar que ambos os mercados exigem conhecimento e compreensão profundos da dinâmica do mercado de commodities, bem como de seus próprios riscos e oportunidades. Por esse motivo, é recomendável que sempre se busque aconselhamento profissional antes de fazer uso.
Como começar a trabalhar com mercado futuro e de opções?
Se você trabalha com commodities, sabe como este mercado é volátil. Em meio a tantas variações, é importante contar com um planejamento que ofereça segurança e mais previsibilidade para o futuro dos negócios.
Utilizar a estratégia de hedge é a melhor opção para quem trabalha na cadeia de commodities. Especialista na área, a hEDGEpoint oferece produtos de hedge, incluindo serviços relacionados a mercado futuro e de opções.
A hEDGEpoint une o conhecimento de especialistas em gestão de risco por meio de tecnologias e produtos personalizados para oferecer sempre a melhor experiência.
Entre em contato com um de nossos profisisonais para saber mais sobre como utilizar este instrumento a favor dos seus negócios.
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Especialistas da hEDGEpoint avaliam 2022!
O ano de 2022 foi atípico para o mercado de commodities, assim como para tantos outros. Depois de dois anos tão afetados pela pandemia – 2020 e 2021 – o último ano foi aquele em que o Coronavírus passou a reduzir seu impacto nos negócios.
Porém, não podemos dizer que as coisas voltaram a se estabilizar, pois outros eventos exerceram grandes influências no mercado. Foi o caso da Guerra na Ucrânia, das questões políticas e período de eleições no Brasil e mudanças climáticas.
Nossos especialistas fizeram um balanço de como foi o ano de 2022 para cada commodity. Confira abaixo.
Energia, por Heitor Paiva
Volátil é a palavra que define o mercado de óleo e gás em 2022. O petróleo chegou a ser negociado por 140 dólares o barril, após a invasão russa. Já nos últimos meses, o preço foi a 75 dólares, em função de expectativas de uma recessão à frente.
A Guerra na Ucrânia teve papel fundamental nos acontecimentos do ano, pois com a redução de oferta, houve alta no preço do petróleo, gás e combustíveis. Para os produtores de óleo, os ganhos foram positivos. Para consumidores, nem tanto. Investidores do ramo nunca receberam dividendos tão largos – mesmo que ao custo do investimento da própria empresa em aumentar a sua capacidade de produção.
Para este ano, a expectativa (e temor) é de que possa haver uma recessão global. A alta de juros pelos bancos centrais tem feito com que traders e participantes do mercado esperem por uma retração no consumo de petróleo e derivados.
Outro fator que gera expectativa é a reabertura da China, que deve voltar à normalidade no segundo trimestre de 2023. Isso pode adicionar demanda por petróleo, derivados e gás natural.
Açúcar, por Lívea Coda
O mercado de açúcar encontrou suporte no aperto do mercado físico impulsionado pela quebra da safra brasileira em meados de 2021. A falta do maior fornecedor de açúcar bruto levou os principais participantes do Hemisfério Norte, Índia e Tailândia, a focar na produção desta qualidade. Além disso, com a Guerra na Ucrânia o preço do gás subiu, elevando o custo do refino na Europa, adicionando ainda mais suporte aos preços do açúcar, em especial do branco e, portanto, criou-se um suporte ao Prêmio do Branco. A recuperação parcial da safra brasileira de 22/23 (abr-mar) combinada ao aperto nos fluxos comerciais, que aumentou o diferencial pago por essa origem, trouxe mais lucro ao produtor brasileiro.
No mercado do etanol brasileiro, as principais alterações vieram das mudanças na tributação, que levou o etanol hidratado a perder competitividade tanto na bomba quanto contra o açúcar, resultando em mix de açúcar maior que o esperado inicialmente, quando o hidratado se encontrava no mesmo patamar de preços que o adoçante.
O clima também contribuiu para a manutenção da alta no açúcar no final do segundo semestre. Tanto secas quanto chuvas em excesso prejudicaram produtores de todo o mundo, principalmente do hemisfério norte. Para 2023, o clima tem se mostrado positivo para o desenvolvimento da próxima safra brasileira que se inicia em abril 2023, fortalecendo a expectativa de superávit para o balanço global em 22/23 (out-set).
Cbios, por Yuri Renni
Foi um ano de mudanças no mercado de Cbios com dois períodos bem-marcados. No primeiro semestre, houve uma antecipação da compra de créditos que costumavam se concentrar no final do ano, próximas à data de cumprimento da meta. Esse novo padrão gerou uma escalada nos preços do crédito, ultrapassando a marca de 200 reais.
O segundo semestre trouxe um fato novo: o adiamento da data de cumprimento da meta, definida por meio de decreto, o que gerou incertezas e causou uma queda acentuada nas transações e no valor negociado.
O fator político no Brasil causou instabilidade. A revisão do Renovabio também trouxe insegurança ao programa, o que é preocupante, pois afasta novos investimentos no setor de biocombustíveis, necessários para o atingimento das metas do programa no médio e longo prazo.
O mercado de Cbios fechou o ano de 2022 de forma atípica, também pelo adiamento da data de cumprimento da meta. Houve uma baixa aposentadoria de créditos e baixa negociação no mês de dezembro, uma vez que a data de cumprimento da meta de 2022 foi adiada, do último dia do ano para 30 de setembro de 2023.
Trigo e algodão, por David Silbiger
A Guerra na Ucrânia foi de longe o maior fator de influência no mercado do trigo, pois impactou diretamente dois países que são grandes produtores e exportadores da commodity.
A Argentina, outro grande produtor de trigo, também apresentou queda na produção devido à seca. Diante destes cortes na produção e os subsequentes aumentos de preços, os principais importadores se viram forçados a se adaptar.
Por outro lado, altos níveis de produção no Brasil, Rússia e Austrália trouxeram mais alívio pelo lado da oferta, assim como o Acordo do Corredor de Grãos na Ucrânia e sua renovação até o primeiro trimestre de 2023.
Já o algodão teve outros fatores pautando os seus fundamentos. Maior exportador global, os EUA enfrentaram uma seca histórica que causou quebra de safra. Enquanto isso, outros importantes produtores, como China e Índia, também viram suas safras ameaçadas pelo clima.
Enquanto isso, o Brasil viu sua participação no mercado global da pluma aumentar. A alta no preço do petróleo também influenciou uma maior compra de algodão, já que tornou os sintéticos mais caros.
Outro ponto importante foram as sanções por parte dos EUA quanto ao algodão chinês, após denúncias de abusos dos direitos humanos, inclusive na indústria têxtil.
Café, por Natália Gandolphi
Em 2022, as questões climáticas marcaram as safras dos principais produtores: Brasil, Colômbia, Centrais e Vietnã, o que inicialmente marcou o mercado com um tom altista, devido ao déficit do ciclo 22/23. Porém, com a guerra entre Rússia e Ucrânia, se iniciou um impacto baixista, com o mercado reagindo ao movimento de aversão ao risco e precificando a possibilidade de redução na demanda destes países.
Em conjunto a este cenário, com a frustração das expectativas de geada durante o inverno brasileiro, e o retorno das chuvas durante a primavera, ocorreu um aumento no otimismo em relação à safra 23/24 no país. Este fato derrubou o mercado no último trimestre. Para o arábica, os preços tiveram uma variação de -30% no ano, enquanto no robusta a variação foi de -20%.
No ciclo atual (22/23), que vai de outubro de 2022 a setembro de 2023, é esperado um déficit de 1,9M scs, enquanto que para o próximo ciclo (23/24) o mercado de café tem potencial para retornar para um superávit, em 3,7M scs.
Soja e milho, por Pedro Schicchi
2022 já começou em uma tendência de alta dado o baixo nível de chuvas visto em dezembro e janeiro na América do Sul por conta do La Niña, o que impactou fortemente o resultado das safras brasileiras e argentinas. Com o início da guerra na Ucrânia, o milho encontrou mais um forte fundamento de suporte, dado que o país é o 4º maior exportador global do grão.
Ainda no primeiro semestre, a proibição das exportações do óleo de palma (que compete com o de soja) por parte da Indonésia e as preocupações com as safras americanas e europeias, por conta do clima seco, contribuíram para um cenário extremamente altista.
Contudo, já na metade de junho, a soja e o milho entraram em uma tendência de correção, que atingiu o mercado de commodities como um todo, muito por conta da aceleração do aperto monetário a nível global, devido aos altos índices de inflação. A elevação dos juros tende a impactar a demanda por grãos e oleaginosas tanto na economia “real”, por conta da desaceleração econômica, quanto do lado financeiro, dado que os investidores reduzem suas posições em commodities para aplicar em ativos menos arriscados.
Julho de 2022 também marcou o início do Acordo de Exportação de Grãos entre Rússia e Ucrânia, o que permitiu que as dezenas de milhões de toneladas de grãos estocadas nos portos ucranianos chegassem ao mercado global, contribuindo para a tendência baixista.
Após se aproximar das mínimas do ano em julho, os preços vêm se recuperando, dada a confirmação dos resultados decepcionantes das safras no hemisfério norte, que fazem com que o ciclo 22/23 seja mais um de estoques apertados a nível global.
Mais recentemente, as expectativas com relação à reabertura da economia chinesa, o fim do ciclo de aperto monetário por parte do Fed e as menores exportações americanas por conta da seca no rio Mississippi também têm contribuído para um cenário relativamente mais altista para os grãos e oleaginosas.
Como se proteger da volatilidade do mercado de commodities?
Com tantas variações que afetam o mercado de commodities, é imprescindível contar com um planejamento que dê segurança e mais previsibilidade para o futuro dos negócios.
Utilizar a estratégia de hedge é a melhor opção para evitar surpresas desagradáveis na programação financeira de quem trabalha na cadeia de commodities. Especialidade da hEDGEpoint, este mecanismo opera como uma espécie de seguro contra as variações de preços do mercado, reduzindo os riscos nas transações.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas com soluções em gestão de risco por meio de tecnologias e consultoria customizada para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
Estamos presentes globalmente, sempre preparados para atender a qualquer momento e em qualquer lugar. Entre em contato com um consultor para saber mais sobre como utilizar este instrumento a favor dos seus negócios.
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Mercado de energia: quais as perspectivas para 2023?
É impossível olhar para o futuro do mercado de energia sem pensar em transição energética. Se há alguns anos a maior preocupação era conseguir gerar a energia necessária para o mundo, hoje o desafio é fazê-la com o menor impacto ambiental possível.
Será que é possível dar conta de toda a demanda de energia apenas com fontes renováveis? A busca por uma economia de baixo carbono é uma tendência global, mesmo que seja um caminho cheio de desafios.
As empresas que não se adequarem às pautas ESG, serão intensamente cobradas pelos seus investidores e consumidores.
Na Cop26, a maior conferência sobre clima do planeta, o Brasil se comprometeu a reduzir em 50% a emissão de gases de efeito estufa até 2030. Ainda que seja uma meta ambiciosa, ainda não é o suficiente para alcançar o objetivo de subir a temperatura do planeta em apenas 1,5ºC.
Em relação à geração elétrica, o Brasil se destaca tanto em relação aos seus pares emergentes quanto aos países desenvolvidos. Isto porque nossa geração de energia elétrica é majoritariamente proveniente de fontes menos danosas ao meio ambiente que o carvão e gás natural – muito usados em países europeus e nos EUA.
Por aqui, quase 85% da eletricidade do país é gerada por fontes renováveis, vindo principalmente de hidrelétricas, parques eólicos e solares, biogás e biomassa.
Os maiores desafios relacionados à energia que podem ser encontrados no Brasil são os combustíveis para veículos. Mesmo com muita energia limpa sendo produzida aqui, o Brasil é um país muito grande e demanda muito combustível para o transporte principalmente de cargas, seja rodoviário, aéreo ou marítimo.
Além disso, há influências da política e economia internacional no preço do petróleo e derivados e do gás. 2022 foi um ano muito atípico no setor energético e os acontecimentos devem impactar também em 2023.
Overview do mercado de energia em 2022
Volátil é a palavra que define o mercado de óleo e gás em 2022. O petróleo chegou a ser negociado por 140 dólares o barril, após a invasão russa. Já nos últimos meses, o preço foi a 75 dólares, antecipando o medo de que uma recessão esteja por vir.
A Guerra na Ucrânia teve papel fundamental nos acontecimentos que marcaram o ano, pois com a redução de oferta, houve alta no preço do petróleo, gás e combustíveis.
Para as empresas que tinham oferta doméstica, principalmente a Petrobrás e outros menores, os ganhos foram positivos. Dividendos nunca foram tão altos, o que animou a indústria. Por outro lado, também deu origem a uma inflação doméstica, já que os preços dos combustíveis na bomba subiram significativamente.
Em setembro de 2022, a demanda chinesa por petróleo caiu substancialmente. Foi a primeira queda no consumo do país em mais de 20 anos!
Com as medidas de restrição à Covid sendo abrandadas, o fluxo comercial, saindo e vindo da China, está gradualmente voltando ao normal. Isto é algo extremamente positivo para o mercado de commodities, já que os chineses são os maiores consumidores destes ativos.
Quais as perspectivas para 2023?
Com a reabertura da China, sua economia deve voltar à normalidade já no segundo trimestre de 2023 e, com o otimismo em relação a essa demanda que com certeza aumentará, o preço do petróleo já está em alta neste início de ano. Isso pode adicionar demanda por petróleo, derivados e gás natural.
Outra expectativa (e temor) é de que possa haver uma recessão global. A alta de juros pelos bancos centrais têm feito com que traders e participantes do mercado esperem por uma retração no consumo de petróleo e derivados.
Entre as energias chamadas “limpas”, a solar vem crescendo e já superou a eólica nos primeiros dias do ano. Este setor é uma forte tendência para 2023, principalmente na geração de energia elétrica doméstica.
A guerra entre Rússia e Ucrânia ainda pode ter desdobramentos inesperados e impactar o mercado de energia. Por isso, também é uma importante pauta para acompanhar em 2023.
Como se proteger das volatilidades do mercado de energia?
Existem diferentes tipos de riscos no mercado de energia. Com um novo governo recém iniciado no Brasil, mudanças políticas e econômicas em curso, guerras em andamento, uma crise climática que exige mudanças estratégicas na iniciativa privada e traz à tona pautas ESG, são muitas as variáveis que influenciam a formação de preço do petróleo e das energias.
Em um mercado tão volátil, é imprescindível contar com um planejamento que dê segurança e mais previsibilidade para o futuro dos seus investimentos no mercado de energia.
A melhor opção para gerenciar riscos e evitar perdas e prejuízos é contar com um parceiro especialista em hedge que possua amplo conhecimento do mercado energético, como é o caso da hEDGEpoint.
Aliamos o conhecimento de especialistas em diferentes mercados com soluções personalizadas em gestão de risco por meio de tecnologias, dashboards, modelos inovadores e consultoria customizada para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
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COVID-19 na China: Impactos na economia do país e do mundo
A COVID-19 foi um acontecimento que mobilizou e abalou o mundo inteiro de forma nunca antes vista. E ela ainda não acabou. Continuam aparecendo novos casos todos os dias, porém atualmente em menor número, com menos internações e letalidade reduzida.
O primeiro caso a ser detectado, lá em 17 de novembro de 2019, foi descoberto na província de Hubei, próximo à Wuhan, na China, local onde a doença começou a se espalhar e, de lá pra cá, já contabilizou mais de 6 milhões e 670 mil mortes no mundo inteiro.
No país oriental, onde o vírus começou a se espalhar, teve início ainda em 2020 a política de COVID-19 Zero, que incluía rigorosos lockdowns mesmo quando havia poucos casos, testes em massa, fechamento de empresas, escolas e lojas, exceto as de alimentos e isolamento até zerar o número de novos casos.
Depois, surgiram as vacinas, o que fez cair o número de óbitos, e já nos encaminhamos para o acesso a medicamentos para tratar a Covid-19 que poderão ser comprados em farmácia.
Mas a China foi bastante impactada economicamente pelas decisões tomadas ao longo destes anos e, mesmo com um possível novo surto devido a uma nova variante, não deve voltar a impor normas tão restritivas, já que a própria população realizou protestos contra a Covid Zero e não quer voltar a viver um novo lockdown.
Qual a situação atual da economia da China?
Com imposições de regras rígidas para combater a pandemia do coronavírus, a China está enfrentando como consequência prejuízos econômicos que podem levar um bom tempo para voltar à estabilidade. O país, que vinha crescendo cerca de 9% anualmente durante a última década, não deve alcançar os 3% esse ano.
Atualmente, o desemprego entre os jovens atingiu um novo recorde chegando a 20%, os lucros das empresas diminuíram drasticamente e o setor manufatureiro voltou a registrar retração. Se continuar nesse ritmo, será a expansão mais lenta que a China vive nos últimos 40 anos.
Os lockdowns causaram grandes danos às cadeias de suprimentos de produtos, levando à falta de itens básicos dentro do país. Além disso, quando um país tão grande quanto a China está enfraquecido economicamente, a crise se reflete no mundo inteiro, já que são eles os maiores compradores de commodities, desde minério de ferro, ao petróleo, mas também de grãos e alimentos.
Diante desse cenário, a população foi às ruas para se manifestar contra a política de Covid Zero e pedir por liberdade, pois com uma nova onda do vírus se espalhando a imposição de lockdown poderia surgir novamente e impedir uma tentativa da economia de se restabilizar e voltar à normalidade.
Pela primeira vez, o governo chinês ouviu os pedidos da população, garantindo que deve flexibilizar as medidas protetivas que fará de tudo para evitar que aconteça um novo lockdown.
Porém, com um novo surto de coronavírus se espalhando e novas variantes surgindo a todo momento, é preciso acompanhar os próximos acontecimentos para poder afirmar com certeza os próximos movimentos econômicos globais, pois os cenários são muito instáveis e imprevisíveis.
Quais os impactos do retorno da China ao mercado após as restrições pela COVID-19?
A China é atualmente o país que mais demanda por commodities no mundo. Quando olhamos para a produção brasileira, o país oriental é um dos maiores consumidores da nossa soja, milho, petróleo, entre outros.
“Se a China voltar para o mercado, é como se, basicamente, um milhão de barris por dia a mais de petróleo e derivados fossem consumidos”, explica o especialista Heitor Paiva, Analista de Macroeconomia e Energia na hEDGEpoint.
Com a China voltando a consumir nossas commodities, especula-se sobre uma segunda onda de inflação para o ocidente, pois a demanda vai aumentar muito e isso deve gerar uma grande competição por produtos, principalmente os que também são altamente consumidos nos Estados Unidos e Europa.
Outra estimativa é que estes últimos citados entrem em uma recessão, o que reduziria o consumo de commodities do Brasil, por parte deles. Porém, com a China voltando ao mercado, a baixa de atividade dos EUA e Europa seria compensada. E, caso os países ocidentais consigam se manter economicamente estáveis, será melhor ainda para o Brasil.
Para o produtor, esta pode ser uma boa notícia, pelo menos por determinado tempo, já que seus produtos ficam mais valorizados, os preços sobem e a margem aumenta, pois haverá mais interessados no que temos para ofertar.
Porém, após uma grande onda é sempre preciso ser cauteloso com o que vem depois, pois todos os cenários gerados pelo Covid-19 são ainda muito novos e difíceis de prever.
Quando se fala em uma pandemia altamente contagiosa, que já registrou tantas mortes e que tem como principal risco o contato humano, não se sabe como será o dia de amanhã. Basta lembrar que, em 2019, estávamos realizando outras projeções sem nem imaginar o que vinha pela frente.
Por isso, buscar informação e recursos existentes é essencial.
Com tantas imprevisibilidades, como se proteger financeiramente?
Diante de um contexto tão complexo como o da pandemia e suas consequências, quem trabalha na cadeia de commodities precisa contar com um planejamento e se antecipar aos movimentos de mercado para garantir maior segurança e estabilidade para o futuro dos negócios.
Utilizar uma estratégia de hedge pode ser a melhor opção para evitar surpresas desagradáveis na programação financeira de quem trabalha com commodities. Especialidade da hEDGEpoint, este mecanismo opera como uma espécie de seguro contra as variações de preços do mercado, reduzindo os riscos nas transações.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas nas mais diversas commodities com soluções em gestão de risco por meio de tecnologias e consultoria customizada para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
Estamos presentes nos cinco continentes, sempre preparados para atender a qualquer momento e em qualquer lugar. Entre em contato com um consultor para saber mais sobre como utilizar este instrumento a favor dos seus negócios.
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Segurança alimentar: o cenário mundial na produção de alimentos
Segurança alimentar é o nome que se dá a um conjunto de programas e ações que tem como objetivo garantir o acesso de toda a população à alimentação adequada. Entre eles, oportunizar acesso à água, disponibilizar alimentos, consumo nutricional eficiente e apoio aos processos de produção e transporte.
Combater a fome sempre esteve em pauta nos governos nacionais e mundiais, porém com mais desafios nos países em desenvolvimento. Porém, desde a Assembleia Geral das Nações Unidas, realizada em Nova York, em setembro de 2015, a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU) estabeleceu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Conforme a Agenda 2030, uma das missões é colocar fim em todas as formas de fome no mundo. O prazo para isso é o mesmo ano que dá nome ao projeto. Mas foi após o estabelecimento dos objetivos que o mundo entrou em conflitos diversos que trouxeram consequências catastróficas. Será que é possível atingir o objetivo de levar segurança alimentar à toda população?
Um ponto importante de salientar é que a questão da fome mundial não é atrelada a quantidade insuficiente de alimento. O problema está na distribuição. Isto porque a produção é concentrada em determinadas regiões, enquanto o consumo é por todo o globo.
Conflitos mundiais e os impactos na segurança alimentar
O termo segurança alimentar foi criado durante a Primeira Guerra Mundial. Ou seja, fica clara a relação direta entre o problema da fome e as grandes tragédias globais.
Nos últimos anos, o mundo está enfrentando uma pandemia de Covid-19 que já levou a óbito mais de 6 milhões de pessoas. Além disso, deixou prejuízos inestimáveis de diversas naturezas.
Mais recentemente, foi o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, que abala os dois países diretamente, mas muitos outros indiretamente. Neste último, especial atenção ao suprimento de grãos – base da alimentação humana.
Se de 2015 até 2020 os números da fome no mundo eram estáveis, quando a pandemia começou, eles dispararam. É o que mostra a edição 2022 do relatório Situação da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo, desenvolvido pela ONU.
Ele mostra que, em 2021, 828 milhões de pessoas passavam fome. Um aumento de 46 milhões de pessoas em relação a 2020 e de 150 milhões, em relação a 2019.
Numa situação de calamidade, como a da pandemia do coronavírus, o foco das lideranças mundiais é naturalmente combater e prevenir a doença, porém diversos outros fatores vão sendo afetados paralelamente.
Consequências dos eventos mundiais na produção de alimentos
Em toda a cadeia do agronegócio, houve dificuldades em relação à produção de insumos. A falta de matéria-prima, dificuldades em estocagem e transporte resultaram em problemas de distribuição. Isso gerou inflação no preço do alimento que chega à mesa do consumidor final.
Com a Guerra na Ucrânia, o Brasil sentiu os efeitos da falta de insumos para produzir fertilizantes, cerca de 85% importados. Mas há outros impactos indiretos, como por exemplo, a situação do milho e do trigo. A Ucrânia é o quarto e quinto maior exportador dessas commodities, respectivamente.
O preço dessas commodities é definido internacionalmente por oferta e demanda. Com a guerra, um dos maiores produtores e exportadores, a Ucrânia, teve déficit em sua produção. Além disso, tiveram restrições para disponibilizar esta oferta. E quando isso acontece, o preço sobe.
Sempre que o preço do milho, por exemplo, sobe, vai impactar no preço do frango, do porco, do leite e assim sucessivamente, provocando um efeito em cadeia.
Sendo assim, quando grandes conflitos abalam o mundo, aumentam a insegurança alimentar. Isso significa que estão afetando diretamente uma ou diversas partes da cadeia do agronegócio. Os prejuízos de quem produz acabam refletindo na dificuldade de acesso aos alimentos, seja por motivos financeiros ou por causas operacionais.
Como o agronegócio contribui para a segurança alimentar?
O Brasil é atualmente um dos maiores produtores de alimentos do mundo. Mesmo assim, estima-se que mais de 61 milhões de brasileiros estejam em situação de insegurança alimentar.
Isso porque não é apenas a quantidade de alimentos produzidos que contribui para que a segurança alimentar seja estabelecida. Fatores como distribuição, estoque e, é claro, preços acessíveis são imprescindíveis.
Com todos os acontecimentos recentes, a inflação atingiu altos níveis, impossibilitando o acesso de boa parte da população à comida.
Alguns especialistas acreditam em uma meta para que a inflação comece a ser estabilizada novamente. Seriam necessários dois anos consecutivos de boas safras, não só no Brasil, mas no mundo. Aqui, já estamos acostumados com os custos da alimentação subindo ano a ano. Porém nos países mais desenvolvidos está sendo um choque ver os preços subirem tanto.
No hemisfério norte, a colheita das safras de grãos já está praticamente concluída. Mas, na maioria dos casos, os resultados foram inferiores aos das safras passadas. Contudo, o Brasil está se preparando para colher bons resultados no próximo ano, e há até a expectativa de uma possível safra recorde de soja.
Adicionalmente, as perspectivas do lado da oferta são otimistas. Contudo, há todo um contexto macroeconômico de pano de fundo que mantém o cenário ainda desafiador. Um exemplo é o aumento das taxas de juros, que desincentivam investimentos.
Além disso, a segurança alimentar toca um ponto importante: o poder de compra da população é uma questão de renda. De nada adianta muitos alimentos sem a capacidade de comprá-los.
Como o agronegócio pode se posicionar diante dessa temática?
Tendo em vista que o preço das commodities é formado por oferta e demanda internacional, o produtor e toda a cadeia agro está exposta aos riscos de mercado. Mas existem formas de gerenciá-los para se prevenir de prejuízos.
Contar com uma boa estratégia de hedge pode ser a chave para se precaver da instabilidade do mercado financeiro, tanto evitando surpresas desagradáveis em sua programação financeira quanto se valendo de boas oportunidades para travar suas margens. Mas não basta apenas decidir usar essa forma de proteção sem muito estudo e conhecimento prévio.
A melhor opção para entrar neste universo é contar com um parceiro que possua vasto entendimento no mercado agro e, ao mesmo tempo, no financeiro. Somente a partir de uma visão ampla de um contexto tão complexo e do mercado global será possível tomar as melhores decisões.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas do mercado agro com soluções em gestão de risco por meio de tecnologias. Assim, oferece consultoria customizada para proporcionar sempre a melhor experiência em operações de futuros e seus derivativos.
Estamos presentes globalmente, sempre prontos para atender a qualquer momento e em qualquer lugar. Entre em contato com um consultor para saber mais sobre como utilizar estes instrumentos a favor dos seus negócios.
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Mercado de etanol: cenário atual e perspectivas futuras
Quem acompanha o mercado de combustíveis sabe que, nos últimos anos, ocorreram muitos altos e baixos tanto para quem é produtor, quanto para quem consome.
A oscilação do preço da gasolina durante todo o ano de 2022, que chegou a custar mais de R$8 por litro em alguns locais do país, e a alta no diesel, que encarece o transporte e por consequência o valor final de muitos produtos, fizeram consumidores mais uma vez se questionarem sobre as alternativas a estes combustíveis.
Por outro lado, o etanol também sofreu muita variação, mas vem sendo cada vez mais valorizado por ser uma fonte de energia limpa e menos poluente, em tempos em que pautas ESG estão tão em alta.
Há ainda outros pontos que impactam o mercado do etanol, como a disseminação do carro elétrico, o hidrogênio verde, os investimentos para utilizar outras matérias-primas na fabricação do biocombustível, sem contar, é claro, a influência política e econômica, que são sempre motivo de atenção.
Diante deste cenário, é difícil visualizar as perspectivas futuras, mas nossos especialistas abordam aqui algumas possibilidades de caminhos para o etanol baseadas em dados e tendências do mercado atual.
O carro elétrico e o etanol
O etanol como combustível surgiu no Brasil nos anos 1980 com o Programa Pró-Álcool, como alternativa aos combustíveis fósseis, pois o país era dependente do mercado exterior em petróleo e durante a grande crise que ocorreu em 1979, tornou-se inviável continuar com as taxas tão altas de importações.
Foi assim que surgiu no Brasil o carro movido 100% a álcool, movimentando toda a indústria automobilística e também a produção de cana no país, que passou a ter novo destino para o plantio desta cultura, além do açúcar.
Depois, o etanol anidro passou a ser misturado na gasolina, em índices que variaram ao longo dos anos. Até que, em 2003, foram lançados no mercado os carros flex, capazes de rodar com qualquer proporção de gasolina e etanol hidratado. A inovação foi um sucesso e, em 2009, eles já eram 92% de todos os veículos novos vendidos no país.
A recente chegada do carro elétrico e o aumento da aderência a este modelo de abastecimento têm animado as montadoras, que veem como uma novidade capaz de empolgar o consumidor preocupado com o meio ambiente e gerar um novo mercado impulsionado pelas pautas de sustentabilidade.
Por outro lado, a inovação ainda traz incertezas para o produtor de etanol. Hoje, ao pensar em “carro verde” o que vem à mente do público consumidor é o carro elétrico à bateria, e não mais o que utiliza combustível de matéria-prima vegetal.
Enquanto isso, outra inovação que vem sendo testada é o carro elétrico movido a etanol. Visto que, em muitos países a energia elétrica é produzida via combustíveis fósseis, a versão à bateria, que exige horas ligado à tomada para recarregar, continuaria sendo poluente, perdendo o seu valor.
Porém o modelo elétrico a base de etanol seria abastecido normalmente com etanol no posto de gasolina e o hidrogênio gerado a partir desse biocombustível seria capaz de carregar as células de bateria e fazerem o carro rodar novamente, economizando tempo e energia elétrica.
Assim, o carro elétrico volta a animar o produtor de etanol, que atualmente vê mais vantagem em produzir açúcar e exportar para ter margens maiores de lucro.
E o etanol que não vem da cana?
As perspectivas são boas também para o etanol fabricado a partir do milho. Há uma expectativa de, até 2030, a produção com esta origem atingir 10 bilhões de litros, aumentando a participação nacional de 15% para 20%, segundo estudo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem).
Para a safra 2022/23 do milho, a projeção da Conab é de colher 126,9 milhões de toneladas, um aumento de 12,5% em relação à safra passada no Brasil. Sendo esta segunda safra a que mais transforma milho em etanol, a expectativa é de crescimento da produção do combustível também.
O milho também é uma alternativa sustentável e a sua utilização é uma forma de trazer mais visibilidade para ambos os mercados, do etanol e do milho, que ganham mais relevância juntos.
Além do milho, há mais uma nova fonte de etanol surgindo no país. É o trigo, que terá em 2023 sua primeira usina. Se na Europa e Canadá o etanol de trigo já é comum, aqui no Brasil a tecnologia está apenas começando e deve ser uma boa alternativa para suprir as demandas desse mercado em crescimento.
O projeto já teve início no Rio Grande do Sul e pretende já estar produzindo etanol até 2024.
Como se proteger das variações do mercado do etanol?
Como a produção de etanol depende das safras da cana, do milho e futuramente do trigo, o mercado fica à mercê da disponibilidade desses produtos, o que torna o cenário muito instável.
Sabemos que na economia, instabilidade significa variação de preços. Ao longo do ano, o valor do etanol pode chegar a variar em até 50%. Por isso, é muito importante assegurar uma boa estratégia de gerenciamento de riscos.
A melhor opção é contar com um parceiro especialista em estratégias de hedge que possua vasto entendimento no mercado financeiro e, ao mesmo tempo, no de energia. Somente a partir de uma visão ampla de um contexto tão complexo e do mercado global será possível tomar as melhores decisões.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas do mercado do etanol com soluções em gestão de risco por meio de tecnologias e consultoria em inteligência de mercado customizada para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
Estamos presentes globalmente, sempre preparados para atender a qualquer momento e em qualquer lugar. Entre em contato com um de nossos especialistas para saber mais sobre como utilizar as nossas soluções a favor dos seus negócios.
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