O que esperar da Safra 2023/2024 da cana-de-açúcar
O Brasil é o líder absoluto na produção de açúcar, exportando mais do que todos os países exportadores do hemisfério Norte juntos. Por isso, há sempre grandes expectativas sobre como será o clima para saber se a safra terá bons resultados.
Os números mais recentes, são positivos, mostrando uma recuperação para valores anteriores a quebra de 21/22 . “Houve uma grande quebra na safra 21/22. Em 22/23, tivemos recuperação parcial. Este ano, há a expectativa de que a produção da região Centro Sul, responsável por 90% da produção brasileira, deve se aproximar de valores pré quebra ”, explica a Coordenadora de Inteligência de Mercado e especialista em Açúcar e Etanol da hEDGEpoint, Lívea Coda.
Para este ano, a projeção é de chegar a 595 milhões de toneladas de cana. No ano passado, foram 548,2 milhões. Lívea explica que isso ocorreu devido às secas provocadas pelo efeito La Niña, em 2021/2022. A produção de sacarose foi alta, porém as geadas e queimadas, características do tempo seco, prejudicaram boa parte da cana-de-açúcar. “Diferente de uma safra de soja, que é totalmente colhida e depois plantada novamente, a cana-de-açúcar leva cortes, mas continua lá. Assim, não é de um ano pro outro que ela se recupera totalmente, pois foi muito prejudicada e precisa se renovar”, explica.
Neste ano, por outro lado, temos previsão do fenômeno El Niño impactando na agricultura mundial. Veremos, a seguir, quais podem ser os impactos na produção de açúcar e outras perspectivas do mercado.
Como funciona o mercado do açúcar?
No Brasil, a safra da cana-de-açúcar começa na primeira quinzena de abril e vai até março do ano seguinte. Os outros grandes produtores de cana-de-açúcar estão localizados no hemisférios Norte. Então, a safra ocorre de outubro a setembro do próximo ano.
Sendo assim, o país supre a demanda mundial por boa parte do ano de forma intercalada com o hemisfério oposto. Assim, quando o clima está dentro do padrão e todos estão com boas produções, há açúcar o ano inteiro, pois uma safra complementa a outra.
Normalmente o clima do Centro-Sul do país, onde se concentra a maior parte da produção brasileira, é seco no inverno. Isso favorece a produção de sacarose, fazendo com que seja possível extrair mais açúcar da cana. Mas se ocorre um inverno chuvoso, como é a previsão, pode prejudicar a qualidade dessa cana.
Outra variável que contribui para a quantidade de açúcar produzido diz respeito a outro processo: o de moagem nas usinas. O usineiro decide se vai transformar em açúcar ou etanol, analisando qual será o caminho mais vantajoso para ele. “No momento atual, o açúcar está pagando mais do que o etanol no mercado, gerando uma tendência de maximização da produção do adoçante”, aposta Lívea.
Chuvas intensas no inverno podem adicionar um teto ao mix açúcar. Por prejudicar a qualidade da cana, interferindo na concentração de sacarose, uma parte maior de cana do que o inicialmente planejado pelas usinas pode ser convertida em etanol.
Perspectivas futuras para o açúcar
A safra atual carrega a expectativa de ser a grande recuperação pós quebra de 21/22. Com uma safra de cana-de-açúcar esperada em 595 milhões de toneladas, aponta-se para uma safra max sugar, com até 48% de açúcar produzido.
Este número é muito alto levando em conta a limitação das usinas e a qualidade da cana. Estima-se 137.8 quilogramas de ATR (açúcar total recuperável) por tonelada. No ano passado, tivemos 140 de ATR, porém com uma safra menor de cana-de-açúcar, e, portanto, um volume reduzido de açúcar.
Assim, o mercado aposta na recuperação da safra Brasileira, sendo a maior preocupação com os outros países produtores. “Se tivermos outro ano de adversidade no Hemisfério Norte, especialmente na Tailândia e Índia, o Brasil vir com força não será o suficiente pra fazer o balanço superavitário pro ano 23/24 out-set”, ressalta Lívea.
Para a safra brasileira, o cenário pode ser considerado positivo até o momento. “O Brasil tem recuperado seu ritmo e mostrado bons resultados”, aponta. A única dúvida é em relação à qualidade, que pode se manter ou não, dependendo do clima. “O prêmio do açúcar em relação ao etanol está muito alto, o sugar mix esperado é 48%, mas pode ser menor se as chuvas vierem a prejudicar de forma intensa a qualidade da cana”, reforça.
Como se proteger das volatilidades do mercado do açúcar?
Mesmo estimando possibilidades futuras, são apenas tendências, pois não é possível prever e nem evitar os acontecimentos reais. As intempéries do clima, as mudanças políticas e econômicas a nível local e/ou global e os eventos imprevisíveis, não se pode mudar, mas pode-se escolher como lidar com eles.
Em um mercado tão volátil, é imprescindível contar com um planejamento que dê segurança e mais previsibilidade para o futuro dos seus negócios.
A melhor opção para gerenciar riscos no mercado de commodities e evitar prejuízos é contar com um parceiro especialista em hedge que possua amplo conhecimento do mercado agro, como é o caso da hEDGEpoint.
Aliamos o conhecimento de especialistas em diferentes commodities com produtos de gestão de risco por meio de tecnologias para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
Fale com um especialista da hEDGEpoint para saber mais sobre como utilizar este instrumento a favor dos seus negócios.
Inteligência artificial (IA) no mercado de commodities: o que pode mudar?
Não é de hoje que o mercado de commodities está se modernizando. Cada vez mais, o agronegócio e a cadeia de commodities explora tecnologias que possam otimizar e reduzir custos em seus processos. Sendo assim, a inteligência artificial (IA) não ficaria de fora.
Se já faz algum tempo que a automatização chegou ao campo, com máquinas que podem fazer o trabalho de muitas pessoas, muito mais rápido e com mais precisão, agora é a análise de dados que ganha vez.
Segundo Kim Benni, Global Head of Trading & Quantitative na hEDGEpoint, apesar de o termo Inteligência Artificial ter ganhado maior repercussão recentemente, devido ao surgimento de novas ferramentas que estão fazendo sucesso, esse tipo de tecnologia já é muito utilizada, inclusive na hEDGEpoint e no mercado de commodities.
“Quando utilizamos métodos de análise de dados para avaliar riscos de mercado, imagens de satélite, de preços, de sentimento sobre um assunto muito falado no Twitter, tudo isso já é inteligência artificial”, explica Benni.
Mas e como essa tecnologia pode impactar, seja positiva ou negativamente, no mercado de commodities?
Inteligência artificial no mercado de commodities
São diversas as maneiras como a IA deve impactar a economia em geral. Na área de commodities, não seria diferente. Para as características específicas desse mercado, alguns dos usos podem ser referentes ao clima, por exemplo.
“Existem alguns métodos capazes de conectar dados meteorológicos com dados de precipitação e de produtividade”, conta Benni. “Um deles, é analisar grandes quantidades de dados e encontrar relações, como a temperatura do oceano na costa do Brasil e a quantidade de chuva que cairá nas áreas de soja do mesmo local”.
O Twitter, por exemplo, é uma fonte de informações com grande volume. As ferramentas utilizadas são capazes de selecionar tweets de relevância e analisar
“sentimento”, por exemplo, que é como se chama a categorização de uma mensagem classificada como negativa ou positiva.
Com isso, é possível ter ideia do que tende a acontecer com os preços. “Basicamente, vamos pesquisar no Twitter por milho, por meio de várias palavras-chave que realmente refletirão o sentimento sobre o que está acontecendo com o milho. Ou então sobre o trigo, a cevada, o petróleo bruto ou qualquer outra commodity. Esta é uma visão que usamos em nossos modelos para fazer análise do mercado.”
Ele explica que para fazer essa avaliação, são criados comandos para que a IA reconheça, por exemplo, emojis que expressam sentimentos, quando o texto está todo em caps lock (o que significa, normalmente, raiva), palavras que caracterizem críticas ou satisfação e, assim, se consegue classificar uma quantidade de dados gigantesca de forma muito rápida.
Mas a análise de dados é apenas uma das inteligências artificiais que podem impactar o mercado de commodities. Uma das ferramentas mais revolucionárias que vem sendo muito usada e debatida é o ChatGPT, um assistente virtual em formato de bot capaz de criar textos, dos mais simples aos mais complexos, a partir de um briefing.
Também funciona como mecanismo de pesquisa e preocupa outros já consolidados, como Google, por entregar respostas de forma mais “pronta”. Se antes o usuário precisava pesquisar e ler diversas fontes diferentes para obter todas as respostas que queria, agora pode simplesmente pedir ao ChatGPT e ainda ter um texto criado exclusivamente, que poderá ser replicado em outros meios.
Sendo assim, a produção de conteúdo ganha um aliado que facilita sua criação e as comunicações, pode a ferramenta pode ser usada para escrever e-mails, discursos, releases, posts, sugerir ideias e muito mais.
Futuro das commodities: veículos autônomos
Outra maneira de uso da inteligência artificial que pode causar impacto diretamente no mercado de commodities é através dos veículos autônomos. No futuro, poderemos realizar fretes e enviar cargas por caminhões que utilizem piloto automático.
Se atualmente já existem veículos automotores que trabalham no campo, guiando-se por GPS e sensores, há a expectativa de contarmos com carros e caminhões que dispensem a necessidade de um motorista humano. Com isso, o mercado de commodities ganharia em tempo, pois não precisaria fazer paradas, e reduziria custos.
O Global Head Trading & Quantitative Kim Benni alerta que esta será uma grande evolução, mas é preciso pensar muito nos impactos para a sociedade.
A mensagem final de Benni é que é preciso se preparar para o futuro e se atualizar muito sobre a inteligência artificial e tudo o que aparecer daqui para frente relativo a ela. “É como não saber usar um computador. Na década de 1980, não era um problema. Hoje, não é um problema não entender a IA, mas daqui a 40, ou talvez em 20 anos, se você não for fluente em IA, terá um problema. Então você precisa se preparar para isso”.
hEDGEpoint: tecnologia a favor do mercado de commodities
A hEDGepoint já utiliza o que há de mais tecnológico para realizar o gerenciamento de riscos em toda a cadeia do mercado de commodities. Fornecemos produtos de hedge com base em inovação, tecnologia e insights de mercado, colocando o cliente como ponto central de todo o processo e, dessa maneira, contribuindo para o seu sucesso.
Ao todo, a hEDGEpoint trabalha com mais de 50 commodities diferentes, moedas (FX) e mais de 400 produtos de hedge. Tudo isso desenvolvido com foco em tecnologia e promovendo a melhor experiência em todos os processos.
Com DNA brasileiro, a hEDGEpoint está presente nos cinco continentes, e é por isso que é capaz de conectar a necessidade local de cada setor ao contexto global, democratizando o acesso ao conhecimento sobre gestão de riscos.
Fale com um especialista da hEDGEpoint e saiba como proteger os seus negócios dos riscos de mercado.
El Niño: o que é e quais seus efeitos no mercado de commodities
O clima desempenha um papel fundamental no lado da oferta de commodities agrícolas. Por isso que, quando ocorrem fenômenos como o El Niño, mudanças nos padrões climáticos podem impactar na produção e, portanto, no mercado.
São diversas as formas como os aspectos climáticos afetam a produção, como no rendimento das culturas, ciclo de crescimento das plantas e qualidade dos produtos. Estima-se que até 80% da variação na produtividade no campo seja resultado da sazonalidade do clima. Os outros 20% restantes seriam relativos a questões econômicas, sociais e políticas.
Sendo assim, um dos fenômenos climáticos que mais afetam a agricultura é o El Niño, pois ele gera alterações de temperatura e precipitação. Uma de suas principais características é que ele pode causar tanto chuvas torrenciais quanto secas severas.
Segundo o Índice Oceânico Niño (ONI em inglês), modelo desenvolvido pela Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) há uma probabilidade de 60-70% do El Niño se tornar ativo no trimestre de maio a julho. Passando o último trimestre do ano, as chances aumentam para 80-90%.
Com essa previsão, o produtor pode começar a se preparar para enfrentar esse momento. Mesmo assim, não há ainda forte precisão de datas e nem de como será o efeito dessa vez.
Neste artigo, vamos explicar melhor o que é este fenômeno, como ele afeta o mercado de commodities e como gerenciar riscos financeiros causados pela instabilidade climática.
O que é El Niño e como ele afeta o mercado de commodities?
Sob condições normais, o vento sopra de leste a oeste sobre o oceano Pacífico tropical, levando águas quentes para o sudeste da Ásia e a Austrália. Às vezes, esses ventos, também chamados de ventos alísios, enfraquecem. Se esse evento for intenso o suficiente, as águas quentes param de se acumular no lado asiático do Pacífico e se movem para o leste, reduzindo a ressurgência de água fria na costa sul-americana. Este cenário, com temperatura da superfície do mar acima da média na seção leste do Oceano Pacífico tropical, é conhecido como El Niño.
O El Niño-Oscilação Sul (ENOS ou ENSO, na sigla em inglês) é um padrão climatológico recorrente que se relaciona com os ventos e a temperatura da superfície do mar no Oceano Pacífico tropical. O ENOS oscila em três fases: quente (El Niño), neutra e fria (La Niña). E, para cada uma delas, o padrão climático é diferente e impacta o desenvolvimento das culturas ao redor do mundo.
Quais commodities podem ser afetadas pelo El Niño em 2023?
É claro que uma mudança climática tão brusca pode afetar qualquer cultura agrícola, mas de acordo com o período, regiões e previsões do tempo, nossos especialistas podem sugerir algumas das commodities que devem ser afetadas.
Como a previsão do ENSO aponta para uma maior probabilidade de formação de El Niño durante maio-agosto, as preocupações com relação à produção total de açúcar no ciclo 23/24 (out-set) aumentaram. Normalmente, a Ásia é a região mais afetada, pois o padrão climático pode reduzir as monções e impactar o desenvolvimento da cana. Se extremamente forte, o Brasil, principal fornecedor de açúcar, também pode sofrer: um inverno mais úmido pode prejudicar a concentração de sacarose e atrapalhar o ritmo de moagem.
Em relação à produção de café, sabe-se que o fenômeno historicamente leva a um clima mais quente durante as janelas de crescimento vegetativo e florada no Brasil. Este ano, especificamente, os níveis de umidade do solo estão adequados e, portanto, as perspectivas são atualmente menos vulneráveis, mas ainda podem mudar ao longo do inverno. O El Niño também impactou a produção de arábica da América Central no passado, uma vez que leva a um clima mais quente durante a florada e o crescimento do fruto.
Quando se trata de soja e milho, as regiões de interesse incluem EUA, Brasil, Argentina e Mar Negro. Dada a grande extensão desses países e diferenças no calendário de safras, os efeitos do El Niño variam amplamente. Nos Estados Unidos, o El Niño costuma ser mais fraco durante o verão. Como resultado, seus efeitos sobre a produtividade no país são leves, embora em geral positivos.
Na América do Sul, o El Niño é conhecido por trazer calor para a maior parte do Brasil e chuvas acima da média no sul do Brasil e na Argentina no final do ano. Assim, o evento costuma ser neutro/negativo para o milho de inverno, mas positivo para soja e milho no Sul do Brasil e na Argentina durante o verão.
Em relação ao trigo, os produtores do Hemisfério Norte com safras de primavera e os produtores do Hemisfério Sul serão os mais afetados. Este ano, a produção de trigo de primavera do Canadá deve ser a mais impactada no Hemisfério Norte, enquanto na Rússia, boas perspectivas para a safra de inverno e altos estoques de passagem podem reduzir a influência do El Niño sobre a oferta total.
A Argentina e os EUA podem se beneficiar dos efeitos do El Niño, mas a Austrália pode ter chuvas reduzidas e rendimentos de safra mais baixos, causando um impacto altista nos mercados de trigo.
Como se prevenir dos riscos financeiros que o El Niño pode causar?
Com os aspectos climáticos influenciando tão fortemente na formação de preço das commodities, é imprescindível contar com um planejamento que dê mais previsibilidade financeira.
Utilizar produtos de hedge é uma ótima solução disponível para evitar surpresas desagradáveis na programação financeira de quem trabalha na cadeia de commodities.
Especialidade da hEDGEpoint, este mecanismo opera como uma espécie de seguro contra as variações de preços do mercado, reduzindo os riscos nas transações.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas, que conhecem o campo e suas inúmeras variáveis, com produtos de gestão de risco para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
Estamos presentes globalmente, sempre preparados para atender e ajudar com as melhoras estratégias de hedge para o seu negócio. Entre em contato com um especialista para saber mais sobre como utilizar este instrumento.
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Glossário financeiro: conheça os termos utilizados no mercado
É muito comum que cada mercado utilize termos próprios da área. No financeiro, por exemplo, existem palavras e expressões características que só quem usa cotidianamente entende. Por isso, nada melhor que um glossário financeiro para explicar.
Se você já tentou se informar mais sobre mercado financeiro e sentiu dificuldades em entender, você não está sozinho. O conteúdo especializado pode soar grego para quem não está acostumado.
A hEDGEpoint elaborou um glossário contendo os principais termos do mercado financeiro e do agro para você ficar por dentro das expressões mais utilizadas e consultar sempre que precisar.
A
Acompanhamento de Safra: Monitoramento da evolução da safra, que pode incluir ritmo do plantio, desenvolvimento das lavouras, índices de produtividade e comercialização.
Adiantamento: Negociação na qual é adiantado ao produtor uma parte do financiamento sem que haja fixação imediata de preço futuro e da taxa de câmbio. No entanto, é estabelecido um prazo, no qual o vendedor opta em escolher quando fixar.
Altista: Expectativa de que as cotações continuem se valorizando em um horizonte de tempo. Muito usado o termo em inglês, bullish.
ANEC: Associação Nacional dos Exportadores de Cereais. Formada entre empresas privadas em 1965, tem o propósito de promover o desenvolvimento das atividades relacionadas aos grãos e cereais, bem como defender os interesses de seus associados perante autoridades públicas e privadas.
Ano fiscal: Período de janeiro a dezembro, no qual a empresa apura os resultados contábeis.
Ano safra: Período que compreende o início do plantio e o término da colheita. Quando nos referimos à safra 23/24, por exemplo, significa que ela foi plantada em 2023 e colhida em 2024.
Arbitragem: É uma operação que busca ganhos quando os preços de um determinado ativo estão fora de sintonia com o mesmo ativo em outro mercado. Desta forma, o investidor pode se posicionar comprando em um mercado e vendendo no outro.
Arco Norte: Termo utilizado para referenciar um conjunto de portos localizados no norte do Brasil, constituído principalmente por: Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA).
Ask: O termo “Ask” representa o nível de preço pelo qual um participante do mercado está disposto a vender um ativo. Oposto, ver “bid”.
Assignment: Termo utilizado para a transferência de direitos, titularidade e interesses sobre a mercadoria que será embarcada.
ATF: Do inglês “Advanced to Farmer” que significa adiantamento de crédito ao produtor (custeio).
Averbação: É o ato por meio do qual se inclui, de forma permanente, uma modificação, alteração ou anotação no conteúdo de um documento, como registros e títulos armazenados em cartório.
B
BACEN: Banco Central do Brasil.
Back-to-back: Operação de compra e venda casadas em que ambas as operações são conectadas e co-dependentes.
Baixista: Expectativa de que as cotações continuem se desvalorizando em um horizonte de tempo. Muito usado o termo em inglês, bearish.
Barter: Sinônimo de troca. É o termo utilizado no agronegócio para caracterizar a troca de produtos e insumos (fertilizantes, corretivos, defensivos e sementes) por grãos (soja e milho). Normalmente ocorre entre o fornecedor dos insumos e produtor.
Basis Point (BPS): Refere-se a uma unidade de medida comum para as taxas de juros ou contratos futuros de juros. Um basis point é igual a 1/100 de 1%, ou seja 0,01% (0,0001), e é usado para indicar a variação percentual de uma taxa de juros. A relação entre pontos percentuais e basis points pode ser resumida desta forma: variação de 1% = 100 basis points e 0,01% = 1 basis point.
Bid: O termo “Bid” representa um nível de preço pelo qual um participante do mercado está disposto a pagar por um ativo. Oposto, ver “ask”.
Biodiesel: Combustível feito a partir de óleos vegetais (óleo de soja, óleo de palma) ou animais (sebo bovino) que é misturado ao diesel.
Bolsa de Mercados Futuros: Mercado organizado para negociação de contratos (de futuros e opções) em que se estabelece um compromisso entre o comprador e o vendedor (venda ou compra) em uma data futura e de determinado ativo (ex.: commodity e moeda estrangeira) a um preço predefinido. Exemplo: B3 no Brasil e CBOT em Chicago, EUA.
Bolsa de Valores (Ações): Mercado organizado onde se realiza compra e venda de títulos e valores imobiliários de forma transparente, em mercado livre e aberto, fiscalizado pelos membros da Comissão de Valores Mobiliários.
Break Fund Cost: Custo pela quebra de algum financiamento.
Bushel: Unidade de medida norte-americana para grãos – volume em um “cesto”. 1 bushel de soja ou trigo equivale a 27,2kg. 1 bushel de milho equivale a 25,4kg.
C
Cabotagem: É o termo utilizado para a navegação entre portos marítimos de um mesmo país em águas costeiras.
Calado: Distância entre a superfície da água e a parte mais baixa do barco/navio.
Carry In: Termo utilizado para se referir ao estoque de entrada no ano, estoque de passagem.
Carry trade: Nos mercados de câmbio, é quando os investidores tomam capital emprestado em um país, a determinada taxa de juros, e aplicam em outra moeda com juros mais elevados, ganhando com este diferencial de juros.
Carry Out: Termo utilizado para se referir ao estoque de saída no ano, estoque de passagem.
Cash: No mercado de commodities, se refere ao produto físico.
Cash Collateral: Garantia em reais vinculada à uma operação de empréstimo com alguma entidade financeira.
CBOT: Chicago Board of Trade (Bolsa de Negociações em Chicago), também conhecida como Bolsa de Mercados Futuros de Chicago.
Certificação Kosher: Documento emitido para atestar que os produtos fabricados por uma determinada empresa obedecem às normas específicas que regem a dieta judaica ortodoxa. Assim, um rabino visita todas as instalações da fábrica, avaliando se a forma como o produto é fabricado atende às exigências da cultura. Depois de aprovado, o certificado tem validade de um ano, sendo renovado mediante nova visita do rabino.
CIF: Termo que significa Cost, Insurance and Freight (Custos, Seguro e Frete). Refere-se à responsabilidade do fornecedor em entregar o produto, assumindo todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria.
Cobertura Soja: Conjunto de indicadores que permitem o acompanhamento volumétrico do planejamento da empresa, mensurando até qual mês há volume de soja suficiente para o processamento da fábrica, por exemplo.
Cobertura de Soja com Preço Fixo: Dado o programa de consumo de soja para determinado período e considerando o volume de soja já contratado com preço fixo, é estabelecida a data até quando terá soja precificada suficiente para atender o uso.
Cobertura de Soja Física: Dado o programa de consumo de soja para determinado período e considerando o volume de soja já contratado (fixo e a fixar) é estabelecida a data até quando terá soja suficiente para atender o uso.
Commodity: Produtos com pouca ou nenhuma diferenciação e que, por seguirem um padrão, são negociados através de Bolsas Internacionais, cujos preços são determinados por relação de oferta e demanda.
Complexo Soja: Conjunto de produtos compostos por Soja, Farelo e Óleo.
Compra a Fixar: No momento da compra da soja, o comprador e o vendedor apenas acordam o volume a ser entregue, deixando o preço em aberto para futura fixação.
Compra Balcão: É a fixação da soja ou do milho já entregue na empresa que até então estava sem contrato.
Compra Disponível: É a compra de soja já colhida e disponível no mercado.
Compra Pré-Fixada: É a compra da soja ou do milho realizada com volume e preço definido antecipadamente, com data de entrega futura.
CONAB: Companhia Nacional de Abastecimento. Órgão do governo brasileiro que realiza estudos e estatísticas dos preços, assim como os levantamentos de custos de produção da agropecuária, a expectativa de plantio e de colheita de grãos, além do volume e localização de estoques públicos e privados de diversos produtos.
Contrato a termo: Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e venda de uma mercadoria cuja quantidade, qualidade, preço e prazos são pré-determinados.
Contrato de Adiantamento: Quando a empresa compradora adianta dinheiro ou insumos para o produtor em troca de parte de sua produção.
Contrato futuro: Semelhante ao contrato a termo, o contrato futuro é negociado em Bolsas de Mercados Futuros e tem como principal diferença a liquidação de seus compromissos. Enquanto no mercado a termo os desembolsos ocorrem somente no vencimento do contrato, no mercado futuro os compromissos são ajustados diariamente. Refere-se a cada contrato pelo seu mês, tendo cada mês uma letra de referência.
Copom: Comitê de Política Monetária do BACEN. Tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária no Brasil e definir a taxa de juros Selic em suas reuniões periódicas.
CPR: Cédula de Produto Rural. Garante ao produtor brasileiro a antecipação de receita de sua produção (a ser semeada) regulamentado pelo governo e que pode ser avalizado pelo sistema bancário.
CRB: Índice criado em 1957 pela Agência de Pesquisa de Commodities (CRB). Outra referência importante no mercado é o BCOM – Índice de Commodities da Bloomberg.
Custo de Armazenagem: Custo fixo e variável para a operação de um armazém de grãos (soja, milho, sorgo, etc).
Custo de Carrego da Soja: Custo de carregar o estoque de soja de um mês para o outro.
Custo de Produção: Considera os custos operacionais, insumos, administrativos e pós-colheita do cultivo de determinada cultura.
Custo Logístico: Custo para transportar produtos entre origem e destino nos diferentes modais que compõem a rota (ferrovia, rodovia e hidrovia).
D
Debt/Equity: Importante indicador de risco financeiro do negócio, mensura a relação entre as dívidas que a empresa possui com bancos e outras instituições financeiras com os recursos aplicados pelos investidores.
Default: Não cumprimento de contrato ou obrigação.
Demurrage: Sobreestadia. Para operações FOB, é a multa determinada em contrato a ser paga pelo embarcador, quando este demora mais do que o acordado para embarque da carga no navio. Em operações CIF, a multa é cobrada do comprador.
DERAL: Departamento de Economia Rural do Paraná. Entidade responsável por acompanhar os dados agropecuários do estado do Paraná no Brasil e formular políticas agrícolas.
Derivativos: São contratos que derivam a maior parte de seu valor de um ativo subjacente, taxa de referência ou índice.
Despatch: Para operações FOB, é a multa determinada em contrato a ser paga pelo afretador do navio ao embarcador, por este ter carregado em menos tempo do que o garantido em contrato. Já em operações CIF, a multa é cobrada do embarcador.
Dovish: Expressão do mercado financeiro que deriva de Dove (pássaro em inglês) para se referir a cenários, posturas e posições de juros mais baixos, política monetária mais acomodatícia, mais estímulos financeiros e menos austeridade.
E
EBIT: [EBIT = EBITDA – Depreciação]. É o lucro que as empresas atingem em um determinado período de tempo (normalmente um ano) antes de descontar as despesas financeiras (juros devidos para bancos e instituições financeiras, por exemplo) e o imposto de renda. É o resultado do negócio que estará disponível para as instituições financeiras, o governo e os donos do negócio.
EBITDA: É o lucro que as empresas atingem em um determinado período de tempo (normalmente um ano) antes de descontar as despesas financeiras (juros devidos para bancos e instituições financeiras, por exemplo), o imposto de renda e a depreciação (uso das máquinas no processamento de seus produtos, por exemplo). É o resultado do negócio que estará disponível para a empresa comprar novos ativos fixos (máquinas e equipamentos, plantas fabris, etc.), “partilhar” com as instituições financeiras em decorrência dos empréstimos obtidos e com o governo por meio do imposto de renda.
El Niño: O El Niño mais forte manifestou-se nos anos de 1982/1983, quando as temperaturas da água do Oceano Pacífico chegaram a ficar sete graus acima do normal, com enchentes nos estados da região Sul e seca na região Nordeste do Brasil.
Ensacado: Produto ou mercadoria acondicionado em sacarias (50 ou 60 kg) para armazenagem.
Entressafra: Período compreendido entre a colheita de uma safra e o plantio da próxima.
Esmagamento: Processamento industrial da soja para a produção de farelo e óleo. Também conhecido pelo termo em inglês “crush”.
Esteira de Carregamento: Equipamento por onde os produtos (soja, milho, etc) são transportados para armazenamento no silo ou carregamento de navio.
EVA: É o aumento, em termos percentuais e em valores na riqueza da empresa, representada pelos seus bens e direitos. Esse indicador demonstra se a empresa tem capacidade de atrair investidores dispostos a continuar suas atividades de geração de emprego e distribuição de renda.
F
FDA: A FDA (Food and Drug Administration ou Administração de Comidas e Remédios) é o órgão governamental dos Estados Unidos responsável pela proteção da saúde pública do país, desempenhando um papel similar ao da Anvisa no Brasil.
FED: Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos). É responsável por operar o sistema nacional de pagamentos, distribuir a moeda norte-americana, supervisionar e regulamentar o sistema bancário.
Fee: Variáveis dentro de um frame que já estão predefinidas, entendido como o custo do frame.
Fixação: Fixar é definir preço para um contrato.
Flat Price: É uma expressão utilizada no mercado de commodities referente ao preço calculado no porto através da soma da cotação do contrato de soja na CBOT + prêmio porto + spread porto.
FOB: Significa Free on Board “Livre a bordo”. O termo original se refere à responsabilidade do comprador em movimentar o produto até o navio, assumindo todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria.
Fob Market: Mercado de referência para mercadorias no porto.
Fobbings: É o custo operacional de transbordo do armazém portuário para o navio.
FOMC: O Federal Open Market Committe (Fomc), também conhecido como Comitê Federal de Mercado Aberto, é o braço do Banco Central dos EUA para determinar as ações da política monetária norte-americana.
Frame: Esqueleto de uma operação de compra e venda que compreende a obrigação de ambas as partes (compradora e vendedora) onde determinadas variáveis são definidas (como por exemplo volume, mês liquidação) e outras são deixadas em aberto para futuro acordo (como por exemplo o preço).
Frete Rodoviário: É o preço pago pelo uso do transporte rodoviário, que varia basicamente conforme a carga, volume, distância e condições da rota a ser percorrida.
Funding: É a fonte de recursos. A empresa converte um débito de curto prazo em outro de longo prazo com a emissão de novos títulos ou vice-versa.
G
Granel: Carga em grande volume que não está ensacada nem encaixotada, geralmente aplicada a grãos, como soja, milho, sorgo.
H
Hawkish: Oposto de Dovish. É uma expressão do mercado financeiro que deriva de hawk (falcão em inglês) quando se refere a alta de juros, mais austeridade e aperto monetário.
Hedge: Operação utilizada para proteção contra oscilações de preços. Pode ser feita através da negociação de derivativos agrícolas e/ou financeiros em bolsas de mercados futuros ou de negociações físicas.
I
Incoterms: Do inglês “Internacional Commercial Terms” ou Termos Comerciais Internacionais. Refere-se aos termos relativos de contratos de venda e compra no comércio internacional (exportação e importação). A modalidade FOB e CIF são exemplos de Incoterms.
Índice de Liquidez Corrente: Indicador financeiro que mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas que vencerão nos próximos 12 meses utilizando seus próprios recursos, sem depender de empréstimos ou de financiamentos.
Índice de Liquidez Seca: Índice que mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas que vencerão nos próximos 12 meses utilizando seus próprios recursos, sem depender de empréstimos ou de financiamentos e sem ter que vender seus estoques para que esses pagamentos aconteçam. Nesse caso a empresa consegue pagar as dívidas e ainda ficar com os estoques.
Inflação: A taxa de inflação é o aumento persistente e generalizado no nível de preços. Ou seja, é a média do crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços em um determinado período.
Internal Basis: Formado pelos custos como quebra, fobbings, financeiros e margem a partir do fluxo do produto do interior ao porto de liquidação.
Invoice: Cobrança de uma transação internacional, contendo detalhes de operação e de preço.
L
La Niña: É um fenômeno meteorológico que se caracteriza por ser o oposto do El Niño, ou seja, é o esfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): É um título de crédito nominativo (renda fixa), que é uma promessa de pagamento em dinheiro, emitido exclusivamente por instituições financeiras. A emissão da letra é dependente da existência e disponibilidade no banco de direitos e créditos relacionados com a produção agrícola, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária.
Liabilities: Do inglês, significa passivo. O termo é utilizado para sinalizar quando a empresa possui alguma pendência financeira com outra instituição.
Line-up: Do inglês, significa fila de navios. Informa a posição dos navios nos portos além de trazer informações como o volume, destino, embarcador, data de chegada e saída.
Loading Guarantee: Garantia de volume mínimo por determinado tempo em carregamento a contar a partir da chegada do navio no porto. Quando ultrapassado gera custos e multas (demurrage), porém quando executado mais rapidamente do que o mínimo gera benefícios econômicos.
Long: Do inglês “longo”, que significa uma posição comprada em expectativa de um aumento de preços para posterior venda.
M
MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor.
Margem Bruta / Gross Margin: Indicador que sinaliza a rentabilidade do negócio, ou seja, calcula o percentual de lucro em relação às vendas.
Mark-to-Market (MTM): Marcação de estoques a preços de mercado.
Mercado em Carry: Quando o preço de determinada commodity no futuro é maior do que o preço spot.
Mercado Invertido: Quando o preço spot de determinada commodity é maior do que o preço futuro.
MINAGRI: Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina.
Moega: Área ou conjunto de equipamentos onde a soja é descarregada do caminhão.
MTM: Abreviatura para Milhões de Toneladas.
N
NOPAT: É o lucro que as empresas atingem em um determinado período de tempo (normalmente um ano) antes de descontar as despesas financeiras (juros devidos para bancos e instituições financeiras, por exemplo) porém depois de descontar o imposto de renda. É o resultado do negócio que estará disponível para as instituições financeiras e para os donos do negócio.
O
O&D: Oferta & Demanda também conhecido por S&D (Supply & Demand). Se refere ao balanço entre disponibilidade (estoque inicial + produção + importação) e uso (consumo doméstico + exportação).
OBZ: Orçamento base zero. É uma ferramenta estratégica utilizada por empresas na elaboração do planejamento orçamentário para um determinado período, visando melhor distribuição de gastos e despesas. Durante seu processo de revisão, são analisadas premissas relacionadas à função de cada receita, despesas, custos ou investimento, levando em consideração os planos e necessidades estratégicas da empresa.
Oil Share: É a participação em % da receita do óleo de soja em comparação com a receita total do esmagamento (farelo + óleo).
OPEP: Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou OPEC, inglês) é uma organização internacional criada em 1960, na Conferência de Bagdá, pelos países membros – Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela.
Originação: Área Comercial da Algar Agro, responsável pela compra de grãos.
Originação também é a operação física de compra de grãos.
P
P&L (Profit & Loss): Cálculo de resultado de lucros e prejuízos.
Padrão de Classificação ANEC: Padrão de classificação de soja para exportação definido pela ANEC, sendo 14% de umidade, 1% de impurezas e 8% de avariados.
Paper Market: Mercado de Papel Paranaguá.
Paper/Papel: Em referência ao contrato padrão (ANEC) de negociação de Paranaguá (porto de referência de mercado de soja no Brasil).
Paridade Exportação: Internalização dos preços de um produto destinado à exportação, pois equipara as cotações internacionais às regiões brasileiras produtoras. Assim, o custo de exportação de determinada região é calculado através do preço do contrato futuro (multiplicado pelo câmbio) e dos custos de escoamento interno, (despesas portuárias, impostos, frete).
PDD: Perdas com devedores duvidosos ou, mais especificamente, PECLD – Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa. É o montante de contas a receber, oriundo do faturamento da empresa sobre o qual existem dúvidas quanto ao seu recebimento.
Performance: Desempenho. Do inglês “to perform”, que significa realizar/executar. Modo como a empresa/associado desempenha suas funções buscando alto desempenho (mais com menos).
PGUA: Sigla de mercado para o Porto de Paranaguá. Fala-se “Paguá”.
Plantio: Fase em que se inicia as atividades de determinada cultura no campo.
Plugado: Termo utilizado quando o porto, terminal ou fábrica atingiu sua capacidade máxima de estoque de algum produto.
Porão de Navio: Compartimento destinado ao transporte de cargas a granel.
PPE: É utilizado em dois contextos distintos:
PPE no Planejamento Estratégico – Priorização de Projetos Estratégicos: Trata-se de uma metodologia para avaliação, priorização e aprovação dos novos investimentos de cada empresa.
PPE na Tesouraria – Pré-Pagamento de Exportação: Modalidade de contratação de recursos junto às instituições financeiras atrelado ao compromisso de exportação. Empresas exportadoras antecipam recursos para financiar todo ciclo referente à exportação de suas mercadorias, o que inclui produção, armazenagem e comercialização, por exemplo, sempre antes do embarque.
Preço a Fixar: Contrato que estabelece o prazo, o produto, a quantidade, mas não o preço.
Preço Chicago (CBOT): Último preço realizado entre comprador e vendedor de um contrato futuro na bolsa de Chicago.
Preço de Compra de Grãos: Preço para compra de grãos calculado pela área de Gestão de Riscos considerando os seguintes componentes: cotação Chicago, dólar, prêmio, spread porto, custos logísticos (fretes rodoviário, ferroviário e fobbings), de armazenagem, quebras, entre outros, bem como datas de entrega/pagamento.
Preço Fixo: Fixação de preço para um contrato que estabelece o prazo de entrega, o produto e a quantidade (soja ou milho).
Pré-Fixação: Fixação de preço em um contrato sem preço (a fixar). Ou ainda, é quando o produtor opta por fixar apenas alguns dos componentes do preço, como CBOT e Prêmio, deixando os demais para um outro momento.
Pregão Eletrônico: Sessão eletrônica onde ocorrem as negociações na Bolsa entre os operadores das corretoras através de sistema específico.
Pregão Viva-Voz: Sessão presencial onde ocorrem as negociações na Bolsa entre os operadores das corretoras no piso (pit).
Prêmio/Basis: Também conhecido por Basis. O prêmio é a diferença entre o preço da commodity cotada na bolsa de referência e o preço no porto. Este valor pode ser positivo (ágio) ou negativo (deságio), conforme a oferta e demanda, câmbio entre outros fatores.
Produtividade: Volume produzido por hectare (kg ou sacas).
Programa de Consumo: Para a soja, o planejamento de consumo para determinado período abrange esmagamento em Uberlândia e em Porto Franco, exportação e vendas no mercado interno. Para o milho, compreende as exportações.
Q
Quebra de Safra: Diferença entre o volume de soja estimado durante o plantio versus produção final obtida.
Quebra Logística: Perdas de volume no transporte entre origem e destino.
R
Rally de Preço: É o aumento brusco na cotação de um ativo financeiro ou commodity em determinado período.
Rating: É a classificação feita por agências especializadas para determinar o grau de risco de investimento em determinado país ou empresa.
Recessão: Termo utilizado para designar a contração econômica de um país por um certo período de tempo. Costumeiramente, considera-se um país em recessão quando o PIB permanece negativo por dois trimestres consecutivos.
Região de Compra: Área de atuação de cada filial para a originação de grãos.
Retail mid and small: Varejo médio e pequeno. Segmentação pode ser feita por volume comercializado, receita ou até mesmo número de check-outs (pagamentos).
Retrofit: Processo de modernização de algum equipamento/estrutura considerado ultrapassado ou fora de norma.
ROIC: Índice que calcula o percentual de retorno sobre capital investido.
S
S&OP: Do Inglês “Sales and Operations Planning” ou Vendas e Planejamento das Operações. É um processo que trata do planejamento integrado entre as diversas áreas da companhia, buscando sempre o alinhamento do plano comercial, logístico e industrial, através de reuniões periódicas entre as áreas envolvidas.
Safrinha (Safra de Inverno): Segunda safra de milho no Brasil, a qual é plantada após a colheita da safra de verão. Atualmente outras culturas também têm adotado esta prática.
Secagem: Operação que consiste na retirada da umidade do grão, como a soja ou milho, evitando a fermentação e consequente perda de qualidade da matéria-prima.
SELIC: A SELIC ou taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) são os juros médios que o Governo Brasileiro paga por empréstimos tomados pelos bancos. O indicador é um instrumento de controle da inflação. Quando a Selic aumenta, mais caro fica o crédito que os bancos oferecem aos consumidores e menos dinheiro terá em circulação no mercado, reduzindo a pressão sobre a inflação.
Shiploader: Equipamento para carregamento da soja a granel no porão do navio.
Shipper: Embarcador. Aquele que é responsável pelo embarque da mercadoria no navio.
Short: Do inglês “curto”, que significa uma posição vendida em expectativa de queda de preços para posterior recompra.
Soja verde: Soja comprada com preço fixo antecipadamente (no ano anterior a safra).
Spot: Faz referência à posição com vencimento mais próximo em negociação (Bolsa, prêmio etc.). No caso do dólar, faz referência à negociação à vista.
Spread Porto: Diferencial competitivo entre os portos, tendo o papel Paranaguá/PR como balizador.
Swap: Acordo para duas partes trocarem o risco de uma posição ativa (credora) ou passiva (devedora), em data futura, conforme critérios preestabelecidos, sendo comum com posições envolvendo taxas de juros, moedas e commodities.
T
Take or Pay: Cláusula contratual que exige o pagamento da totalidade do contrato, caso este não seja cumprido. No caso Agro, esta modalidade é comum na contratação de cotas ferroviárias ou mesmo de armazenagem. Caso o volume total não seja operado, o contrato exige pagamento de sua totalidade mesmo sem utilização do serviço.
TEGRAM: Abreviatura do Terminal de Grãos do Maranhão, no porto de Itaqui.
Top-Off: Termo utilizado quando o mesmo navio realiza embarques em locais e embarcadores diferentes.
Trade Desk: Mesa de Negociação. Algumas das responsabilidades desta área são: realizar a proteção do preço pago pelo grão e de venda de farelo e óleo na Bolsa de Chicago (hedge), gerenciar o programa de exportação (barcos de soja e de farelo) e operar no mercado de Prêmio (também conhecido como mercado de papéis).
Treasuries: Títulos do governo federal dos Estados Unidos.
TUP: Terminal de Uso Privativo. São empreendimentos cuja exploração das atividades portuárias ocorrem sob o regime da iniciativa privada.
U
USD: Dólar. Moeda norte-americana.
USDA (WASDE): Departamento de Agricultura dos EUA.
V
Veranico: É um fenômeno meteorológico que ocorre nas regiões meridionais do Brasil e que provoca calor mais forte que o normal para a época do ano.
Volume Comprometido/Comercializado: Volume comercializado de soja pelos produtores junto às tradings/processadoras.
Volume de soja recebido após descontos: No momento que recebemos um lote de soja ele é avaliado e enquadrado no padrão de classificação da ANEC (14|1|8), sendo 14% de umidade, 1% de impurezas e 8% de avariados. O que vier diferente destes limites é descontado do volume bruto, conforme tabela estabelecida pela empresa, chegando ao Volume Após Descontos.
W
WACC: É o custo médio em percentual dos recursos (dinheiro) que a empresa utiliza para financiar seus bens e direitos.
Washout: Recompra de uma posição com o propósito de liquidar a operação.
Weather Market: Mercado Climático compreende o período no qual o clima pode ter forte influência na produção agrícola, trazendo volatilidade para os preços em Chicago.
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