Emirados Árabes Unidos: qual a importância da região para o mercado de commodities?
Quando falamos sobre o mercado global de commodities, normalmente os países citados são os mesmos: Brasil, Estados Unidos e China, principalmente. Mas ao olhar para algumas commodities específicas, como petróleo e gás natural, a região do Oriente Médio é considerada um player dominante.
A realidade é que a região está se fortalecendo cada vez mais. Muitos acontecimentos recentes têm levado o Oriente Médio a protagonizar conversas sobre o assunto. O mercado está em constante mudança e, sendo assim, é natural que ocorra a descentralização de algum setor da economia.
Nesse caso, poderíamos até chamar de “centralização”. Isso porque estar no centro tem sido um dos motivos para os Emirados Árabes estarem no jogo, conforme abordaremos no próximo tópico.
As vantagens dos Emirados Árabes no mercado
A principal vantagem para os EAU em relação não apenas ao mercado de commodities, mas ao mundo dos negócios, com certeza está na sua localização estratégica.
Estando no Oriente Médio, o país tem a facilidade de estar localizado no “meio do caminho”. É um bom local para se posicionar tanto em relação aos hemisférios Norte e Sul quanto na referência ao Oriente e Ocidente.
Essa posição oferece facilidades em alguns fatores. É o caso do fuso horário. O Horário do Golfo (GST) é quatro horas adiantado em relação ao Tempo Universal Coordenado, a referência mundial. Assim, é possível conversar com importantes parceiros comerciais de diferentes continentes sem grandes ajustes na agenda.
Se estamos falando em localização estratégica, é claro que a posição geográfica também é uma vantagem. O país está perto de grandes potências como a China e a Índia, se olharmos para o Sul, e Rússia e Ucrânia, no Norte. Também é relativamente próximo da Europa. Para as Américas, pode até estar mais distante, mas ainda assim fica no meio do caminho logisticamente falando.
As contribuições dos Emirados Árabes Unidos no mercado de commodities
Apesar de estarmos falando aqui sobre o mercado de commodities, é importante salientar que os EAU não são referência em produção. O solo desértico não favorece as atividades agrícolas, sendo assim, a economia se torna mais orientada à importação.
“O açúcar e os grãos, principalmente, são em grande parte comprados do Brasil, mas o país é altamente dependente dos países do Sul da Ásia para alimentação. Sendo assim, os Emirados Árabes são um expoente no mercado de commodities na área de negócios, mas não como produtor agrícola”, conta Vipul Bhandari.
Por outro lado, o país tem alta capacidade de produção e exportação de energia. O petróleo é, sem dúvida, a commodity mais importante produzida pelos EAU. O país possui a sexta maior reserva de petróleo do mundo, com cerca de 98 bilhões de barris.
Os EAU também são um importante produtor de gás natural. O país possui a quinta maior reserva de gás natural do mundo, com cerca de 215 trilhões de pés cúbicos.
Infraestrutura e políticas favorecem mercado de commodities nos EAU
Os Emirados têm se destacado no mercado global de commodities pela sua infraestrutura de transporte e logística bem desenvolvida. O país é conhecido por sua política pró-negócios e investimentos em infraestrutura. Isso tem atraído negócios e ajudado a impulsionar a economia e o setor de commodities.
Além disso, o país possui portos modernos e bem equipados que permitem a exportação e importação rápida e eficiente de commodities para todo o mundo. Além disso, os EAU têm uma rede de rodovias, ferrovias e aeroportos que facilitam a distribuição de commodities dentro do país e para os países vizinhos.
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A importância das commodities na economia mundial
O mercado de commodities é um dos maiores e que mais movimentam a economia mundial. Cada país tem suas especificidades, tanto em oferta quanto em demanda, mas o certo é que todos precisam dessas “mercadorias” (tradução literal da palavra commodity).
Muitas das commodities estão na base da alimentação e da geração de energia. Ou seja, são necessárias para todas as nações. O consumo de cada uma reflete a cultura, as preferências e as características próprias, como o clima de cada país.
A cada ano, são bilhões de toneladas e de dólares que circulam pelo mundo em commodities, seja para importação ou exportação. Nesse post, vamos entender um pouco mais desse mercado e sua importância.
O que são commodities e quais suas características?
Existem algumas características que são comuns a todas as commodities. São essas definições que dão origem a estes produtos como categoria única, já que existe uma grande variedade deles.
As commodities podem ser classificadas por origem:
- Agrícolas (soja, milho, açúcar, algodão, biocombustíveis).
- Minerais (petróleo, gás natural, minérios).
- Industriais (petroquímicos).
Ou por uso:
- Alimentos (soja, milho, açúcar).
- Metais (minérios, aço, alumínio).
- Energia (petróleo, gás, gasolina, biocombustíveis).
- Fibras (pluma de algodão, fibras sintéticas).
Elas são matérias-primas geralmente produzidas em larga escala e não industrializadas. Mas a característica que talvez seja a mais marcante é a volatilidade da formação de preço das mesmas, como veremos em seguida.
Quais os principais produtores de commodities do mundo?
O Brasil atualmente está entre os maiores produtores de commodities do mundo, destacando-se principalmente entre os grãos, como a soja. Podemos citar como mais importantes produtores os países abaixo:
China – A China é o maior produtor mundial de alimentos, incluindo arroz, trigo e milho. Além disso, o país é um importante produtor de carvão e petróleo.
Estados Unidos – Os Estados Unidos são um dos principais produtores mundiais de grãos, como milho, trigo e soja, além de carne bovina e de frango. O país também é um grande produtor de petróleo e gás natural.
Brasil – Maior produtor mundial de café, açúcar e soja, além de um dos principais produtores de milho, carne bovina e de frango. O país também é um grande produtor de outras commodities minerais.
Rússia – A Rússia é um dos principais produtores mundiais de petróleo e gás natural. O país também é um importante produtor de trigo e outros grãos.
Índia – Um dos grandes produtores mundiais de arroz, bem como de outros produtos agrícolas, como trigo, algodão e açúcar. O país também é um grande produtor de petróleo e gás natural.
Argentina – A Argentina é um dos maiores produtores mundiais de soja, bem como de carne bovina, aves e suínos. Também tem sua importância no milho, trigo e outros grãos.
Ucrânia – A Ucrânia se destaca como o quarto maior país que exporta grãos no mundo.
Como é formado o preço de uma commodity?
Uma das características que definem as commodities como uma categoria única, é a maneira como o preço das mesmas é formado. Por serem indispensáveis para a sobrevivência humana e como matéria-prima para as indústrias, a determinação de preços acontece em escala global.
São muitos os fatores que influenciam no cálculo de preço de uma commodity. Desde os custos que o produtor teve, os gastos com logística, valor do prêmio de exportação e tarifas diversas. Porém, a principal referência é o preço formado em bolsa, sendo as maiores referências a de Chicago (para grãos) e de Nova York (café, cacau, açúcar, petróleo, entre outros).
É nesse ponto que ter uma estratégia de gerenciamento de riscos é interessante para qualquer negócio dentro da cadeia de commodities, pois estão à mercê de volatilidades diversas, desde taxas, variações de câmbio e cenário político e econômico instáveis até a imprevisibilidade e as intempéries do tempo e das mudanças climáticas, já que os fenômenos naturais interferem diretamente na oscilação de preços.
Sendo assim, o hedge aparece como possibilidade, para proteção contra as volatilidades de mercado.
Diante de tantas instabilidades, como gerenciar riscos no mercado de commodities?
Com tantos aspectos influenciando fortemente na formação de preço das commodities, é imprescindível contar com um planejamento que dê mais previsibilidade para o futuro dos negócios.
Utilizar produtos de hedge é uma ótima solução disponível para evitar surpresas desagradáveis na programação financeira de quem trabalha na cadeia de commodities.
Especialidade da hEDGEpoint, este mecanismo opera como uma espécie de seguro contra as variações de preços do mercado, reduzindo os riscos nas transações.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas, que conhecem o campo e suas inúmeras variáveis, com produtos em gestão de risco para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros.
Estamos presentes globalmente, sempre preparados para atender a qualquer momento e em qualquer lugar. Entre em contato com o nosso time para saber mais sobre como utilizar este instrumento a favor dos seus negócios.
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Glossário financeiro: conheça os termos utilizados no mercado
É muito comum que cada mercado utilize termos próprios da área. No financeiro, por exemplo, existem palavras e expressões características que só quem usa cotidianamente entende. Por isso, nada melhor que um glossário financeiro para explicar.
Se você já tentou se informar mais sobre mercado financeiro e sentiu dificuldades em entender, você não está sozinho. O conteúdo especializado pode soar grego para quem não está acostumado.
A hEDGEpoint elaborou um glossário contendo os principais termos do mercado financeiro e do agro para você ficar por dentro das expressões mais utilizadas e consultar sempre que precisar.
A
Acompanhamento de Safra: Monitoramento da evolução da safra, que pode incluir ritmo do plantio, desenvolvimento das lavouras, índices de produtividade e comercialização.
Adiantamento: Negociação na qual é adiantado ao produtor uma parte do financiamento sem que haja fixação imediata de preço futuro e da taxa de câmbio. No entanto, é estabelecido um prazo, no qual o vendedor opta em escolher quando fixar.
Altista: Expectativa de que as cotações continuem se valorizando em um horizonte de tempo. Muito usado o termo em inglês, bullish.
ANEC: Associação Nacional dos Exportadores de Cereais. Formada entre empresas privadas em 1965, tem o propósito de promover o desenvolvimento das atividades relacionadas aos grãos e cereais, bem como defender os interesses de seus associados perante autoridades públicas e privadas.
Ano fiscal: Período de janeiro a dezembro, no qual a empresa apura os resultados contábeis.
Ano safra: Período que compreende o início do plantio e o término da colheita. Quando nos referimos à safra 23/24, por exemplo, significa que ela foi plantada em 2023 e colhida em 2024.
Arbitragem: É uma operação que busca ganhos quando os preços de um determinado ativo estão fora de sintonia com o mesmo ativo em outro mercado. Desta forma, o investidor pode se posicionar comprando em um mercado e vendendo no outro.
Arco Norte: Termo utilizado para referenciar um conjunto de portos localizados no norte do Brasil, constituído principalmente por: Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Vila do Conde (PA) e Itaqui (MA).
Ask: O termo “Ask” representa o nível de preço pelo qual um participante do mercado está disposto a vender um ativo. Oposto, ver “bid”.
Assignment: Termo utilizado para a transferência de direitos, titularidade e interesses sobre a mercadoria que será embarcada.
ATF: Do inglês “Advanced to Farmer” que significa adiantamento de crédito ao produtor (custeio).
Averbação: É o ato por meio do qual se inclui, de forma permanente, uma modificação, alteração ou anotação no conteúdo de um documento, como registros e títulos armazenados em cartório.
B
BACEN: Banco Central do Brasil.
Back-to-back: Operação de compra e venda casadas em que ambas as operações são conectadas e co-dependentes.
Baixista: Expectativa de que as cotações continuem se desvalorizando em um horizonte de tempo. Muito usado o termo em inglês, bearish.
Barter: Sinônimo de troca. É o termo utilizado no agronegócio para caracterizar a troca de produtos e insumos (fertilizantes, corretivos, defensivos e sementes) por grãos (soja e milho). Normalmente ocorre entre o fornecedor dos insumos e produtor.
Basis Point (BPS): Refere-se a uma unidade de medida comum para as taxas de juros ou contratos futuros de juros. Um basis point é igual a 1/100 de 1%, ou seja 0,01% (0,0001), e é usado para indicar a variação percentual de uma taxa de juros. A relação entre pontos percentuais e basis points pode ser resumida desta forma: variação de 1% = 100 basis points e 0,01% = 1 basis point.
Bid: O termo “Bid” representa um nível de preço pelo qual um participante do mercado está disposto a pagar por um ativo. Oposto, ver “ask”.
Biodiesel: Combustível feito a partir de óleos vegetais (óleo de soja, óleo de palma) ou animais (sebo bovino) que é misturado ao diesel.
Bolsa de Mercados Futuros: Mercado organizado para negociação de contratos (de futuros e opções) em que se estabelece um compromisso entre o comprador e o vendedor (venda ou compra) em uma data futura e de determinado ativo (ex.: commodity e moeda estrangeira) a um preço predefinido. Exemplo: B3 no Brasil e CBOT em Chicago, EUA.
Bolsa de Valores (Ações): Mercado organizado onde se realiza compra e venda de títulos e valores imobiliários de forma transparente, em mercado livre e aberto, fiscalizado pelos membros da Comissão de Valores Mobiliários.
Break Fund Cost: Custo pela quebra de algum financiamento.
Bushel: Unidade de medida norte-americana para grãos – volume em um “cesto”. 1 bushel de soja ou trigo equivale a 27,2kg. 1 bushel de milho equivale a 25,4kg.
C
Cabotagem: É o termo utilizado para a navegação entre portos marítimos de um mesmo país em águas costeiras.
Calado: Distância entre a superfície da água e a parte mais baixa do barco/navio.
Carry In: Termo utilizado para se referir ao estoque de entrada no ano, estoque de passagem.
Carry trade: Nos mercados de câmbio, é quando os investidores tomam capital emprestado em um país, a determinada taxa de juros, e aplicam em outra moeda com juros mais elevados, ganhando com este diferencial de juros.
Carry Out: Termo utilizado para se referir ao estoque de saída no ano, estoque de passagem.
Cash: No mercado de commodities, se refere ao produto físico.
Cash Collateral: Garantia em reais vinculada à uma operação de empréstimo com alguma entidade financeira.
CBOT: Chicago Board of Trade (Bolsa de Negociações em Chicago), também conhecida como Bolsa de Mercados Futuros de Chicago.
Certificação Kosher: Documento emitido para atestar que os produtos fabricados por uma determinada empresa obedecem às normas específicas que regem a dieta judaica ortodoxa. Assim, um rabino visita todas as instalações da fábrica, avaliando se a forma como o produto é fabricado atende às exigências da cultura. Depois de aprovado, o certificado tem validade de um ano, sendo renovado mediante nova visita do rabino.
CIF: Termo que significa Cost, Insurance and Freight (Custos, Seguro e Frete). Refere-se à responsabilidade do fornecedor em entregar o produto, assumindo todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria.
Cobertura Soja: Conjunto de indicadores que permitem o acompanhamento volumétrico do planejamento da empresa, mensurando até qual mês há volume de soja suficiente para o processamento da fábrica, por exemplo.
Cobertura de Soja com Preço Fixo: Dado o programa de consumo de soja para determinado período e considerando o volume de soja já contratado com preço fixo, é estabelecida a data até quando terá soja precificada suficiente para atender o uso.
Cobertura de Soja Física: Dado o programa de consumo de soja para determinado período e considerando o volume de soja já contratado (fixo e a fixar) é estabelecida a data até quando terá soja suficiente para atender o uso.
Commodity: Produtos com pouca ou nenhuma diferenciação e que, por seguirem um padrão, são negociados através de Bolsas Internacionais, cujos preços são determinados por relação de oferta e demanda.
Complexo Soja: Conjunto de produtos compostos por Soja, Farelo e Óleo.
Compra a Fixar: No momento da compra da soja, o comprador e o vendedor apenas acordam o volume a ser entregue, deixando o preço em aberto para futura fixação.
Compra Balcão: É a fixação da soja ou do milho já entregue na empresa que até então estava sem contrato.
Compra Disponível: É a compra de soja já colhida e disponível no mercado.
Compra Pré-Fixada: É a compra da soja ou do milho realizada com volume e preço definido antecipadamente, com data de entrega futura.
CONAB: Companhia Nacional de Abastecimento. Órgão do governo brasileiro que realiza estudos e estatísticas dos preços, assim como os levantamentos de custos de produção da agropecuária, a expectativa de plantio e de colheita de grãos, além do volume e localização de estoques públicos e privados de diversos produtos.
Contrato a termo: Aquele em que as partes assumem compromisso de compra e venda de uma mercadoria cuja quantidade, qualidade, preço e prazos são pré-determinados.
Contrato de Adiantamento: Quando a empresa compradora adianta dinheiro ou insumos para o produtor em troca de parte de sua produção.
Contrato futuro: Semelhante ao contrato a termo, o contrato futuro é negociado em Bolsas de Mercados Futuros e tem como principal diferença a liquidação de seus compromissos. Enquanto no mercado a termo os desembolsos ocorrem somente no vencimento do contrato, no mercado futuro os compromissos são ajustados diariamente. Refere-se a cada contrato pelo seu mês, tendo cada mês uma letra de referência.
Copom: Comitê de Política Monetária do BACEN. Tem como objetivo estabelecer as diretrizes da política monetária no Brasil e definir a taxa de juros Selic em suas reuniões periódicas.
CPR: Cédula de Produto Rural. Garante ao produtor brasileiro a antecipação de receita de sua produção (a ser semeada) regulamentado pelo governo e que pode ser avalizado pelo sistema bancário.
CRB: Índice criado em 1957 pela Agência de Pesquisa de Commodities (CRB). Outra referência importante no mercado é o BCOM – Índice de Commodities da Bloomberg.
Custo de Armazenagem: Custo fixo e variável para a operação de um armazém de grãos (soja, milho, sorgo, etc).
Custo de Carrego da Soja: Custo de carregar o estoque de soja de um mês para o outro.
Custo de Produção: Considera os custos operacionais, insumos, administrativos e pós-colheita do cultivo de determinada cultura.
Custo Logístico: Custo para transportar produtos entre origem e destino nos diferentes modais que compõem a rota (ferrovia, rodovia e hidrovia).
D
Debt/Equity: Importante indicador de risco financeiro do negócio, mensura a relação entre as dívidas que a empresa possui com bancos e outras instituições financeiras com os recursos aplicados pelos investidores.
Default: Não cumprimento de contrato ou obrigação.
Demurrage: Sobreestadia. Para operações FOB, é a multa determinada em contrato a ser paga pelo embarcador, quando este demora mais do que o acordado para embarque da carga no navio. Em operações CIF, a multa é cobrada do comprador.
DERAL: Departamento de Economia Rural do Paraná. Entidade responsável por acompanhar os dados agropecuários do estado do Paraná no Brasil e formular políticas agrícolas.
Derivativos: São contratos que derivam a maior parte de seu valor de um ativo subjacente, taxa de referência ou índice.
Despatch: Para operações FOB, é a multa determinada em contrato a ser paga pelo afretador do navio ao embarcador, por este ter carregado em menos tempo do que o garantido em contrato. Já em operações CIF, a multa é cobrada do embarcador.
Dovish: Expressão do mercado financeiro que deriva de Dove (pássaro em inglês) para se referir a cenários, posturas e posições de juros mais baixos, política monetária mais acomodatícia, mais estímulos financeiros e menos austeridade.
E
EBIT: [EBIT = EBITDA – Depreciação]. É o lucro que as empresas atingem em um determinado período de tempo (normalmente um ano) antes de descontar as despesas financeiras (juros devidos para bancos e instituições financeiras, por exemplo) e o imposto de renda. É o resultado do negócio que estará disponível para as instituições financeiras, o governo e os donos do negócio.
EBITDA: É o lucro que as empresas atingem em um determinado período de tempo (normalmente um ano) antes de descontar as despesas financeiras (juros devidos para bancos e instituições financeiras, por exemplo), o imposto de renda e a depreciação (uso das máquinas no processamento de seus produtos, por exemplo). É o resultado do negócio que estará disponível para a empresa comprar novos ativos fixos (máquinas e equipamentos, plantas fabris, etc.), “partilhar” com as instituições financeiras em decorrência dos empréstimos obtidos e com o governo por meio do imposto de renda.
El Niño: O El Niño mais forte manifestou-se nos anos de 1982/1983, quando as temperaturas da água do Oceano Pacífico chegaram a ficar sete graus acima do normal, com enchentes nos estados da região Sul e seca na região Nordeste do Brasil.
Ensacado: Produto ou mercadoria acondicionado em sacarias (50 ou 60 kg) para armazenagem.
Entressafra: Período compreendido entre a colheita de uma safra e o plantio da próxima.
Esmagamento: Processamento industrial da soja para a produção de farelo e óleo. Também conhecido pelo termo em inglês “crush”.
Esteira de Carregamento: Equipamento por onde os produtos (soja, milho, etc) são transportados para armazenamento no silo ou carregamento de navio.
EVA: É o aumento, em termos percentuais e em valores na riqueza da empresa, representada pelos seus bens e direitos. Esse indicador demonstra se a empresa tem capacidade de atrair investidores dispostos a continuar suas atividades de geração de emprego e distribuição de renda.
F
FDA: A FDA (Food and Drug Administration ou Administração de Comidas e Remédios) é o órgão governamental dos Estados Unidos responsável pela proteção da saúde pública do país, desempenhando um papel similar ao da Anvisa no Brasil.
FED: Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos). É responsável por operar o sistema nacional de pagamentos, distribuir a moeda norte-americana, supervisionar e regulamentar o sistema bancário.
Fee: Variáveis dentro de um frame que já estão predefinidas, entendido como o custo do frame.
Fixação: Fixar é definir preço para um contrato.
Flat Price: É uma expressão utilizada no mercado de commodities referente ao preço calculado no porto através da soma da cotação do contrato de soja na CBOT + prêmio porto + spread porto.
FOB: Significa Free on Board “Livre a bordo”. O termo original se refere à responsabilidade do comprador em movimentar o produto até o navio, assumindo todos os riscos e custos com o transporte da mercadoria.
Fob Market: Mercado de referência para mercadorias no porto.
Fobbings: É o custo operacional de transbordo do armazém portuário para o navio.
FOMC: O Federal Open Market Committe (Fomc), também conhecido como Comitê Federal de Mercado Aberto, é o braço do Banco Central dos EUA para determinar as ações da política monetária norte-americana.
Frame: Esqueleto de uma operação de compra e venda que compreende a obrigação de ambas as partes (compradora e vendedora) onde determinadas variáveis são definidas (como por exemplo volume, mês liquidação) e outras são deixadas em aberto para futuro acordo (como por exemplo o preço).
Frete Rodoviário: É o preço pago pelo uso do transporte rodoviário, que varia basicamente conforme a carga, volume, distância e condições da rota a ser percorrida.
Funding: É a fonte de recursos. A empresa converte um débito de curto prazo em outro de longo prazo com a emissão de novos títulos ou vice-versa.
G
Granel: Carga em grande volume que não está ensacada nem encaixotada, geralmente aplicada a grãos, como soja, milho, sorgo.
H
Hawkish: Oposto de Dovish. É uma expressão do mercado financeiro que deriva de hawk (falcão em inglês) quando se refere a alta de juros, mais austeridade e aperto monetário.
Hedge: Operação utilizada para proteção contra oscilações de preços. Pode ser feita através da negociação de derivativos agrícolas e/ou financeiros em bolsas de mercados futuros ou de negociações físicas.
I
Incoterms: Do inglês “Internacional Commercial Terms” ou Termos Comerciais Internacionais. Refere-se aos termos relativos de contratos de venda e compra no comércio internacional (exportação e importação). A modalidade FOB e CIF são exemplos de Incoterms.
Índice de Liquidez Corrente: Indicador financeiro que mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas que vencerão nos próximos 12 meses utilizando seus próprios recursos, sem depender de empréstimos ou de financiamentos.
Índice de Liquidez Seca: Índice que mede a capacidade da empresa de pagar suas dívidas que vencerão nos próximos 12 meses utilizando seus próprios recursos, sem depender de empréstimos ou de financiamentos e sem ter que vender seus estoques para que esses pagamentos aconteçam. Nesse caso a empresa consegue pagar as dívidas e ainda ficar com os estoques.
Inflação: A taxa de inflação é o aumento persistente e generalizado no nível de preços. Ou seja, é a média do crescimento dos preços de um conjunto de bens e serviços em um determinado período.
Internal Basis: Formado pelos custos como quebra, fobbings, financeiros e margem a partir do fluxo do produto do interior ao porto de liquidação.
Invoice: Cobrança de uma transação internacional, contendo detalhes de operação e de preço.
L
La Niña: É um fenômeno meteorológico que se caracteriza por ser o oposto do El Niño, ou seja, é o esfriamento das águas do Oceano Pacífico Equatorial.
Letra de Crédito do Agronegócio (LCA): É um título de crédito nominativo (renda fixa), que é uma promessa de pagamento em dinheiro, emitido exclusivamente por instituições financeiras. A emissão da letra é dependente da existência e disponibilidade no banco de direitos e créditos relacionados com a produção agrícola, comercialização, beneficiamento ou industrialização de produtos ou insumos agropecuários ou máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária.
Liabilities: Do inglês, significa passivo. O termo é utilizado para sinalizar quando a empresa possui alguma pendência financeira com outra instituição.
Line-up: Do inglês, significa fila de navios. Informa a posição dos navios nos portos além de trazer informações como o volume, destino, embarcador, data de chegada e saída.
Loading Guarantee: Garantia de volume mínimo por determinado tempo em carregamento a contar a partir da chegada do navio no porto. Quando ultrapassado gera custos e multas (demurrage), porém quando executado mais rapidamente do que o mínimo gera benefícios econômicos.
Long: Do inglês “longo”, que significa uma posição comprada em expectativa de um aumento de preços para posterior venda.
M
MAPA: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Responsável pela gestão das políticas públicas de estímulo à agropecuária, pelo fomento do agronegócio e pela regulação e normatização de serviços vinculados ao setor.
Margem Bruta / Gross Margin: Indicador que sinaliza a rentabilidade do negócio, ou seja, calcula o percentual de lucro em relação às vendas.
Mark-to-Market (MTM): Marcação de estoques a preços de mercado.
Mercado em Carry: Quando o preço de determinada commodity no futuro é maior do que o preço spot.
Mercado Invertido: Quando o preço spot de determinada commodity é maior do que o preço futuro.
MINAGRI: Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca da Argentina.
Moega: Área ou conjunto de equipamentos onde a soja é descarregada do caminhão.
MTM: Abreviatura para Milhões de Toneladas.
N
NOPAT: É o lucro que as empresas atingem em um determinado período de tempo (normalmente um ano) antes de descontar as despesas financeiras (juros devidos para bancos e instituições financeiras, por exemplo) porém depois de descontar o imposto de renda. É o resultado do negócio que estará disponível para as instituições financeiras e para os donos do negócio.
O
O&D: Oferta & Demanda também conhecido por S&D (Supply & Demand). Se refere ao balanço entre disponibilidade (estoque inicial + produção + importação) e uso (consumo doméstico + exportação).
OBZ: Orçamento base zero. É uma ferramenta estratégica utilizada por empresas na elaboração do planejamento orçamentário para um determinado período, visando melhor distribuição de gastos e despesas. Durante seu processo de revisão, são analisadas premissas relacionadas à função de cada receita, despesas, custos ou investimento, levando em consideração os planos e necessidades estratégicas da empresa.
Oil Share: É a participação em % da receita do óleo de soja em comparação com a receita total do esmagamento (farelo + óleo).
OPEP: Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou OPEC, inglês) é uma organização internacional criada em 1960, na Conferência de Bagdá, pelos países membros – Irã, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela.
Originação: Área Comercial da Algar Agro, responsável pela compra de grãos.
Originação também é a operação física de compra de grãos.
P
P&L (Profit & Loss): Cálculo de resultado de lucros e prejuízos.
Padrão de Classificação ANEC: Padrão de classificação de soja para exportação definido pela ANEC, sendo 14% de umidade, 1% de impurezas e 8% de avariados.
Paper Market: Mercado de Papel Paranaguá.
Paper/Papel: Em referência ao contrato padrão (ANEC) de negociação de Paranaguá (porto de referência de mercado de soja no Brasil).
Paridade Exportação: Internalização dos preços de um produto destinado à exportação, pois equipara as cotações internacionais às regiões brasileiras produtoras. Assim, o custo de exportação de determinada região é calculado através do preço do contrato futuro (multiplicado pelo câmbio) e dos custos de escoamento interno, (despesas portuárias, impostos, frete).
PDD: Perdas com devedores duvidosos ou, mais especificamente, PECLD – Perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa. É o montante de contas a receber, oriundo do faturamento da empresa sobre o qual existem dúvidas quanto ao seu recebimento.
Performance: Desempenho. Do inglês “to perform”, que significa realizar/executar. Modo como a empresa/associado desempenha suas funções buscando alto desempenho (mais com menos).
PGUA: Sigla de mercado para o Porto de Paranaguá. Fala-se “Paguá”.
Plantio: Fase em que se inicia as atividades de determinada cultura no campo.
Plugado: Termo utilizado quando o porto, terminal ou fábrica atingiu sua capacidade máxima de estoque de algum produto.
Porão de Navio: Compartimento destinado ao transporte de cargas a granel.
PPE: É utilizado em dois contextos distintos:
PPE no Planejamento Estratégico – Priorização de Projetos Estratégicos: Trata-se de uma metodologia para avaliação, priorização e aprovação dos novos investimentos de cada empresa.
PPE na Tesouraria – Pré-Pagamento de Exportação: Modalidade de contratação de recursos junto às instituições financeiras atrelado ao compromisso de exportação. Empresas exportadoras antecipam recursos para financiar todo ciclo referente à exportação de suas mercadorias, o que inclui produção, armazenagem e comercialização, por exemplo, sempre antes do embarque.
Preço a Fixar: Contrato que estabelece o prazo, o produto, a quantidade, mas não o preço.
Preço Chicago (CBOT): Último preço realizado entre comprador e vendedor de um contrato futuro na bolsa de Chicago.
Preço de Compra de Grãos: Preço para compra de grãos calculado pela área de Gestão de Riscos considerando os seguintes componentes: cotação Chicago, dólar, prêmio, spread porto, custos logísticos (fretes rodoviário, ferroviário e fobbings), de armazenagem, quebras, entre outros, bem como datas de entrega/pagamento.
Preço Fixo: Fixação de preço para um contrato que estabelece o prazo de entrega, o produto e a quantidade (soja ou milho).
Pré-Fixação: Fixação de preço em um contrato sem preço (a fixar). Ou ainda, é quando o produtor opta por fixar apenas alguns dos componentes do preço, como CBOT e Prêmio, deixando os demais para um outro momento.
Pregão Eletrônico: Sessão eletrônica onde ocorrem as negociações na Bolsa entre os operadores das corretoras através de sistema específico.
Pregão Viva-Voz: Sessão presencial onde ocorrem as negociações na Bolsa entre os operadores das corretoras no piso (pit).
Prêmio/Basis: Também conhecido por Basis. O prêmio é a diferença entre o preço da commodity cotada na bolsa de referência e o preço no porto. Este valor pode ser positivo (ágio) ou negativo (deságio), conforme a oferta e demanda, câmbio entre outros fatores.
Produtividade: Volume produzido por hectare (kg ou sacas).
Programa de Consumo: Para a soja, o planejamento de consumo para determinado período abrange esmagamento em Uberlândia e em Porto Franco, exportação e vendas no mercado interno. Para o milho, compreende as exportações.
Q
Quebra de Safra: Diferença entre o volume de soja estimado durante o plantio versus produção final obtida.
Quebra Logística: Perdas de volume no transporte entre origem e destino.
R
Rally de Preço: É o aumento brusco na cotação de um ativo financeiro ou commodity em determinado período.
Rating: É a classificação feita por agências especializadas para determinar o grau de risco de investimento em determinado país ou empresa.
Recessão: Termo utilizado para designar a contração econômica de um país por um certo período de tempo. Costumeiramente, considera-se um país em recessão quando o PIB permanece negativo por dois trimestres consecutivos.
Região de Compra: Área de atuação de cada filial para a originação de grãos.
Retail mid and small: Varejo médio e pequeno. Segmentação pode ser feita por volume comercializado, receita ou até mesmo número de check-outs (pagamentos).
Retrofit: Processo de modernização de algum equipamento/estrutura considerado ultrapassado ou fora de norma.
ROIC: Índice que calcula o percentual de retorno sobre capital investido.
S
S&OP: Do Inglês “Sales and Operations Planning” ou Vendas e Planejamento das Operações. É um processo que trata do planejamento integrado entre as diversas áreas da companhia, buscando sempre o alinhamento do plano comercial, logístico e industrial, através de reuniões periódicas entre as áreas envolvidas.
Safrinha (Safra de Inverno): Segunda safra de milho no Brasil, a qual é plantada após a colheita da safra de verão. Atualmente outras culturas também têm adotado esta prática.
Secagem: Operação que consiste na retirada da umidade do grão, como a soja ou milho, evitando a fermentação e consequente perda de qualidade da matéria-prima.
SELIC: A SELIC ou taxa SELIC (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) são os juros médios que o Governo Brasileiro paga por empréstimos tomados pelos bancos. O indicador é um instrumento de controle da inflação. Quando a Selic aumenta, mais caro fica o crédito que os bancos oferecem aos consumidores e menos dinheiro terá em circulação no mercado, reduzindo a pressão sobre a inflação.
Shiploader: Equipamento para carregamento da soja a granel no porão do navio.
Shipper: Embarcador. Aquele que é responsável pelo embarque da mercadoria no navio.
Short: Do inglês “curto”, que significa uma posição vendida em expectativa de queda de preços para posterior recompra.
Soja verde: Soja comprada com preço fixo antecipadamente (no ano anterior a safra).
Spot: Faz referência à posição com vencimento mais próximo em negociação (Bolsa, prêmio etc.). No caso do dólar, faz referência à negociação à vista.
Spread Porto: Diferencial competitivo entre os portos, tendo o papel Paranaguá/PR como balizador.
Swap: Acordo para duas partes trocarem o risco de uma posição ativa (credora) ou passiva (devedora), em data futura, conforme critérios preestabelecidos, sendo comum com posições envolvendo taxas de juros, moedas e commodities.
T
Take or Pay: Cláusula contratual que exige o pagamento da totalidade do contrato, caso este não seja cumprido. No caso Agro, esta modalidade é comum na contratação de cotas ferroviárias ou mesmo de armazenagem. Caso o volume total não seja operado, o contrato exige pagamento de sua totalidade mesmo sem utilização do serviço.
TEGRAM: Abreviatura do Terminal de Grãos do Maranhão, no porto de Itaqui.
Top-Off: Termo utilizado quando o mesmo navio realiza embarques em locais e embarcadores diferentes.
Trade Desk: Mesa de Negociação. Algumas das responsabilidades desta área são: realizar a proteção do preço pago pelo grão e de venda de farelo e óleo na Bolsa de Chicago (hedge), gerenciar o programa de exportação (barcos de soja e de farelo) e operar no mercado de Prêmio (também conhecido como mercado de papéis).
Treasuries: Títulos do governo federal dos Estados Unidos.
TUP: Terminal de Uso Privativo. São empreendimentos cuja exploração das atividades portuárias ocorrem sob o regime da iniciativa privada.
U
USD: Dólar. Moeda norte-americana.
USDA (WASDE): Departamento de Agricultura dos EUA.
V
Veranico: É um fenômeno meteorológico que ocorre nas regiões meridionais do Brasil e que provoca calor mais forte que o normal para a época do ano.
Volume Comprometido/Comercializado: Volume comercializado de soja pelos produtores junto às tradings/processadoras.
Volume de soja recebido após descontos: No momento que recebemos um lote de soja ele é avaliado e enquadrado no padrão de classificação da ANEC (14|1|8), sendo 14% de umidade, 1% de impurezas e 8% de avariados. O que vier diferente destes limites é descontado do volume bruto, conforme tabela estabelecida pela empresa, chegando ao Volume Após Descontos.
W
WACC: É o custo médio em percentual dos recursos (dinheiro) que a empresa utiliza para financiar seus bens e direitos.
Washout: Recompra de uma posição com o propósito de liquidar a operação.
Weather Market: Mercado Climático compreende o período no qual o clima pode ter forte influência na produção agrícola, trazendo volatilidade para os preços em Chicago.
Aprenda muito mais sobre o mercado com a hEDGEpoint Academy
A hEDGEpoint Global Markets é uma provedora de soluções para gerenciamento de riscos que alia o conhecimento no mercado agro com o financeiro para oferecer melhores resultados por meio de tecnologias e consultoria customizada, visando a melhor experiência possível em operações de futuros.
hEDGEpoint Academy é o braço educativo da hEDGEpoint, que disponibiliza aulas online que vão desde os fundamentos econômicos e de mercado até os módulos mais especializados em hedge, principal foco do trabalho da empresa.
O diferencial dos cursos da hEDGEpoint Academy são os módulos focados no mercado de commodities específicas. Isso proporciona o entendimento na prática, com exemplos da vivência cotidiana de quem trabalha em qualquer etapa da cadeia do agro.
As aulas são em português, pois tanto a linguagem quanto o conteúdo são focados no Brasil. Sendo assim, os exemplos são aplicados a culturas como café, soja, milho e trigo, com ensinamentos específicos sobre cada uma delas.
O curso é 100% online e pode ser acessado via celular, tablet ou computador, de qualquer lugar. Afinal, o objetivo é democratizar o acesso ao conhecimento sobre hedge, possibilitando autonomia no gerenciamento dos riscos financeiros e melhores negócios às pessoas que investem e se dedicam à área de commodities.
É possível personalizar a jornada de educação do usuário, selecionando os módulos que mais focam nas especificidades de acordo com o interesse de quem fará as aulas. Ou então, adquirir somente a parte teórica do curso ou apenas a prática. Há, ainda, a possibilidade de iniciar no nível de conhecimento desejado, do iniciante ao avançado.
Também pode ser adquirido por empresas, em pacotes personalizados, montados especialmente com as abordagens que interessam ao grupo de pessoas que receberá as aulas.
Para saber mais sobre as trilhas de cursos, acesse hEDGEpoint Academy.
Estratégias de gestão de risco para se proteger das incertezas do mercado de açúcar
O Brasil é líder mundial na produção e exportação de açúcar. Quase todo o país conta com produção de cana-de-açúcar e os números da safra 22/23 deve subir ainda mais em 2023. Mas para se proteger contra as volatilidades do mercado e obter bons resultados, contar com uma boa estratégia de gestão de risco pode ser a solução.
Nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, a produção de cana-de-açúcar tem grande importância econômica. Apenas São Paulo foi responsável por mais de 40 bilhões de reais, em 2021 (IBGE). Cinco vezes mais do que o segundo estado do ranking, Minas Gerais.
Mas olhar só para o valor gerado, não necessariamente significa bons negócios. Na prática, o produtor precisa que o valor total da comercialização da commodity seja mais alto do que o investido naquela safra.
Para que os retornos sejam positivos, é preciso ter um cenário altista pela frente. Ou seja, perspectivas de que as cotações continuem se valorizando em um horizonte de tempo. E isso depende do valor do dólar e da oferta e demanda da commodity.
É por isso que utilizar estratégias de hedge podem ser a solução para se proteger e conseguir melhores resultados. Com a utilização de contratos futuros ou do mercado de opções, pode-se fixar um preço mínimo de negociação de preço e participar da alta do mercado.
Quem deseja usar esse tipo de estratégia no mercado de açúcar, tem dois caminhos: ou estudar muito o assunto ou contar com um parceiro que tenha especialistas no mercado de açúcar e financeiro ao mesmo tempo.
Perspectivas do mercado de açúcar em 2023, por especialistas
Para olhar para o futuro, precisamos construir uma linha do tempo recente. A quebra de safra brasileira em 2021 gerou escassez no mercado, principalmente quanto a qualidade de açúcar bruto, dando sustentação aos seus preços em meio a uma perspectiva de déficit para a safra 2021/2022 (out-set). Assim, o contrato nº 11 mantém-se acima da paridade de exportação indiana durante todo o ano de 2022, em aproximadamente 18.8c$/lb.
Esse nível de preços foi responsável por incentivar que os produtores asiáticos alterassem sua proporção de produção entre qualidades em favor do açúcar bruto. Essa tendência transferiu grande parte da escassez para o mercado de açúcar branco incentivando seus preços a atingirem patamares não vistos em mais de 5 anos.
Assim, de uma forma geral, o mercado de açúcar encontrou suporte no aperto do mercado físico. Com a Guerra na Ucrânia o preço do gás subiu, elevando o preço do refino na Europa – adicionando ainda mais suporte aos preços do adoçante.
No mercado do etanol, as principais mudanças vieram das alterações na tributação, que levou o etanol hidratado a perder competitividade tanto na bomba quanto contra o açúcar, resultando em mix maior que o esperado.
O clima também contribuiu para uma alta nos preços do açúcar no segundo semestre de 2022. Tanto as secas quanto as chuvas prejudicaram produtores de todo o mundo, principalmente do hemisfério norte.
Para 2023, o clima tem se mostrado positivo para o desenvolvimento da próxima safra brasileira, amenizando os efeitos de uma deterioração das safras do Hemisfério Norte e contribuindo para um pequeno superávit em 2022/2023 (Out-Set).
Mas o mercado de açúcar também é bastante afetado por fatores externos ao seu próprio mercado, como pela conjuntura macroeconômica e o complexo de energia, não podendo ignorar seus movimentos.
Estratégias de hedge para ajudar os resultados financeiros
O mercado do açúcar, assim como outras commodities, é muito volátil. As incertezas existentes devido ao cenário político e econômico, nacional e mundial, mudam constantemente, influenciando a oferta e demanda por açúcar e derivados.
No etanol, as políticas para combustíveis exercem influência. Para produtores, o clima é extremamente importante e, apesar de poder ser previsto, não é evitável. Assim, é muito fácil entrar em más negociações e acabar obtendo prejuízos de todo o trabalho dedicado a uma safra.
Diante das incertezas do mercado, é importante buscar uma estratégia de hedge que a proteção, em qualquer que seja a etapa da cadeia. O que a hEDGEpoint oferece são produtos flexíveis para participar na alta dos preços, caso existam indícios de que o mercado vai subir. É possível garantir um preço mínimo de venda e participar da alta do mercado através de estruturas de opções, por exemplo, produto que a hEDGEpoint oferece.
hEDGEpoint Academy oferece cursos focados no mercado de açúcar
A hEDGEpoint Academy é o braço de educação da hEDGEpoint. São cursos que vão do nível iniciante ao avançado e foram construídos pelos especialistas da empresa. Além de módulos focados nos fundamentos e conceitos de hedge, existem os específicos para algumas commodities.
O mercado de açúcar, tão importante para a economia brasileira, já possui uma estrutura de cursos em três níveis: Iniciante, Intermediário e Avançado. Neles, são oferecidas técnicas para analisar o mercado com embasamento, além de ferramentas utilizadas para gerenciar riscos.
Os cursos são 100% online e podem ser acessados via celular, tablet ou computador, de qualquer lugar, afinal o objetivo é democratizar o acesso ao conhecimento sobre hedge.
Há, ainda, uma opção para empresas, que são pacotes personalizados, montados especialmente com as abordagens que interessam ao grupo de pessoas que receberá as aulas.
Para saber mais sobre as trilhas de cursos, acesse hEDGEpoint Academy.
Para entrar em contato com nossos especialistas e saber mais sobre soluções em gerenciamento de risco, acesse hEDGEpoint Global Markets.
Governança e o papel do compliance no G de ESG
A sigla ESG surgiu em 2004, em uma publicação do pacto global da ONU, mas faz apenas alguns poucos anos que vem sendo amplamente utilizada e debatida no mundo corporativo, pressionando empresas a abordarem o tema não apenas interna, mas publicamente.
Juntando as iniciais das palavras Environmental (que se refere ao meio ambiente), Social (de tradução equivalente) e Governance (ou Governança, em português) o termo tem sido muito difundido recentemente principalmente por sua ligação com a sustentabilidade e a necessidade das empresas de demonstrarem sua preocupação com a causa.
Devido à urgência em combater as mudanças climáticas, tornou-se indispensável para uma empresa ter um plano de redução ou contenção de impactos e danos ambientais. Sendo este um tema tão emergente, a sigla acabou ficando muito ligada às questões de meio ambiente, mas na verdade ela tem um significado muito mais abrangente do que isso.
A expressão ESG trata do crescimento sustentável como um todo. Se antes era possível “crescer” ampliando os lucros da companhia ano após ano, hoje, aumentar apenas as cifras numéricas não é mais considerada uma evolução. A sociedade, o mercado e as pessoas cobram boas práticas dentro de parâmetros de gestão sustentável.
Se o “e” é a letra que se refere às questões de meio ambiente e o “s” às pessoas, diversidade e direitos humanos, o que afinal, significa o G de ESG?
O que significa G de ESG e qual sua importância
A última das três letras que formam a sigla ESG é a que mais traz dúvidas quanto ao significado e a aplicação. Basicamente, é importante entender que sem uma boa governança não será possível alcançar os objetivos de Environmental e de Social, pois é preciso foco e estratégia para empregar os recursos disponíveis da melhor forma e conseguir atingir as metas definidas.
Governança é o nome dado ao ato de governar, de definir os compromissos e atribuí-los aos respectivos responsáveis e desenhar os processos para as tomadas de decisão de uma organização.
Este sistema será o responsável por:
- Definir os valores, propósitos, e missão da organização;
- Avaliar e direcionar a gestão empresarial para estes objetivos;
- Debater e tomar as decisões estratégicas;
- Gerenciar riscos do negócio;
- Implementar e otimizar políticas, processos internos e controles.
Os atributos podem variar de uma empresa para outra, pois vai depender de qual o tamanho do negócio e em que área atua, mas para garantir que todos esses processos sejam estruturados e seguidos, de forma ética e transparente, o Compliance é um instrumento fundamental para a boa governança das organizações em todos estes pilares.
Compliance e Governança Corporativa andam lado a lado
Há muita confusão quanto às atribuições de governança e de compliance, mas, apesar de muitos acharem que é a mesma coisa, elas são, na verdade, complementares, na medida em que o Compliance é um dos mecanismos de uma boa Governança.
Se a Governança é o estabelecimento de todo esse sistema de gestão, o Compliance é um instrumento deste sistema para garantir que o funcionamento da empresa aconteça de forma alinhada com sua visão, missão e valores. Assim, garante que os processos sejam implementados para entregar valor aos clientes e gerar resultados aos acionistas e stakeholders. Tudo isso cumprindo leis, regulamentos, normas internas e processos, de maneira íntegra, ética e transparente.
Dessa forma, a equipe de Compliance trabalha em conjunto com os colaboradores, lideranças, fornecedores e parceiros incentivando, inspirando e os acompanhando para se certificar de que as ações estejam de acordo com o posicionamento da instituição.
Sendo assim, sua importância está intrinsecamente ligada à criação e manutenção da reputação e imagem da empresa, agindo preventivamente ao estruturar os mecanismos de uma boa governança, e de forma detectiva ao aplicar mecanismos de monitoramento para identificar e corrigir desvios.
Comprometimento ESG na hEDGEpoint
A hEDGEpoint está comprometida em desenvolver os aspectos ESG como parte da sua estratégia. Queremos promover as melhores práticas por meio de nossas atividades e da forma como fazemos negócios. Integridade e responsabilidade são dois dos valores que fazem parte da nossa essência, entre outros como compaixão, diversidade, excelência e inovação. Por isso, fazemos negócios levando em consideração os fatores ambientais, sociais e de governança e continuamos pensando em novas formas de contribuir para impactar positivamente as cadeias de commodities das quais fazemos parte.
(E) Environmental
Fazemos parte de uma cadeia que apoia o desenvolvimento local dos produtores e promove a segurança dos seus negócios e as melhores práticas ambientais pautadas nas práticas de ESG. A hEDGEpoint faz tudo isso por meio de uma gestão de risco adequada, da educação financeira e de insights que trazem informações importantes sobre diferentes setores agrícolas e energético.
O Compliance é parte fundamental deste processo, uma vez que, para se tornar uma empresa verde, é preciso estar em conformidade com a legislação ambiental e com as boas práticas de gestão dos recursos naturais. Existem diversas leis e regulamentos que tratam das questões ambientais e, hoje, o Compliance é um forte aliado na definição de estratégias adequadas, ao apoiar no gerenciamento de riscos legais e regulatórios, como forma de proteger os negócios para que os resultados sejam alcançados de forma sustentável.
(S) Social
A promoção das práticas de valorização à diversidade e equidade no ambiente de trabalho faz parte da cultura da hEDGEpoint. Para isso, queremos incentivar que essa discussão vá além da nossa empresa e possa contribuir para o desenvolvimento de toda a cadeia e da sociedade, e por isso promovemos o voluntariado por meio de programa de incentivo a ações em prol de comunidades em situação de vulnerabilidade e pretendemos lançar, em breve, atividades relacionadas ao combate à fome, desperdício de alimentos, consumo consciente, cidades sustentáveis, inovação social e educação. O Compliance apoia no desenvolvimento deste pilar ao buscar garantir mecanismos para a aplicação dos Direitos Humanos e das leis trabalhistas, bem como das práticas de diversidade e inclusão, em todos os processos da organização.
(G) Governance
Tendo como base as melhores práticas de ESG, a integridade e a responsabilidade são nossos valores, e são fundamentais no relacionamento da hEDGEpoint com todos os seus públicos: clientes, fornecedores, parceiros, instituições externas e funcionários. Para garantir a aplicação destes valores na prática, a governança traz, na gestão do nosso negócio, protocolos rígidos de classe mundial, políticas e código de conduta, além de uma estrutura organizacional adequada para garantir total conformidade com leis e regulamentos.
Para isso, o Compliance reforça a Governança Corporativa, ao prevenir, detectar e corrigir condutas ilícitas e erradicar quaisquer práticas que não estejam baseadas em nossos valores.
Em nosso site, é possível encontrar documentos que proporcionam transparência sobre quem somos e como agimos. Clique aqui e confira, ou saiba mais sobre a hEDGEpoint no nosso site.
Estiagem no Rio Grande do Sul: prejuízos para a agricultura e a economia local
O RS tem um importante papel no agronegócio brasileiro. A soja, o milho, o arroz e o trigo estão entre as principais commodities produzidas e exportadas pelo estado. Mas a estiagem no Rio Grande do Sul vem causando prejuízos aos agricultores.
Durante o verão, período crucial para o desenvolvimento da soja, o efeito La Niña prejudicou as plantações. Com clima quente e ausência de chuvas, os grãos semeados por volta de outubro e novembro de 2022 tiveram dificuldades para crescer e amadurecer até a época de colheitas, entre janeiro e abril.
Diante desse cenário, mais de 200 cidades do RS já decretaram situação de emergência. Mesmo com chuvas no radar e já se manifestando em algumas regiões, ainda é difícil visualizar um bom cenário para produtores.
Perdas e prejuízos estimados no RS
No Brasil, quatro estados são responsáveis por 70% da produção de grãos no país: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Entre eles, MT é o maior produtor e RS o quarto, no ranking nacional. Mesmo assim, a commodity é de grande importância para a economia do estado gaúcho.
Já são três anos seguidos de fenômeno La Niña no verão, período de crescimento da soja. Mas mesmo com a estiagem, as exportações de grãos do agronegócio brasileiro atingiram o maior valor da série histórica em 2022.
Isso porque houve queda no volume embarcado, mas aumento nos preços médios dos itens. A venda de trigo e o estoque de soja (da safra 20/21) compensaram a quebra de safra 21/22. Mas com a volta da seca no verão 22/23, já fica mais complicado ter estimativas de aumento, seja em volume ou em valores.
Como a precificação da soja depende também de oferta e demanda, quando há pouca oferta o preço pode subir. E nesse caso, o Centro-Oeste deve suprir as demandas, pois lá o clima é mais previsível e já se consolida uma nova safra recorde em 22/23.
Essa mesma safra de grãos no Rio Grande do Sul já estima perda de 50 a 60%. Se a produtividade esperada do milho de verão, por exemplo, era de 5 a 6 milhões de toneladas, devem ser colhidas cerca de 3 milhões.
Na soja, a expectativa de 22 milhões caiu para 15 milhões. E atualmente, se esse número se mantiver será uma excelente notícia. Olhando para os prejuízos financeiros, estima-se perda de 6 a 7 bilhões para a economia gaúcha.
Apesar de o principal impacto ser no bolso do agricultor, toda a cadeia econômica acaba sendo afetada. É um valor que deixa de chegar ao estado e circular no comércio, serviços e outros.
O que fazer para gerenciar os riscos no mercado agrícola?
No mercado de commodities, para minimizar os impactos é preciso fazer gestão de risco. Mas são diversos os tipos de riscos envolvidos, logo, existem diversas possibilidades de gerenciamento.
Uma prática muito comum no mercado de grãos é a realização de contratos a termo. Quando o produtor de soja investe em insumos para a próxima safra, ele vende parte dessa safra travando o preço futuro para obter na hora o valor que precisa.
O problema disso é que há um compromisso com a entrega física do produto. E com as quebras de safra que vêm acontecendo, pode não haver produto suficiente para entregar a este comprador. No RS, já houve casos de um produtor precisar comprar soja de outro para poder entregar ao comprador.
É aí que entra a estratégia de hedge como uma possível alternativa para reduzir prejuízos. Pois apesar de também travar um preço para a commodity, os contratos são realizados em bolsa.
Como usar estratégias de hegde no mercado de commodities?
As estratégias de hedge surgem como um novo patamar de negociação para o agricultor. É uma opção onde o produtor pode encontrar mais tranquilidade para negociar sem tanta pressão para a entrega final.
Uma das grandes vantagens é que não há comprometimento físico. Ou seja, os valores são negociados a partir da bolsa de valores de Chicago, e não em contraparte de produtos. Assim, se a safra não atingir a expectativa desejada, basta desfazer o contrato.
Além disso, é uma forma para se precaver das instabilidades do clima e das taxas de câmbio. Ou seja, uma boa estratégia de hedge pode ser a chave para um gerenciamento de riscos eficaz, evitando surpresas desagradáveis em sua programação financeira.
A melhor opção para entrar neste universo é contar com um parceiro que possua vasto entendimento no mercado agro e, ao mesmo tempo, no financeiro. Somente a partir de uma visão ampla de um contexto tão complexo e do mercado global será possível tomar as melhores decisões.
A hEDGEpoint alia o conhecimento de especialistas do mercado agro com produtos em gestão de risco para oferecer sempre a melhor experiência em operações de futuros e seus derivativos.
Estamos presentes globalmente, sempre prontos para atender a qualquer momento e em qualquer lugar. Entre em contato com um consultor para saber mais sobre como utilizar estes instrumentos a favor dos seus negócios.
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