O papel da inteligência de mercado para gerenciar riscos
Um time de inteligência de mercado tem como princípio trazer a melhor informação da forma mais rápida possível. Assim, contribui para tornar a tomada de decisão de gerenciamento de risco mais efetiva.
Os analistas de inteligência de mercado possuem uma curiosidade nata e orientação para resolução de problemas. Para isso, eles atuam com respaldo em modelagem estatística e acompanhamento dos principais acontecimentos do mercado em tempo real.
Você sabia que a hEDGEpoint conta com uma área dedicada à inteligência de mercado? A nossa equipe é referência para acompanhar as principais movimentações e tendências que impactam o mercado de commodities agrícolas e de energia.
Quando o assunto é hedge em commodities, podemos contar com nossos profissionais. Oferecemos atualizações de mercado e relatórios de análises tempestivamente, a fim de contribuir com a tomada de decisões de nossos clientes. Além disso, atuamos em toda a cadeia de commodity.
Quer entender melhor como a nossa inteligência de mercado funciona na prática e qual a sua real importância? Continue a leitura e descubra em seguida!
Inteligência de mercado: o que é e como funciona?
A área de inteligência de mercado da hEDGEpoint é responsável por analisar o comportamento e tendências de commodities agrícolas e energéticas. A equipe conta com um robusto conhecimento dos principais fundamentos do mercado e sua conexão com a tendência de preços.
Assim, acompanham-se de perto fatores que compõem e afetam o balanço de oferta e demanda de cada commodity. Avalia-se, também, como esse contexto se reflete na realidade dos mais diversos agentes deste mercado.
“Nós somos responsáveis por trazer dados e fatos que indicam a situação atual de cada commodity, bem como as perspectivas futuras. Assim, conseguimos proporcionar informações valiosas para quem recorre aos instrumentos de hedge”, explica Thais Italiani, gerente de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint.
Qual a metodologia usada pela hEDGEpoint para as projeções de safra para o mercado de commodities agrícolas?
Nossas projeções são construídas com base em análises robustas e modelagens estatísticas que consideram os fundamentos de cada mercado. Além de incluir a contratação de serviços especializados em Crop Tour, quando necessário. Exploram, assim, questões como:
- A evolução de área em produção;
- Acompanhamento de produtividade e dados climáticos;
- Eventos relevantes.
Em relação a este último fator, muitas vezes, o mercado de commodities também possui caráter político e macroeconômico. Ambos são difíceis de capturar com modelagem, mas extremamente necessários para se monitorar.
Como exemplo, podemos citar grupos como a OPEP+, que possuem grande influência sobre os preços do petróleo. Monitorar suas decisões é, portanto, tão relevante quanto entender e estimar a capacidade produtiva do bloco.
Neste contexto, como acontece o funcionamento da inteligência de mercado?
O funcionamento da inteligência de mercado começa a partir das ponderações acerca da oferta. Por exemplo, pense no caso da soja. O setor de inteligência analisa questões relacionadas à área plantada, às tendências de rendimento, às diferenças entre regiões produtoras e ao clima.
Além disso, verifica-se a situação do ciclo agronômico das plantas, incluindo aspectos como luminosidade, umidade e temperatura.
“Monitoramos também a evolução do plantio e da colheita, apontando a janela ideal e quanto foi plantado nesse período. As condições de preparo do solo e a compra de insumos são outros fatores que verificamos”, complementa Italiani.
Leia também:
- A influência dos fenômenos climáticos no mercado de commodities
Igualmente, analisa-se a demanda. Continuando no nosso exemplo da soja, a inteligência de mercado acompanha de perto as indústrias de óleos, frangos, suínos e biocombustíveis. Todas elas podem demandar esse grão e é necessário monitorá-las.
Outro exemplo que podemos apresentar é do mercado do café. Para estimar o potencial da safra, partimos de dois cenários: a área pode apresentar crescimento de acordo com a tendência, ou seguir o crescimento médio de anos de bienalidade positiva. Para a produtividade, modelamos a métrica de scs/ha contra o NDVI médio de cada região,
Dentro de todos os mercados de commodities, também levamos em consideração o contexto global. Não apenas específico de seu mercado, tendo como base a interação entre seus diversos participantes, mas também fatores externos ligados à macroeconomia.
Um exemplo disso são os movimentos de combate à inflação com aumento da taxa de juros por parte dos bancos centrais. Essa ação afeta diretamente a percepção de risco e o posicionamento dos participantes em relação às commodities.
Aspectos macroeconômicos influenciam a atuação da inteligência de mercado
Sabendo que decisões políticas e econômicas acarretam alterações na percepção de risco dos participantes de mercado, monitorar o contexto macroeconômico global se torna essencial. Conflitos geopolíticos e guerras comerciais podem desencadear não apenas complexas alterações nas cadeias produtivas, mas também nos fluxos comerciais.
Assim, o monitoramento das exportações e importações transcende seu caráter fundamentalista, tendo como parte intrínseca o relacionamento entre os participantes de mercado. De forma particular, especuladores tomam vantagem dos momentos de alteração de tendência, aumento de volatilidade provocado por alterações de políticas, conflitos ou inclusive eventos climáticos.
Compreender o posicionamento dos mais diversos players na bolsa se torna parte essencial para o entendimento do comportamento dos preços futuros: where is the money?
“Precisamos supervisionar o contexto de aversão ao risco e impactos no dólar, sempre de olho nas taxas de juros e na inflação dos principais países produtores e compradores. Em síntese, fatores variados afetam o apetite por determinada commodity”, pontua Thais.
Entendimento do global ao mercado local
Entender o mercado global e como os fatores externos podem acarretar alterações nos preços de cada commodity é apenas uma parte do desafio. Monitorar de forma mais profunda o mercado físico é outro desafio.
Nesse sentido, torna-se essencial traçar relação entre os prêmios pagos por qualidade e os diferentes valores nas principais praças consumidoras da commodity. Isso adiciona ainda mais complexidade ao trabalho de inteligência de mercado.
Aliado a todo esse conjunto, há ainda a observação de questões logísticas, como capacidade de portos e custos de fretes. Em suma, são variáveis multifatoriais que devem ser interpretadas pela inteligência de mercado.
“A maior parte da composição dos preços são fatores recorrentes a cada ciclo. Uma vez que conseguimos verificar a oferta, demanda e todas as variáveis, identificamos para qual caminho elas estão apontando, conclui.
Leia também:
- Taxa de juros e variação cambial: entenda a relação e impactos
- Conheça as principais bolsas para precificar commodities
- Como a volatilidade impacta o mercado de commodities?
Qual a importância da inteligência de mercado para os players de commodities?
Uma das grandes vantagens da inteligência de mercado é permitir uma atuação com olhar global, conectando diferentes setores.
Um time dedicado de inteligência de mercado é crucial na compreensão e navegação do complexo cenário do gerenciamento de riscos de commodities agrícolas e de energia. Conheça ao lado o nosso time e as commodities com as quais atuam.
A natureza volátil desses mercados exige uma análise contínua e aprofundada para antecipar mudanças nas condições que podem afetar significativamente a cadeia de commodities. Sendo assim, monitoram-se de perto os fatores econômicos, políticos e climáticos que impactam diretamente a produção e distribuição de commodities agrícolas e de energia.
Nesse sentido, o time de inteligência de mercado pode identificar padrões emergentes, mitigar riscos e apontar oportunidades estratégicas.
Além disso, a produção regular de relatórios com updates e análises de tendências fornece uma base sólida para a tomada de decisões informada. Somado a isso, disponibilizamos um fórum mensal de interação ao vivo em nossas Calls de Mercado através da nossa plataforma hEDGEpoint HUB. Desse modo, nossos clientes podem se adaptar proativamente às mudanças no ambiente de negócios.
O nosso time de inteligência de mercado atua como uma bússola estratégica, fornecendo informações relevantes para o nosso time de sales e nossos clientes. Os profissionais altamente especializados da hEDGEpoint vão além do conhecimento genérico de mercado.
Eles mergulham nos detalhes específicos de cada setor para compreender nuances que podem passar despercebidas em análises generalistas. Essa especialização possibilita ao time oferecer insights qualificados e contextualizados, o que representa uma vantagem estratégica para empresas que buscam antecipar as mudanças nos mercados de commodities, não apenas reagir a elas.
hEDGEpoint: inteligência de mercado para o gerenciamento de riscos
Você deve ter notado a importância da inteligência de mercado aos players de commodities, certo? Essa área é imprescindível para o gerenciamento de riscos mais eficaz.
Se você procura informação e relatórios embasados para te ajudar na sua tomada de decisão, está na hora de você conhecer o hEDGEpoint HUB. Na nossa plataforma exclusiva, você pode se cadastrar para ter acesso aos materiais produzidos pelo nosso time de Inteligência de Mercado. Acesse agora!
O que é spread no mercado de commodities?
No mercado de commodities, o spread é comumente utilizado como um indicador da diferença de preços entre:
- O mesmo ativo negociado em diferentes datas (diferentes contratos);
- Diferentes ativos negociados, mas que possuem alguma relação entre si;
- O mesmo ativo negociado em bolsas
Por exemplo, pense que os contratos futuros para outubro e novembro da soja, negociados na Bolsa de Chicago, estão cotados em US$ 15,00 e US$ 13,00 por saca, respectivamente. O spread entre eles será de US$ +2,00/saca (15,00 – 13,00 = 2). Se o preço do vencimento mais próximo está mais alto que o do mais distante, o spread entre eles será positivo e vice-versa.
Neste texto, você irá entender os principais conceitos sobre o spread. Continue a leitura para saber mais!
Quais fatores influenciam o spread?
O spread de preços dos contratos de uma mesma commodity está associado a diversos fatores, como expectativas de oferta e demanda, taxas de juros e custo de carrego.
A oferta e a demanda por uma commodity específica têm um impacto direto nos spreads. Se a demanda supera a oferta, os preços de curto prazo podem ser mais altos, levando a spreads positivos. Se a oferta excede a demanda, os preços de curto prazo podem ser mais baixos, resultando em spreads negativos.
Por sua vez, taxas de juros mais altas no curto prazo tendem a aumentar o custo de carrego. Portanto, os preços dos contratos mais curtos tendem a sofrer uma desvalorização e dos mais longos uma valorização.
É muito comum que o produtor rural analise o spread de preços de sua commodity ao longo do tempo para definir o melhor momento de venda. Quando ele decide postergar a venda, origina-se o custo de carrego, que irá acarretar gastos para a estocagem do produto.
São dois os principais fatores que influenciam essa análise:
- Custo financeiro para postergar o recebimento pela venda;
- Custo operacional de armazenamento do ativo, caso o produtor prefira carregar o seu estoque no curto prazo, apostando em condições de venda melhores no futuro.
Então, para compensar a venda no futuro, o vendedor deverá receber um preço maior, que irá abarcar tanto o custo financeiro como o de carrego. Quando esse custo total é positivo, o mercado espera que o preço da venda futura da commodity seja maior do que no mercado à vista.
Como a curva de spread funciona?
A curva de spread reflete a diferença entre o valor negociado pelos contratos futuros de uma commodity ao longo do tempo. Assim como a curva de preços, a curva de spread normal, também chamada de curva em carrego, ocorre quando os contratos futuros tendem a aumentar seu valor ao longo do tempo, gerando spreads negativos.
Esse cenário é comum em casos nos quais os ativos estão adequados para suprir a demanda, como safras abundantes de grãos, em período de demanda estável. Por isso, os vencimentos mais próximos tendem a valer menos do que os vencimentos no futuro.
Já a curva de spread invertida acontece quando a demanda no curto prazo é maior do que a oferta, causando um aumento do valor dos contratos no curto prazo. Esse cenário não é usual e costuma durar pouco tempo.
Existe também a curva de spread flat, que demonstra uma baixa variação entre os contratos negociados hoje e no futuro. Assim, sinaliza que o mercado apresenta menor volatilidade.
Estratégias envolvendo spread: entenda os conceitos
O spread pode ser aplicado de formas estratégicas para os negociadores do mercado de commodities:
-
Spread Intra Commodity / Calendar spread
Utiliza contratos futuros em situações nas quais um trader compra/vende um futuro de commodity que irá expirar em um determinado vencimento e vende/compra simultaneamente um futuro para a mesma commodity subjacente, expirado em um vencimento diferente.
O spread intra commodity ou calendar spread assegura a entrada simultânea em posições de commodity comprada e vendida, no mesmo ativo subjacente, mas com datas de vencimentos diferentes.
-
Spread Inter Mercado
Aproveita-se a diferença de valor de commodities com o mesmo mês de vencimento em bolsas distintas. É possível abrir uma posição para comprar soja no mercado futuro na B3 e vender soja em contrato futuro na Bolsa de Chicago, por exemplo.
-
Spread Inter Commodity
Essa ferramenta tenta tirar proveito do diferencial de valor entre duas ou mais commodities relacionadas, como soja e farelo de soja. O comerciante de spreads inter commodity pode se posicionar comprado em contratos futuros em um determinado mês de vencimento, ao mesmo tempo em que se posiciona vendido em uma commodity relacionada no mesmo período de vencimento.
hEDGEpoint: conhecimento de todo o setor de commodities
Entender o spread é um assunto bastante complexo. Saber o que é esse conceito e como ele funciona faz toda a diferença nos negócios.
A hEDGEpoint entende profundamente de todos os aspectos do mercado de commodities. Com uma equipe que atua globalmente, conseguimos aliar análise de dados, conhecimento multidisciplinar e insights para a tomada de decisões mais informada.
Fale com um profissional da hEDGEpoint.
Estreito de Ormuz: mercado de energia em estado de alerta
O conflito no Oriente Médio entre Israel e Hamas, iniciado no dia 07 de outubro, poderá impactar o Estreito de Ormuz. Essa região é crucial para o transporte significativo de boa parte da produção global de petróleo.
A guerra introduziu um novo elemento de volatilidade no mercado de commodities, com chance de afetar a segurança energética mundial. Desde então, o setor de energia segue em alerta devido aos potenciais desdobramentos. Neste cenário, o hedge atua como uma importante ferramenta para gerenciar riscos.
Continue a leitura para entender:
- O que é o Estreito de Ormuz e qual a sua importância.
- Como a guerra pode impactar o Estreito de Ormuz.
- Qual o papel do hedge na situação atual do mercado de energia.
O que é o Estreito de Ormuz e qual a sua importância?
O Estreito de Ormuz é o canal que conecta o Golfo Pérsico ao Golfo do Omã e, por extensão, ao Oceano Índico. Localizado entre Irã e Omã, é uma das principais rotas de alguns dos maiores exportadores de petróleo do mundo. Trata-se, portanto, de uma via marítima extremamente estratégica.
Sua importância está no fato de ser um ponto de passagem para o transporte de petróleo e gás natural dos países do Golfo Pérsico aos mercados internacionais. Estima-se que cerca de um quinto da produção mundial de petróleo bruto é escoada pelo Estreito de Ormuz.
Ou seja, essa porcentagem equivale a aproximadamente 17 milhões de barris de petróleo por dia, segundo dados atualizados da BNN Bloomberg. Por isso, qualquer acontecimento nesta região pode se refletir no preço da gasolina e do diesel, repercutindo na economia de todo o planeta.
Transporte mensal acumulado marítimo de petróleo bruto do Oriente Médio (milhões de barris)
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Fonte: hEDGEpoint Global Markets
As alternativas para contornar o Estreito de Ormuz são limitadas. Somente a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos dispõem de oleodutos que podem deslocar petróleo bruto para fora do Golfo Pérsico. Além disso, apenas esses dois países têm capacidade adicional de transporte para contornar o Estreito de Ormuz.
- Saiba como o uso do petróleo evoluiu e qual a relevância da commodity no mundo.
Como a guerra entre Israel e Hamas pode impactar o Estreito de Ormuz?
A guerra entre Israel e Hamas despertou temor no mercado de energia, agravando a aversão ao risco. Ativos como commodities devem sentir os efeitos, especialmente se houver envolvimento do Irã. A entrada do país no conflito pode acentuar as tensões e afetar a passagem marítima de Ormuz.
O Irã é um dos principais produtores e exportadores de petróleo e gás natural do Oriente Médio. A nação já está sujeita a sanções ocidentais que podem ser aprofundadas e dificultar o comércio do petróleo iraniano. O resultado? Aumento dos custos de energia para todo o mercado.
A combinação de demanda elevada por petróleo e limitação na oferta por medidas da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) criam um ambiente favorável para o petróleo iraniano. O país aumentou a sua presença devido a fatores como a maior demanda chinesa.
Nos últimos anos, o Irã tem contornado as sanções do Ocidente e intensificado significativamente suas exportações. Para isso, tem aplicado técnicas que tornam difícil rastrear a origem do seu petróleo.
Caso entre na guerra, poderá haver interrupções neste suprimento, com ameaça de fechar o Estreito de Ormuz. A medida é recorrente do governo iraniano em momentos de tensão geopolítica. Se isso acontecer, a oferta será ainda mais reduzida, acentuando a escalada de preços.
Produção de petróleo do Irã
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Fonte: hEDGEpoint Global Markets
Por que o petróleo em alta pode causar inflação global?
Um bloqueio do Estreito de Ormuz, mesmo que temporário, poderia levar a aumentos substanciais dos custos totais da energia e causar a inflação global. O mercado de energia já está bastante restritivo. Em caso de subida no valor do petróleo, os preços serão pressionados.
A alta dos preços é um desafio para as autoridades monetárias que buscam controlar a inflação. Isso acontece porque o petróleo é um insumo base para o transporte de bens e serviços, como agricultura e manufatura. Os custos de produção se elevariam, com os efeitos sentidos também pelos consumidores.
Principais Futuros do Petróleo (USD)
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Fonte: hEDGEpoint Global Markets
Nas últimas semanas, os dados de inflação mostram que os preços ao consumidor subiram 0,4% em setembro, acima do consenso do mercado de 0,3%. A surpresa de alta contribui para causar maior dissipação da aversão ao risco. Além disso, a perspectiva de aumento da taxa de juros nos Estados Unidos e consequente fortalecimento do dólar impacta investidores. Isso acontece porque a moeda de países emergentes perde força.
- Leia também: Como a volatilidade impacta o mercado de commodities?
Qual o papel do hedge para o mercado de energia?
Até o momento, estamos no início da guerra e não há como antecipar com precisão os próximos desdobramentos. Porém, já estamos vivendo um contexto de aumento notável na volatilidade, particularmente em relação aos preços do petróleo.
Neste caso, há chance de que a inflação cresça no futuro próximo devido ao consequente encarecimento dos custos energéticos. O hedge desempenha um papel fundamental para a gestão de riscos na cadeia global do mercado de energia. Para isso, envolve a adoção de mecanismos capazes de proteger os participantes do mercado de energia contra variações adversas nos preços.
A hEDGEpoint entende profundamente deste setor e dos instrumentos de hedge. Compreendemos o cenário global e analisamos todas as consequências possíveis para contribuir na tomada de decisões.
Fale conosco e saiba como podemos atuar no seu negócio.
Gestão do agronegócio: como aliar tradição à profissionalização?
O agronegócio une cada vez mais tradição à profissionalização, visando o aprimoramento da gestão e o desenvolvimento contínuo. O foco está em manter a alta produtividade e competitividade em um setor extremamente relevante no planeta inteiro.
Para os produtores e demais agentes envolvidos no mercado de commodities, avaliar fatores como custos de produção, volatilidade de preços, agenda ESG e novas tecnologias faz toda a diferença na obtenção de melhores resultados.
Tendo em vista esse cenário, a busca pelo conhecimento, a adoção de práticas ESG e de novas tecnologias têm se mostrado essencial. O uso do hedge também ganhou força, trazendo proteção por meio de produtos aplicados ao gerenciamento de riscos.
Neste texto, explicamos como todos esses fatores têm sido aliados da profissionalização do agronegócio.
Continue a leitura e descubra!
Conhecimento: aperfeiçoamento constante do agronegócio
Saber como gerenciar etapas, qual a melhor forma de destinar recursos e de que forma conduzir operações de modo estratégico é chave para o sucesso dos negócios. Com o conhecimento aliado ao trabalho no campo, é possível adotar uma gestão do agronegócio ainda mais eficiente.
Pegando a soja como exemplo, não basta plantar e colher. É preciso entender as dinâmicas a nível local e global para acompanhar os movimentos de mercado, pois essa commodity está sujeita às leis de oferta e demanda mundiais e à volatilidade dos preços. Ter uma visão completa do negócio permite agir de maneira tática.
Diante dos desafios de lidar com um contexto incerto, é necessário gerar conhecimento que vai muito além de apenas processar informações. Para isso, as empresas buscam educar e capacitar profissionais, incluindo iniciativas como:
- Ensinamentos sobre habilidades técnicas;
- Conceitos importantes acerca do mercado de atuação. Voltando ao caso da soja, aqui entram questões relacionadas à especificidades da commodity, como sazonalidade, oscilação histórica de preços, armazenagem e otimização da produção, por exemplo.
- Educação financeira: os produtores rurais e as empresas do agronegócio precisam de uma sólida compreensão dos conceitos financeiros para tomar decisões assertivas e realizar um planejamento de longo prazo. O setor agro está sujeito à volatilidade, e a educação financeira pode ajudar na compreensão e mitigação desses riscos por meio de instrumentos de hedge, como o uso de derivativos.
Com a busca pelo conhecimento, produtores e empresas do agro podem analisar dados e obter insights valiosos. Significa, em outras palavras, voltar o olhar da gestão do agronegócio para a informação antes da ação, com foco na capacitação constante.
Gestão do agronegócio e agenda ESG: qual a relação?
O papel expressivo do agronegócio na economia de diferentes nações torna urgente que haja adequação às demandas crescentes da agenda de governança ambiental, social e corporativa (tradução livre da sigla ESG, do inglês environmental, social e governance).
Só para você ter ideia da relevância da agenda ESG, uma pesquisa da consultoria PwC realizada em 2021 evidenciou que, até 2030, o agronegócio deve apresentar um aumento de 50% na demanda de água e 40% na de energia. Neste contexto, é um setor que deve abordar diferentes temas, como questões ambientais, políticas transparentes de governança, as modificações nos hábitos de consumo e as iniciativas de inovação.
Algumas pautas ESG que exigem a profissionalização do agro incluem:
- Redução nas emissões de carbono: as empresas devem investir em ações para reduzir as emissões, procurando alternativas capazes de eliminar desperdícios e aumentar a reutilização de produtos, destacando-se o crescimento da procura por energias renováveis.
- Governança corporativa: esse é um termo relativamente novo para o agro e se faz presente no dia a dia de muitas empresas agrícolas e propriedades rurais. A governança se refere à habilidade de governar de modo transparente, por meio de aplicações de técnicas, observância de práticas e definição de procedimentos estruturados que definem diretrizes para a relação entre sócios, conselho de administração, acionistas,órgãos de fiscalização, fornecedores, entre outros.
- Impactos na sociedade: as empresas precisam avaliar as consequências de suas atividades, procurando formas de priorizar o bem-estar de todos os envolvidos.
Estabelecer normas e parâmetros, a partir de um processo de governança que atua com responsabilidade socioambiental, é fundamental para que bens e ativos da empresa sejam usados com estratégia. Unir tradição à excelência na gestão do agro é um desafio que requer a adesão à agenda ESG, um fator que impulsiona uma mudança complexa de paradigmas no mercado de commodities.
Tecnologia impulsiona o aprimoramento do setor
A digitalização dos negócios pode gerar soluções importantes para o agro. O uso de sensores e softwares, por exemplo, pode auxiliar os produtores a obter mais rentabilidade, reduzindo custos e acelerando processos.
Alguns benefícios da tecnologia para profissionalizar o agronegócio são:
- Aumento da produtividade por meio da automação de tarefas, uso de maquinário avançado e implementação de sistemas de informação que tornam as atividades mais ágeis.
- Gestão integrada digitalmente para a tomada de decisões mais estratégicas a partir de sistemas de coleta e análise de dados, permitindo obter informações atualizadas sobre culturas, condições climáticas, mercados e demais variáveis relevantes.
- O agronegócio ganha maior precisão, pois são usados instrumentos como GPS, sensores e drones para coletar dados em tempo real. Essas informações direcionam a aplicação de insumos agrícolas de forma mais eficiente e com menos impactos socioambientais, conectando-se à pauta ESG.
- A tecnologia permite a rastreabilidade, o monitoramento e o registro de todas as etapas de produção de forma unificada e com a possibilidade de acesso em diferentes localidades.
Quer saber mais sobre as tendências da tecnologia no mercado de commodities? Leia nosso conteúdo exclusivo.
hEDGEpoint: entendimento profundo para a gestão do agronegócio
A hEDGEpoint realiza o gerenciamento de riscos do agronegócio, aliando o conhecimento no mercado agro com o financeiro para oferecer a melhor experiência possível em operações de futuros.
Pensando em democratizar o acesso à informação para o setor de commodities agrícolas e energéticas, criamos o hEDGEpoint HUB. Esse é o nosso novo hub de conteúdo que agrega também relatórios e insights de inteligência de mercado.
Além disso, disponibiliza aulas online para as pessoas que querem entender a fundo esse mercado, procurando se desenvolver e se aperfeiçoar em ferramentas mais sofisticadas. Os cursos são 100% remotos e podem ser acessados de qualquer dispositivo e lugar.
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Basis aplicado no hedge: entenda estratégias e riscos
Explicamos recentemente em nosso blog o que é basis. Esse conceito se refere à diferença entre o preço à vista de uma commodity no mercado físico em relação ao seu preço no mercado futuro.
Nas operações de hedge, o basis desempenha um papel importante, pois determina como os contratos futuros se alinham aos preços praticados à vista. Os contratos futuros são acordos financeiros padronizados entre duas partes para compra ou venda de um ativo subjacente a um preço determinado, em uma data específica do futuro.
Para você entender melhor, imagine o seguinte cenário: um produtor de milho quer proteger o valor da sua mercadoria que será colhida em junho. Para isso, ele tem a opção de vender contratos futuros de milho para entregar o produto neste mês, fixando o preço.
Porém, se o basis mudar até a data de vencimento dos contratos futuros, poderá afetar o hedge realizado. Por isso, é essencial compreender como utilizar o basis estrategicamente e quais os seus riscos.
Como utilizar de forma estratégica?
As estratégias de basis são utilizadas no mercado de commodities para aproveitar ou gerenciar as variações na diferença entre os preços à vista e os preços dos contratos futuros de um determinado produto. Essas ferramentas podem ser usadas para proteção em relação às flutuações do valor de basis.
Abaixo, pontuamos cada uma delas.
Estratégia long basis: compra de basis
Essa abordagem é utilizada quando um negociador de uma determinada commodity acredita que o preço à vista do mercado físico deve subir em relação ao preço futuro nos próximos meses.
Dessa forma, ao realizar a estratégia long basis, o negociador irá se posicionar long (compra) no mercado à vista, comprando contratos para aquisição do produto no curto prazo no mercado local. Simultaneamente, se posicionará short (venda) em contratos futuros.
Realiza-se, assim, um payoff positivo que reflete exatamente a diferença entre o preço que comprou o produto no mercado à vista e posteriormente vendeu.
Estratégia short basis: venda de basis
Essa abordagem é aplicada quando o negociador acredita que o basis de um determinado ativo em seu mercado local deverá se deslocar em um certo período. Dessa forma, o preço no mercado à vista deve diminuir ao longo do tempo em relação ao preço dos contratos futuros desta mesma commodity.
Com isso, é prevista a redução nos preços do mercado à vista em relação aos futuros, ou seja, há diminuição do valor do basis. Com a estratégia short basis, o negociador aproveita de uma base mais forte no curto prazo. Assim, pode vender o ativo no mercado local com o preço à vista, pois imagina que ele ficará ainda mais barato nos próximos meses. Simultaneamente, compra contratos futuros deste ativo na bolsa de referência.
Risco de basis: o que é e qual a relação com o hedge?
O mercado de commodities está sujeito a vários riscos. Os preços, por exemplo, sofrem influência de fatores de oferta e demanda.
Neste contexto, os riscos podem ser minimizados por meio de ferramentas de hedge. Entre elas, destaca-se o uso de derivativos, como os contratos futuros. Com essa alternativa, o hedger promete comprar ou vender a mercadoria a um preço específico, em uma data determinada.
Porém, as operações de hedge realizadas em bolsa com contratos futuros têm padrões diferentes das características dos produtos negociados no mercado físico. Isso gera a diferença de basis.
O basis varia ao longo do tempo e pode ser negativo ou positivo, refletindo, respectivamente, o fato de o preço à vista da mercadoria ser menor ou maior do que a cotação no mercado de futuros. Essa variação do basis no tempo é chamada de risco de basis. Esse conceito é importante porque pode afetar o resultado final do hedge.
Exemplo prático de aplicação do risco de basis no hedge
Para entender tudo o que explicamos, vamos voltar para o exemplo do início do texto. Pense na seguinte situação: no mês de janeiro, um produtor de milho do Rio Grande do Sul acredita que a commodity terá um preço à vista no mercado físico que estará maior no final da colheita, que acontece por volta do mês de junho.
Em sua visão, a variação do basis irá aumentar ao longo deste período, pois há previsão de oferta reduzida e aumento da procura em sua região de produção, devido à possibilidade de chuvas fortes que podem afetar a safra. Com isso, os preços da commodity à vista estarão elevados em junho.
Tendo em vista essa estimativa, ele resolve, em janeiro, comprar o grão no mercado físico à vista e armazená-lo, pois espera vendê-lo em junho com valor físico maior. Decide, também, vender contratos futuros deste mesmo grão, pois o preço, no início da colheita, está mais vantajoso do que a média histórica de preços futuros do milho nesta época.
No início da colheita, em janeiro, os preços estão na seguinte margem:
- Preço à vista no mercado físico de sua região: R$ 21,00 por saca
- Preço fixado no contrato futuro com vencimento em junho: R$ 40,50 por saca
- Base: – R$ 19,50
No fim da colheita, em junho, os preços estão na seguinte margem:
- Preço à vista no mercado físico de sua região: R$ 25,00 por saca (alta de R$ 4,00 por saca)
- Preço no mercado futuro: R$ 40,00 por saca (queda de R$ 0,50 em relação ao preço da venda do contrato futuro de R$ 40,50). .
- Basis: – R$ 15,00 (aumentou).
Quando a colheita estiver no fim e com o cenário de aumento do basis, o negociador terá:
- Lucro de R$ 0,50 em relação ao mercado futuro, pois vendeu o milho na bolsa de referência por R$40,50 em janeiro, valor fixado no contrato futuro com vencimento em junho.
- Lucro de R$ 4,00 em relação ao mercado físico. Isso acontece porque comprou o milho por R$ 21,00 por saca no início da colheita. Logo, obteve vantagem, já que, no fim da colheita, o valor no mercado físico subiu para R$ 25,00. Assim, ele poderá vender o milho que comprou em janeiro por um valor físico mais alto em junho.
Somando o resultado da bolsa + mercado físico, o produtor teve um ganho de R$ 4,50 por saca, o que reflete a variação do basis que aumentou. Porém, se o basis fosse reduzido, ele provavelmente teria prejuízo: esse é o risco de basis na prática.
hEDGEpoint: instrumentos de hedge para o seu negócio
Entender o que é basis, como utilizá-lo estrategicamente e quais os riscos da sua variação faz toda a diferença no hedge. Assim, é possível proteger o seu negócio, tomando decisões embasadas.
A hEDGEpoint atua com profundo conhecimento do mercado de commodities, aliando tecnologia, insights e análises de dados para aplicar instrumentos de gestão de riscos.
Fale com um profissional da hEDGEpoint para saber mais!
A influência dos fenômenos climáticos no mercado de commodities
Fenômenos climáticos podem ter um impacto significativo no mercado de commodities. Isso acontece porque eles influenciam a oferta e demanda. A consequência? Variação nos preços desses produtos, tanto do setor agrícola quanto do energético.
Na China, por exemplo, foram registradas as piores chuvas em 140 anos no mês de agosto de 2023, causadas pelo tufão Doksuri. A temporada de furacões na costa do Golfo do México, a chegada do El Niño e as monções na Índia são também situações que repercutem em todo o planeta.
Neste texto, você irá entender como os eventos climáticos se relacionam à cadeia de commodities e qual o papel do gerenciamento de riscos.
Quais fenômenos climáticos afetam o mercado de commodities?
Os fenômenos climáticos são intensificações ou alterações dos padrões atmosféricos, podendo ser naturais ou resultantes da interferência humana. Eles desempenham um papel crucial na formação do clima global e regional e repercutem no ambiente e na sociedade.
Abaixo, você confere 6 fenômenos que surgem em decorrência das mudanças do clima. As alterações causadas por eles têm a chance de impactar a produtividade do mercado agrícola e de energia, modificando a oferta e demanda.
O resultado? Maior volatilidade no mercado. Eventos que impactam diretamente a oferta restringindo seu volume podem levar a um aumento de preços. Enquanto nem sempre são prejudiciais à produção, esses fenômenos podem ampliar a oferta e levar à queda dos preços. Assim, torna-se essencial compreender tanto suas causas quanto seus potenciais efeitos e fazer uso de mecanismos de gerenciamento de risco adequados.
1. Enchentes
As enchentes se formam quando uma área experimenta um acúmulo significativo e rápido de água. Em geral, são causadas por chuvas em excesso. Rios costumam ser transbordados, havendo também inundações e danos à infraestrutura.
2. Secas
Secas são períodos prolongados de ausência de chuvas, quando há níveis insuficientes de água para atender às necessidades das plantas, animais e atividades humanas. As secas podem variar em intensidade, duração e magnitude, atingindo tanto as áreas rurais quanto urbanas.
3. Furacões
Furacões são tempestades climáticas com ventos extremamente fortes, chuvas intensas e pressão atmosférica baixa. Eles se formam próximos à Linha do Equador devido ao aquecimento da temperatura do oceano.
4. El Niño
O El Niño é caracterizado pelo aquecimento da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador. Normalmente, é formado no segundo semestre do ano.
Durante o período de atuação do fenômeno, as águas ficam, pelo menos, 0,5°C acima da média por um longo tempo, que varia entre seis meses a dois anos. No Brasil, causa o aumento do risco de seca na faixa norte das regiões Norte e Nordeste e de grandes volumes de chuva no Sul do país.
5. La Ninã
O La Niña ocorre a partir do resfriamento das águas superficiais nas partes central e leste do Pacífico Equatorial. Ele traz mudanças na circulação atmosférica tropical, alterando os regimes de temperatura e chuva em vários locais do globo.
Durante o período de atuação do fenômeno, as águas ficam, pelo menos, 0,5°C abaixo da média por um longo período. No Brasil, o La Niña é responsável por chuvas fortes no Norte e Nordeste, com secas no Sul.
6. Monções
As monções são um tipo de variação climática que têm efeitos mais visíveis na porção sul e sudeste da Ásia. São formadas pela variação da direção dos ventos de acordo com as estações do ano, o que acarreta chuvas fortes no verão e secas rigorosas no inverno em países como Índia, Paquistão e Bangladesh.
Quer saber de que modo esses fenômenos estão associados ao mercado de commodities? Leia a seguir!
Quais os efeitos desses fenômenos no mercado agrícola?
Para você entender como esses fenômenos acima se relacionam ao mercado de commodities agrícolas, trazemos dois exemplos atuais:
- China
Na nação chinesa, as chuvas contínuas causadas pelo tufão Doksuri afetaram 258 mil hectares da área semeada na maior província produtora de grãos do país, Heilongjiang. As águas da enchente inundaram fazendas e cidades na região nordeste. A tempestade foi tão forte que diminuiu as áreas de plantio de arroz na vila de Lianhua, em Wuchang.
Segundo analistas, com mais chuvas previstas à medida que outro tufão se aproxima na China, há ameaças de aumento das pressões globais de inflação de alimentos. A previsão é de que as fortes chuvas na região produtora de grãos da China elevem os preços mundiais do arroz.
- Índia
Em julho deste ano, os agricultores indianos atrasaram o plantio de grãos devido às chuvas irregulares das monções. A produção do país é vista com muita atenção pelo mercado, pois os atrasos de plantio geralmente são acompanhados de redução na produtividade.
Aliado a isso, o El Niño pode reduzir as chuvas no período de maturação das plantas. O evento provoca mudanças nos padrões atmosféricos, levando a um enfraquecimento da circulação das monções (tendem a ser mais fracas e menos confiáveis).
Por isso, os produtores de cana-de-açúcar da Índia estão preocupados com a possibilidade de seca durante o momento crucial de crescimento da safra. Nesse cenário, poderá haver menor produção de açúcar na próxima temporada, diminuindo as exportações do segundo maior produtor mundial de açúcar.
O mercado de energia também pode ser afetado por fenômenos climáticos?
Sim! Para isso, basta lembrarmos como foi o furacão Ida. Ele passou pela costa sul dos Estados Unidos em 2021 e foi o sexto mais custoso de todos os tempos. Os seus efeitos no mercado de energia foram significativos:
- Corte de 95% da produção de petróleo da costa do Golfo do México;
- Fornecimento de energia fortemente atingindo, com o fechamento da maioria dos poços marítimos da região;
- Quase metade da produção de combustível para motores foi paralisada, aumentando o valor do combustível consideravelmente;
- Mais de 1,3 milhão de residências e empresas na Louisiana e no Mississippi ficaram sem energia.
A temporada de furacões dos Estados Unidos está acontecendo no momento. Esse é mais um evento que traz toda a atenção para o mercado de commodities, tendo em vista os riscos de rompimento nas cadeias de fornecimento de energia.
Gerenciamento de riscos: entenda o papel neste cenário
O gerenciamento de riscos não evita os riscos climáticos, mas é uma ferramenta para proteger da volatilidade de preços causada por esses fenômenos.
Para isso, produtores e demais agentes da cadeia global de commodities podem recorrer a instrumentos como o uso de derivativos. A hEDGEpoint alia inteligência de mercado a produtos de hedge para ajudar os negócios a encontrarem proteção da volatilidade de preços deste mercado.
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Macroeconomia: Entenda a situação do setor imobiliário chinês
O setor imobiliário chinês é extremamente importante para a macroeconomia a nível local e global, representando cerca de 30% do PIB (Produto Interno Bruto) da China. Só para você ter ideia, é um ramo que representa aproximadamente um terço da produção econômica da nação.
O mercado global tinha uma expectativa alta com a reabertura econômica da China e o fim da política de “Covid Zero”. Porém, a economia do país não vem crescendo no ritmo esperado.
Neste conteúdo, vamos falar sobre os principais aspectos que levaram a nação chinesa à crise no setor imobiliário e quais são os possíveis efeitos para a cadeia global de commodities. Convidamos Alef Dias e Victor Arduin, Analistas de Inteligência de Mercado da hEDGEpoint Global Markets, para falarem sobre esse assunto.
Continue a leitura e descubra!
Qual a situação atual do setor imobiliário chinês?
Em 1998, a China passou por uma reforma imobiliária que deu origem a um mercado que se expandiu rapidamente. Nos últimos 20 anos, o campo imobiliário se beneficiou das facilidades de crédito para crescer de modo acelerado.
Além disso, houve influência dos fatores culturais, já que um dos pré-requisitos dos chineses para casar está fortemente associado à compra de uma casa. As famílias também realizam a aquisição de propriedades como forma de investimento.
Contudo, o acesso facilitado ao crédito elevou a especulação imobiliária e o endividamento do setor. A consequência? Muitas empresas passaram a enfrentar problemas de financiamento e de endividamento, elevando a desconfiança entre consumidores e investidores. Isso, somado a uma estrutura demográfica desafiadora, levou diversos projetos a serem paralisados em 2022, ano marcado pela queda de 24% nas vendas do ramo imobiliário.
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Alef Dias, Market Intelligence Analyst
“O mercado imobiliário chinês apresenta o problema de endividamento das empresas, o que vem ocorrendo com mais intensidade desde 2021. O governo não está concedendo estímulos, pois deseja evitar a especulação financeira”, explica Dias.
Fim da política de “Covid Zero” e reabertura econômica
Desde dezembro de 2022, o governo chinês encerrou abruptamente a sua política chamada “Covid Zero”, que consistia em aplicar medidas de quarentena, além de testes em massa da população. As regras incluíam confinamentos rigorosos, com fechamento de lojas, escolas e empresas.
No ano passado, a China obteve uma das piores taxas de crescimento em quatro décadas, conforme dados oficiais. As restrições de saúde levaram várias pessoas a evitarem atividades de lazer, o que reduziu o consumo. Muitas fábricas e empresas também precisaram fechar.
Os especialistas da hEDGEpoint destacam que a reabertura econômica da China, após o fim da política de “Covid Zero”, não tem gerado o crescimento econômico esperado e isso também se relaciona com a crise no setor imobiliário do país:
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Victor Arduin, Market Intelligence Analyst
“Esperava-se a reabertura de forma intensa, mas não foi o que ocorreu. O mercado chinês não está suficientemente aquecido com os incentivos fiscais e monetários atuais”, comenta Victor Arduin.
Cenário global: desaceleração com taxas de juros em alta
O mundo inteiro está desacelerando economicamente por conta das taxas de juros bastante elevadas, o que provoca consequências como o encarecimento de crédito para pessoas físicas e empresas, comprometendo o ritmo da atividade econômica. Assim, fica mais caro solicitar dinheiro para comprar bens e serviços, o que poderá diminuir a produção e a demanda, retardando toda a economia.
Uma inflação mais alta do que o previsto, sobretudo nos Estados Unidos e nas principais economias europeias, está provocando um aperto das condições financeiras mundiais. Como medida para enfrentar esse contexto e estimular o mercado doméstico, a China diminuiu as suas taxas de juros.
“A China baixou a taxa de juros de forma muito pequena. Isso sinaliza uma preocupação do governo em não causar nervosismo no mercado ou especulação de preços, mas tendo um impacto limitado em impulsionar a demanda por moradia e investimento”, pondera Arduin.
Como a desaceleração global impacta a China?
Quando há desaceleração econômica na Europa e nos Estados Unidos, como estamos vendo atualmente, o setor industrial chinês poderá sofrer consequências mais diretas do que o setor imobiliário em si, que já enfrenta seus problemas próprios. Segundo Arduin, isso acontece porque os países europeus, por exemplo, poderão importar menos bens da China, caso a sua população passe a consumir menos:
“Sem essa importação europeia, a China produzirá menos, desacelerando as vendas e, consequentemente, a sua economia”, elucida o especialista.
Quais as consequências para o mercado de commodities?
A reabertura chinesa não obteve o impacto esperado, principalmente quando falamos em demandas por commodities. Isso se explica, em grande parte, pelo fato de que a recuperação se concentrou no setor de serviços.
A China é a principal demandante de diversas commodities do mundo todo, principalmente de grãos e energia. Quando se tem previsão de retomada econômica, há expectativa por maior demanda dessas commodities, principalmente no caso da energia, já que as pessoas tendem a sair mais de casa. Os mercados esperavam por isso, mas não foi o que se verificou.
Isso ocorre porque, em um cenário de maior atividade econômica, há estímulo para produção de bens que precisam de importações de commodities para o seu desenvolvimento. Alef Dias explica a relação:
“O setor imobiliário não obteve o mesmo desempenho quando comparado ao de serviços. Um exemplo prático: a própria construção em si necessita de mais tratores. Tratores consomem combustíveis e, se houvesse maior construção e aquecimento do setor imobiliário, levaria a um provável aumento de demanda por petróleo, por exemplo”.
Victor Arduin destaca que o desaceleramento da China em relação à demanda por commodities não é homogêneo, pois se observa recorde nas importações de petróleo nos meses de março e maio deste ano.
“Observamos que o país tem se beneficiado da guerra entre Rússia e Ucrânia, aproveitando os descontos do petróleo russo e melhorando a margem de ganhos dos seus produtos refinados”, completa.
Importações de petróleo bruto da China.
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Fonte: hEDGEpoint Global Markets
Setor Imobiliário: perspectivas para o segundo semestre de 2023
A perspectiva é de aumento dos estímulos por parte do governo chinês:
“Esperamos um aumento desses incentivos por parte do governo chinês, mas provavelmente não será com a magnitude necessária para proporcionar um crescimento forte e compensar toda a desaceleração que estamos vendo no Ocidente”, comenta Alef.
A análise da hEDGEpoint evidencia que o governo chinês está se mostrando mais favorável para conceder estímulos monetários. O problema é que o corte de juros corre riscos de ser menos eficiente do que um estímulo fiscal, como os investimentos em novos projetos para o setor imobiliário.
Segundo analistas do banco Goldman Sachs, também é provável que a China implemente mais medidas de flexibilização no segundo semestre, incluindo:
- Novos cortes nas taxas de juros;
- Mais emissões de títulos;
- Apoio imobiliário.
Porém, a perspectiva é de uma recuperação gradual e equilibrada do mercado imobiliário, evitando o superaquecimento, como aconteceu em ciclos anteriores.
Como o gerenciamento de riscos pode atuar neste cenário?
A hEDGEpoint está acompanhando todos os acontecimentos que podem afetar a macroeconomia e repercutir no mercado de commodities. Assim, conseguimos oferecer soluções de gerenciamento de risco de forma estratégica para os nossos clientes.
Entender todos os fatores capazes de impactar o setor de commodities é essencial para trazer mais segurança e proteção aos negócios. Com base em inovação, insights valiosos e inteligência de mercado, a hEDGEpoint fornece produtos de hedge importantes para o planejamento eficaz e a tomada de decisões assertivas.
Fale com um especialista da hEDGEpoint e saiba mais!
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